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Organização Municipal: Uso de Bens e Autonomia

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ESCOLA DE GESTÃO PÚBLICA, POLÍTICA E JURÍDICA CURSO – CST GESTÃO PÚBLICA ESTUDO DIRIGIDO DISCIPLINA: ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL 
MÓDULO C 2015 – FASE I 
Referência: BERNARDI, Jorge Luiz. A organização municipal e a política urbana. Curitiba: Intersaberes, 2012; 
Neste roteiro destacamos a importância para seus estudos de alguns temas diretamente relacionados ao contexto estudado nesta disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteúdo programático da sua disciplina nesta fase, e lhe proporcionarão maior fixação de tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o sistema avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse é apenas um material complementar, que juntamente com os vídeos e os slides das aulas compõem o referencial teórico que irá embasar o seu aprendizado. Utilize-os da melhor maneira possível. 
Excelentes estudos! 
Parte 1 - O direito municipal (35-36) 
Capítulo 1 – A organização política do município (37-90) 
Tema: O uso de bens especiais 
De acordo com o interesse da Administração Pública, os bens públicos municipais de uso especial podem ser utilizados por particulares, sendo necessário que a cessão desses bens seja estabelecida por ato administrativo. A doutrina apresenta as seguintes formas de uso desses bens especiais: autorização, permissão, concessão, cessão de uso e concessão de direito real de uso. A CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO: É o contrato pelo qual o município transfere ao particular a posse de imóvel público para determinadas atividades específicas como construção de moradia, fins comerciais, industriais, educacionais, agrícolas entre outras. Conforme o Decreto-Lei nº 271/97 (art. 7º) o direito é transferível por ato inter vivos ou sucessão e pode reverter à municipalidade caso não sejam cumpridas as finalidades estabelecidas no contrato de concessão. 
Tema: Incorporação de bens 
Muitas vezes é necessário que o Município tenha que adquirir bens para realização e efetivação de suas finalidades constitucionais, os quais podem ser consumidos pela Administração ou incorporados ao seu patrimônio. Há inúmeras formas de incorporação destes bens, sendo uma delas por meio da Compra. O PROCESSO DE COMPRA (aquisição de bens) pelo município: A compra é a forma mais comum de aquisição de bens pelo município. Conforme a Lei das Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/1993, art. 6º), a definição legal de compra é “toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente”. Isso significa que, quando ocorre à aquisição de bens pelo município, e este remunera o fornecedor - à vista ou de forma parcelada -, ocorre uma compra. Para que esta seja processada, a Administração municipal deve observar algumas regras estabelecidas nessa lei que regulamenta a norma constitucional determinando que as obras, serviços, compras e alienações deverão ser contratadas mediante processo público de licitação que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes (art. 37, XXI, CF). Na aquisição dos bens, devem ser obedecidas as modalidades de licitação, que são a concorrência, a tomada de preços, o convite, o concurso e o leilão. De acordo com o valor da aquisição é adotada uma modalidade de licitação. Nas compras de valor pequeno (até R$ 8.000,00) e em alguns casos especiais, a lei dispensa a licitação, uma vez que o processo poderá custar mais que o próprio valor da aquisição, além de emperrar a Administração, causando mais prejuízos que benefícios. 
Tema: A autonomia municipal brasileira 
Autonomia, na acepção que está sendo usada aqui — "autonomia municipal", segundo Silva (2005, p. 302), "é a capacidade de gerir os próprios negócios, dentro de um círculo prefixado por entidade superior". Isso significa que autonomia é uma característica de entes que compõem unidades administrativas de federações, ou seja, distingue--se daquelas oriundas de estados unitários, nos quais a entidade descentralizada possui o caráter autárquico. Também não se confunde com soberania, que é, no ensinamento de Cretella Júnior (1981, p. 99), "a faculdade de autodeterminação do Estado, faculdade que emana internamente, do povo, e que em seu nome se exerce". A autonomia municipal brasileira está determinada no artigo 18 da Constituição Federal, ao estabelecer que as unidades (União, os estados, o Distrito federal e os municípios) da organização política no Brasil são todas autônomas. A própria Constituição Federal estabelece os termos de tal autonomia. A AUTONOMIA POLÍTICA diz respeito à eleição do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores, além da competência para elaborar a sua própria lei orgânica. 
Tema: Categorias dos bens públicos 
Pode-se observar, porém, que no Código Civil brasileiro, especificamente no seu artigo 99, são classificadas e exemplificadas três categorias de bens públicos, quais sejam: os de uso comum do povo, os de uso especial e os dominicais. Segundo os conceitos abordados por Bernardi (2012) na bibliografia básica da disciplina, discorra sobre o que são BENS DE USO COMUM DO POVO e quais as suas características: Os bens de uso comum do povo são de domínio público, podem ser utilizados por qualquer cidadão, a qualquer hora, independentemente de autorização de autoridade. O Código Civil estabelece que os bens de uso comum do povo são aqueles que a população pode livremente utilizar: as ruas, as praças, parques públicos, estradas, rios, praias, lagos, águas do mar, ilhas oceânicas, entre outros. Como o nome diz, são de uso comum do povo em geral, as pessoas que usam são anônimas. Não há nenhuma ressalva para a sua utilização, como também não há nenhuma restrição ao seu uso, não podendo o Poder Público limitar a frequência. 
Tema: A lei orgânica municipal 
A LEI ORGÂNICA MUNICIPAL é a maior de todas as leis do município. Está para o município como a Constituição Federal está para a nação. É a lei básica, fundamental e que rege e organiza o município, todas as demais leis municipais estão em posição hierarquicamente inferior. Embora possua a prerrogativa de auto organizar, ao aprovar a sua lei orgânica, o município deve obedecer aos princípios constitucionais. Embora quem elabore e aprove a Lei Orgânica Municipal sejam os vereadores que compõem a Câmara Municipal, eles não podem estabelecer no regimento interno, por exemplo, que, num primeiro turno, a votação da lei será por maioria (absoluta ou simples). Isso porque, para que seja válido o processo, em cada um dos turnos de votação deve haver sempre a aquiescência de dois terços dos vereadores. O mesmo deve ocorrer no procedimento de votação de emendas à lei orgânica, que deve ocorrer em dois turnos, com o interstício de dez dias entre uma e outra votação, sempre com a aprovação de dois terços dos membros da Câmara Municipal para que tenha validade. 
Tema: a intervenção no município 
Quando ocorrer uma determinada situação irregular no município, o estado poderá se utilizar da Intervenção sobre este município, sendo um remédio encontrado no modelo de governo federativo para corrigir a situação, estando previsto pela Constituição para proteger a Administração Pública e os administrados de atos irregulares de gestão. Destaca-se aqui que a União jamais poderá intervir em municípios que constituam territórios de estados. Existem quatro motivos pelos quais o estado pode intervir no munícipio, o primeiro deles ocorre quando o município deixa de pagar a dívida fundada por mais de 24 meses. DÍVIDA FUNDADA: Dívida fundada segundo a o art. 98 da Lei nº 4.320/64 (art. 98) é a que compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 meses, contraídas para atender desequilíbrio orçamentário ou para financiamento de obras públicas. A dívida fundada deve estar escriturada com a individuação e especificações que permitam verificar, a qualquer tempo, a posição do empréstimo (serviços de amortização e juros). Também há uma exceção que justifica a não intervenção em razão de dívida fundada, qual seja quando este atraso decorre de força maior. 
Tema: Desapropriação na administração pública 
A DESAPROPRIAÇÃO na administraçãopública: é a forma compulsória que o município possui de incorporar uma propriedade particular ao seu patrimônio. Ela pode ser feita por interesse social ou por utilidade pública. No entanto, a Constituição Federal assegura que deve haver uma justa e prévia indenização em dinheiro. “A União pode desapropriar bens dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Os primeiros, por sua vez, podem desapropriar bens dos últimos, porém estes não podem desapropriar bens nem dos estados, nem da União. Um estado também não pode desapropriar bens de outro (s) estado(s) ou de município(s) de outro(s) estado(s), da mesma forma que um município não pode desapropriar bens de outro (s) município (s).” As categorias são a ordinária e a extraordinária. A ordinária (prevista no art. 5°, inciso XXIV, e no art. 182, parágrafo 4°, inciso III, da Constituição), que pode recair sobre qualquer tipo de bem (com algumas exceções previstas em lei) e é possível de ser implementada por todos os entes federados (União, estados, Distrito Federal e municípios); e a extraordinária (prevista no art. 184 da Constituição), sendo que apenas a União pode desapropriar, para fins de reforma agrária, por interesse social, o imóvel rural que não esteja cumprindo a sua função social. 
Capítulo 2 – Os poderes municipais (91-165) 
Tema: As atribuições do prefeito municipal 
A partir da Constituição de 1934 a chefia do Executivo nos municípios brasileiros passou para o prefeito, mantendo-se nas Cartas Magnas posteriores. As atribuições do PREFEITO MUNICIPAL e em qual previsão legal estão estabelecidas: As atribuições são, basicamente, sancionar, promulgar e fazer publicar leis, decretos e outros atos municipais e vetar projetos de lei. A Constituição Federal (1988) definiu que as atribuições do Prefeito estariam elencadas na Lei Orgânica de cada município. A Constituição Federal (1988) definiu que as atribuições do Prefeito estariam elencadas na Lei Orgânica de cada município e, basicamente, se resumem a nomear e exonerar seus secretários e servidores; executar o orçamento; iniciar o processo legislativo; sancionar, promulgar e fazer publicar leis, decretos e outros atos municipais; vetar projetos de lei; dispor a respeito da organização e funcionamento da Administração e do funcionalismo; prestar contas a Câmara; celebrar convênios; fixar preços de serviços públicos, etc. 
Tema: Poder legislativo municipal 
Além do papel legislativo, a Câmara também possui as funções: fiscalizadora do Executivo, judicante quando julga o Prefeito e os vereadores, além de possuir também as funções administrativas internas. Pode-se dizer que é o órgão fundamental da autonomia municipal, uma vez que, como colegiado, delibera criando as leis que vão produzir efeitos jurídicos na circunscrição do município. 
O PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL: é exercido pela Câmara Municipal, por intermédio de seus membros, os vereadores, eleitos diretamente pelo povo, pelo sistema proporcional, em listas abertas, para o mandato de quatro anos. 
Tema: O significado de vereador 
Os vereadores são os mais antigos agentes públicos eleitos em atividade no Brasil. Muito antes dos senadores, deputados, federais, estaduais, os vereadores já estavam prestando serviço à comunidade. Quando da instalação da 1ª. Câmara, em 1532, em São Vicente foram escolhidos pelos eleitores três vereadores. Aliás, as Câmaras do período colonial possuíam na sua composição: juízes, vereadores, escrivães, almotacés e outros funcionários. A origem do termo VEREADOR (seu significado) e quando eles surgiram no Brasil: termo vereador, do verbo verear, significa “pessoa que vereia, que cuida, protege”. No passado, era a sentinela que vigiava, protegendo a comunidade contra a ação de intrusos. Também o termo quer dizer “verificar sobre a boa polícia”, “reger”, “cuidar do bem público pelo bem-estar dos munícipes”. Também segundo anotações de Cândido Mendes de Almeida, no 1º. Livro das Ordenações do Código Philippino, os “vereadores são os membros da Câmara, Cúria ou assembleia do município que o representam e lhe administram as rendas." Essa corporação também se chamava comuna, Conselho e Mesa da Vereação” (Brasil, 2004). 
Tema: Crimes funcionais 
Crime funcional é uma definição que existe no direito brasileiro, que a define como a infração da lei penal cometida intencionalmente (com exceção do peculato culposo) por quem se acha investido de um ofício ou função pública, praticada contra a administração pública. Está previsto nos artigos 312 a 327 do código penal brasileiro. Todo o tipo de crime funcional equivale a um ato de improbidade administrativa. Os Crimes funcionais são aqueles praticados no exercício de função pública e, para efeitos penais, prefeitos ou vereadores são considerados funcionários públicos. CRIMES FUNCIONAIS: Peculato (apropriação de dinheiro público), inserção de dados falsos e modificação ou alteração não autorizada em sistema de informação, extravio e sonegação ou inutilização de livro ou documento, emprego irregular de verbas ou rendas públicas e concussão (exigir vantagem indevida). 
Outros crimes funcionais: 
 o excesso de exação (exigir tributo a mais do contribuinte); 
 a corrupção passiva; 
 a facilitação de contrabando ou descaminho; 
 a prevaricação (retardar ou deixar de praticar atos); 
 a condescendência criminosa; 
 a advocacia administrativa; 
 a violência arbitrária; 
 o abandono da função; 
 o exercício funcional ilegal; 
 a violação do sigilo funcional e do sigilo de proposta de concorrência. 
Tema: As comissões legislativas especiais 
A Câmara Municipal, a exemplo das Assembleias Legislativas e do Congresso Nacional (Câmara e Senado), subdividem-se internamente no processo de elaboração das leis em Comissões Legislativas Temáticas, especializadas em determinadas matérias. Estas comissões dividem-se em permanentes e especiais. As comissões especiais temporárias são aquelas que se referem aos Estudos sobre as Enchentes; assim como, as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e a Comissão Processante. 
Tema: O poder da CPIs 
“E atribuição das comissões receber petições, reclamações, representações e queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas. Além disso, devem apreciar os programas de obras e planos globais, regionais ou setoriais de desenvolvimento e sobre eles também emitir parecer (art. 58, § 2°, IV e VI, CF). Entre as COMISSÕES ESPECIAIS, também denominadas de temporárias, encontram-se, por exemplo, as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), que investigam um fato concreto, como o suborno de um secretário municipal”. 
AS COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO (CPIs): As CPIs possuem o poder de investigação próprio das autoridades judiciais. Portanto, além do previsto no regimento da Câmara elas devem utilizar em seus trabalhos o Código de Processo Penal. 
Tema: As prerrogativas das CPIs 
“O requerimento que propõe a CPI deve ser subscrito por 1/3 dos membros da Câmara Municipal, para apuração de um fato determinado e por prazo certo. "A conclusão, se for o caso, deve ser encaminhada ao Ministério Público que é competente para promover a responsabilidade civil e criminal dos infratores e indiciados" (art. 58, § 3°, CF). Para que a Comissão não sofra questionamentos judiciais, é fundamental que o fato a ser investigado seja determinado, evitando-se termos genéricos”. 
A COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI) pode solicitar ao Judiciário: A CPI pode solicitar a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico dos investigados, além de fazer inspeções e auditorias contábeis e financeiras, tanto da Administração direta quanto da Administração indireta do município. 
Tema: espécies de crimes de prefeitos e vereadores 
“São arrolados como crimes funcionais aqueles praticados no exercício da função pública e, para efeitos penais, prefeitos ou vereadores são considerados funcionários públicos (art. 327, CP). Nesse sentido, não há dúvidas de que "o prefeito exerce função pública, no desempenhode seu cargo" (Bernardi, 1962, p. 103) e, por conseguinte, responde pelos crimes que cometer em pé de igualdade com os demais funcionários públicos. Com relação às espécies de Crimes de Prefeitos e de Vereadores eles se classificam em crimes comuns, crimes especiais e contravenções penais. Os agentes públicos também estão sujeitos ao cometimento de crimes funcionais, de abuso de autoridade e de responsabilidade. 
Capítulo 3 – Do sistema tributário municipal (167-212) 
Tema: Espécies de tributos 
Como unidade federada, o Município poderá instituir três espécies de tributos, que posteriormente à própria Constituição vai enumerá-los. Sendo que nesta matéria não poderá haver nenhum tipo de interferência entre os entes federados, ou seja, a União não pode interferir nos municípios e criar tributos que sejam de competência deste, e vice-versa. O mesmo ocorre em relação aos Estados que não podem interferir em tributos da União e nem dos Municípios. A Constituição Federal (1988) elenca três espécies de tributos que podem ser fixados pelos entes da federação (União, os Estados, os Distrito Federal e os Municípios). As três ESPÉCIES DE TRIBUTOS que os entes da federação, cada um no seu âmbito de competência, podem instituir: Constituição Federal estabelece as espécies de tributos que os entes da federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) poderão instituir. São eles: impostos, taxas e contribuições de melhorias (art. 145, I a III, CF). 
Tema: Os impostos municipais 
“O imposto está conceituado no Código Tributário Nacional, em seu art. 16, como "o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independentemente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte". Isso significa que o imposto existe de forma independente da finalidade que o Estado (governo) possa dar a ele em benefício de quem o recolhe aos cofres públicos. Assim, não há nenhuma vinculação do imposto com qualquer prestação de serviço que a atividade estatal ofereça ao contribuinte” (BERNARDI, Jorge Luiz. A organização municipal e a política urbana. Curitiba: Intersaberes, 2012, capítulo 3). Os impostos de competência do Município são denominados de IMPOSTOS PRÓPRIOS E EXCLUSIVOS. São os IMPOSTOS PRÓPRIOS E EXCLUSIVOS que podem ser instituídos pelos municípios: Os impostos próprios e exclusivos que os municípios podem instituir por meio de lei municipal são atualmente apenas três e estão previstos constitucionalmente (art. 156, CF). São eles: o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), o Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISQN ou ISS) e o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) - inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso. 
Tema: A contribuição de melhoria 
A Constituição Federal (1988) elenca três espécies de tributos que podem ser fixados pelos entes da federação (União, os Estados, os Distrito Federal e os Municípios), sendo eles: os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria. A CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: este tributo possui como fato gerador a valorização do imóvel tendo em vista a realização de obras públicas por parte do município. Este tributo é um dos mais importantes instrumentos que o município possui para combater a especulação imobiliária. 
Capítulo 4 – A estrutura administrativa municipal e o poder de polícia 
(213-248) 
Tema: Administração Pública Direta 
Na concepção clássica de divisão de poderes proposta por Montesquieu, o poder embora dividido em três: Executivo, Legislativo e Judiciário - é uno. Logo, os Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo compõem a Administração Pública. O Decreto-Lei n. 200/1967 define a Administração Pública como Direta e Indireta. A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA e como esta funciona no âmbito municipal: A administração direta ou centralizada, compreende os órgãos diretamente ligados à estrutura administrativa do Poder Executivo (Federal, Estadual/Distrital ou Municipal) e que prestam serviços à comunidade diretamente em seu nome e sob sua própria responsabilidade. No âmbito do Município, ela é a estrutura organizacional da Prefeitura com suas secretarias, assessorias, departamentos, divisões, serviços e etc. Diz-se que a administração é direta ou centralizada quando possui como característica a capacidade de funcionar como órgão, exprimindo a vontade do ente jurídico ao qual está vinculado. Conforme explica Celso Ribeiro Bastos, “há um vínculo hierárquico que unifica toda esta Administração no seio de cada um dos Poderes a que está atrelada" (1994, p. 75). 
Tema: Administração indireta 
A administração indireta possui várias categorias de entidades que tem personalidade jurídica própria e que podem estar vinculadas ou não as secretárias municipais. No caso da administração federal elas estão vinculadas ao ministério da área de competência da principal atividade. São entidades da administração indireta: Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e Fundações Pública. Na Administração Pública indireta ou descentralizada o que se tem é que a execução ou a titularidade da competência administrativa é concedida por outorga ou delegação a outros órgãos e empresas. A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA: A administração pública indireta é o fato de que a execução ou titularidade da competência Administrativa é concedida por outorga ou delegação a outras entidades. Administração indireta ou descentralizada, não é o mesmo que desconcentrada. Na descentralização o serviço público é distribuído por uma ou mais entidades. Já na desconcentração administrativa o serviço é dividido entre vários entes do mesmo órgão objetivando tomar mais simples e mais rápido, objetivando maior eficiência. São entidades da administração indireta: Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e Fundação Pública. 
Tema: As OSCIPS 
Vários países da Europa e da Oceania, além dos Estados Unidos da América, promoveram reformas na sua Administração Pública nos anos de 1970, essa nova forma de administração do setor público ficou conhecida como New Public Management (NPM), caracterizada por um novo paradigma de gestão pública. No Brasil essa nova proposta de Gestão Pública ganhou destaque no governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso, quando muitas estruturas estatais burocráticas foram substituídas por órgãos terceirizados. Surgiram, então, os executores da nova Administração Pública indireta denominados de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Social. OSCIPS (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Social) e cite pelo menos três dos objetivos sociais das OSCIPS: As Oscips são pessoas jurídicas de direito privado, criadas na forma de associações, sem fins lucrativos, e que adquirem esta condição ao serem registradas junto ao Ministério da Justiça, de acordo com a legislação em vigor (Lei nº 9.790/99). As Oscips, para serem consideradas como tal de acordo com a lei, devem ter por objetivos sociais, pelo menos uma das finalidades a seguir enumeradas: promoção da assistência social; promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; promoção gratuita da educação; promoção gratuita da saúde; promoção da segurança alimentar e nutricional. 
Tema: O poder de polícia 
A definição legal do que seja Poder de Polícia encontra-se no Código Tributário Nacional ao estabelecer que: “Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Art. 78, CTN Lei nº 5. 172/1966). O PODER DE POLÍCIA na Administração Pública Municipal: O Estado, de forma legitima, pode utilizar a força física para coibir abusos do convívio social quem desrespeita aordem jurídica e prejudica toda sociedade. O Município é um dos entes que compõe o Estado. O Poder de Polícia é o poder-dever que o ente municipal não pode prescindir para que efetivamente se estabeleça o bem comum. Trata-se de uma faculdade que deve ser exercida pela Administração Pública no sentido de restringir o uso e o gozo de bens, 
atividades e direitos, para assegurar a ordem pública. Pode-se dizer que este é um dever indeclinável da Administração Pública que objetiva a proteção social e fundamenta-se na supremacia que ela exerce sobre todos. Quando a conduta das pessoas, físicas ou jurídicas, afeta a ordem pública colocando em risco a sociedade em geral, a Administração Pública deve agir por intermédio de seus agentes, pelo poder de polícia, de forma preventiva ou repressiva, conforme o caso. O que está em jogo é o interesse público, e quando ocorrem situações antissociais a Administração Municipal deve atuar energicamente para conter essas ações. 
Tema: O poder de polícia 
No Brasil colonial as Câmaras também eram compostas por dois Almotacés, os quais eram funcionários com atribuição para fiscalização de pesos e medidas das mercadorias e fixação dos preços dos gêneros alimentícios. Vale salientar que estes agentes, nessa época, exerciam o poder de polícia em relação a estas questões. Atualmente, nos Municípios, a competência legal para exercer o poder de polícia cabe a funcionários municipais, havendo inúmeras áreas nas quais o Município exerce este poder. As três das áreas (setores) de atuação do PODER DE POLÍCIA na administração municipal: Nas atividades sob o controle da Administração Pública existem inúmeras áreas em que o Município exerce o Poder de Policia. O que há são setores (áreas) onde ela atua. As mais comuns são: a) Policia Sanitária; b) Policia Edilícia (Construções ou Obras); c) Policia de Meio Ambiente; d) Policia de Costumes; e) Policia de Trânsito; f) Policia de Comércio; g) Atividades Urbanas, entre outras. 
Tema: Polícia de trânsito 
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece o Sistema Nacional de Trânsito, que se constitui num conjunto de órgãos e entidades da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios e que “tem por finalidade o exercício das atividades de planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades” (Brasil, 1997, art. 5º.). Em relação a administração pública municipal, qual é o objetivo da polícia de trânsito: Tem por objetivo fazer cumprir as normas de trânsito e garantir segurança e tranquilidade aos pedestres e motoristas, coibindo os abusos nas vias públicas. 
Tema: A fiscalização das edificações 
“É poder e dever do município fiscalizar as construções já existentes e as que estão em processo de ruína e demolição devido aos perigos e ameaças que elas podem representar para a população. Ele pode, inclusive, determinar a interdição e a demolição de prédios que coloquem em risco a segurança pública. Nesse sentido, destacamos que uma das principais atividades municipais é fiscalizar os edifícios e as construções de um modo geral, sejam obras públicas, sejam particulares”. A organização municipal e a política urbana – 3. ed. Ver. e atual – Curitiba: INTERSABERES, 2012, capítulo 
4). É denominada Polícia Edilícia ou Polícia de Edificações. A polícia sanitária também exerce a função repressiva, ou seja, a aplicação de multas e até a interdição do exercício da atividade pelos estabelecimentos ou pessoas que descumprem a lei, colocando em risco a saúde pública. A polícia sanitária está interligada à Saúde Pública ou tem sob sua vigilância todas as atividades que a envolvem. Ela objetiva preservar um dos bens mais preciosos do ser humano: a vida. A polícia sanitária tem como propósito básico a prevenção de doenças por meio de exigências do cumprimento de normas de higiene pública. A polícia sanitária pode, eventualmente, em determinado município, fiscalizar também atividades ligadas a questões do meio ambiente, como limpeza pública, esgotamento sanitário e poluição sonora e do ar. A função fiscalizadora dessas atividades, por parte do município pode ocorrer diretamente por meio do cumprimento da legislação municipal própria (Código Sanitário Municipal) ou ainda por meio de atividade delegada por convênios com órgãos federais – como a Anvisa – ou estaduais na aplicação do código do respectivo estado. 
Tema: O conceito de vigilância sanitária 
Atualmente, as atividades da POLICIA SANITÁRIA são exercidas por agentes públicos (normalmente por meio da função fiscal), que têm como atribuição fiscalizar estabelecimentos da área de saúde. Os hospitais, os prontos-socorros, as clínicas e as farmácias; estabelecimentos comerciais que produzem alimentos para serem consumidos no próprio local, como restaurantes, churrascarias, bares, lanchonetes e comércio ambulante de alimentos (cachorro-quente, caldo de cana, sorvete e outros); que produzem alimentos industrializados, como bebidas e água mineral; que de um modo ou de outro, possam afetar a saúde humana e animal.

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