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FORÇAS DISSIPATIVAS Daniel Damásio - Hugo Sillman da Cunha Carvalho – 34106 Rafael dos Reis Fernandes – 35017 Wendel Augusto Cherchiglia – 33528 Resumo. A experiência que será feita tem por intuito analisar a interferência das forças dissipativas por meio de medições de deslocamento, tempo e massa. O trilho metálico junto com o compressor de ar serviu como meio de trajetória com atrito mínimo para o carrinho. O carrinho percorreu o trilho com intervalos de espaços iguais, e em outra parte do experimento o carrinho fez os mesmos passos com um anteparo de papelão, o qual foi acoplado a ele para aumentar sua superfície de contato. Ao longo do relatório, a interferência da força de arrasto nos permitiu traçar gráficos e equações relativas ao movimento do carrinho com a presença de forças dissipativas. 1. INTRODUÇÃO A partir do conceito de energia, a física conseguiu obter vários avanços, uma vez que esse conceito está presente nos estudos da mecânica, óptica, termologia ou física nuclear por exemplo. A possibilidade de transformar qualquer tipo de energia em outra existe, assim como, também, podemos transferir energia de um corpo para outro. Porém, não há como gastá-la ou criá-la. Conclui-se então que, a energia total de um sistema isolado é sempre a mesma, isto é, constante. Forças conservativas: Forças conservativas não modificam a energia mecânica do sistema. Alguns exemplos de forças conservativas são: a força peso que transforma energia potencial gravitacional em energia cinética e a força de uma mola que transforma a energia elástica em energia cinética. Forças dissipativas: As forças dissipativas transformam energia mecânica em outras formas de energia, como por exemplo. Sempre que houver atrito, uma parte da energia mecânica vai ser transformada em calor e som. Por isso o atrito ou a resistência do ar (presenciado nesse experimento) são exemplos de forças dissipativas. 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Materiais Foram utilizados os seguintes materiais no experimento: Trilho de ar: Marca: PHYWE; Faixa nominal: 1 a 200 mm; Precisão: 1 mm/ Erro: 0,5 mm. Compressor de ar: Marca: PHYWE. Carrinho metálico. 4 massas de 10 g e 1 massa de 5 g. Cronômetro digital: Marca: Cidepe; Precisão: 0,000050s; / Erro: 0,000025s; Fundo de escala: 99,99995s. 2 sensores ópticos. 1 pedaço de papelão. 1 calço de madeira. 1 trena: Marca: Brasfort; Faixa nominal = {13...3000}mm. 1 balança digital: Faixa nominal = {0...5100}g; Precisão: 0,1g; Erro: 0,05g. 2.2 Modelo Metodológico Para começar o experimento, tivemos que realizar algumas medições antes. Primeiramente, medimos a menor aresta do calço, que foi utilizado para inclinar o trilho de ar, e depois foi feita a medição da distância entre as bases do trilho. Calculamos o seno da inclinação feita pelo calço. Com isso, medimos a massa do carrinho com a placa metálica usada para ativar os sensores, e logo depois medimos a massa do mesmo carrinho com um anteparo de papelão ao invés da placa metálica. A massa do carrinho com o anteparo foi maior do que apenas com a placa metálica. Assim, para que houvesse diferença mínima de peso, usamos lastros colocados no carinho no momento em que ele estava com a placa de metal. Começando o experimento, dispúnhamos de dois sensores ópticos. De inicio, os posicionamos nas posições de 20cm e 35cm no trilho de ar. Ligamos o compressor de ar, posicionamos o carrinho (com a placa de metal) na parte elevada do trilho e o soltamos. Os tempos marcados referentes as posições foram anotados na tabela 1. O procedimento foi repetido certas vezes, sempre posicionando os sensores com 15cm de intervalo até chegar a 170cm, assim preenchendo a tabela 1. A coluna t(med) foi preenchida com a ajuda da equação do tempo médio e a coluna v(med) foi feita com o auxílio da equação da velocidade média. O lastro foi retirado do carrinho e a placa metálica foi substituída pelo anteparo de papelão. As mesmas etapas foram repetidas, porém desta vez a tabela 2 foi preenchida. Utilizando o programa SciDAVis, construímos dois gráficos. No primeiro foram utilizados o t(med) da Tabela 1 no eixo X, e v(med) no eixo Y, e em seguida ajustamos uma reta aos pontos gerados. No segundo, também foram utilizados o t(med) no eixo X, e v(med) no eixo Y, mas retirados da Tabela 2. No segundo gráfico ajustamos a função y = A + B*exp(C*x) aos pontos e anotamos os valores dos coeficientes A, B e C na folha de dados. Todos os procedimentos realizados no experimento foram feitos de acordo com a capacidade dos instrumentos e materiais disponíveis para que houvesse uma otimização dos resultados e das medidas. 2.3 Obtenção dos Dados Todos os dados foram obtidos no dia 24 de setembro de 2015, no Laboratório de Física da Universidade Federal de Itajubá. Após o término da primeira parte, na qual o carrinho se movimentou sem a vela, foi criada uma tabela com dados como velocidade média, tempo, tempo mediano, deslocamento, e seus respectivos erros, que pode ser observada a seguir: Tabela 1 – carrinho com placa metálica Fonte: LDFI - UNIFEI Foi também criada uma tabela idêntica à primeira para a segunda parte do experimento, onde ocorreu o movimento com a presença do arrasto. Tabela 2 – carrinho com anteparo Fonte: LDFI – UNIFEI 2.4 Análise dos Resultados Comparando as tabelas observamos as diferenças entre as forças dissipativas ocasionadas por ambos, anteparo e placa metálica. No movimento com a placa, a velocidade média é sempre crescente devido a inclinação do trilho. Já com o anteparo, inicialmente a velocidade cresce, mas logo em seguida diminui por causa da dissipação de energia cinética. Para melhor análise dos dados, foram feitos dois gráficos utilizando o SciDavis. Gráfico 1 – Tempo mediano x Velocidade média (Tabela 1) Fonte: LDFI – UNIFEI. Gráfico 2 – Tempo mediano x Velocidade média (Tabela 2) Fonte: LDFI – UNIFEI Ajuste da função: y = A + B exp(C,x) A = 0,8636 +/- 0,1536 B = -0,6408 +/- 0,1309 C = -0,4027 +/- 0,1771 Analisando os gráficos, percebe-se que no primeiro (movimento com placa) a função é quase linear, pois a velocidade sempre aumenta. Já no segundo caso (movimento com anteparo) repara-se uma pequena concavidade, denotando a presença de forças dissipativas. 3. DISCUSSÃO DO MÉTODO E DOS RESULTADOS Tendo os gráficos e os dados, foi possível entender a diferença na aceleração e na velocidade do carrinho quando havia o anteparo. O arrasto causado pelo papelão causou diminuição na aceleração e consequente diminuição na velocidade. Essa força dissipativa atua na mesma direção do deslocamento e no sentido oposto a este. Quanto menor sua intensidade, maior é a velocidade. Assim, podemos concluir que a diferença das velocidades se da inteiramente por causa do arrasto, uma vez que todas as outras condições foram mantidas. Com a utilização do compressor de ar foi possível reduzir consideravelmente o atrito entre o carrinho e o trilho de ar. Para um experimento mais preciso seria necessário maior número de sensores e possivelmente uma balança mais precisa. Equação do tempo médio: Equação do velocidade média: Vm = ∆s/∆t A equação da reta ajustada é: y = A*X + B; A = Coeficiente angular; ds/dt = velocidade; B = Coeficiente linear. Partimos do pressuposto que o movimento realizado pelo carrinho foi MUV. Aceleração: Px = m * g * senθ Px = m * a m * a = m * g * senθ g = 9,78520 m/s2 senθ = sen(i) = 0,023 Erro sen(i) = 0,002 a = g * senθ a = 9,78520*0,023 a = 0,225 O erro de ‘a’ pode ser calculado por Erro(a) = g * erro[sen(i)] Erro(a) = 9,78520 * 0,002 Erro(a)= 0,0196 Aceleração = (0,225 +/- 0,020) m/s2 4. CONCLUSÕES Analisando os gráficos e os dados do experimento como um todo é possível concluir que a atividade foi válida, uma vez que nos ajudou a enxergar a ação das forças dissipativas em um corpo acelerado. Conseguimos compreender melhor como se da a relação entre o arrasto do anteparo em relação à velocidae e à aceleração do objeto em movimento. Concluimos que a força de arrasto na verdade não depende da massa do objeto, mas sim de sua geometria e velocidade, já que em ambos experimentos as massas mantiveram-se constantes enquanto a mudança na aceleração provocou mudança de velocidade. 5. REFERÊNCIAS SILVA, Domiciano Correa Marques Da. "Forças conservativas e forças dissipativas"; Brasil Escola. Disponível em <http://www.brasilescola.com/fisica/forcas-conservativas-forcas-dissipativas.htm>. Acesso em 07 de outubro de 2015. NETO, Luiz Ferraz. “Forças dissipativas”; Feira de Ciências. Disponível em <http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/05_RE_13.asp>. Acesso em 07 de outubro de 2015.
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