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ESQUISTOSSOMOSE Protozoários Helmintos Platyhelminthes Nematoda Sarcomastigophora Apicomplexa Ciliophora Mastigophora Sarcodina Artrópodes Insecta Arachnida Classe Trematoda Cestoda Schistosoma haematobium • África e Oriente médio Schistosoma japonicum • China, Japão, Filipinas e sudeste asiático Schistosoma mansoni • África e América do Sul Importância - Doença endêmica em 76 países Ásia, África, América - S. mansoni em 55 países - Cerca de 220 milhões de infectados - Brasil - doença importada com o tráfico de escravos - No Brasil, a doença é popularmente conhecida como "xistose", "barriga-d'água" ou "mal-do-caramujo", - 7 milhões de infectados - 25 milhões em risco - Doença em expansão. Schistosoma mansoni - ♂ e ♀ hermafroditas - Duas ventosas, oral e ventral (acetábulo) - Apenas um orifício (Boca) - Tegumento com duas camadas - Glicocálix - Musculatura não estriada, lenta Radial, Longitudinal, Oblíqua - Sem pseudoceloma ou celoma - Sem sistema circulatório - Sistema nervoso 2 gânglios cerebrais 3 pares de cordões longitudinais Terminações nervosas sensoriais (ventosas) O parasito - Localização dos vermes adultos -Lúmen das veias do plexo hemorroidário superior -Veias mesentéricas - Podem viver no homem por até 30 anos - Hospedeiro definitivo (Homem e outros mamíferos) - 5 estágios larvários -Miracídio -Esporocisto -Rédia -Cercária -Esquistossômulo O parasito adulto -♂ 1cm x 0,11 cm de largura (canal ginecóforo) -♀ 1,6 cm x 0,016 cm - Macho produz polipeptídeo - Sangue venoso - Anaeróbios Schistosoma mansoni - Morfologia • Dimorfismo sexual Macho: 1cm (0,1cm de espessura) Fêmea: 1,2- 1,6cm (0,016cm de espessura) Fêmea Macho Ventosa ventral ou acetábulo Ventosa oral Canal ginecóforo • Vivem no interior de vasos sanguíneos (intestino ou reto) de mamíferos Ovos liberados nas fezes de indivíduos infectados (contaminação da água) O ovo- 180 µm x 70 µm - 300 ovos / dia - 1 ovo por vez - Colocados nas veias mesentéricas - Camada esclerotizada - Viáveis por 2-5 dias - Hipotonicidade do meio O ovo O Miracídio - 160 µm x 60 µm - Epitélio ciliado - Deslocamento 2 mm/s ( Pessoa 1,70 m nadar 50 m em 2s) - Cone, glândulas adesivas, glândula de penetração - 1 a 2 m de água - 12-24 horas de vida - Quimiotropismo para os moluscos. - Invade o tegumento do molusco O Esporocisto - Miracídio perde o epitélio ciliado - Perde o complexo apical - 8 dias para se desenvolver - Hepatopâncrias e ovostéstis do molusco - 1,5 x 0,075 mm - 2 semanas forma 20 a 40 esporocistos filhos (rédias) - Esporocistos esporocisto II - cercárias esporocisto III - cercárias Hospedeiro Intermediário Biomphalaria Principais espécies : Biomphalaria glabrata – Américas B. tenagophila – Sul do Brasil B. straminea – Nordeste do Brasil Transmissão • moluscos de água doce ou levemente salobra • pequenas porções de água parada ou fraca correnteza, luz e pouca poluição • miracídios penetram por partes descobertas • miracídios > cercárias A Cercária - Saem das rédias e vão para a circulação - Pseudobrânquias e manto (vesículas) - Corpo (0,2 mm) e cauda bifurcada no final (0,32 mm) - Glândulas de penetração e esboços embrionários - Proteases (penetração ativa) - Saída nos períodos mais iluminados do dia - 1000 a 3000 cercárias/ dia - Superfície da água e duram de 8 a 2 horas vo: Ventosa oral es: Esôfago ce: Ceco oc: Ocelos gp: Glândula de penetração vex: Vesícula excretora ca: Cauda fu: Furca O Esquistossômulo - Cercárias invadem a pele e perdem a cauda - Vermiforme - Até 2 dias na pele - Circulação – Coração – Pulmão – Fígado (8 dias) - No pulmão podem ficar retidos - No sistema porta hepático (4 semanas) - Formação dos casais O Esquistossômulo Importante! Cercária - pele > Esquistossômulo - circulação geral - Sistema Porta Hepático > adultos acasalados - Veia Mesentérica Inferior (habitat) Migração do Parasita no Hospedeiro Localização do parasito O ciclo biológico Ciclo Biológico (S. mansoni) Pearce & MacDonald, 2002 Hospedeiro Invertebrado (replicação asexuada) Cercária: • Dermatite cercariana Patogenia por forma Ferro (2,5mg/dia) - anemia; alteração da função imunológica; - apatia; redução de atenção Ação espoliadora Ferro e glicose Glicose - perda de peso Vermes adultos Patogenia por forma • São os elementos fundamentais da sintomatologia da esquistossomose. • Ferimentos no epitélio intestinal. Ovos Patogenia por forma Granuloma Patogenia por forma Manifestações clínicas Fase aguda • febre, acompanhada de calafrios, sudorese, emagrecimento, fenômenos alérgicos, diarréia, cólicas, tenesmo, hepatoesplenomegalia discreta e alterações discretas das funções hepáticas. • pode levar o paciente à morte ou evoluir para a forma crônica. Manifestações clínicas Fase crônica 1. intestino: • Diarréia mucosanguinolenta, dor abdominal e tenesmo. • fibrose na alça retossigmóide, levando à diminuição do peristaltismo e constipação constante. Manifestações clínicas 2. fígado: • Granulomas hepáticos provocam obstruções nos ramos intra-hepáticos da veia porta, levando à hipertensão portal. • A hipertensão leva a esplenomegalia, varizes e ascite. Manifestações clínicas Lesões cardiopulmonares - Ovos nos pulmões - Obstrução da circulação - ↑ pressão local - Hipertrofia cardíaca e dilação do coração - ↑ volume dos vasos - Shunt artério venoso Síndrome cianótica Esplenomegalia Manifestações clínicas Sistema Porta Hepático Fase crônica - Reação imunológica contra os ovos - Aproximadamente metade dos ovos ficam no hospedeiro - Ovos localizados no Fígado Macrófagos – Eosinófilos – Linfócitos Fusão de macrófagos (gigantócitos) Fibras reticulares e colágeno Fibroblastos Calcificação Fusão de vários processos inflamatórios - Fibrose peritonial - Hepatosplenomegalia - Lesões cardiopulmonares - Tumorações - Lesões renais e neurológicas Outras lesões - Tumorações esquistossomóticas Intestinos - Lesões renais - Lesões neurológicas Ovos no sistema nervoso Vermes adultos Epidemiologia Epidemiologia • 230 milhões de infectados em todo o mundo; maior parte assintomáticos • ~20 milhões de pessoas apresentam as formas severas da doença • 280 mil mortes por ano • 80-90% de todos estes casos estão concentrados na África 2011 Distribuição no Brasil • 5-6 milhões de pessoas infectadas • focos isolados em vários estados • todas as faixas etárias PE: 13,85% AL: 21,05% SE: 2,57% (2002) Resposta imune - Imunidade contra cercárias e esquistossômulos - Imunidade concomitante - Parasitos adultos - Controle de reinfecções - VACINAS Resposta do parasito - Modificação do tegumento da larva - Modificação do tegumento do adulto - Presença de antígenos do hospedeiro no parasito Diagnóstico Clínico: • anamnese, levando-se em conta a fase e a epidemiologia da doença. Laboratorial: a) Parasitológico ou direto • visualização de ovos do parasito nas fezes ou nos tecidos do hospedeiro. • Métodos: exame de fezes e biópsia retal. Métodos indiretos: 1. Intradermoreação; 2. Reação de imunofluorescência indireta; 3. Método imunoenzimático ou ELISA; 4. Reação em cadeia da polimerase(PCR); 5. Diagnóstico por imagem. Diagnóstico Tratamento Praziquantel (Biltricide) Taxa de cura: 78% Oxaminiquina (Mansil) Taxa de cura: 95% Aumenta permeabilidade das membranas dos parasitas a íons cálcio, induzindo contração e paralisia Resulta na contração e paralisia dos vermes e eventual deslocamento das vênulas do mesentério e morte. Age principalmente nos machos, deslocando-os para o fígado (sujeitos a resposta imune) Schistosoma mansoni: efeito do praziquantel • Identificação e tratamento dos criadouros de importância epidemiológica; • alterações ambientais Controle dos vetores • controle biológico ou/e aplicação de moluscicidas (Niclosamida, N-tritilmorfolina e moluscicidas de origem vegetal) Fatores que influenciam a presença e a expansão da esquistossomose • Clima tropical do país; • A grande quantidade de habitat aquáticos funcionam como criadouros de moluscos; • As altas temperaturas e a luminosidade; • A condição fundamental para o estabelecimento de um foco de transmissão seria a contaminação do criadouro dos caramujos com fezes contendo ovos viáveis. O homem é o reservatório da doença (hosp. definitivo) • Idade, raça, sexo (sem diferenças) Fatores ligados a população humana • Atividades profissionais (modificações ambientais) • Condições de vida precárias • Migrações internas; • Educação sanitária precária ou inexistente; • Ausência de infraestrutura sanitária adequada • Disseminação de Biomphalaria susceptíveis. Profilaxia As medidas profiláticas gerais são: Educação sanitária para crianças (bons hábitos de higiene); Trabalho de conscientização com a comunidade; Tratamento periódico da população em risco, em larga escala ou seletivo; Melhoramento dos serviços de saúde pública; Saneamento Básico; Controle do vetor (N-tritilmorfolina). Profilaxia É uma doença tipicamente condicionada pelo fator sócio- econômico precário que atinge a maioria da população brasileira. Referências CHIEFFI, P. P. Parasitoses Intestinais: diagnóstico e tratamento. São Paulo: Lemos Editorial, 2001. DE CARLI, G. A. Parasitologia Clínica: seleção de métodos e técnicas de laboratório para o diagnóstico das parasitoses humanas. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2007. NEVES, D. P. ; et al. Parasitologia Humana – 12 ed.- São Paulo : Atheneu, 2011 Imagens http://www.gefor.4t.com/parasitologia/toxoplasmagondii.html
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