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RICARDO RAMIREZ 05DN TRABALHO DE DIREITO CIVIL IV Formação de Contratos celebrados por meio eletrônico e Formação pelo CDC. UNIFOZ 2015 O CONTRATO ELETRÔNICO é o tipo de acordo celebrado entre as partes em que elas não estão presentes no local específico, ou seja, não presencial. É celebrado por computadores ou outros meios de acesso à rede mundial de computadores. Por email, via formulário no website da contratada, via intranet ou extranet ou algum outro modo onde a contratada fornece os meios para essa celebração junto do contratante. O contrato eletrônico não exige assinaturas, digitais ou reconhecidas, toda a responsabilidade da transação fica atribuída para a contratada e seus parceiros, no caso de compras pela internet. As regras que controlam essa transação eletrônica são regidas pelo CDC e são praticamente as mesmas para o lado do fornecedor em geral. Para o consumidor é determinado a aplicação da lei de domicilio do contratante, ou seja, vale o seu local de assinatura e não o da contratada. De um lado a manifestação de vontade do outro a oferta, que são bases essenciais para a celebração de um contrato, são elementos que se encontram por um meio digital internet e formam a ACEITAÇÃO de um acordo, pode ser expressa ou tácita. O objeto deve ser lícito e possível, assim como rege as leis de contrato. Esse tipo de contrato é subdivido em algumas formas: - CONTRATOS INTERSISTEMATICOS, são as contratações que são celebrados por sistemas de computador e com sistemas de computador automaticamente sem a ação de pessoa física. As negociações entre as partes são feitas antes. Ex: B2b, onde somente autorizados têm os acessos para a relação. - CONTRATOS INTERPESSOAIS, neste modo existe uma comunicação entre as partes seja ela por email ou chat para a celebração das vontades e a aceitação. Feitos tanto por PJ x PJ quanto PF x PJ. - CONTRATOS INTERATIVOS, é a famosa compra feita na internet, onde existe a oferta de um produto para compra e o contratante vislumbra vontade de compra e efetua todo procedimento no website da contratada, na ferramenta que a contratada disponibiliza para a venda dessa transação. NO CDC O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR estabelece algumas regras para esses contratos, assim como a LICC. Destaco o DIREITO DE ARREPENDIMENTO, um dos mais importantes, onde o contratante tem 7 dias para devolver ou renunciar sua vontade expressada no momento anterior. Podendo assim ter seu dinheiro restituído integralmente e devolver o objeto acordado. Isso acontece muito em compras em lojas virtuais, e pelo fato de ter o acesso direto ao objeto. O art. 49, caput, do CDC, "dispõe: O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio". O CDC ainda estabelece outras normas para garantir os direitos entre as partes, e o consumidor sendo hipossuficiente nesta relação tem seus direitos garantidos de forma mais abrangente, tirando boa parte das responsabilidades sobre essa relação contratual. A empresa que oferece o produto ou serviços têm as obrigações de informar, de assegurar e proteger os dados que transitam nessa relação. Ainda deve se responsabilizar integralmente pelo produto e sua qualidade e garantia. O fornecedor não deve se negar e omitir informações sobre o objeto ou serviço que esta oferecendo. Deve ainda manter os preços conforme anunciados, assim como em celebrações presenciais. Nesse estudo feito, concluo que contratos celebrados eletronicamente ainda precisam de segurança, os dados enviados nessa transação ainda são objetos de estudo para que consumidores não sejam prejudicados. Quanto a segurança jurídica na relação entre contratante e contratada, já existem normas que estabelecem toda a relação, basta cada um saber do que se tem direito ou não, e de que lado se refere. Como profissional na área de tecnologia, vejo de forma técnica e operacional e as sanções sobre esse desvio de informação e dados de compradores são ainda muito vulneráveis. Se, a empresa perde ou usa esses dados para alguma coisa que não seja para essa relação contratual, as sanções são muito irrelevantes comparados ao ganho que ela terá. Ela usa esses para diversos fins. O comportamento, o que ele compra, como ele paga, sua forma física, seus prazeres e etc... são dados que são muito relevantes para seus parceiros comerciais, e muito mais valioso que o lucro obtido pela compra e/ou contrato celebrado por esse contratante. As redes sociais fazem isso com frequência, sem comprar e vender nada. REFERÊNCIAS CDC - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm - Acessado em 06/10/2015 Fábio Ulhôa Coelho. Manual de Direito Comercial, 16. ed. rev. e atual., São Paulo: Saraiva, 2005.
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