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AN02FREV001/REV 4.0 56 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 57 CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO MÓDULO III Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 58 MÓDULO III 4 SEGURADOS E DEPENDENTES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 4.1 PREVIDÊNCIA SOCIAL A previdência social é um dos ramos da Seguridade Social em que estão incluídas a assistência e a saúde, como já vimos anteriormente. A previdência social tem como fonte legal a Constituição Federal (CF), especialmente nos artigos 201 e 202. Assim, conforme o art. 201, “a previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei”. O caráter contributivo no pagamento das contribuições para o custeio do sistema funciona da seguinte forma: somente quem contribuiu adquire condição de segurado da Previdência Social e, cumpridas as respectivas carências, terá direito aos benefícios previdenciários. Na previdência social, a filiação é obrigatória porque quis o legislador constituinte, de um lado, que todos tivessem cobertura previdenciária e, de outro, que todos contribuíssem para o custeio. Os critérios de organização do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) devem preservar o equilíbrio financeiro e atuarial. Regra extremamente importante porque as contribuições previdenciárias formam um fundo destinado ao financiamento das prestações. É preciso que a administração desse fundo, bem como a instituição, majoração e concessão das prestações façam com que o sistema não se torne deficitário. Assim, as contingências geradoras das necessidades que terão cobertura previdenciária são as enumeradas nos incisos I a V do art. 201 da CF como: doença; AN02FREV001/REV 4.0 59 invalidez; morte e idade avançada; proteção à maternidade, especialmente a gestante; proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; pensão por morte do segurado, homem ou mulher, o cônjuge ou companheiro e dependentes, sempre observando o disposto no § 2° (renda mensal nunca inferior a um salário mínimo). E, de acordo com o art. 202, O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar. (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988). Dessa forma, a previdência social tem caráter contributivo, que é o meio de assegurar ao trabalhador, com base no princípio da solidariedade, benefícios ou serviços quando seja atingido por uma contingência social segundo os artigos 201 e 202 da Constituição Federal. Infraconstitucionalmente, temos ainda as leis 8.212/91 (Lei Orgânica da Seguridade Social) e a lei 8.213/91 (Regime Geral da Previdência Social); estando a última regulamentada pelo decreto 3.048/99 e Instruções Normativas expedidas pelo Ministério da Previdência Social. O RGPS é o regime de previdência mais amplo, responsável pela cobertura da maioria dos trabalhadores brasileiros. Toda pessoa física que exerça alguma atividade remunerada é, obrigatoriamente, filiada a este regime previdenciário, exceto se esta atividade já gera filiação obrigatória a determinado regime de previdência. Ainda temos outros regimes previdenciários, como o regime próprio, organizado pelos Estados e municípios e a Previdência Complementar. AN02FREV001/REV 4.0 60 4.1.1 Finalidade e os princípios básicos da previdência social A finalidade principal é assegurar ao trabalhador/segurado uma renda mensal quando o mesmo for acometido de contingências decorrentes de idade avançada, invalidez, doença, acidente, bem como amparar seus dependentes nos casos de morte e prisão do segurado. Diferentemente do que ocorre com a assistência social e com a saúde, para que uma pessoa tenha direito aos benefícios concedidos pela previdência social, deverá ter contribuído por determinado período. O artigo 2º da Lei 8.213/91 nos mostra os seguintes princípios e objetivos: I - universalidade de participação nos planos previdenciários; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios; IV - cálculo dos benefícios considerando-se os salários de contribuição corrigidos monetariamente; V - irredutibilidade do valor dos benefícios de forma a preservar-lhes o poder aquisitivo; VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário de contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado não inferior ao do salário mínimo; VII - previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional; VIII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação do governo e da comunidade, em especial de trabalhadores em atividade, empregadores e aposentados. Parágrafo único. A participação referida no inciso VIII deste artigo será efetivada a nível federal, estadual e municipal. (LEI 8.213, 1991). 4.1.2 Filiação e inscrição Filiação é o vínculo que se estabelece entre o segurado e a previdência social, constituindo uma relação da qual decorrem direitos e obrigações para ambas as partes. A filiação à previdência social decorre automaticamente do exercício de atividade remunerada para os segurados obrigatórios e da inscrição formalizada com o pagamento da primeira contribuição para o segurado facultativo. AN02FREV001/REV 4.0 61 A anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) vale para todos os efeitos como prova de filiação à Previdência Social, relação de emprego, tempo de serviço e salário de contribuição, podendo, em caso de dúvida, ser exigida pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a apresentação dos documentos que serviram de base à anotação. Nem sempre a filiação depende de um ato formal, praticado entre a autarquia e o segurado. É o caso dos segurados com contrato de trabalho anotado na CTPS. Para estes, a simples anotação na carteira já os torna filiados ao RGPS. Para outros, entretanto, há necessidade de um ato formal perante o INSS, para que se aperfeiçoe a filiação ao RGPS. Esse ato formal, pelo qual se dá a apresentação do interessado ao INSS, denomina-se inscrição. É o que devem fazer os segurados contribuintes individuais e os facultativos. Considera-se inscrição de segurado para os efeitos da Previdência Social o ato pelo qual o mesmo é cadastrado no Regime Geral de Previdência Social, mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis à sua caracterização. 4.2 SEGURADOS DA PREVIDENCIA SOCIAL A expressão “segurado” está bem empregada porquea Previdência Social é o ramo da seguridade social que mais se assemelha ao seguro, uma vez que é eminentemente contributiva. Segurados são pessoas físicas que contribuem para a Previdência, gozando em contrapartida dos benefícios que ela oferece. A Lei 8.213 relaciona as pessoas físicas que, obrigatoriamente, devem ser seguradas da Previdência Social: são os segurados obrigatórios, cujo rol esta no artigo 11. A outros, porém, facultou o ingresso no sistema, e o fez por razões diversas, como a natureza das atividades ou qualidade da pessoa. São os segurados facultativos, na forma do art. 14. AN02FREV001/REV 4.0 62 4.2.1 Segurados obrigatórios Segurados obrigatórios são aqueles que a filiação ao RGPS não depende de suas vontades, ou seja, a lei é que os obriga a se filiarem. Há as seguintes espécies de segurados obrigatórios: empregado, empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial. A legislação previdenciária define o segurado empregado utilizando, a princípio, uma definição genérica, enquadrando-o inicialmente conforme conceito semelhante ao da legislação trabalhista (art. 3° da CLT), para depois, especificar situações casuísticas em relação às quais a previdência confere o mesmo efeito jurídico. Sendo assim, de acordo com o art. 11 I, da Lei 8.213/91, filia-se obrigatoriamente ao RGPS, na qualidade de segurado empregado: a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado. Serviço prestado em caráter não eventual é entendido como aquele relacionado direta ou indiretamente com as atividades normais da empresa, conforme o art. 9°, § 4°, do RPS. Assim, um encanador, contratado por uma instituição financeira, para consertar um cano que estourou, presta um serviço eventual, pois esse tipo de serviço não está relacionado de forma direta e nem indireta com as atividades normais da empresa contratante. Neste caso, trata-se de uma atividade ocasional ou eventual. Se os serviços prestados pelo trabalhador são eventuais, este não é empregado, mas sim trabalhador eventual. A subordinação significa que o trabalhador está sujeito ao poder de direção do empregador. O empregado se sujeita a receber ordens do empregador, ou seja, a ser comandado pelo empregador. Se não houver subordinação, o trabalhador não será considerado empregado, e sim, trabalhador autônomo. É importante frisar que o trabalhador eventual, como o autônomo, também são assegurados obrigatórios do RGPS, porém como contribuintes individuais. AN02FREV001/REV 4.0 63 O empregado tem o dever de prestar os serviços e o empregador deve pagar a remuneração em retribuição aos serviços prestados, pois o salário é um dos pressupostos da relação de emprego, segundo a CLT. O dispositivo também faz referência ao diretor empregado. Os diretores das sociedades anônimas podem ser diretor empregado ou diretor não empregado. Ambos são segurados obrigatórios do RGPS, sendo que o diretor empregado é segurado empregado, e o diretor não empregado é contribuinte individual, conforme a Lei 8.213/91, art. 11, V, f. O RPS diferencia um do outro, da seguinte forma: diretor empregado é aquele que participa ou não do risco econômico do empreendimento, seja contratado ou promovido para cargo de direção, mantendo as características inerentes à relação de emprego conforme o art. 9°, § 2°, do RPS; diretor não empregado é aquele que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja eleito, por assembleia geral dos acionistas, para cargo de direção, não mantendo as características inerentes à relação de emprego conforme o art. 9°, § 3°, do RPS. b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas; Este dispositivo trata de trabalhador temporário, regido pela Lei 6.019/74. O trabalhador temporário presta serviço à empresa de trabalho temporário, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores devidamente qualificados. O trabalho temporário é utilizado apenas em duas situações: para atender à necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente. É o caso, por exemplo, em que a empresa contrata, por intermédio da empresa de trabalho temporário, ou seja, um trabalhador temporário para substituir uma pessoa que está em férias ou que ficou doente; AN02FREV001/REV 4.0 64 ou a acréscimo extraordinário de serviços. Ocorre, por exemplo, quando uma empresa comercial, durante as festas de Natal e Ano Novo, em razão do aumento de suas vendas, contrata trabalhadores temporários. O contrato de trabalho temporário com relação a um mesmo empregado não poderá exceder de três meses, salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho, pois esse órgão expediu Instrução Normativa regulamentando esse dispositivo, estabelecendo a possibilidade de prorrogação automática desse tipo de contrato. (6.019/74, art. 10). c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior; Por exemplo: Priscila, pessoa física domiciliada no Brasil, foi contratada, no Brasil, por uma empresa brasileira, denominada Banco X, para trabalhar como empregada em uma agência bancária situada na Argentina e pertencente ao referido banco. Nessa situação, Priscila é segurada empregada do RGPS. d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluído o não brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular. Por exemplo: Douglas é empregado do Consulado dos Estados Unidos, em funcionamento na cidade de Recife. Nessa situação, Douglas pode ou não ser segurado do RGPS. Se Douglas for estrangeiro, sem residência permanente no Brasil, está excluído do RGPS; mas se Douglas for brasileiro, e esteja amparado por um regime de previdência dos Estados Unidos, também está excluído do RGPS. No entanto, se Douglas for brasileiro e não for amparado por regime de previdência dos Estados Unidos, então será segurado empregado do RGPS. Se Douglas for estrangeiro, com residência permanente no Brasil, e não for amparado por regime de previdência dos Estados Unidos, então, nessa situação Douglas também será segurado empregado do RGPS. AN02FREV001/REV 4.0 65 e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio; Nesse dispositivo, encontramos duas situações, como veremos a seguir: na primeira situação, por exemplo: Sérgio, brasileiro domiciliado em Paris, foi contratado, na França, pela União (ou seja, o governo federal brasileiro) para trabalhar na embaixada brasileira em funcionamento naquele país. Nessa situação, Sérgio é segurado empregado do RGPS, salvo se segurado na forma da legislação francesa; na segunda situação, para ser segurado empregado é necessário que o trabalhador trabalhe,no exterior, para a União, em organismos oficiais internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo (ONU, OIT, etc.); se o obreiro trabalhar diretamente para o organismo oficial internacional, nessas mesmas condições, também será segurado obrigatório do RGPS, mas na categoria de contribuinte individual. O dispositivo exclui o brasileiro militar, pois tem regime próprio de previdência. f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença à empresa brasileira de capital nacional. Por exemplo, Tais S.A. é uma empresa brasileira que detém a maioria do capital votante da empresa DSS S.A., que é domiciliada na França. Pedro, argentino domiciliado no Brasil, foi contratado no Brasil para trabalhar na França como empregado da empresa DSS S.A. Nessa situação, Pedro é segurado obrigatório do RGPS, na qualidade de empregado. g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais. Este dispositivo cuida do servidor que exerce, de modo exclusivo, cargo em comissão, sem ocupar cargo efetivo que o vincule a regime próprio de previdência AN02FREV001/REV 4.0 66 social, aplica-se também ao ocupante de cargo de ministro de Estado, secretário estadual, distrital ou municipal, sem vínculo efetivo com a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, ainda que em regime especial, e fundações, conforme o art. 9°, § 16, do RPS. h) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante de emprego público (art. 9° § 16 do RPS). O regime de emprego público é disciplinado pela Lei 9.962/ 2000. O art. 1° desta lei prevê que esses servidores serão regidos pela CLT e o art. 2° dispõe que a contratação desse pessoal deverá ser precedida de concurso público, de provas e títulos, conforme a natureza e a complexidade do emprego. O servidor ocupante de emprego público, independentemente da esfera de governo onde trabalhe (União, Estado, DF ou município), é segurado obrigatório do RGPS, na qualidade de segurado empregado. i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social. Por exemplo: as organizações internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) ou a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que contratam empregados para trabalhar em suas repartições em funcionamento no Brasil. Nessa situação, esses trabalhadores são segurados obrigatórios do RGPS, na categoria de segurado empregado. Mas se forem amparados por regime próprio de previdência social, estarão excluídos do RGPS. j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social. São os vereadores, prefeitos, deputados (estadual e federal), governadores, senadores e presidente da república. Eles são, em regra, segurados obrigatórios do RGPS, na categoria de segurado empregado. No entanto, se um servidor público amparado por regime próprio de previdência for eleito para exercer um desses AN02FREV001/REV 4.0 67 mandatos, nessa situação, continuará vinculado ao regime próprio de origem e, desse modo, excluído do RGPS. Há um diferencial quanto à situação previdenciária dos vereadores, pois, de acordo com o art. 38, III, da CF, se o vereador não tiver nenhum vínculo efetivo com o serviço público, filia-se somente ao RGPS. Então, de uma atenção ao art. 38, II e III, da CF. 4.2.2 Empregado doméstico O art. 11 da Lei 8.213/91 também coloca no rol de segurados obrigatórios o empregado doméstico, que “é aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos” (RPS, art. 9°, II). Atividade sem fins lucrativos e continuidade do serviço são pressupostos do emprego doméstico. Se um empregado doméstico passa a ser utilizado em atividade geradora de lucro para o empregador, passa a ser considerado segurado empregado. Já se a prestação do serviço doméstico for eventual, que é o caso da diarista, o trabalhador também não será empregado doméstico, mas sim contribuinte individual. Outro pressuposto do emprego doméstico é que o serviço seja prestado a uma pessoa física ou a uma família. Assim, quando o serviço é prestado a uma pessoa jurídica, não há o que se falar em empregado doméstico. Para o trabalhador ser considerado empregado doméstico é necessário que o serviço seja prestado no ambiente familiar do empregador, pois se estiver sendo utilizado fora do ambiente familiar, o trabalhador assumirá a condição de segurado empregado. O empregado doméstico pode fazer serviços internos ou externos, desde que direcionados ao bem-estar da família, como por exemplo: o motorista particular. Também pode ser considerado empregado doméstico aquele que vai com o patrão e sua família passar férias ou finais de semana, por exemplo: casa de praia, campo, sítio, etc. AN02FREV001/REV 4.0 68 4.2.3 Contribuinte individual O art. 11 da Lei 8.213/91 também coloca no rol de segurados obrigatórios, o contribuinte individual, que pode ser: a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 9 o e 10 deste artigo. (Redação dada pela Lei n°11.718 de 2008). (LEI 8.213/91). Contribuinte individual é a categoria de segurado criada pela Lei 9.876/99, reunindo, assim, as antigas espécies de segurados, empresário autônomo e equiparado a autônomo. Apesar de exercer atividade agropecuária, pesqueira ou extrativista, a pessoa não se enquadra como segurado especial. b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral – garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua. O garimpeiro, quando exercia suas atividades individualmente ou em regime de economia familiar (sem utilização de empregado), era considerado segurado especial. A Lei 8.398/92 deu nova redação a esse dispositivo legal, retirando o garimpeiro da condição de segurado especial. De acordo com a legislação atual, o garimpeiro, mesmo sem empregados, é contribuinte individual, e não mais segurado especial. Assim, o garimpeiro será contribuinte individual quando explorar suas atividades diretamente ou por intermédio de preposto. Sendo o garimpeiro empregado de outrem, será, obviamente, segurado empregado e não contribuinte individual. AN02FREV001/REV 4.0 69 c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa (redação dada pela Lei 10.403, de 2002). Os ministros de profissão são aqueles que consagram sua vida a serviço de Deus e do próximo, com ou sem ordenação, dedicando-se ao anúncio de suas respectivas doutrinas e crenças, à celebração dos cultos próprios, à organização das comunidades e à promoção de observância das normas estabelecidas, desde que devidamente aprovadas para o exercício de suas funções pela autoridadereligiosa competente – como, por exemplo, os bispos, pastores e padres. Já os membros do instituto de vida sagrada, de congregação ou ordem religiosa são os que emitem ou professam voto, promessa feita pelos religiosos, devidamente aprovados pela autoridade religiosa competente – como, por exemplo, monges, freiras e freis. Não se considera como remuneração direta ou indireta os valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional com ministro de confissão religiosa, membros do instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa ou para sua subsistência desde que fornecidos em condições que independam da natureza e da quantidade do trabalho executado. Já que não recebem remuneração, a base de cálculo das contribuições previdenciárias destes religiosos será o valor por eles declarado, sempre observando os limites mínimo e máximo do salário contribuição. d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social (redação dada pela Lei 9.876, de 26 de setembro de 1999). Trata-se de brasileiro que presta serviço no exterior – como, por exemplo, na ONU, OIT, etc. ainda que contratado e domiciliado no exterior. Nesse caso, o contratante do serviço é o próprio organismo oficial internacional. Se o trabalhador fosse contratado pela União, seria segurado empregado e não contribuinte individual. Esse dispositivo exclui o brasileiro militar, pois tem regime próprio de previdência. AN02FREV001/REV 4.0 70 e) o titular de firma individual urbana ou rural; o diretor não empregado e o membro de conselho de administração de sociedade anônima; o sócio solidário; o sócio de indústria; o sócio-gerente e o sócio-cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural; e o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade; bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração (incluído pela Lei 9.876 de 1999). Esse dispositivo trata dos trabalhadores que, antes da vigência da Lei 9.876/99, eram considerados como segurados empresários. Atualmente, os trabalhadores são segurados obrigatórios do RGPS como contribuintes individuais. f) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego (incluído pela Lei 9.876, de 1999). Esse dispositivo cuida do trabalhador eventual, que é a pessoa que presta serviços esporádicos. É contratado para trabalhar diante de uma situação específica, ocasional – como, por exemplo, consertar encanamento, trocar uma instalação elétrica, pintar uma parede, etc. É subordinado, ou seja, está sujeito ao poder de direção do contratante. Terminando o trabalho, não retorna mais à empresa. Não há continuidade. g) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não (incluído pela Lei 9.876, de 1999). Este é considerado como autônomo. Pode ter natureza contínua, porém sem subordinação, pois ele trabalha por conta própria, assumindo os riscos de sua atividade econômica. São exemplos de trabalhador autônomo: o advogado, médico, dentista, etc. Mas nada impede, porém, que esses profissionais trabalhem como empregado, bastando, para isso, que eles prestem seus serviços de forma não eventual e com subordinação. Um advogado, por exemplo, pode ser contratado para prestar serviço para uma empresa três vezes na semana, sempre nos mesmos dias e horários predeterminados, que será considerado empregado e não autônomo. Diversamente, AN02FREV001/REV 4.0 71 será considerado trabalhador autônomo se couber ao próprio advogado definir os dias e os horários em que prestará os serviços, conforme sua conveniência e agenda. 4.2.4 Trabalhador avulso O art. 11 da Lei 8.213/91 também coloca no rol de segurados obrigatórios o trabalhador avulso, que é: “quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento”. Assim, o trabalhador avulso é aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou, quando se tratar de atividade portuária, do órgão gestor de mão de obra (OGMO). Alguns exemplos são: o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério; o ensacador de café, cacau, sal e similares; o carregador de bagagem em porto. O aspecto mais importante na caracterização deste segurado é a intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou do OGMO. Na atividade portuária, quem faz a intermediação é o OGMO, nas demais atividades, a intermediação é feita pelo sindicato da categoria profissional. Embora haja a intermediação obrigatória do sindicato ou do OGMO, para ser trabalhador avulso não é obrigatório que o obreiro seja sindicalizado. O sindicato pode intermediar a prestação de serviços de trabalhadores avulsos que não sejam sindicalizados. Conforme o art. 8°, V, da CF, “ninguém será obrigado a filiar-se ou manter-se filiado a sindicato”. Se o trabalhador prestar serviço sem vínculo empregatício a diversas empresas, sem a intermediação do sindicato ou do OGMO, não será considerado trabalhador avulso, mas, sim, contribuinte individual. São considerados trabalhadores avulsos: o carregador de bagagem em porto; o guindasteiro; o ensacador de café, cacau, sal; o amarrador de embarcação; o vigilante de embarcação; etc. AN02FREV001/REV 4.0 72 4.2.5 Segurado especial O art. 11 da Lei 8.213/91 também coloca no rol de segurados obrigatórios, o segurado especial. Os trabalhadores que são considerados como segurados especiais estão definidos no próprio texto constitucional, no art. 195, § 8°, da CF. O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988). É, portanto, a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros; podendo ser assim, o produtor, o parceiro, o meeiro, o arrendatário, o pescador artesanal e seus assemelhados, que exerçam essas atividades individualmente ou em regime de economia familiar, com ou sem auxílio eventual de terceiros, ou seja, de mutirão. Todos os membros da família, como cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 16 anos de idade ou a eles equiparados que trabalham na atividade rural, no próprio grupo familiar, também são considerados segurados especiais. O produtor rural que exerce atividade agropecuária (agricultura ou pecuária) somente será considerado segurado especial se a área da propriedade for de no máximo quatro módulos fiscais. Se superior a isso, o produtor rural torna-se contribuinte individual. O módulo varia de um município para outro. Assim, para efeito da caracterização do segurado especial, entende-se por: Proprietário Segundo o art. 1228 do Código Civil (CC), é aquele quetem a faculdade de usar, gozar e dispor do imóvel rural, e o direito de reavê-lo do poder de quem quer que injustamente o possua ou detenha. AN02FREV001/REV 4.0 73 Parceiro Aquele que tem contrato, escrito ou verbal, de parceria com o proprietário da terra ou detentor da posse e desenvolve atividade agrícola, hortifrutigranjeira ou pastoril, partilhando os lucros ou prejuízos, conforme pactuado. Possuidor Aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade de imóvel rural, conforme o art. 1197 do CC. Já o assentado é o beneficiário do programa de reforma agrária. Meeiro Aquele que tem contrato, escrito ou verbal, com o proprietário da terra e exerce atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, partilhando os rendimentos ou custos obtidos. A diferença entre parceiro e meeiro é que o primeiro aufere lucros e o segundo rendimentos, dividindo-os com o proprietário da terra. Lucro é o resultado positivo obtido no exercício, ou seja, as receitas menos as despesas. Rendimento é tudo o que foi recebido, vale dizer, o faturamento total. Arrendatário Aquele que, comprovadamente, utiliza a terra, mediante pagamento de aluguel, em espécie ou in natura, ao proprietário do imóvel rural, para desenvolver atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, individualmente ou em regime de economia familiar. Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes. Pescador artesanal Aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que não utilize embarcações, ou utilize embarcação própria, de até seis toneladas de arqueação bruta ou ainda com auxílio de parceiro, de até dez toneladas de arqueação bruta, AN02FREV001/REV 4.0 74 conforme o art. 9°, § 14, da RPS. Se a embarcação exceder os limites estabelecidos, o pescador torna-se contribuinte individual. Não é somente o chefe de família que é segurado especial, mas também o seu cônjuge ou companheira e seus filhos maiores de 16 anos, que deverão ter participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar. Desta forma, segurado é a pessoa física filiada ao RGPS. Ou seja, são sempre pessoas físicas, isto é, que contribuem para o regime previdenciário e, por isso, terão direito a prestações como benefícios ou serviços de natureza previdenciária. São sujeitos ativos da relação jurídica previdenciária, quando o objeto for benefício ou serviço de natureza previdenciária. Esses mesmos segurados, vistos sob o prisma do financiamento da seguridade social, são sujeitos passivos da relação jurídica de custeio. A relação e diferenciação desses segurados, como vimos, estão previstas nos artigos 11 a 13 da Lei 8.213, de 1991. 4.3 DEPENDENTES Dependentes dos segurados da previdência social são todas as pessoas enumeradas pelo art. 16 da Lei 8.213. A relação jurídica entre dependentes e INSS só se instaura quando deixa de existir relação jurídica entre este e o segurado, o que ocorre com a sua morte ou recolhimento na prisão. Não existe hipótese legal de cobertura previdenciária ao dependente e ao segurado, simultaneamente. Assim, são beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido. II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido. (LEI 8.213, 1991). AN02FREV001/REV 4.0 75 Dependente é aquele que, apesar de não efetuar nenhuma contribuição, faz jus a determinados benefícios previdenciários em virtude do vínculo mantido com o primeiro e do encargo por este suportado. Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições, ou seja, o benefício pensão por morte ou auxílio reclusão será dividido em cotas iguais. Quando o direito de um dependente cessar, a sua cota reverterá em favor daqueles que permanecerem com o direito. Assim, cada inciso corresponde a uma classe de dependentes, como veremos a seguir. Classe I – cônjuge a) O conceito de cônjuge é o mesmo da lei civil, ou seja, a pessoa casada, o marido e a mulher, unidos pelo casamento. Assim, tanto a esposa do segurado como o marido da segurada são beneficiários do RGPS na condição de dependentes. b) A companheira ou companheiro é a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada. Assim, para fins previdenciários, a companheira é a mulher que mantém união estável com o segurado. Companheiro é o homem que mantém união estável com a segurada de acordo com o parágrafo 5° do art. 16 do RPS. O INSS, por meio da Instrução Normativa n° 20, de 11 de outubro de 2007, regulamentou a situação dos companheiros homossexuais. Desta forma, o companheiro homossexual também está incluído na primeira classe dos dependentes do segurado. Ou seja, o companheiro ou a companheira homossexual de segurado inscrito no RGPS passa a integrar o rol dos dependentes, desde que comprovada a vida em comum, concorre, para fins de pensão por morte e de auxílio reclusão. c) Filhos são dependentes até completarem 21 anos de idade. A alteração da maioridade civil não interfere no direito previdenciário, que estabelece proteção com base no princípio da seletividade e distributividade. Assim, mesmo que a AN02FREV001/REV 4.0 76 maioridade civil se dê aos 18 anos, a proteção previdenciária, para filho, na qualidade de dependente, estende-se até os 21 anos. O entendimento de que a qualidade de dependente se prorroga até os 24 anos, data provável em que o filho completaria seus estudos universitários, como ocorre para fins de fixação de pensão alimentícia, serve somente para o Direito de Família, que não se confunde com a relação jurídica decorrente do Direito Previdenciário. Por isso, mesmo que após os 21 anos o filho continue seus estudos, deixará de ter a qualidade de dependente. Classe II – pais Inclui o pai ou a mãe do segurado. Para fins de concessão de benefícios, os pais devem comprovar a dependência econômica e a inexistência de dependentes preferenciais. Ou seja, os pais do segurado só têm cobertura previdenciária quando não houver dependentes da classe I. Classe III – irmão Incluem os irmãos não emancipados, de qualquer condição, menores de 21 anos ou inválidos. Para fins de concessão de benefícios, os irmãos devem comprovar a dependência econômica e a inexistência de dependentes das classes I e II. O irmão inválido tem a qualidade de dependente enquanto durar a invalidez, qualquer que seja a idade. A expressão de qualquer condição significa que o vínculo, entre o segurado e dependente não precisa ser consanguíneo, sendo dependente também o irmão decorrente de relação de adoção. A existência de dependente de qualquer das classes exclui do direito às prestações os da classe seguinte. Por exemplo: Osvaldo, segurado do RGPS, faleceu e deixou ainda vivos, sua esposa e dois filhos não emancipados e ainda menores de idade, sua mãe que dele dependia economicamente. A pensão por morte deixada por Osvaldo será dividida, em partes iguais, entre sua esposa e seus dois filhos. Pelo fato de pertencer à classeII, a mãe de Osvaldo não terá direito à pensão por morte, pois existem AN02FREV001/REV 4.0 77 dependentes da classe I. Se não existissem dependentes da classe I, a mãe de Osvaldo seria a única pensionista. 4.4 BENEFÍCIO PENSÃO POR MORTE E BENEFÍCIO AUXÍLIO RECLUSÃO De acordo com o art. 201 da CF e o art. 74 da Lei 8.213/91, a pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar a data: I - do óbito, quando requerida até 30 dias depois deste; II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto anteriormente; III - da decisão judicial, no caso de morte presumida. No caso do disposto no inciso II, a data de início do benefício será a data do óbito, aplicados os devidos reajustamentos até a data de início do pagamento, não sendo devida qualquer importância relativa ao período anterior à data de entrada do requerimento, de acordo com o art. 105, § 1°, do RPS. No caso do disposto no inciso III, para fins de obtenção de pensão provisória, a morte presumida pode ser declarada judicialmente depois de seis meses de ausência, conforme o art. 78 da Lei 8.213\91. No caso de desaparecimento por motivo de catástrofe, acidente ou desastre, não exige decisão judicial ou decurso do prazo de seis meses. Exige, sim, a comprovação do fato que gerou o desaparecimento. Por exemplo, servirão como prova hábil do desaparecimento, entre outras: boletim do registro de ocorrência feito junto à autoridade policial; prova documental de sua presença no local da ocorrência; noticiário nos meios de comunicação. De acordo com o art. 77, havendo mais de um pensionista, a pensão por morte: I - será rateada entre todos, em partes iguais; II - reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar. O direito à pensão por morte tem como marco definidor a legislação aplicável ao tempo do óbito. De acordo com o art. 201 da CF e o art. 80 da Lei 8.213/91, o INSS oferece o benefício de auxílio reclusão aos familiares dos segurados que são recolhidos aos AN02FREV001/REV 4.0 78 presídios. Para que seus familiares consigam esse benefício, o apenado tem de estar em dia com as contribuições, tanto como empregado ou como contribuinte individual. O auxílio reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão, que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio doença, de aposentadoria ou de abono de permanência em serviço. Os beneficiários do auxílio reclusão são os dependentes do segurado recolhido à prisão. Importante frisar que o auxílio reclusão é pago somente para os dependentes de segurado de baixa renda. Atualmente, o teto é R$ 971,78, e enquanto estiver em regime fechado e sem prestar serviço no presídio. A cada três meses é preciso apresentar certidão de que continua recolhido. O dinheiro não vai para o apenado, mas, sim, para o sustento de sua esposa ou dos filhos. AN02FREV001/REV 4.0 79 FIM DO MÓDULO III
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