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Histórico da Sistemática Vegetal Sistemas de Classificação: ● Baseados nos hábitos das plantas: árvores, trepadeiras, etc. Perdurou até a metade do século XVIII ● Sistemas Artificiais: meio conveniente de situar a planta num sistema de classificação. Contribui para sua identificação. Não mostra relações de afinidades. ○ Linnaeus (1707 1778) ■ Species Plantarum (1753) ■ Sistema Sexual ■ 24 classes ● Cryptogamia ● Número de estames ● Soldadura e comprimento dos filetes ● Sexo da planta ■ Poucos caracteres para construção de grupos ■ Grupos sem real relacionamento de afinidades ● Sistemas Naturais: ○ Novas plantas vindas de países tropicais ○ Expansão colonial européia ○ Botânicos profissionais x amadores ○ Origem européia da botânica sistemática ○ Flora de países tropicais descritas por botânicos europeus, baseada em coleções europeias Ex: Brasil, Madagascar ○ conceito ‘natural’ tem vários significados hoje, mas significava táxon naturalmente pertencente a um grupo. ○ Melhoria do instrumental óptico ○ Grande número de caracteres ○ Plano divino (segunda metade séc. XVIII até Darwinismo) ○ Lamarck, Jussieu, De Candolle, Bentham & Hooker ○ Século XIX: ■ Botânicos profissionais (homens): catalogavam plantas de um determinado lugar por encomenda ■ Botanicos amadores (mulheres): popularidade da botânica, baseado em Linneu ■ Botânica passou a ser ensinada em todos os cursos nas universidades, mas a botânica ‘nova’, de laboratório deu lugar à antiga, classificatória ○ Estabilidade de nomes taxonômicos ■ Gilmour (1940): melhor classificação é a que tem maior utilidade geral ● O que é UTILIDADE? ● E a filogenia dos seres? ● Sistemas Filogenéticos: ○ Toda informação disponível é útil ○ Afinidade baseada na ancestralidade e descendência ○ Atual estado de conhecimento não permite construção de sistema filogenético perfeito ○ Combinação de evidências ○ Década de 1990: ■ Progresso no entendimento da evolução dos vegetais ■ Aprimoramento das técnicas de classificação ■ DNA ■ Cladística Qualidades de um sistema: ● Previsibilidade (poder de predição) ● Fidelidade à arvore da vida ○ Táxons consistentes ○ Linhagens extintas representadas Código Internacional de Nomenclatura Botânica: ● Estabilidade e universalidade dos táxons ● Atualizado a cada seis anos, em congressos internacionais Princípios (filosofia do sistema nomenclatural): ● Independência da Zoologia ● Tipos nomenclaturais ● Prioridade de publicação ● Um nome válido por táxon ● Regras retroativas (a menos que claramente delimitadas) Recomendações: ● Pontos secundários para melhor forma de escolha dos nomes Regras (ordenação dos nomes existentes, orientação da criação de novos nomes): ● Terminações: ○ DIVISÃO: OPHYTA Magnoliophyta ○ CLASSE: OPSIDA – Magnoliopsida ○ SUBCLASSE: IDAE Magnoliidae ○ ORDEM: ALES Magnoliales ○ FAMÍLIA: ACEAE Magnoliaceae ○ SUBFAMÍLIA:OIDEAE – Magnolioideae ○ Gênero e espécie não têm terminações fixas ● Nome científico: ○ Primeiro nome: gênero ○ Segundo nome: epíteto específico ○ Nome do autor ○ Destacado do texto Metodologia da Taxonomia Vegetal: SISTEMÁTICA: TAXONOMIA + FILOGENIA ● Coleta e herborização de material botânico ● Identificação ● Descrição ===== FITOSSOCIOLOGIA Conceitos Básicos: ● Levantamento Florístico: Quais plantas ocorrem numa área? ● Fitossociologia: Como as plantas se comportam e se relacionam? ● Fitogeografia: Como as plantas se distribuem? Para isso, é necessário fazer amostragem da vegetação! O que levar em consideração para realização da Amostragem da Vegetação: ● Objetivos/Hipóteses ● Bioma pertencente a área de estudo ● Recursos ● Padronização do método de amostragem ● Métodos de coleta de material botânico ● Identificação de material botânico ● Princípios básicos de estatística BIOMA , OBJETIVOS E MÉTODOS DE AMOSTRAGEM. QUAL A RELAÇÃO ENTRE ESSES ASPECTOS? Métodos de coleta e identificação de material botânico: ● Registro das informações ● Secagem e armazenamento ● Equipamentos ● Exsicata ● Herbário ● Material em fase reprodutiva X material estéril Classes de formas de vida AS FORMAS DE VIDA E SUAS FUNÇÕES SÃO IMPORTANTES PARA CARACTERIZAR A VEGETAÇÃO, COMPONDO INFORMAÇÕES QUE SÃO PERDIDAS APÓS A COLETA DO MATERIAL BIOLÓGICO . Classes de formas de vida são diferentes hábitos das plantas: ● Erva ● Epífita ● Árvore ● Trepadeira ● Arbusto Classes de Formas de Vida de Raunkiaer (1934): ● Qual o papel funcional da planta na vegetação? ● Como essa planta completa seu ciclo de vida? ● Terófito: (do grego: thero=verão; fito=planta): ciclo de vida numa estação favorável, sementes resistem à estação seguinte (ambientes de restrição hídrica) ● Geófito: (do grego: ge=terra; fito=planta): gemas vegetativas no sistema subterrâneo ● Hemicritófito: (do grego: hemi=metade; cripto= escondido; fito=planta): gemas também no sistema subterrâneo, próximo à superfície ● Caméfito: (do grego: camé=próximo à terra; fito=planta): gemas acima da superfície do solo ● Fanerófito: (do grego: fanero=visível; fito=planta): gemas acima do solo, bem expostas Conceitos básicos de amostragem: ● POPULAÇÃO (UNIVERSO AMOSTRAL): conjunto total de dados que se pretende estudar, cada indivíduo pode variar quanto à uma característica ● UNIDADE AMOSTRAL: parte do universo amostral ou espaço físico onde são medidas as variáveis de interesse ● PARÂMETRO: características da população ● AMOSTRA: fração da população ● TAMANHO DA AMOSTRA: número de unidades amostrais utilizadas no estudo ● Estimativas estatísticas ● Intervalo de confiança COMO E ONDE MEDIR PODE INFLUENCIAR NOS RESULTADOS? EX: Dap (diâmetro a altura do peito) em árvores de diferentes alturas e biomas Unidades amostrais: ● Áreas fixas: parcelas ○ Tamanho. Ex. 20 x 20 m, 20 x 50 m ○ Forma. Ex. quadradas, retangulares ● Área variável: pontos quadrantes ○ Um quadrante: quatro pontos (quatro indivíduos) ○ Número de quadrantes varia com heterogeneidade da área de estudo ○ Distância entre os pontos “A EFICIÊNCIA DA AMOSTRAGEM DE UMA VEGETAÇÃO É ALTAMENTE DEPENDENTE DOS MÉTODOS EMPREGADOS, UMA VEZ QUE ESTES INTERFEREM NA INTENSIDADE DA AMOSTRAGEM, QUE POR SUA VEZ PODE REFLETIR NOS PARÂMETROS A SEREM ESTIMADOS. POR ISSO, O TIPO DE AMOSTRAGEM DEVE SER DETERMINADO DE ACORDO COM A NATUREZA DOS ORGANISMOS A SEREM INVESTIGADOS” (FELFILI ET AL., 2011) Princípios Gerais da Amostragem: ● REPETIÇÃO: mais de uma unidade amostral para checar variabilidade ● CASUALIZAÇÃO: chance de ser posicionada em qualquer ponto do universo amostral ● CONTROLE LOCAL: em ambientes distintos deve haver estratificação para refletir a variabilidade e o esforço amostral Principais Processos de Amostragem: ● PRÉAMOSTRAGEM (AMOSTRAGEM PILOTO): para estimativa da variação ● AMOSTRAGEM ALEATÓRIA (CASUALIZADA): parcelas de mesmo tamanho (indicada para população homogênea) ● AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA: a primeira unidade é alocada aleatoriamente e as demais são alocadas a partir da primeira (indicada para determinar onde ocorrem mudanças no ambiente ou quando há dificuldade de acesso) ● AMOSTRAGEM ESTRATIFICADA: população pode ser dividida em subpopulações (indicada para população heterogênea) ● AMOSTRAGEM EM MÚLTIPLOS ESTÁGIOS: em cada local se mede algumas unidades amostrais (para áreas extensas e desconhecidas) Protocolo Mínimoda Comissão de Fitossociologia da Sociedade de Botânica do Brasil: ● Coordenadas geográficas ● Altitude ● Clima ● Solo ● Tipo de vegetação ● Método empregado ● Histórico da área de estudo ● Inclusão de todas as tabelas amostradas ● Definição da área amostral ● Localização da área amostral ● Sistema de amostragem ● Definição e número de unidades amostrais (áreas fixas ou variáveis) ● Embasamento teórico sobre: ○ Comunidades ○ Delineamento amostral e estatístico ○ Conservação e práticas de manejo INTRODUÇÃO ÀS FANERÓGAMAS E GIMNOSPERMAS Introdução às Fanerógamas: ● O que é uma fanerógama? ● Surgimento da semente: ○ Sobrevivência: proteção e nutrição; ● Devoniano (365 m.a.): ● Registro fóssil incompleto ● Plantas heterosporadas: produzem dois tipos de esporos (o megásporo e o micrósporo) ● Óvulo maduro com 1 embrião ● Nucelo + 12 tegumentos + micrópila Cinco filos atuais de plantas com sementes: ● CYCADOPHYTA ● GINKGOPHYTA GIMNOSPERMAS ● CONIFEROPHYTA ● GNETOPHYTA ● ANTHOPHYTA → ANGIOSPERMAS Gimnospermas: ● Apogeu: Mezozóico (Triássico e Jurássico) ● Semente nua ● Megasporângio e microsporângio em estróbilos ● Anemofilia/cantarofilia ● Semente sem endosperma ● Sem elementos de vaso e elementos de tubo crivado ● Canais resiníferos ● Gifford & Foster (1989) e Mauseth (1995): 7 divisões ● Não monofilético 1. Divisão Progymnospermophyta ● Fósseis do Paleozóico ● Intermediária entre plantas vasculares com semente e sem semente (trimenófitas) ● Diferença em relação às gimnospermas atuais: ○ sem sementes – homosporadas ou heterosporadas (provável ancestral das plantas com sementes) ● Archaeopteridales, Aneurophytales e Protopityales ● Semelhanças em relação às gimnospermas atuais: ○ crescimento secundário (madeira) ○ câmbio bifacial: xilema e floema secundários ○ árvores Archaeopteridales ● 370340 m.a. ● ramos com folhas ● eustelo e medula 2. Divisão Pteridospermophyta ● Carbonífero ao Cretáceo ● ”pteridófitas com sementes” ● Arbustos ou pequenas árvores 3. Divisão Cycadeiodophyta ● Triássico ao Cretáceo ● Semelhanças em relação às cicadáceas: ○ caule lenhoso ○ base foliar persistente ○ folhas simples ou pinadas ● Diferenças em relação às cicadáceas: ○ morfologia dos estômatos GIMNOSPERMAS ATUAIS ● Semente exposta, nua ● Relações filogenéticas incertas ● Hipótese de relação entre gnetófitas e coníferas ● Hipótese de relação entre gnetófitas e antófitas ● Megagametófito com vários arquegônios ● Poliembrionia: vários embriões por óvulo, mas só um sobrevive ● Pólen: ○ Microgametófito parcialmente desenvolvido; ○ Necessidade de água em cicas e ginkgo (tubo não penetra no arquegônio). ● Tubo polínico: ○ Gameta masculino até oosfera (gnetofitas, coníferas e flores); ○ Inicialmente haustorial; ○ Recente independência da água para fecundação. 4. Divisão Cycadophyta ● Permiano ● 140 sp., 11 gêneros ● Regiões tropicais e subtropicais ● Sistema vascular manoxílico, sem canais resiníferos ● Abrigam cianobactérias ● Dióicas ● Cantarofilia ● Sifonogamia MAS fecundação depende da água ● 2 cotilédones ● Ordem Cycadales: Cycadaceae e Zamiaceae 5. Divisão Ginkgophyta ● Mesozóico ● Arborização (resistente à poluição) ● Anterozóide flagelado ● Ginkgoales – Ginkgoaceae – Ginkgo biloba ● Dióica ● Árvore de folhas flabeliformes e dicotômicas ● Microstróbilos alongados axilares ● Megastróbilos pedunculado com 2 óvulos carnosos, alaranjados e odoríferos ● 23 cotilédones 6. Divisão Pinophyta ● Carbonífero ● Caule ramificado, crescimento secundário vigoroso ● Sistema vascular picnoxílico, canais resiníferos, madeira ● Folhas simples e pequenas, com adaptação para seca ● Ecologicamente importante ● Monóicas ou dióicas ● Sementes em escamas ovulíferas e bracteais ● Sifonogamia ● Cones não têm homologia com Cycadophyta: brácteas ● Ordem Pinales: 30 famílias, 70 gêneros e 630 espécies, regiões temperadas. Famílias mais importantes de Pinales ● Pinaceae ○ escamas fundidas de base lenhosa ○ monóicas ○ sementes aladas ○ pólen com sacos aéreos (anemofilia) ○ 218 cotilédones ● Araucariaceae ○ dióicas ○ escamas fundidas que recobrem o embrião (pinhão) ○ 2 cotilédones ● Cupressaceae ○ monóicas ○ folhas pequenas, escalariformes, disposição espiralada ou oposta cruzada ○ 215 cotilédones ● Taxaceae/Podocarpaceae ○ cobertura carnosa ao redor das sementes individuais, não mais reunidas em cones lenhosos ○ 2 cotilédones ○ Podocarpaceae: Hemisfério Sul ○ Taxaceae: Hemisfério Norte 7. Divisão Gnetophyta ● Grupo monofilético, 70 sp. ● ELEMENTOS DE VASO ● ESTRÓBILOS COMPOSTOS E DÍCLINOS ● ÓVULO ENVOLVIDO POR BRÁCTEAS COM TEGUMENTO ● FORMANDO TUBO MICROPILAR ● Sem resina, folhas opostas ● 2 COTILÉDONES ● ESTRUTURAS REPRODUTORAS COM BRÁCTEAS ORGANIZADAS COM INVÓLUCRO E MICROSPORÂNGIO SUSTENTADOS NO ÁPICE DO EIXO ALONGADO ● Surgimento independente em antófitas; ● Polinização por vento ou por insetos (néctar) Ordem Gnetales ● 2 famílias, 20 espécies ● Amazônia ● árvores e trepadeiras ● folhas de nervação reticulada Ordem Ephedrales ● arbusto ramificado de folhas escalariformes ● caule fotossintetizante e articulado ● regiões desérticas Ordem Welwitschiales ● W. miriabilis ● caule lenhoso curto e não ramificado ● 2 folhas que persistem a vida toda, com tegumento basal persistente ● dióica
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