Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Bacharelado em Ciência e Tecnologia Química Tecnológica I PRÁTICA I: RECONHECIMENTO DE VIDRARIAS E MEDIDAS DE VOLUME 1. Introdução A execução de qualquer experimento em Química envolve geralmente a utilização de uma variedade de equipamentos de laboratório, a maioria muito simples, porém com finalidades específicas. O emprego de um dado equipamento ou material depende dos objetivos e das condições em que a experiência será executada: Alguns materiais normalmente usados em laboratório são listados abaixo: 1.1 Material de Vidro TUBO DE ENSAIO: utilizado principalmente para efetuar reações químicas em pequena escala. BÉQUER: Recipiente com ou sem graduação, utilizado para o preparo de soluções, aquecimento de líquidos, pesagem, deixar substâncias em repouso, etc. ERLENMEYER: Frasco utilizado para aquecer líquidos ou para fazer titulações, uma vez que, sua forma cônica, evita perdas de líquidos por agitação. PROVETA: Frasco com graduação, destinado a medidas aproximadas de volume. PIPETA: Equipamento calibrado para medida precisa de volumes de líquidos. Existem dois tipos de pipetas: pipeta graduada (utilizada para escoar volumes variáveis) e pipeta volumétrica (utilizada para escoar volumes fixos de líquidos). BALÃO VOLUMÉTRICO: Recipiente de precisão calibrado e de volume fixo. Utilizado no preparo de soluções de concentrações definidas. O traço de aferição é uma marca no colo do balão com a qual deve coincidir a parte inferior do menisco. BURETA: Equipamento calibrado para medida precisa de volume de líquidos. Permite o escoamento do líquido e é muito utilizada em titulações. FUNIL: utilizado na transferência de líquidos de um frasco para outro ou para efetuar filtrações simples. VIDRO DE RELÓGIO: Usado geralmente para cobrir béquer contendo soluções, pesagem de sólidos, etc. Não resiste ao aquecimento. 2 BASTÃO DE VIDRO: Usado na agitação de misturas, transferências de líquidos, auxiliar na filtração e outras operações químicas. FUNIL DE SEPARAÇÃO: Vidraria utilizada para separar líquidos não miscíveis. KITASSATO: Frasco de paredes espessas, munido de saída lateral e usado em filtração à vácuo. DESSECADOR: Utilizado no armazenamento de substâncias quando se necessita de uma atmosfera com baixo teor de umidade. Também pode ser utilizado para manter as substâncias sob pressão reduzida. CONDENSADOR: Vidraria destinada à condensação de vapores em destilações ou aquecimento. BALÕES DE FUNDO CHATO E DE FUNDO REDONDO: Usados para conter líquidos ou como frascos de reação. Os de fundo redondo são mecanicamente mais resistentes e mais adequados a operações que envolvam aquecimento. Os de fundo chato têm a vantagem de não requerer uso de suporte para serem mantidos em posição vertical. PLACA DE PETRI: Usadas para fins diversos tais como, secagem de compostos, processos de incubação em Biologia, etc. 1.2 Material de Porcelana FUNIL DE BUCHNER: Utilizado em filtração à vácuo, devendo ser acoplado a um kitassato. Sobre a placa perfurada deve ser colocado um papel de filtro de diâmetro menor que o da placa. CÁPSULA E CAÇAROLA: Usadas para efetuar evaporação de líquidos, dissolução de precipitados por ácidos, etc. CADINHO: Usado para a calcinação de substâncias (aquecimento a altas temperaturas). ALMOFARIZ E PISTILO: Destinados à pulverização de sólidos que são atritados pelo pistilo contra o interior áspero do almofariz. 1.3 Material Metálico SUPORTE, MUFA E GARRA: Peças metálicas usadas para montar aparelhagens em geral. TELA DE AMIANTO: Tela metálica, contendo amianto, utilizada para distribuir uniformemente o calor, durante o aquecimento de recipientes de vidro à chama de bico de gás. TRIPÉ: Usado como suporte, principalmente de telas. 3 BICO DE GÁS (BUNSEN): Fonte de calor destinada ao aquecimento de materiais não inflamáveis. No caso de materiais inflamáveis, usa-se a manta elétrica. ARGOLA: Usada como suporte para funil de vidro ou tela metálica. ESPÁTULA: Usada para transferir substâncias sólidas. PINÇAS: Usadas para segurar objetos aquecidos. 1.4 Materiais Diversos SUPORTE PARA TUBOS DE ENSAIO: Depósito de tubos de ensaio. PINÇAS DE MADEIRA: Utilizadas para segurar tubos de ensaio. PISSETA: Frasco geralmente contendo água destilada ou outros solventes usados para efetuar a lavagem de recipientes ou materiais com jatos do líquido contido nela. FRASCO PARA REAGENTES: Usados para conservar reagentes químicos. Dependendo da substância a ser guardada, o frasco a ser utilizado pode ser incolor ou âmbar. TROMPA DE ÁGUA: Dispositivo para aspirar o ar e reduzir a pressão no interiro de um frasco. Muito utilizada em filtrações à vácuo. ESTUFA: Equipamento empregado na secagem de materiais, por aquecimento, em geral, até 200 o C. MUFLA OU FORNO: Utilizada na calcinação de substâncias, por aquecimento em altas temperaturas. 2. Objetivos Apresentar os materiais mais utilizados em uma rotina de laboratório. Utilizar aparelhos volumétricos e expressar corretamente as medidas de volume, usando os algarismos significativos. 3. Materiais e Métodos 3.1 Materiais Balão volumétrico de 25 mL Pipeta volumétrica de 20 ou 25 mL Béquer de 250 mL Pêra de borracha Bureta de 50 mL Proveta de 50 mL Pipeta graduada de 10 mL Água destilada 4 3.2 Parte Experimental 3.2.1 Instrumentos graduados (a) Verifique a menor divisão da escala dos seguintes instrumentos de medida: bureta, pipeta graduada e proveta. (b) A metade da menor divisão é o desvio avaliado do instrumento de medida, que será atribuído como erro de todas as medidas feitas com ele. (c) Anote a capacidade de cada instrumento de medida, usando o número correto de algarismos significativos e a unidade de volume. Instrumento Menor divisão/mL Desvio Capacidade de cada instrumento/mL Bureta Pipeta graduada Proveta 3.2.2 Instrumentos Volumétricos (a) Examine os instrumentos volumétricos fornecidos. Verifique os erros de pipetas e balões volumétricos. (b) Anote as capacidades dos instrumentos de medida fornecidos, usando o número correto de algarismos e a unidade de volume. Instrumento Erro Capacidade de cada instrumento/mL Balão Volumétrico Pipeta volumétrica 3.2.3 Soma de volumes (a) Adicione, a um béquer de 250 mL, os volumes de água correspondentes à capacidade máxima que cada um dos seguintes instrumentos é capaz de medir: bureta, proveta, pipeta volumétrica e pipeta graduada. (b) Calcule e expresse, corretamente, a soma dos volumes adicionados. Instrumento Capacidade de cada instrumento/mL Bureta Pipeta graduada Pipeta volumétrica Proveta 5 Soma dos Volumes adicionados 3.2.4 Provetas (a) Adicione em uma proveta de 50 mL o volume de água correspondente à capacidade de uma pipeta volumétrica. (b) Anote o volume vertido e o volume de água na proveta. Compare as medidas e explique a coincidência ou divergência delas. Instrumento de medida Volume de água/mL Pipeta volumétrica Proveta 3.2.5 Balões volumétricos (a) Adicione, com uma bureta, a quantidade de água que um balão volumétrico de 25 mL comporta até o traço de referência. (b) Anote, corretamente, os volumes medidos. Houve coincidência de resultados? Por que? (c) Transfira o conteúdo do balão volumétrico para uma proveta. Qual o volume transferido? Por que? Instrumento de medida Volume de água/mL Bureta Balão volumétrico Proveta 4. Questões 4.1 O que é uma “capela”? Qual é a sua utilidade? 4.2 Por que as sobras de reagentes devem ser armazenadas e não jogadas na pia ou no lixo? 4.3 Descreva a utilização da estufa e da mufla. 4.4 Qual o procedimento correto para tratar queimaduras por ácidos e cortes em laboratório? 4.5 Quais são os instrumentos de vidro usados para medir volume?Classifique- os em graduados e volumétricos. 4.6 Desenhe o seguinte material e descreva sua utilidade: 6 (a) Tubo de ensaio (b) Béquer (c) Funil (d) Pisseta (e) Erlenmeyer (f) Kitassato 4.7 Por que não devemos usar um béquer para a preparação rigorosa de uma solução? 4.8 Com que instrumento dentre a bureta, proveta e pipeta graduada, se pode fazer medidas mais exatas de volume? Justifique. 4.9 Examinando o catálogo do fabricante, verificou-se que um balão volumétrico de 250 mL apresenta um desvio de 0,03 mL. Expresse corretamente o volume que o balão pode conter, usando apenas algarismos significativos e a unidade. 4.10 Calcule o desvio avaliado de uma proveta cuja menor divisão da escala é 1 mL. Expresse, corretamente, o valor de uma medida igual a 20 mL, efetuada nela. 4.11 Expresse corretamente o volume de 12,5 mL, medidos em uma bureta cuja menor graduação é 0,1 mL. 4.12 Considere os seguintes instrumentos de medida, com 25 mL de capacidade: balão volumétrico, béquer, bureta, pipeta graduada, pipeta volumétrica e proveta. (a) Escolha aquele que não é indicado para medir líquidos com boa exatidão. (b) Escolha aqueles que medem o líquido vertido. (c) Quais são adequados para medir 20 mL de um líquido? (d) Quais podem medir 20 mL de um líquido? 4.13 Através dos desvios relativos e percentuais, escolha a medida mais exata. (a) (1,00 0,05)g (b) (50,0 0,5) mL (c) (20,00 0,05) mL (d) (1000 1) kg 4.14 Calcule e expresse, corretamente, o resultado das seguintes operações: 7 (a) 25 mL + 31,2 mL + 5,00 mL = (b) 425 g 23,3 g = 5. Referências 1. Beran, J. A. Laboratory Manual for Principles of General Chemistry. 5a ed, John Wiley & Sons, New York, 1994. 2. Hunt, H. R. and Block, T. F. Experiments of General Chemistry, 2a Ed., John Wiley & Sons, 1994. 3. Silva, R.R., Bocchi, N.; Rocha Filho, R. C. Introdução à Química Experimental, Mcgraw-Hill, São Paulo, 1990. 4. Costa, M. H.; Honda, N. K. Apostila de Química Geral – atividades de laboratório, Depto Química/UFMS, 2000. 5. Trindade, D. F.; Oliveira, F. P.; Banuth, G.S. L.; Bispo, J. C. Química Básica Experimental, E. P. Parma. 6. Kotz, J. C.; Treichel, P. Química e Reações Químicas, 3ª Ed., Livros Técnicos e Científicos, Editora S. A., 1998. 7. Brown, T. L.; Lemay, H.E.; Bursten, B.E.; Química: a ciência central, 9a edição, São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. 8. Atkins, P.; Jones, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente, 3ª edição, Porto Alegre: Editora Bookman, 2006. 9. Brown, L.S.; Holme, T.A. Química geral: aplicada à engenharia. São Paulo: Cengage Learning, 2009.
Compartilhar