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Noções de Direito Processual Civil para TJDFT

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Aula 04
Direito Processual Civil p/ TJDFT - Técnico Judiciário (Área Administrativa)
Professor: Gabriel Borges
 
 Direito Processual Civil ʹ TJDFT 
 Teoria e Exercícios comentados 
 Prof. Gabriel Borges ʹ Aula 04 
 
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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ TJDFT - TÉCNICO JUDICIÁRIO - 
ÁREA ADMINISTRATIVA 
 
AULA 04: MINISTÉRIO PÚBLICO. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Capítulo V: Ministério Público. 02 
2. Resumo 22 
3. Questões comentadas 24 
4. Lista das questões apresentadas 56 
5. Gabarito 68 
 
 
 CAPÍTULO V: DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
O Ministério Público abrange o Ministério Público da União e o Ministério Público 
dos Estados. Sendo que o MPU ramifica-se em quatro: Ministério Público Federal, 
Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito 
Federal e Territórios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ministério Público 
Ministério Público dos 
Estados 
Ministério Público da 
União 
MPF MPT MPM MPDFT 
 
 Direito Processual Civil ʹ TJDFT 
 Teoria e Exercícios comentados 
 Prof. Gabriel Borges ʹ Aula 04 
 
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1. NOÇÕES GERAIS 
O Ministério Público exerce, no Processo Civil, o direito de ação nos casos 
previstos em lei, cabendo-lhe os mesmos poderes e ônus que às partes. Ao Ministério 
Público compete intervir nas causas em que há interesses de incapazes; nas causas 
concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição, casamento, 
declaração de ausência e disposições de última vontade; nas ações que envolvam litígios 
coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em que há interesse público 
evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte. 
Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público tem vista dos autos depois das 
partes, sendo intimado de todos os atos do processo; pode juntar documentos e 
certidões, produzir prova em audiência e requerer medidas ou diligências necessárias ao 
descobrimento da verdade. 
A não intimação do Ministério Público, quando a lei considera obrigatória sua 
intervenção, pode ser causa de nulidade do processo (art. 84, CPC). Ademais, o órgão do 
Ministério Público será civilmente responsável quando, no exercício de suas funções, 
proceder com dolo ou fraude. 
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do 
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis (art. 127, CF 1988). 
 
Por princípio da inércia da jurisdição, determina-se que a justiça 
só agirá quando provocada. Para defesa dos direitos individuais, o 
indivíduo afetado toma as providências para provocar a Justiça. E 
quanto à defesa dos interesses públicos, quem deve agir? Nesses 
casos, é o Ministério Público que atuará. A seu cargo fica a 
responsabilidade pela defesa dos direitos sociais e coletivos e a 
fiscalização da lei (custus legis). 
 
 
 
 
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 Teoria e Exercícios comentados 
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2. PRINCÍPIOS E GARANTIAS 
Nos termos constitucionais, há três princípios institucionais que regem o Ministério 
Público: o princípio da unidade, em que o Ministério Público possui caráter uno, ou seja, é 
um organismo único que atua de maneira sistêmica; o princípio da indivisibilidade, o 
Ministério Público não se divide internamente em seus membros e o último princípio é o 
da independência funcional. 
A Constituição Federal também outorgou aos membros do Ministério Público 
algumas garantias: 
a) Autonomia funcional e administrativa; 
b) Estruturação em carreiras; 
c) Ingresso: mediante concurso de provas e títulos, bacharelado em direito, no 
mínimo, três anos de atividade jurídica; 
d) Vitaliciedade, após dois anos de exercício, só perderá o cargo por sentença 
transitada em julgado; 
e) Inamovibilidade; e 
f) Irredutibilidade de vencimentos. 
 
3. OBJETIVOS 
No Processo Civil, a função processual do MP jamais será a de representante da 
parte material. Ele ocupa a posição jurídica de substituto processual. Defende direitos 
alheios, mas em nome próprio. Isso leva à conclusão de que o MP, atuando como parte 
principal ou substituto processual, será parte quando estiver em juízo; não sendo, porém, 
procurador ou mandatário de terceiros. 
O Ministério Público tem legitimidade, em regra, ativa; contudo, em caráter 
eventual, assume a defesa de terceiros, como na interdição. Por sua vez, quando atua 
como fiscal da lei, deve somente defender a prevalência da ordem jurídica e do bem 
comum. Nesse caso, não tem nenhum compromisso com a parte ativa nem passiva da 
relação processual. 
 
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 Teoria e Exercícios comentados 
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Em suma, no ambiente cível, a atividade do MP deve ser entendida, quanto ao 
conteúdo estrutural, sob duas óticas: da natureza de atuação, que pode ser extrajudicial 
ou judicial, e em relação à legitimação, em que o Ministério Público se manifesta como 
parte ou como fiscal da lei. 
 
4. ATRIBUIÇÕES EXTRAJUDICIAIS 
A partir da Constituição de 1988, o Ministério Público passou a se destacar não só 
como titular da ação penal, mas também como guardião da sociedade, em especial dos 
direitos transindividuais ± coletivos, difusos e individuais homogêneos. O art. 129 da 
Constituição Federal enfatiza o papel essencial do Ministério Público na tomada de 
iniciativa para ações, medidas e providências em benefício da sociedade. 
 
4.1. FUNÇÕES INSTITUCIONAIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
a) Promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
b) Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de 
relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas 
necessárias a sua garantia; 
c) O inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público 
e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; 
d) A ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção 
da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; 
e) Defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; 
f) Expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, 
requisitando informações e documentospara instruí-los, na forma da lei complementar 
respectiva; 
g) Exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei 
complementar mencionada no artigo anterior; 
 
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h) Requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, 
indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; 
i) Outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua 
finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades 
públicas. 
As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da 
carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do 
chefe da instituição. O ingresso na carreira do Ministério Público faz-se mediante 
concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados 
do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito no mínimo três anos de 
atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. 
Aos membros e servidores do MP é fundamental que tenham a preocupação de 
que, além da atuação clássica e histórica no Poder Judiciário, representam e defendem a 
coletividade. Para isso, devem interagir com a sociedade civil por meio dos instrumentos 
democráticos de captação dos anseios do povo, como reuniões, audiências públicas. 
Ademais, devem fiscalizar a implementação de políticas públicas, saúde, educação, meio 
ambiente, assim como a probidade administrativa, o controle externo da atividade policial. 
São instrumentos essenciais à atuação ministerial no âmbito extrajudicial: ofícios, 
reuniões, audiências públicas, recomendação administrativa (RA) e termos de 
ajustamento de conduta (TAC). A atuação do MP pode ser classificada em demandista, 
quando busca o poder judiciário, e resolutiva, quando resolve internamente determinado 
problema a partir de seus instrumentos e prerrogativas sem a necessidade de provocação 
de prestação jurisdicional. 
 
5. ATRIBUIÇÕES JUDICIAIS 
5.1. AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Na tutela dos direitos difusos e coletivos da sociedade, a ação civil pública é o 
principal expediente de atuação do parquet na condição de parte. A ação pública sujeita-
se a inúmeras variações no seu conteúdo material de acordo com a matéria tratada: 
responsabilidade por ato de improbidade administrativa, defesa do meio ambiente, defesa 
 
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dos hipossuficientes ± idosos, crianças, portadores de deficiência física. 
 
5.1.1. RESPONSABILIDADE POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
Há três espécies de ato de improbidade administrativa: enriquecimento ilícito, 
dano ao erário e violação de princípios da administração pública. Entre eles, existe 
decrescente ordem de relevância e subsidiariedade de dano ao patrimônio público, uma 
vez que todo enriquecimento ilícito implica dano ao erário, assim como todo dano ao 
erário implica violação dos princípios da administração pública. 
A conduta de improbidade administrativa é um ilícito civil que se forma a partir da 
verificação de situação ou atitude ímproba descrita e individualizada no âmbito objetivo 
(desvio de recursos públicos, nulidade de procedimento licitatório) e subjetivo (nexo de 
imputação a título de dolo ou culpa em relação aos agentes). 
A causa de pedir demanda objetividade, uma vez que deve permitir correta 
compreensão da situação a ser julgada. 
 
5.1.2. EM DEFESA DO MEIO AMBIENTE 
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, que é um bem 
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder 
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras 
gerações (art. 225 da CF). 
São instrumentos relevantes para a defesa do meio ambiente: o princípio do 
poluidor-pagador, que consiste em impor ao poluidor a responsabilidade pelos custos da 
reparação do dano ambiental, e o processo de inversão do ônus da prova em questões 
ambientais (por exemplo, o dano ambiental em propriedade particular impõe ao 
proprietário prova de que ele não é responsável pelo dano). 
 
5.1.3. EM DEFESA DO CONSUMIDOR 
Sendo o direito do consumidor fundamental e regido pelo princípio da ordem 
 
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econômica, deve ser tutelado pelo Ministério Público. São princípios do Direito do 
Consumidor: a ideia de hipossuficiência do consumidor ou sua vulnerabilidade e a 
racionalização dos processos de melhoria do serviço público. 
Os direitos básicos do consumidor são a informação clara e adequada; proteção 
contra publicidade enganosa e abusiva; acesso à justiça; prevenção e reparação de 
danos patrimoniais e morais individuais, coletivos e difusos. 
De acordo com o Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público pode ajuizar 
Ação Civil Pública em defesa dos consumidores, mas não pode ajuizar ACP em defesa 
dos contribuintes, para garantir o não pagamento de tributo, pois, nesse caso, não há 
relação de consumo (Lei no 7.347/1985, art. 1o, II, e art. 5o, I). 
 
6. MINISTÉRIO PÚBLICO COMO PARTE 
O Ministério Público, como parte, pode agir nos seguintes casos: na ação de 
nulidade de casamento; na ação de dissolução da sociedade civil; ADIN; no pedido de 
interdição; na ação civil pública, para defesa de interesses difusos, coletivos, individuais 
homogêneos. 
Ao atuar como parte, o Ministério Público utiliza-se da ação civil pública (Lei 
7.347/1985). Sendo, nesse caso, obrigado a atuar segundo os arts. 127 e 129 da CF. São 
assegurados ao Ministério Público, quando age como parte, os privilégios de não se 
sujeitar ao pagamento antecipado de custas ± esse privilégio também se aplica ao 
Ministério Público quando exerce a função de custus legis; e de possuir o prazo de 
recorrer contado em dobro e, para contestar, contado em quádruplo. 
Art. 188: Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para 
recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público. 
 
6.1. MINISTÉRIO PÚBLICO COMO FISCAL DA LEI 
O Ministério Público, como fiscal da lei, age nas causas em que há interesse de 
incapazes, nas causas que se referem ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, 
interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade, nas 
 
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ações de litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em que há 
interesse público. 
Se o interesse em litígio é público, a intervenção do fiscal da lei é de conveniência 
intuitiva. No entanto, há casos de direitos privados em que o processo versa sobre bens 
colocados sobre a tutela especial do Estado. Nesses casos, o litígio passa a atingir, 
igualmente, interesse público, legitimando a atuação do Ministério Público como sujeito 
especial do processo. 
É uma obrigação legal do Ministério Público atuar como fiscal da lei na ação civil 
pública. O MP tem legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar (art. 5o da 
Lei 7.347/1985). Ele poderá, ainda, acompanhar a demanda de modo remoto e, em 
alguns casos, assumir a condução da própria demanda. 
Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação 
legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa (§3o, art. 
5o da Lei no 7.347/1985). 
Ainda que atuando somente como fiscal da lei, o Parquet tem legitimidade para 
recorrer. 
Art. 499. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro 
prejudicado e pelo Ministério Público. 
§ 1° Cumpre ao terceiro demonstrar o nexo de interdependência entre o seu 
interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial. 
§ 2° O Ministério Público tem legitimidade para recorrer assim no processo em 
que é parte, como naqueles em que oficiou como fiscal da lei. 
 
O tema foi cobrado 2012. 
(TRT 11ª Região 2012) É correto afirmar que o Ministério Público 
a) não pode atuar num mesmo processo como parte e como fiscal da lei. 
b) deve estar presente como fiscal da lei em todos os processos em que o Estado estiver 
 
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presente na relação processual. 
c) pode recorrer no processo em que oficiou como fiscal da lei, mesmo que não haja 
recurso da parte. 
d) só pode juntar documentos e certidões quando estiver atuando como parte, não 
podendo fazê-lo como fiscal da lei. 
e) pode, como fiscal da lei, ampliar os limites da lide, suscitando questões a respeito das 
quais a lei exige a iniciativa da parte. 
5HVSRVWD�FRUUHWD�OHWUD�³F´� 
Agora, façam a leitura do dispositivo a baixo e vejam como foi cobrado em prova: 
Art. 83. Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público: 
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do 
processo; 
II - poderá juntar documentos e certidões, produzir prova em audiência e requerer 
medidas ou diligências necessárias ao descobrimento da verdade. 
(TRE PE 2011) 1R�SURFHVVR�³%´�R�0LQLVWpULR�3~EOLFR�HVWi�LQWHUYLQGR�FRPR�ILVFDO�GD�
Lei. Neste caso, 
a) poderá juntar documentos e certidões, bem como produzir prova em audiência, 
mas não poderá requerer outras diligências uma vez que estas competem 
especificamente às partes. 
b) poderá juntar documentos e certidões, mas não poderá produzir prova em 
audiência. 
c) o Ministério Público terá vista dos autos antes das partes, sendo intimado apenas 
dos principais atos processuais previstos no Código de Processo Civil. 
d) não poderá juntar documentos e certidões, mas poderá produzir prova em 
audiência. 
e) o Ministério Público terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de 
todos os atos do processo. 
 
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5HVSRVWD�FRUUHWD�OHWUD�³H´� 
Percebam que bastante do conhecimento do Processo Civil vem da leitura 
continuada dos dispositivos do CPC e de leis esparsas relacionados à matéria de prova. 
 
A ausência de intimação para acompanhar o feito causará nulidade do 
processo, nos casos em que a lei determina a obrigatoriedade da participação do 
Ministério Público. Essa anulação afetará todos os atos, a partir da intimação 
omitida. 
Por conta disso, ainda é conferido ao Ministério Público a prerrogativa de 
propor ação rescisória de sentença, nos casos em que não foi ouvido no processo 
de intervenção de custus legis obrigatória. 
x O art. 81 atribui ao Ministério Público os mesmos poderes e ônus das 
partes quando este exercer o direito de ação. 
x O art. 82 do CPC versa sobre os casos de intervenção obrigatória do 
Ministério Público: 
a) Interesses de incapazes (hipossuficientes). 
b) Ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição, 
casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade. 
c) Em litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em 
que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte. 
 
Vejam como o tema foi abordado em 2012. 
(MPE AP 2012) No processo civil, compete ao Ministério Público 
a) exercer o direito de ação nos casos legalmente previstos, com inversão do ônus 
probatório a seu favor, gozando, também, de prazo em dobro para oferecimento de 
 
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contestação nos autos. 
b) pleitear, em ação civil pública, a indenização decorrente do seguro obrigatório por 
acidentes de veículos (DPVAT) em benefício do segurado. 
c) intervir nas ações possessórias em geral, bem como nas demandas relativas a 
dano social e estético. 
 d) intervir nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural e nas 
demais causas em que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou 
qualidade da parte. 
e) ter vista dos autos, para manifestação, antes das partes, com eventual novo 
pedido de vista após estas se manifestarem, a fim de ratificar ou apresentar 
acréscimos às formulações anteriores. 
Gabarito: D 
 
 
Na tutela dos direitos difusos e coletivos da sociedade, a ação civil pública é o 
principal expediente de atuação do Parquet (Ministério Público) na condição de parte. A 
ação pública sujeita-se a inúmeras variações no seu conteúdo material de acordo com a 
matéria tratada. 
Exemplos: responsabilidade por ato de improbidade administrativa, defesa do 
meio ambiente, defesa dos hipossuficientes ± idosos, crianças, portadores de deficiência 
física. 
A Lei 7.347/85 ± da ACP ± inseriu verdadeira expansão da tutela coletiva. A partir 
dela, a defesa dos interesses jurídicos ganhou novo contorno, com grandeampliação dos 
direitos coletivos sob seu guarda-chuva. 
A ACP é o instrumento jurídico que tem como objetivo a tutela coletiva para 
garantir a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, 
PRINCIPAL EXPEDIENTE DE ATUAÇÃO DO PARQUET ± DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
 
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histórico, ou qualquer outro interesse difuso e coletivo. É uma ação constitucional de 
natureza cível, sendo um instrumento residual, que tutela um campo amplo de lesões 
supra-individuais, ou seja, tem como objetivo a proteção dos direitos difusos, coletivos 
ou individuais homogêneos. 
Como bem vimos, portanto, os bens tutelados pela ACP são diversos ± direitos 
difusos, coletivos, individuais homogêneos. Dessa forma, a lista elencada na Lei 7.347/85 
é meramente exemplificativa: 
l - ao meio-ambiente; 
II- ao consumidor; 
III ± a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; 
IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. 
V - por infração da ordem econômica e da economia popular; 
VI - à ordem urbanística. 
 Devemos ter muita atenção às pretensões jurídicas excluídas do cabimento da 
ACP: 
 Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam 
tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - 
FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser 
individualmente determinados. 
Devemos lembrar que é permitida a cumulação de pedidos em sede de ação civil 
pública ± poderá o autor coletivo requerer do réu a condenação em dinheiro ou o 
cumprimento de fazer ou não fazer. O STJ tem entendido que a conjunção 'ou' deve ser 
interpretada como 'e', ou seja, conjunção aditiva, em vez de alternativa. 
 
1. LEGITIMIDADE 
Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: 
I - o Ministério Público; 
II - a Defensoria Pública; 
 
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III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; 
V - a associação que, concomitantemente: 
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; 
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao 
consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico. 
O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja 
manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela 
relevância do bem jurídico a ser protegido. 
 
ATENÇÃO 
1) O Ministério Público deve intervir na ACP: se não intervier no processo como 
parte, atuará obrigatoriamente como fiscal da lei. 
2) Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos 
deste artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes, dessa forma poderão, 
desde que não sejam demandantes iniciais no processo, ingressar no curso do processo 
tanto como autores ou réus, podendo formar litisconsórcio ativo ou passivo. 
3) Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação 
legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa. Isso 
ocorrerá somente no caso de associações! Não que se falar em substituição dos outros 
legitimados nem da defensoria. 
4) Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, 
do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos objeto da ACP. 
Assim, poderá o Ministério Público Federal juntamente com o Ministério Público dos 
Estados interporem ACP, desde que tenham o mesmo objetivo. 
5) Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso 
de ajustamento de conduta às exigências legais, mediante cominações, que terão eficácia 
 
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de título executivo extrajudicial. Formação de TAC ± Termo de Ajustamento de Conduta: é 
um instrumento legal destinado a colher do causador do dano ao meio ambiente, entre 
outros interesses difusos e coletivos, um título executivo de obrigação de fazer e não 
fazer, mediante o qual, o responsável pelo dano assume o dever de adequar a sua 
conduta às exigências legais, sob pena de sanções fixadas no próprio termo. 
 
1.1. INDICAÇÃO DE FATOS 
Qualquer pessoa poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-
lhe informações sobre fatos que constituam objeto da ação civil e indicando-lhe os 
elementos de convicção. 
9HMD� EHP� D� GLIHUHQoD� HQWUH� R� VHUYLGRU� S~EOLFR� H� ³TXDOTXHU� SHVVRD´�� R servidor 
público deverá provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe informações 
sobre fatos que constituam objeto da ação civil e indicando-lhe os elementos de 
convicção. Ou seja, o servidor público tem o dever e não a opção de provocar o MP. 
Igualmente, se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem 
conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças 
ao Ministério Público para as providências cabíveis. 
 
2. COMPETÊNCIA DO JULGAMENTO 
Regra geral, a competência para julgar a ação civil pública é definida pelo local do 
dano. Elas serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá 
FRPSHWrQFLD�IXQFLRQDO�SDUD�SURFHVVDU�H� MXOJDU�D�FDXVD��$�/HL�GHWHUPLQRX�³R� IRUR�R� ORFDO�
RQGH�RFRUUHX�R�GDQR´�EDVHDQGR-se na característica de proximidade física do evento, pois 
torna mais fácil a averiguação dos fatos e o seu julgamento. 
A propositura da ação prevenirá (tornar prevento = definir como competente para 
ações futuras) a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que 
possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. Assim, essas ações serão 
conduzidas ao mesmo juízo da que causou a prevenção. 
 
 
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3. INQUÉRITO CIVIL, LIMINAR E SENTENÇA NA ACP 
3.1. INQUÉRITO CIVIL 
Para instruir a inicial, o interessado poderá requereràs autoridades competentes 
as certidões e informações que julgar necessárias. Essas deverão ser fornecidas em um 
prazo de 15 dias. Somente nos casos de sigilo, poderá ser negada certidão ou 
informação, hipótese em que a ação poderá ser proposta desacompanhada daqueles 
documentos, cabendo ao juiz requisitá-los. 
O inquérito civil na ACP não é obrigatório, a Lei faculta essa possibilidade ao MP: 
O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou 
requisitar, de qualquer organismo público ou particular, certidões, informações, exames 
ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 dias úteis. 
Mas o que vem a ser o inquérito civil? Nada mais é do que um procedimento 
administrativo inquisitivo, cuja instauração e presidência são exclusivas do MP, ou seja, 
visa colher provas a serem levadas ao Órgão Jurídico, por meio da ACP. 
Uma vez esgotadas todas as diligências, e o MP se convencer da inexistência de 
fundamento para a propositura da ação civil, promoverá o arquivamento dos autos do 
inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o fundamentadamente. No entanto, para 
que os autos do inquérito civil ou das peças de informação sejam arquivadas é necessário 
serem remetidos ao Conselho Superior do Ministério Público, no prazo de 3 dias, sob 
pena de incorrer-se em falta grave. 
A promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do Conselho 
Superior do Ministério Público, conforme dispuser o seu Regimento. Deixando o 
Conselho Superior de homologar a promoção de arquivamento, designará, desde 
logo, outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação. 
Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 a 3 anos, mais multa, a 
recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura da 
ação civil, quando requisitados pelo Ministério Público. 
 
3.2. LIMINAR 
 
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Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia, em 
decisão sujeita a agravo. 
A requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada, e para evitar 
grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública, poderá o Presidente do 
Tribunal a que competir o conhecimento do respectivo recurso suspender a execução da 
liminar, em decisão fundamentada, da qual caberá agravo para uma das turmas 
julgadoras, no prazo de 5 dias a partir da publicação do ato. 
A multa cominada liminarmente só será exigível do réu após o trânsito em julgado 
da decisão favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que se houver 
configurado o descumprimento. 
Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado reverterá 
a um fundo gerido por um Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que 
participarão necessariamente o Ministério Público e representantes da comunidade, 
sendo seus recursos destinados à reconstituição dos bens lesados. Enquanto o fundo não 
for regulamentado, o dinheiro ficará depositado em estabelecimento oficial de crédito, em 
conta com correção monetária. 
Havendo acordo ou condenação com fundamento em dano causado por ato de 
discriminação étnica, a prestação em dinheiro reverterá diretamente ao fundo e será 
utilizada para ações de promoção da igualdade étnica, conforme definição do 
Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial, na hipótese de extensão nacional, 
ou dos Conselhos de Promoção de Igualdade Racial estaduais ou locais, nas hipóteses 
de danos com extensão regional ou local, respectivamente. 
 
3.3. SENTENÇA 
Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da sentença condenatória, sem 
que a associação autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, 
facultada igual iniciativa aos demais legitimados. 
A sentença civil fará coisa julgada erga omnes (contra todos, ou seja, produz 
efeitos que alcança a todos), nos limites da competência territorial do órgão prolator, 
exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que 
 
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qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de 
nova prova. 
Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores responsáveis 
pela propositura da ação serão solidariamente condenados em honorários advocatícios e 
ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos. 
x Agora, comentaremos a ação civil pública de responsabilidade por ato de 
improbidade administrativa, ação civil pública em defesa do meio ambiente e ação 
civil pública em defesa do consumidor. 
A) Ação civil pública de responsabilidade por ato de improbidade 
administrativa. 
Há três espécies de ato de improbidade administrativa: enriquecimento ilícito, 
dano ao erário e violação de princípios da administração pública. Entre eles existe 
decrescente ordem de relevância e subsidiariedade de dano ao patrimônio público, uma 
vez que todo enriquecimento ilícito implica dano ao erário, assim como todo dano ao 
erário implica violação dos princípios da administração pública. 
O enunciado nº 209 da Súmula do STJ prevê que em casos de improbidade 
administrativa, quando se tratar de verbas federais já incorporadas pelo Município, a 
competência para julgar os atos do prefeito seja da Justiça Estadual. 
STJ Súmula nº 209 - 27/05/1998 - DJ 03.06.1998 Competência - Processo e 
Julgamento - Prefeito - Desvio de Verba Transferida e Incorporada ao Patrimônio 
Municipal 
Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba 
transferida e incorporada ao patrimônio municipal. 
Vejamos uma questão de 2012 que cobrou conhecimento desse enunciado da 
Súmula STJ: 
(MPE TO 2012) Se o prefeito de um município desviar, para fins particulares, verba 
pública federal incorporada ao patrimônio da municipalidade, o MP poderá pleitear a 
condenação do prefeito pelo referido ilícito administrativo. Nesse caso, para encaminhar 
 
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seu pleito, o MP deverá ajuizar 
a) ACP por improbidade administrativa na justiça federal. 
b) mandado de segurança na justiça estadual de primeiro grau. 
c) mandado de segurança no respectivo tribunal de justiça estadual. 
d) ação popular na justiça estadual de primeiro grau. 
e) ACP por improbidade administrativa na justiça estadual. 
Gabarito: E 
DICA 
x Os atos de improbidade administrativa podem ser divididos em dois grupos: o 
primeiro envolvea violação das normas de probidade e o segundo diz respeito à 
ineficiência funcional do gestor ou responsável. 
x A conduta de improbidade administrativa é um ilícito civil que se forma a partir da 
verificação de situação ou atitude ímproba descrita e individualizada no âmbito 
objetivo (desvio de recursos públicos, nulidade de procedimento licitatório) e 
subjetivo (nexo de imputação a título de dolo ou culpa em relação aos agentes). 
x Segue rito especial. 
x A causa de pedir demanda objetividade, uma vez que deve permitir correta 
compreensão da situação a ser julgada. 
 
B) Ação civil pública em defesa do meio ambiente 
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações 
(art. 225 da CF). 
ATENÇÃO 
 O candidato deve estar atento às questões ambientais atuais, como: gestão de 
resíduos sólidos, recursos hídricos, áreas legalmente protegidas, transgênicos. 
 
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Espera-se que o candidato tenha um conhecimento multidisciplinar: 
x Compreenda, por exemplo, o princípio do poluidor-pagador, que consiste em impor 
ao poluidor a responsabilidade pelos custos da reparação do dano ambiental. 
x Entenda os aspectos processuais relevantes, como o processo de inversão do 
ônus da prova em questões ambientais. Por exemplo, o dano ambiental em 
propriedade particular impõe ao proprietário prova de que não é responsável pelo 
dano. 
 
C) Ação civil pública de defesa do consumidor 
Sendo o direito do consumidor fundamental e regido pelo princípio da ordem 
econômica, deverá ser tutelado pelo MP. 
Princípios do Direito do Consumidor: 
a) A ideia de hipossuficiência do consumidor ou sua vulnerabilidade, 
b) Racionalização dos processos de melhoria do serviço público. 
DICA 
x São direitos básicos do consumidor: informação clara e adequada, proteção contra 
publicidade enganosa e abusiva, acesso à justiça, prevenção e reparação de 
danos patrimoniais e morais individuais, coletivos e difusos. 
x De acordo com o STF, o Ministério Público pode ajuizar ACP em defesa dos 
consumidores, mas não pode ajuizar ACP em defesa dos contribuintes, para 
garantir o não pagamento de tributo, pois nesse caso não há relação de consumo 
(Lei n° 7347/85, art. 1°, II, e art. 5°, I). 
ACP em Informativos recentes do STJ 
Informativo nº 0483 
Período: 12 a 23 de setembro de 2011. Primeira Turma CONSUMIDOR. AÇÃO CIVIL 
PÚBLICA. TELEFONIA MÓVEL. NEGATIVA. ACESSO. INADIMPLÊNCIA 
Entre outras questões julgadas neste processo, foi decidido que o MP possui legitimidade 
 
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ativa para propor ação civil pública a fim de tutelar direitos individuais homogêneos, 
porque caracterizado o relevante interesse social, inclusive quando decorrentes da 
prestação de serviços públicos ± habilitação de linha telefônica móvel. Por outro lado, a 
Lei n. 9.472/1997, ao criar a Agência Nacional de Telecomunicações ± (Anatel), órgão 
regulador das telecomunicações, conferiu-lhe, entre outras, a competência para expedir 
normas sobre prestação de serviços de telecomunicações. Contudo, esse poder 
regulamentador encontra limites nos preceitos normativos superiores, cabendo ao Poder 
Judiciário negar a sua aplicação toda vez que contrariar tais preceitos. Portanto, não se 
pode confundir a competência para expedir normas ± que o acórdão a quo não infirmou ± 
com a legitimidade da própria norma editada no exercício daquela competência, essa sim 
negada pelo acórdão. In casu, o MP ajuizou ação civil pública, por considerar abusiva a 
prática de condicionar a habilitação de celular pós-pago (cuja tarifa é menor que a do 
pré-pago) à inexistência de restrição do crédito dos consumidores ou à apresentação de 
comprovante de crédito (cartão de banco ou cartão de crédito). O juiz monocrático 
indeferiu o pedido do Parquet, porém o tribunal de origem reformou a sentença, 
impedindo as empresas de telecomunicações de condicionar a habilitação de linha 
celular no plano de serviço básico à apresentação de comprovantes de crédito ou à 
inexistência de restrição creditícia em nome do interessado, salvo a relacionada a dívidas 
com a própria concessionária (...) REsp 984.005-PE, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, 
julgado em 13/9/2011. 
Informativo nº 0469 
 
Período: 11 a 15 de abril de 2011. Quinta Turma BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. 
IDOSA. INTERVENÇÃO. MP. 
Discute-se no REsp a obrigatoriedade de intervenção do Ministério Público (MP) em 
processos em que idosos capazes sejam parte e postulem direito individual disponível. 
Nos autos, a autora, que figura apenas como parte interessada no REsp, contando mais 
de 65 anos, ajuizou ação contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para ver 
reconhecido exercício de atividade rural no período de 7/11/1946 a 31/3/1986. A 
sentença julgou improcedente o pedido e o TJ manteve esse entendimento. Sucede que, 
antes do julgamento da apelação, o MPF (recorrente), em parecer, requereu preliminar 
 
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de anulação do processo a partir da sentença por falta de intimação e intervenção do 
Parquet ao argumento de ela ser, na hipótese, obrigatória, o que foi negado pelo TJ. Daí 
o REsp do MPF, em que alega ofensa aos arts. 84 do CPC e 75 da Lei n. 10.741/2003 
(Estatuto do Idoso). Destacou o Min. Relator que, no caso dos autos, não se discute a 
legitimidade do MPF para propor ação civil pública em matéria previdenciária; essa 
legitimidade, inclusive, já foi reconhecida pelo STF e pelo STJ. Explica, na espécie, não 
ser possível a intervenção do MPF só porque a parte autora é idosa, pois ela é dotada de 
capacidade civil, não se encontra em situação de risco e está representada por advogado 
que interpôs os recursos cabíveis. Ressalta ainda que o direito à previdência social 
envolve direitos disponíveis dos segurados. Dessa forma, não se trata de direito 
individual indisponível, de grande relevância social ou de comprovada situação de risco a 
justificar a intervenção do MPF. Diante do exposto, a Turma negou provimento ao 
recurso. REsp 1.235.375-PR, Rel. Min. Gilson Dipp, julgado em 12/4/2011. 
 
RESUMO DA AULA 
- O MP ocupa a posição jurídica de substituto processual. Defende direitos alheios, mas 
em nome próprio. 
- O MP, atuando como parte principal ou substituto processual,será parte quando 
estiver em juízo. 
- O MP como fiscal da lei, deverá somente defender a prevalência da ordem jurídica e 
do bem comum. 
- Atribuições Extrajudiciais: Antes da CF/88: titular da ação penal; a partir da CF/88: 
guardião da sociedade, em especial dos direitos transindividuais. 
- O papel essencial do MP na tomada de iniciativa para ações, medidas e providências 
em benefício da sociedade ± representar e defender a coletividade. 
- Interagem com a sociedade civil por meio dos instrumentos democráticos de 
captação dos anseios do povo, como reuniões, audiências públicas. 
- Devem fiscalizar a implementação de políticas públicas, saúde, educação, meio 
ambiente, assim como a probidade administrativa, o controle externo da atividade policial. 
 
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- A atuação do MP pode ser classificada em demandista ou resolutiva. 
- Atribuições Judiciais: na tutela dos direitos difusos e coletivos da sociedade, a ação 
civil pública é o principal expediente de atuação do parquet na condição de parte. 
- O Ministério Público quando atua como parte pode agir nos seguintes casos: na ação 
de nulidade de casamento; na ação de dissolução da sociedade civil; ADIN; no pedido de 
interdição; na ação civil pública, para defesa de interesses difusos, coletivos, individuais 
homogêneos. 
- O Ministério Público como fiscal da lei age nas causas em que há interesse de 
incapazes, nas causas que se referem ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, 
interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade, nas 
ações de litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em que há 
interesse público 
- Na tutela dos direitos difusos e coletivos da sociedade, a ação civil pública é o principal 
expediente de atuação do Parquet na condição de parte 
- Bens tutelados pela ACP são diversos ± direitos difusos, coletivos, individuais 
homogêneos. Dessa forma, a lista elencada na Lei 7.347/85 é meramente exemplificativa: 
l - ao meio-ambiente; 
II- ao consumidor; 
III ± a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; 
IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. 
V - por infração da ordem econômica e da economia popular; 
VI - à ordem urbanística. 
- Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: 
I - o Ministério Público; 
II - a Defensoria Pública; 
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; 
 
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 QUESTÕES COMENTADAS 
1. (TRT 1ª Região 2008) De acordo com o CPC, intervindo como fiscal da lei, o 
Ministério Público: 
a) terá vista dos autos antes das partes sempre que algum documento relevante for 
juntado. 
b) poderá determinar a realização de diligências imprescindíveis à correta apuração 
dos fatos. 
c) terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do 
processo. 
d) não poderá juntar documentos e certidões, já que não é parte. 
e) somente poderá se manifestar nos autos após a manifestação das partes nas 
alegações finais. 
COMENTÁRIOS: 
Nessa questão, mais uma vez a banca utilizou-se do texto da lei. Reparem 
que é bastante parecida com a questão anterior. Novamente a alternativa correta está no 
art. 83 do CPC: Intervindo como fiscal da lei, o MP terá vista dos autos depois das partes, 
sendo intimado de todos os atos do processo (inciso I, do art. 83 do CPC). 
Gabarito: C 
 
02. (MPE-RN 2010) Sobre a atuação do Ministério Público no Processo Civil, é 
correto afirmar: 
a) Quando a lei considerar obrigatória a intervenção do Ministério Público, caberá 
ao juiz promover a sua intimação. 
b) Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público não poderá juntar documentos 
nem produzir prova em audiência. 
c) Compete ao Ministério Público intervir, dentre outros casos, nas ações que 
envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural. 
 
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d) Em hipótese alguma o órgão do Ministério Público será responsabilizado 
civilmente pela sua atuação no processo. 
e) Intervindo como fiscal da Lei, o Ministério Público terá vista dos autos depois do 
autor e antes do réu. 
COMENTÁRIOS: 
Deixamos isso bem claro na nossa aula! Vamos relembrar: 
O art. 82 do CPC versa sobre os casos de intervenção obrigatória do 
Ministério Público: 
1) Interesses de incapazes (hipossuficientes). 
2) Ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição, casamento, 
declaração de ausência e disposições de última vontade. 
3) Em litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em 
que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte. 
Gabarito: C 
 
03. (MPE-SE Ministério Público 2009) Em ação de anulação de casamento, a 
intervenção do Ministério Público 
a) em nenhuma hipótese é obrigatória, porque não há interesse público. 
b) só ocorrerá se o juiz entender presente algum interesse público. 
c) só será obrigatória se houver filhos incapazes. 
d) é obrigatória, porque se trata de ação concernente ao estado da pessoa. 
e) não será obrigatória, se as partes estiverem representadas por advogados 
constituídos, mas será obrigatória se pelo menos uma delas for representada pela 
Defensoria Pública. 
COMENTÁRIOS: 
Mais uma vez a banca cobrou o art. 82 do CPC que versa sobre os casos de 
intervenção obrigatória do Ministério Público. 
 
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II ± Ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição, 
casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade (art.82, inciso II, 
CPC). 
 Gabarito: D 
 
04. (MPE-SE Ministério Público 2009) Considere as seguintes assertivas a respeito 
do Ministério Público: 
I. Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público poderá juntar documentos e 
certidões e produzir prova em audiência. 
II. Quando a lei considerar obrigatória a intervenção do MinistérioPúblico, a parte 
promover-lhe-á a intimação sob pena de nulidade do processo. 
III. Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público terá vista dos autos antes das 
partes, sendo intimado de todos os atos do processo. 
IV. O Ministério Público exercerá o direito de ação nos casos previstos em lei, 
cabendo-lhe, no processo, os mesmos poderes e ônus que às partes. 
De acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, está correto o que se afirma 
APENAS em 
a) II, III e IV. 
b) II e IV. 
c) I, II e III. 
d) I, II e IV. 
e) I e IV. 
COMENTÁRIOS: 
I ± Certo. Art. 83, inciso II, CPC permite que o MP, intervindo como fiscal da 
lei, juntar documentos e certidões, produzir prova em audiência e requerer medidas ou 
diligências necessárias ao descobrimento da verdade. 
 
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II ± Certo. Art. 84. Quando a lei considerar obrigatória a intervenção do 
Ministério Público, a parte promover-lhe-á a intimação sob pena de nulidade do processo. 
III ± Errado. Vejam a resposta da questão nº 10. 
IV ± Certo. Art. 81. O Ministério Público exercerá o direito de ação nos casos 
previstos em lei, cabendo-lhe, no processo, os mesmos poderes e ônus que às partes. 
Gabarito: D 
 
05. (TRT 9ª Região 2007) A respeito das partes e da intervenção do Ministério 
Público no processo civil, julgue o item a seguir. 
Se a pessoa incapaz não possuir representante legal, ou se os interesses deste 
representante são colidentes com os do representado, o juiz deverá nomear um 
curador especial a esse incapaz, para representá-lo nos atos da vida civil, bem 
como em juízo. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIOS: 
Reparem que o erro da questão está em dizer que o curador especial, 
nomeado pelo juiz, irá representar a o incapaz nos atos da vida civil. 
O art. 7º e ss do CPC refere-se à capacidade de estar em juízo. 
Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capacidade 
para estar em juízo (art. 7º). 
Art. 8º Os incapazes serão representados ou assistidos por seus pais, 
tutores ou curadores, na forma da lei civil. 
Art. 9º O juiz dará curador especial: 
I - ao incapaz, se não tiver representante legal, ou se os interesses deste 
colidirem com os daquele; 
II - ao réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa. 
 
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Gabarito: Errado 
 
06. (TRT 9ª Região 2007) Em todas as ações nas quais incapazes sejam partes, é 
obrigatória a intervenção do Ministério Público para representá-los ou assisti-los. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIOS: 
Nesses casos o Ministério Público não atuará como representante ou assistente, 
mas como custus legis (fiscal da lei). 
Se a questão terminasse em Ministério Público estaria corretíssima, inclusive, 
com redação bastante parecida com o caput do art. 82 e seu inciso I. 
Art. 82. Compete ao Ministério Público intervir: 
I - nas causas em que há interesses de incapazes 
Gabarito: Errado 
 
07. (TJDFT 2013) Ao atuar na defesa do interditando, o Ministério Público (MP) age 
como representante da parte, e não como custos legis. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIOS: 
O Ministério Público atua em nome próprio, mesmo ao defender interesses 
alheios, jamais será representante de alguma das partes. Além disso, a questão também 
erra ao desconsiderar a intervenção do MP como fiscal da lei (custos legis) em ações 
relativas a estado da pessoa (II, artigo 82, CPC). 
Gabarito: Errado 
 
 
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Em relação à defesa judicial dos interesses transindividuais, notadamente pela via 
da ação civil pública, é correto afirmar que: 
08. (Analista Judiciário 2004) A ação civil pública compete exclusivamente a entes 
públicos, seja o Ministério Público ou entidades vinculadas à União, Estados ou 
Municípios. Nesse último caso, desde que, entre suas finalidades institucionais, 
esteja a defesa do meio ambiente, o patrimônio artístico, histórico e paisagístico, o 
consumidor e a economia popular. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIOS: 
Têm legitimidade para propor ação principal e ação cautelar (art. 5º, Lei 7.347/85): 
I - o Ministério Público; 
II - a Defensoria Pública; 
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; 
V - a associação que, concomitantemente: 
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; 
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao 
consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico. 
Gabarito: Errado 
 
09. (Analista Judiciário MPU 2004) Ainda que a legitimação para a ação civil pública 
seja limitada, qualquer cidadão poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, 
fornecendo informações que fundamentem a propositura. Já os servidores públicos 
têm essa prerrogativa como dever funcional. E os juízes, conhecendo tais 
informações, devem remetê-las ao Ministério Público para que esse tome as 
providências cabíveis. 
 
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a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIOS: 
Cópia do texto dos arts. 6º e 7º da Lei 7.347/85: 
Art. 6º: Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá provocar a iniciativa 
do Ministério Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que constituam objeto da 
ação civil e indicando-lhe os elementos de convicção. 
Art. 7º: Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem 
conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças 
ao Ministério Público para as providências cabíveis. 
Gabarito: Certo 
 
10. (TJ RJ FGV 2014) No tocante à atuação do Ministério Público no processo civil, 
é INCORRETO afirmar que: 
a) lhe é assegurada a prerrogativa da intimação pessoal dos atos processuais, 
mediante a abertura de vista dos autos; 
b) lhe é assegurada a prerrogativa do prazo quadruplicado para apresentarcontestação; 
c) a sua intervenção, como custos legis, é obrigatória nas causas concernentes ao 
estado da pessoa, sob pena de nulidade do processo; 
d) lhe é assegurada a faculdade de interpor recursos caso funcione como órgão 
agente, mas não como custos legis; 
e) lhe é assegurada a possibilidade de produzir provas, ainda que funcione como 
custos legis. 
COMENTÁRIOS: 
Citemos os dispositivos do CPC que respondem à questão: 
 
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/HWUD�$�� ³Art. 236. [...] § 2o A intimação do Ministério Público, em qualquer caso 
será feita pessoalmente.´ 
/HWUD� %�� ³Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em 
dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.´ 
Letra C. Nos termos do artigo 82, inciso II é obrigatória a intervenção do Ministério 
3~EOLFR� ³nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, 
interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade´��
(QTXDQWR� R� DUWLJR� ��� GHWHUPLQD�� ³Quando a lei considerar obrigatória a intervenção do 
Ministério Público, a parte promover-lhe-á a intimação sob pena de nulidade do processo.´ 
Letra D. Opção incorreta. Esta é a UHVSRVWD�j�TXHVWmR��³Art. 499. O recurso pode 
ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público. [...] § 
2º O Ministério Público tem legitimidade para recorrer assim no processo em que é parte, 
como naqueles em que oficiou como fiscal da lei.´ 
/HWUD� (�� ³Art. 81. O Ministério Público exercerá o direito de ação nos casos 
previstos em lei, cabendo-lhe, no processo, os mesmos poderes e ônus que às partes.´�
Este dispositivo reponde à questão sobre sua atuação como parte, uma vez que lhe 
caibam os mesmos poderes e ônus, poderá produzir provas. Ao agir como fiscal da lei 
WDPEpP�SRGHUi�SURGX]LU�SURYDV�SHOR�TXH�LPS}H�R�DUWLJR�����³Intervindo como fiscal da lei, 
o Ministério Público: [...] II - poderá juntar documentos e certidões, produzir prova em 
audiência e requerer medidas ou diligências necessárias ao descobrimento da verdade.´ 
Gabarito: D 
 
11. (TRT 9ª Região ± FCC 2010) Intervindo no processo como fiscal da lei, o 
Ministério Público 
a) não poderá requerer diligências necessárias ao descobrimento da verdade. 
b) não poderá produzir prova em audiência. 
c) terá vista dos autos antes das partes. 
d) poderá juntar documentos e certidões. 
 
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e) será intimado dos principais atos processuais, a critério do juiz. 
COMENTÁRIOS: 
Para responder a essa questão devemos verificar o artigo 83 do CPC: 
intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público: 
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos 
do processo; 
II - poderá juntar documentos e certidões, produzir prova em audiência e 
requerer medidas ou diligências necessárias ao descobrimento da verdade. 
Desse modo: 
Alternativa A. Errada. Poderá requerer diligências necessárias ao 
descobrimento da verdade (inciso II, art. 83), 
Alternativa B. Errada. Poderá produzir prova em audiência (também inciso II, 
art. 83), 
Alternativa C. Errada. Terá vista dos autos depois das partes, sendo 
intimado de todos os atos do processo (inciso I, art. 83), 
Alternativa D. Correta. Poderá juntar documentos e certidões (inciso II), 
Alternativa E. Errada. Será intimado de todos os atos do processo (inciso I). 
Gabarito: D 
 
12. (MPE-RN Agente administrativo ± FCC 2010) No processo civil, as despesas dos 
atos processuais efetuados a requerimento do Ministério Público interveniente 
serão 
a) pagas a final pelas partes, proporcionalmente. 
b) pagas pelo Ministério Público antes da realização do ato. 
c) suportadas pela Fazenda Pública. 
d) pagas a final pelo vencido. 
e) dispensadas de pagamento porque o Ministério Público é órgão do Estado. 
COMENTÁRIOS: 
De acordo com o art. 27 do CPC: As despesas dos atos processuais, efetuados a 
requerimento do Ministério Público ou da Fazenda Pública, serão pagas a final pelo 
vencido. 
 
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Reparem como a FCC utiliza o texto da lei em suas questões. Fiquem atendo aos 
artigos mencionados nas aulas e os leiam com bastante atenção. 
Gabarito: D 
 
13. (MPE-SE Analista do ministério Público ± FCC 2009) Intervindo o Ministério 
Público como fiscal da lei no processo, 
a) não poderá requerer diligências, se as partes delas se desinteressarem, mas 
poderá requerer a produção de provas. 
b) terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos. 
c) somente será intimado da sentença, para fins de interposição de eventual 
recurso. 
d) terá vista dos autos antes das partes, sendo intimado de todos os atos do 
processo. 
e) não poderá requerer a produção de provas, se as partes também não houverem 
requerido. 
COMENTÁRIOS: 
Bem, vamos analisar cada um dos itens da questão. 
a) Errado, pois no art. 83, inciso II, CPC permite que o MP, intervindo como fiscal 
da lei, juntar documentos e certidões, produzir prova em audiência e requerer medidas ou 
diligências necessárias ao descobrimento da verdade. 
b) Item correto. O MP será intimado DEPOIS das partes. 
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do 
processo (art. 83, inciso I, CPC). 
c) Questão errada: o MP será intimado de todos os atos do processo. 
d) Questão errada: o MP terá vista dos autos depois das partes e não antes como 
a questão afirma. 
H��(UUDGR��9HMD�D�H[SOLFDomR�GR�LWHP�³D´� 
Gabarito: B 
 
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14. (TJ-PI Técnico Judiciário ± FCC 2009) Deve o Ministério Público intervir, como 
fiscal da lei, dentre outras, nas causas de interesse de 
a) pessoas jurídicas constituídas há menos de um ano. 
b) pessoas capazes, mas beneficiárias da gratuidade judicial. 
c) pessoas capazes, mas revéis. 
d) estrangeiros, residentes ou não no território nacional. 
e) incapazes e naquelas concernentes ao estado da pessoa. 
COMENTÁRIOS: 
Art. 82. Compete ao Ministério Públicointervir: 
I - nas causas em que há interesses de incapazes; 
II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, 
interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade. 
Gabarito: E 
 
15. (MPE CE ± FCC 2012) No processo civil, o Ministério Público 
a) age sempre facultativamente, em obediência a seu poder discricionário. 
b) no exercício de suas funções, não poderá ser responsabilizado civilmente, mas 
somente nos âmbitos administrativo e criminal. 
c) poderá produzir prova em audiência, mas não juntar documentos e certidões, o 
que é privativo das partes. 
d) intervirá nas causas em que haja interesses de incapazes, relativas ao estado da 
pessoa, declaração de ausência e disposições de última vontade. 
e) deverá manifestar-se nas ações que envolvam litígios coletivos e individuais pela 
posse da terra urbana e rural. 
COMENTÁRIOS: 
Art. 82. Compete ao Ministério Público intervir: 
I - nas causas em que há interesses de incapazes; 
 
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II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, 
interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade. 
Gabarito: D 
 
16. (TJDFT Cespe 2013) Ao atuar na defesa do interditando, o Ministério Público 
(MP) age como representante da parte, e não como custos legis. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIOS: 
O Ministério Público atua em nome próprio, mesmo ao defender interesses 
alheios, jamais será representante de alguma das partes. Além disso, a questão também 
erra ao desconsiderar a intervenção do MP como fiscal da lei (custos legis) em ações 
relativas a estado da pessoa (II, artigo 82, CPC). 
Gabarito: Errado 
 
17. (INSS FUNRIO 2013/Adaptada) No tocante a nulidade no Código do Processo 
Civil, é errado afirmar que 
É nulo o processo, quando o Ministério Público não for intimado a acompanhar o 
feito em que deva intervir. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIOS: 
&RUUHWD�� 'LVSRVLomR� GR� &3&�� ³Art. 246. É nulo o processo, quando o Ministério 
Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.´ 
Gabarito: Certo 
 
 
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18. (TC DF Cespe 2013) Acerca da trilogia estrutural, dos princípios gerais e das 
partes que podem atuar em um processo, julgue os itens a seguir. 
As causas relacionadas ao estado da pessoa são exemplo de causas nas quais o 
MP deve atuar como custos legis. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIOS: 
Art. 82. Compete ao Ministério Público intervir: [...] II - nas causas concernentes 
ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição, casamento, declaração de 
ausência e disposições de última vontade. 
Gabarito: Certo 
 
19. (DPE AC ± Cespe 2012/Adaptada) Se intervier na causa, ainda que na condição 
de fiscal da lei e não em nome próprio, o MP poderá juntar documentos e certidões, 
produzir prova em audiência e requerer medidas ou diligências, inclusive perícias, 
necessárias ao descobrimento da verdade. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIOS: 
 
Essa questão está em conformidade com o que dispõe o art. 83 do CPC: 
Art. 83. Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público: 
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do 
processo; 
II - poderá juntar documentos e certidões, produzir prova em audiência e requerer 
medidas ou diligências necessárias ao descobrimento da verdade. 
Percebam que o examinador reproduziu o exato conteúdo do inciso II. 
 
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Gabarito: Certo 
 
20. (TRE ES - Cespe 2011) Com relação a intimação do Ministério Público, 
suspeição do juiz e prazo para contestar, julgue os itens subsecutivos. 
Se o Ministério Público não intervier em processo que envolva interesse de incapaz, 
ainda que seja intimado, ocorrerá a nulidade do processo. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIOS: 
 
Uma vez que o MP seja intimado, atendida está a exigência do art. 84 do CPC: 
³$UW� 84. Quando a lei considerar obrigatória a intervenção do Ministério Público, a parte 
promover-lhe-á a intimaçmR�VRE�SHQD�GH�QXOLGDGH�GR�SURFHVVR�´ 
Mas isso não resolve a questão, já que será causa de nulidade processual, 
igualmente, a situação em que o MP deixe de cumprir seu papel de intervir em causa que 
envolva interesse de incapaz, salvo nos casos em que a parte que deveria receber 
suporte do MP sagre-se vencedora. Pois, não há nulidade sem prejuízo. 
Reparem, portanto, que o erro da questão está em colocar a nulidade como uma 
consequência inevitável em virtude da omissão do MP, quando, na verdade, estará 
afastada em caso de o incapaz sair-se vencedor. 
Gabarito: Errado 
 
A Constituição de 1988 apresentou uma nova tábua axiológica de valores jurídicos. 
À sociedade foram concedidas condições mínimas para uma vida humana digna 
(artigo 1º, III), inspirada em princípios sociais e humanos. Nesse contexto, foram 
criados mecanismos ágeis que pudessem servir para tutelar os direitos e garantir a 
celeridade do processo. O Ministério Público ampliou sua atuação na defesa dos 
interesses sociais e coletivos. 
 
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À luz do texto acima e de seus conhecimentos sobre a atuação do Ministério 
Público responda os itens seguintes. 
21. (Inédita) O MP, mais do que simples agente de justiça, tem o dever de 
representar e defender a sociedade, incluindo a interação com esta. Para tanto lhe 
cabe, entre muitos outros, o uso de instrumentos democráticos; como a 
participação em reuniões e audiências públicas, que lhe permita ouvir os anseios 
populares. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIOS: 
 Atenção! A multidisciplinaridade é característica marcante nas provas do Cespe. 
Mesmo que não tenha relação direta com o Direito Processual Civil, pode sim ser cobrada 
questão com esse conteúdo. 
O Ministério Público passou por verdadeira evolução como órgão defensor dos 
interesses da coletividade e individuais indisponíveis, desde a Constituição

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