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Aula 05
Direito Processual Civil p/ TJDFT - Técnico Judiciário (Área Administrativa)
Professor: Gabriel Borges
 
 Direito Processual Civil ʹ TJDFT 
 Teoria e Exercícios comentados 
 Prof. Gabriel Borges ʹ Aula 05 
 
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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ TJDFT - TÉCNICO JUDICIÁRIO - 
ÁREA ADMINISTRATIVA 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Capítulo VI: Dos Atos Processuais 
02 
2. Resumo 40 
3. Questões comentadas 43 
4. Lista das questões apresentadas 67 
5. Gabarito 76 
 
 
CAPÍTULO VI: DOS ATOS PROCESSUAIS 
 
Ato, de modo geral, e sem alongamento na realidade processual, 
refere-se a uma ação, a algo que está sendo feito ou pode ser feito 
por uma pessoa. Transpondo a premissa para a realidade da ciência 
jurídica, podemos definir o ato processual como o comportamento 
das partes, do magistrado e de todos os auxiliares da justiça no 
sentido de criar, de modificar ou de extinguir um direito dentro do 
outro. (Montenegro Filho, Misael. Curso de Direito Processual Civil, 
v1) 
Assim, são atos processuais aqueles que podem criar, modificar ou extinguir 
direitos no curso do processo, procedentes das partes, dos agentes da jurisdição, ou, até 
mesmo, de terceiros. 
Praticam atos processuais as partes, o juiz, os auxiliares. São eles que iniciam, 
desenvolvem e encerram o processo. 
Não são esses atos, contudo, os únicos a produzirem efeitos processuais. 
Aula 05: DOS ATOS PROCESSUAIS. 
 
 Direito Processual Civil ʹ TJDFT 
 Teoria e Exercícios comentados 
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Temos aqui uma primeira distinção, entre atos processuais, que são fruto de 
ação destinada a produzir efeitos no processo (a petição inicial e a sentença são 
exemplos de atos processuais) e fatos processuais, decorrentes de eventos que 
acabam por produzir efeitos no processo, ainda que de maneira não intencional (a morte 
da parte e o decurso do tempo são exemplos de fatos processuais). Assim, tanto os atos 
como os fatos processuais influenciam o processo, contudo os atos decorrem da 
manifestação do ser humano e os fatos independem da vontade da pessoa humana. 
Não se fala em atos processuais quando praticados fora do processo, nem são 
todos os praticados dentro dele classificados como atos processuais. 
 
1. CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 
 Podem ser classificados de duas formas: 
1. OBJETIVA (relativa ao objeto), os atos poderão ser: 
a) de iniciativa: pretendem iniciar a relação processual ± petição inicial. 
b) de desenvolvimento: pretendem movimentar o processo. São os atos de 
instrução ± provas e alegações ± e de ordenação ± impulso, formação, direção. 
c) de conclusão: são os decisórios do juiz ou dispositivos das partes ± a 
desistência, a renúncia, a sentença. 
2. SUBJETIVA (relativa às pessoas). Classificação adotada pelo CPC. 
a) Atos das partes (autor e réu): 
Art. 158. Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais 
de vontade, produzem imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de 
direitos processuais. 
São praticados pelas próprias partes ou pelos seus advogados, de modo 
excepcional. Produzem efeitos imediatos, em geral, e em alguns casos necessitam de 
homologação para externalizarem seus efeitos. 
Exemplo: A desistência da ação só produzirá efeito depois de homologada por 
sentença (Parágrafo único, art.158 do CPC). 
 
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b) Atos do juiz: 
Classificam-se como atos do juiz: a sentença, o despacho, as decisões 
interlocutórias. 
c) Atos dos auxiliares da justiça: 
Podemos destacar o escrivão ou chefe de secretária como a espécie, do gênero 
auxiliares da justiça, mais importante, pois responsabiliza-se pela guarda dos autos e 
cumprimento das ordens do magistrado, como a expedição de mandados judiciais. Seus 
atos podem ser classificados em atos de documentação e de comunicação. 
OBJETIVA (objeto) Iniciativa, desenvolvimento e conclusão. 
SUBJETIVA (pessoas) Das partes, do juiz e dos auxiliares da 
justiça. 
 
 
A inobservância dos prazos estabelecidos no CPC para o 
cumprimento dos atos do escrivão, não acarretará 
penalidades processuais ao auxiliar. No entanto, o escrivão 
poderá ser punido administrativamente ou ter que reparar a 
parte que se sente prejudicada por perdas e danos. 
 
2. FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS 
O CPC prevê o modo como devem ser praticados os atos. Quando há a exigência 
de que cumpram forma específica como condição de validade, falamos dos atos solenes. 
Quando não se exige uma forma pré-determinada para cumpri-los, falamos em atos não 
solenes. 
Mas, reparem que o legislador tratou de combater o formalismo excessivo, como 
apontam os seguintes artigos: 
Art. 154. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada 
senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de 
outro modo, lhe preencham a finalidade essencial. 
 
 
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Art. 244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, 
o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. 
Ou ainda: 
Art. 250. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos 
que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim 
de se observarem, quanto possível, as prescrições legais. 
Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados, desde que não 
resulte prejuízo à defesa. 
Vimos que no CPC vale o entendimento de que a forma é relevante, mas seu 
descumprimento não deve invalidar o ato, a menos que haja expressa previsão legal. 
Contempla, assim, o princípio da instrumentalidade da forma. 
Vejam como este conhecimento foi cobrado em 2012: 
(TRT 5ª Região 2012/Adaptada) É correto afirmar que os atos e termos processuais não 
dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, tendo-se 
por válidos aqueles que, realizados de modo diverso, lhe preencham a finalidade 
essencial. 
a) Certo 
b) Errado 
Gabarito: A 
 
Sobre a forma dos atos, também é importante sabermos que em 2006 foi inserido 
parágrafo único ao art. 154, possibilitando a comunicação oficialdos atos processuais 
por meios eletrônicos. 
Para que isso ocorra, devem ser atendidos os requisitos de autenticidade, 
integridade, validade jurídica e Interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas 
Brasileira ± ICP-Brasil. 
Que nome feio! O que é o ICP-Brasil? Não se preocupem em entender isso para 
a prova, mas é o sistema brasileiro de certificação digital. 
 
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No mesmo ano, inseriu-se o § 2º D� HVVH� DUWLJR�� ³7RGRV� RV� DWRV� H� WHUPRV� GR�
processo podem ser produzidos, transmitidos, armazenados e assinados por meio 
HOHWU{QLFR��QD�IRUPD�GD�OHL�´� 
 
2.1 ATOS PROCESSUAIS PRATICADOS POR MEIO ELETRÔNICO 
Como vimos, a regra no processo civil brasileiro é o registro escrito dos atos e 
termos do processo, formando autos ou caderno processual. Em 2006, com a Lei n° 
11.419/06 o processo eletrônico espalhou-se para todos os órgãos e procedimentos do 
Judiciário. 
Antes de fazer mais considerações acerca do tema, devemos saber o conceito de 
meio eletrônico expresso pela referida Lei: qualquer forma de armazenamento ou tráfego 
de documentos e arquivos digitais. 
Essa mesma Lei ainda define o que é transmissão eletrônica, dizendo: é toda 
forma de comunicação à distância com a utilização de redes de comunicação, 
preferencialmente a rede mundial de comunicação. 
Essa Lei amplia o uso de meios eletrônicos nos processos judiciais; no entanto, 
para que isso de fato ocorra, cabe aos Tribunais regulamentar, conforme o art. 154, CPC: 
os tribunais, no âmbito da respectiva jurisdição, poderão disciplinar a prática e a 
comunicação oficial dos atos processuais por meios eletrônicos, atendidos os requisitos 
de autenticidade, integridade, validade jurídica e interoperabilidade da Infra-Estrutura de 
Chaves Públicas Brasileira - ICP ± Brasil. 
Cumprida essa etapa, devemos esclarecer os aspectos da assinatura, manuscrita 
ou eletrônica, é o meio que atribui a autenticidade e validade a qualquer declaração, e a 
ato jurídico, inclusive, ao ato processual. 
Vejamos o art. 219, CC e o art. 10, §1° da MP 2.200-2/2001: 
As declarações constantes de documentos assinados presumem-se verdadeiras 
em relação aos signatários (art. 219). 
Consideram-se documentos públicos ou particulares, para todos os fins legais, os 
documentos eletrônicos de que trata esta Medida Provisória (art. 10). 
 
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As declarações constantes dos documentos em forma eletrônica produzidos com 
a utilização de processo de certificação disponibilizado pela ICP-Brasil presumem-se 
verdadeiros em relação aos signatários, na forma do art. 131 da Lei no 3.071, de 1° de 
janeiro de 1916 - Código Civil (§ 1°). 
Vale ressaltar que a admissão de assinatura eletrônica também é definida na Lei 
n° 11.419/06. Assinatura eletrônica é reconhecida como as seguintes formas de 
identificação inequívocas do signatário: a) assinatura digital baseada em certificado digital 
emitido por Autoridade Certificadora credenciada, na forma da lei específica; b) mediante 
cadastro de usuário no Poder Judiciário, conforme disciplinado pelos órgãos respectivos. 
Nesse último caso (b), o credenciamento no Poder Judiciário será realizado por 
procedimento no qual esteja assegurada a adequada identificação presencial do 
interessado. A Lei também permite a criação de um cadastro único para o 
credenciamento, ou seja, para o reconhecimento das assinaturas eletrônicas. 
Uma vez realizado o cadastro do signatário junto ao órgão do Poder Judiciário, 
qualquer ato processual poderá ser realizado por meio eletrônico. Os atos processuais 
eletrônicos consideram-se feitos no dia e hora do seu envio ao sistema do Poder 
Judiciário, devendo este fornecer o protocolo eletrônico. 
Quando a petição eletrônica for enviada para atender prazo processual, serão 
consideradas tempestivas as transmitidas até as 24 (vinte e quatro) horas do seu último 
dia. Se o Sistema do Poder Judiciário se tornar indisponível por motivo técnico, o prazo 
fica automaticamente prorrogado para o primeiro dia útil seguinte à resolução do 
problema. 
Essa mesma lei (n° 11.419/06) regula a comunicação eletrônica dos atos 
processuais. Citações e intimações poderão ser realizadas por meio eletrônico, assim 
como as cartas, meio de comunicação entre os juízos. 
As cartas precatórias, rogatórias, de ordem e, de um modo geral, todas as 
comunicações oficiais que transitem entre órgãos do Poder Judiciário, bem como entre os 
deste e os dos demais Poderes, serão feitas preferentemente por meio eletrônico (art. 7°). 
A lei dispõe, ainda, que os órgãos do Poder Judiciário poderão desenvolver 
sistemas eletrônicos de processamento de ações judiciais por meio de autos total ou 
 
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parcialmente digitais, utilizando, preferencialmente, a rede mundial de computadores e 
acesso por meio de redes internas e externas. 
Ressalte-VH� TXH� R� OHJLVODGRU� GL]� ³Do}HV� MXGLFLDLV´� TXDQGR� GHYHULD� UHIHULU-se, em 
verdade, aos processos judiciais, já que os institutos são distintos. 
Todos os atos processuais do processo eletrônico serão assinados 
eletronicamente e todas as citações, intimações e notificações, inclusive da Fazenda 
Pública, serão feitas por meio eletrônico. Essas juntamente com as remessas que 
viabilizem o acesso à íntegra do processo correspondente serão consideradas para todos 
os efeitos legais. 
Quando, por motivo técnico, for inviável o uso do meio eletrônico para a 
realização de citação, intimação ou notificação, esses atos processuais poderão ser 
praticados segundo as regras ordinárias, digitalizando-se o documento físico (papel), que 
deverá ser posteriormente destruído. 
A distribuição da petição inicial e a juntada de outras petições, como a 
contestação e os recursos, podem ser feitas diretamente pelos advogados públicos e 
privados, sem necessidade da intervenção de órgãos estatais (ex. o cartório), caso em 
que a autuação deverá ocorrer de forma automática, fornecendo-se recibo eletrônico de 
protocolo. 
Estabelece a Lei que os documentos produzidos por meio eletrônico são 
considerados originais. Do mesmo modo, os extratos digitais e os documentos 
digitalizados e juntados aos autos pelos órgãos da Justiça, Ministério Público, 
procuradorias, autoridades policiais, repartições públicas em geral e por advogados 
públicos e privados têm a mesma força probante dos originais, ressalvada a alegação 
motivada e fundamentada de adulteração antes ou duranteo processo de digitalização. 
A arguição de falsidade do documento será processada eletronicamente, desse 
modo, será necessário guardar os documentos originais que foram digitalizados até o 
trânsito em julgado da sentença ou, quando admitida, até o fim do prazo para o 
ajuizamento da ação rescisória. 
Se, por ventura, os documentos, cuja digitalização seja tecnicamente inviável 
(devido ao grande volume ou por serem ilegíveis), deverão ser apresentados ao cartório 
 
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ou secretaria no prazo de 10 (dez) dias contados do envio de petição eletrônica 
comunicando o fato. Os documentos serão devolvidos à parte após o trânsito em julgado. 
Os documentos digitalizados juntados em processo eletrônico somente estarão 
disponíveis para acesso por meio da rede externa para suas respectivas partes 
processuais e para o Ministério Público, respeitando o sigilo e o segredo de justiça. 
Assim, os processos que não tramitam em segredo de justiça poderão ficar disponíveis 
para leitura. No entanto, os documentos devem ser protegidos para evitar que o sistema 
sofra qualquer ataque de hackers que prejudique o andamento do processo e a 
segurança jurídica das partes. 
Os autos de processos eletrônicos que tiverem de ser remetidos a outro juízo ou 
instância superior que não disponham de sistema compatível deverão ser impressos, 
cabendo, nesse caso, ao escrivão certificar os autores ou a origem dos documentos 
produzidos nos autos. Além disso, o juiz poderá determinar que sejam realizados por 
meio eletrônico a exibição e o envio de dados e de documentos necessários à instrução 
do processo. 
Quando se tratar de processo total ou parcialmente eletrônico, os atos 
processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de 
modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante 
registro em termo que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de 
secretaria, bem como pelos advogados das partes. Acrescenta-se que, conforme previsão 
do art. 169 do CPC, eventuais contradições na transcrição deverão ser questionadas 
oralmente, no momento da realização do ato, sob pena de preclusão: 
Art. 169. Os atos e termos do processo serão datilografados ou escritos com tinta 
escura e indelével, assinando-os as pessoas que neles intervieram. Quando estas não 
puderem ou não quiserem firmá-los, o escrivão certificará, nos autos, a ocorrência. 
[...] 
§ 3o No caso do § 2o deste artigo, eventuais contradições na transcrição deverão 
ser suscitadas oralmente no momento da realização do ato, sob pena de preclusão, 
devendo o juiz decidir de plano, registrando-se a alegação e a decisão no termo. 
Caiu em prova: 
 
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(TRF 1º Região 2011) Quando se tratar de processo total ou parcialmente eletrônico, os 
atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados 
de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante 
registro em termo que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de 
secretaria, bem como pelos advogados das partes. Eventuais contradições na 
transcrição deverão ser suscitadas 
a) oralmente no momento da realização do ato, registrando-se a alegação, devendo o 
juiz decidir no prazo de cinco dias, sendo as partes intimadas desta decisão. 
b) oralmente no momento da realização do ato, registrando-se a alegação, devendo o 
juiz decidir no prazo de quarenta e oito horas, sendo as partes intimadas desta decisão. 
c) oralmente no momento da realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz 
decidir de plano, registrando-se a alegação e a decisão no termo. 
d) oralmente no momento da realização do ato, devendo ser as razões da contradição 
feitas por escrito no prazo de cinco dias e o juiz decidir no prazo de quarenta e oito 
horas, sendo as partes intimadas desta decisão. 
e) por escrito no prazo de vinte e quatro horas, sob pena de preclusão, devendo o juiz 
decidir no prazo de cinco dias, sendo as partes intimadas desta decisão. 
Gabarito: C 
 
Linguagem dos Atos Processuais 
O ato jurídico é exteriorizado por linguagem oral ou escrita. O ato oral precisa ser 
reduzido a termo pelo chefe de secretaria. 
O documento em língua estrangeira deve ser acompanhado por tradução, realizada 
por tradutor juramentado ou indicado pelo juiz. Para os atos orais em língua estrangeira, 
faz-se necessário um intérprete. O mesmo valerá à linguagem mímica dos surdos-mudos, 
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). 
Art. 156. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso do vernáculo. (erros 
gramaticais, desde que não prejudiquem a compreensão, são toleráveis). 
 
3. PUBLICIDADE 
Nosso código contempla o princípio da publicidade, ao determinar que os atos 
processuais são públicos (art. 150). Todavia, prevê que correrão em segredo de 
justiça (art. 155), os processos: 
 
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1. quando o interesse público o exigir; 
2. que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão 
desta em divórcio, alimentos e guarda de menores. 
 
4. QUEM PRATICA ATOS PROCESSUAIS 
4.1. ATOS DAS PARTES 
São praticados por: autor, réu, terceiros intervenientes ou ministério público. 
x Esses atos, em regra, produzem efeitos imediatos (vejam o art. 158, 
CPC). 
Devido ao princípio dispositivo, os atos praticados pelas partes são 
fundamentais na dinâmica dos processos. São eles que estimulam os atos judiciais e os 
atos dos auxiliares. 
A petição inicial constitui o ato de maior relevância praticado pelo autor, pois, 
além de expor o objeto, a causa de pedir e o réu, ela limita a atuação do magistrado em 
respeito ao princípio da congruência. 
Da parte do réu, a contestação é o ato de maior importância, pois questiona os 
argumentos apresentados na petição inicial. 
As partes praticam uma série de outros atos no curso do processo. A grande 
maioria deles exercida por seus advogados. 
Todavia, a parte poderá postular em causa própria, quando tiver habilitação 
legal ou, não a tendo, no caso de falta de advogado na localidade, recusa ou 
impedimento dos que lá houver (art. 36 CPC). 
Há também aqueles atos que devem ser praticados pela própria pessoa e não por 
seu procurador. São os de caráter personalíssimo, cujo exemplo seria o do depoimento 
pessoal. 
Porém, também nesse caso, há exceção. Quando se tratar de depoimento 
pessoal depessoa jurídica, será realizado por representante legal ou por mandatário com 
poderes especiais. 
 
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Ainda sobre atos das partes, devemos ter em mente que: 
± se não houver disposição em contrário, os atos das partes produzem de modo 
imediato a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais. Mas, a 
desistência da ação somente produzirá efeito depois de homologada por sentença. 
Ocorre o mesmo com a conciliação (art. 449) e com a transação (art.475-N, III). 
± com o objetivo de que sejam formados autos suplementares, o CPC 
determinou que as petições e documentos que instruírem o processo serão sempre 
acompanhados de cópia, datada e assinada por quem os oferecer, sempre que não forem 
constantes de registro público. 
± os autos suplementares só sairão de cartório para conclusão ao juiz, na falta 
dos autos originais. 
 
4.2. ATOS DO JUIZ 
O juiz praticará atos decisórios e não-decisórios. Enquanto naqueles há 
conteúdo de comando, nestes há função administrativa somente. 
Os atos decisórios, por sua vez, são subdivididos em propriamente ditos e 
executivos, de acordo com a natureza do processo ± cognição ou execução. 
Com os atos decisórios propriamente ditos, pretende-se declarar a vontade da 
lei para o caso em questão. Nos atos executivos, pretende-se também aplicar a vontade 
da lei, só que para satisfazer direito do credor, por meio de providências concretas sobre 
o patrimônio do devedor. Exemplos do último: atos que determinam a penhora, 
adjudicação, arrematação. 
De modo não exaustivo, o CPC nomeou no art. 162 os atos do juiz. 
Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e 
despachos. 
§ 1º Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 
267 e 269 desta Lei. 
 
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§ 2º Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve 
questão incidente. 
§ 3º São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de 
ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma. 
As decisões interlocutórias resolvem questão pendente no processo, sem que 
ele (o processo) venha a acabar. 
São exemplos da decisão interlocutória: antecipação de tutela, deferimento de 
liminar, deferimento ou não da oitiva de testemunhas, entre muitos outros. 
Caberá agravo ± retido ou de instrumento ± para questionar a decisão 
interlocutória. E ela deve ser fundamentada. 
O artigo 93 da CF, em seu inciso IX, dispõe, entre outras coisas, que serão 
fundamentadas todas as decisões dos órgãos do Poder Judiciário, sob pena de 
nulidade. 
Os despachos não causam gravame a uma das partes, somente dão andamento 
ao processo. Podem ser proferidos ex officio ou por requerimento das partes. 
Em regra, não cabe recurso aos despachos (art. 504, CPC). Contudo, se causam 
algum dano ou afetam direito, não são de mero expediente (ordinatórios), e poderão ser 
recorridos. 
Vamos lá! Não dispersem a atenção! 
Deixamos de ler acima o § 4º do art. 162, para lê-lo agora: 
§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, 
independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo 
juiz quando necessários. 
 
Vamos combinar esse parágrafo com o inciso XIV do art. 93 da CF: 
XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e 
atos de mero expediente sem caráter decisório. 
 
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Legal! Não é mesmo? Para diminuir a carga de trabalho do juiz, o CPC e a CF 
permitem que o escrivão ou o secretário, de ofício, pratiquem os atos ordinatórios, 
podendo ser revistos pelo juiz. 
O legislador quis que todos os atos do juiz, não classificados como sentença ou 
decisão interlocutória, fossem considerados despacho. Mas, o conceito de despacho não 
alcança todos os atos possíveis de serem praticados pelo juiz, há também os atos 
administrativos do processo, sem caráter decisório. 
A exemplo dos incisos I e II do art. 446: Compete ao juiz em especial: 
I - dirigir os trabalhos da audiência; 
II - proceder direta e pessoalmente à colheita das provas. 
Sobre a forma dos atos do juiz, façam a leitura do seguinte arquivo: 
Art. 164. Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão redigidos, datados 
e assinados pelos juízes. Quando forem proferidos, verbalmente, o taquígrafo ou o 
datilógrafo os registrará, submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura. 
Parágrafo único. A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode 
ser feita eletronicamente, na forma da lei. 
Esse conhecimento já foi cobrado em prova: 
(TRF 2012) O ato de juntada de petições aos autos 
a) depende de decisão interlocutória do juiz, resolvendo pedido da parte no curso do 
processo. 
b) depende de prévio despacho do juiz, ordenando que o servidor assim o proceda. 
c) pode ser feito pelos advogados de quaisquer das partes, independentemente de 
ordem judicial. 
d) independe de despacho, devendo ser praticado de ofício por servidor e revisto pelo 
juiz quando necessário. 
e) só pode ser feito em decorrência de sentença pelo juiz, ao apreciar requerimento 
formulado pela parte. 
 Gabarito: D 
 
 
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Conceitos 
Sentença: é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 
267 e 269 do CPC (§1° do art. 162, CPC). 
Acórdão: é o julgamento proferido por câmara, grupo de câmara, turma, órgão 
especial, seção, plenário, ou seja, pelos órgãos colegiados dos tribunais. Recebe a 
denominação de acórdão o julgamento proferido pelos tribunais (art. 163, CPC) 
Decisão Interlocutória: consiste no ato em que o juiz resolve questão incidente, 
portanto, no curso do processo (§2° do art. 162, CPC). 
Despachos: todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a 
requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma. (art. 162, §3°, 
CPC). 
 
4.3. ATOS DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA 
Além do escrivãoou chefe de secretaria, são auxiliares da justiça o perito, o 
intérprete, o oficial de justiça, o administrador, o depositário e outros cujas atribuições são 
determinadas pelas normas de organização judiciária (art. 239). 
Assim, o CPC assegura ao sistema o impulso oficial, de modo que, mesmo as 
partes estando inertes, os agentes do órgão judicial dão andamento ao processo. 
Para cumprir esse objetivo, há o principal órgão auxiliar do juiz: o escrivão ou o 
chefe de secretaria. Suas funções estão definidas no CPC: 
Art. 141. Incumbe ao escrivão: 
I - redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, cartas precatórias e mais atos 
que pertencem ao seu ofício; 
II - executar as ordens judiciais, promovendo citações e intimações, bem como 
praticando todos os demais atos, que lhe forem atribuídos pelas normas de organização 
judiciária; 
III - comparecer às audiências, ou, não podendo fazê-lo, designar para substituí-lo 
escrevente juramentado, de preferência datilógrafo ou taquígrafo; 
 
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IV - ter, sob sua guarda e responsabilidade, os autos, não permitindo que saiam 
de cartório, exceto: 
a) quando tenham de subir à conclusão do juiz; 
b) com vista aos procuradores, ao Ministério Público ou à Fazenda Pública; 
c) quando devam ser remetidos ao contador ou ao partidor; 
d) quando, modificando-se a competência, forem transferidos a outro juízo; 
V - dar, independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo do 
processo (...) 
 
 
Atos de documentação representam por escrito a 
vontade das partes, terceiros que participam do processo e 
membros do órgão jurisdicional. 
Os atos ocorrem e depois são documentados. A 
sentença do juiz, por exemplo, somente terá existência jurídica 
depois de ter sido publicada e documentada nos autos. 
A autuação é o primeiro ato de documentação do 
processo. Consiste em lavrar um termo à PI (petição inicial), 
indicando a natureza do feito, o número de registro, assentos 
do cartório, nome das partes e a data de início (art. 166, CPC). 
No curso do procedimento, o escrivão irá realizar: 
± Juntada (certifica ingresso de documento nos 
autos), vista (dá à parte acesso aos autos), 
± Conclusão: certifica encaminhamento dos autos 
para deliberação do juiz e 
± Recebimento: documenta retorno dos autos, que 
voltam a cartório, após vista ou conclusão. 
O escrivão ou chefe de secretaria pratica, além dos 
atos de documentação, atos de comunicação ± os principais: 
citação e intimação. 
 
 
 
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CONCEITOS 
- Escrivão: é o auxiliar do juiz de maior relevância. 
- Oficial de Justiça: cumpre mandados de diligências fora do cartório. Exemplo: 
citações, intimações, notificações, imissão de posse. 
- Perito: auxiliar ocasional do juízo e atua quando a produção da prova depende de 
conhecimento técnico ou cientifico. 
- Depositário: é o auxiliar de justiça que tem como função a guarda e conservação 
dos bens colocados às ordens do juízo. 
- Administrador: é o depositário com funções de gestor. 
- Intérprete: é a pessoa encarregada de traduzir para a língua portuguesa os atos 
expressos em língua estrangeira ou em linguagem mímica dos surdos-mudos. É um 
auxiliar da justiça por necessidades técnicas, assim como o perito. 
 
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São auxiliares do juízo, além de outros, cujas atribuições são determinadas pelas 
normas de organização judiciária, o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o 
depositário, o administrador e o intérprete. 
 
x Do Serventuário e do Oficial de Justiça 
 Em cada juízo haverá um ou mais oficiais de justiça, cujas atribuições são 
determinadas pelas normas de organização judiciária. 
1) Incumbe ao escrivão: 
 I - redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, cartas precatórias e mais 
atos que pertencem ao seu ofício; 
 II - executar as ordens judiciais, promovendo citações e intimações, bem 
como praticando todos os demais atos, que lhe forem atribuídos pelas normas de 
organização judiciária; 
 III - comparecer às audiências, ou, não podendo fazê-lo, designar para 
substituí-lo escrevente juramentado, de preferência datilógrafo ou taquígrafo; 
 IV - ter, sob sua guarda e responsabilidade, os autos, não permitindo que 
saiam de cartório, exceto: 
 
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 a) quando tenham de subir à conclusão do juiz; 
 b) com vista aos procuradores, ao Ministério Público ou à Fazenda Pública; 
 c) quando devam ser remetidos ao contador ou ao partidor; 
 d) quando, modificando-se a competência, forem transferidos a outro juízo; 
 V - dar, independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo 
do processo, observado o disposto no art. 155. 
No impedimento do escrivão, o juiz convocar-lhe-á o substituto, e, não o havendo, 
nomeará pessoa idônea para o ato. 
2) Incumbe ao oficial de justiça: 
 I - fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e mais 
diligências próprias do seu ofício, certificando no mandado o ocorrido, com 
menção de lugar, dia e hora. A diligência, sempre que possível, realizar-se-á na 
presença de duas testemunhas; 
 II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado; 
 III - entregar, em cartório, o mandado, logo depois de cumprido; 
 IV - estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem. 
 V - efetuar avaliações. 
O escrivão e o oficial de justiça são civilmente responsáveis: 
 I - quando, sem justo motivo, se recusarem a cumprir, dentro do prazo, os 
atos que lhes impõe a lei, ou os que o juiz, a que estão subordinados, lhes 
comete; 
 II - quando praticarem ato nulo com dolo ou culpa. 
 
x Do Perito 
 Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou 
científico, o juiz será assistido por perito. 
x Requisitos: 
1) Nível universitário; devidamente inscritos no órgão de classe 
competente; 
 
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2) Comprovarsua especialidade, mediante certidão do órgão 
profissional em que estiverem inscritos. 
Nas localidades onde não houver profissionais qualificados que 
preencham os requisitos, a indicação dos peritos será de livre escolha do juiz. 
Pode escusar-se do encargo alegando motivo legítimo. A escusa 
será apresentada dentro de 5 dias, contados da intimação ou do impedimento 
superveniente, sob pena de se reputar renunciado o direito a alegá-la. 
x Informações inverídicas (dolo ou culpa): 
1) Responderá pelos prejuízos que causar à parte; 
2) Inabilitado, por 2 anos, a funcionar em outras perícias; 
3) Sanção que a lei penal estabelecer. 
x Do Depositário e do Administrador 
A guarda e conservação de bens penhorados, arrestados, sequestrados ou 
arrecadados serão confiadas a depositário ou a administrador. 
x Remuneração: o juiz fixará, atendendo à situação dos bens, ao tempo do 
serviço e às dificuldades de sua execução. 
 O juiz poderá nomear, por indicação do depositário ou do administrador, um ou 
mais prepostos. 
x Prejuízos que, por dolo ou culpa, causar à parte: perde a remuneração que 
lhe foi arbitrada; mas tem o direito a haver o que legitimamente despendeu 
no exercício do encargo. 
x Do Intérprete 
 O juiz nomeará intérprete toda vez que o repute necessário para: 
1) Analisar documento de entendimento duvidoso, redigido em língua 
estrangeira; 
2) Verter em português as declarações das partes e das testemunhas; 
3) Traduzir a linguagem mímica dos surdos-mudos 
Não pode ser intérprete quem: não tiver a livre administração dos seus bens; for 
arrolado como testemunha ou serve como perito no processo; estiver inabilitado ao 
exercício da profissão por sentença penal condenatória, enquanto durar o seu 
efeito. 
 
 
 
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5. COMUNICAÇÃO DOS ATOS 
5.1. INTIMAÇÃO 
Na definição do código: ³p� R� DWR� SHOR� TXDO� VH� Gi� FLrQFLD� D� DOJXpP� GRV� DWRV� H�
WHUPRV�GR�SURFHVVR��SDUD�TXH�IDoD�RX�GHL[H�GH�ID]HU�DOJXPD�FRLVD´ (art. 234). 
A partir da intimação, os prazos começam a correr. Salvo disposição em contrário, 
a intimação ocorre de ofício, não precisando ser provocada (art. 235). Pode ser realizada 
pelo escrivão ou pelo oficial de justiça, ou pode ser publicada na imprensa. 
Em 2006, ocorreu relevante alteração na seção do código que trata das 
intimações, sendo incluídos dois parágrafos únicos: 
As intimações podem ser feitas de forma eletrônica, conforme regulado em lei 
própria (parágrafo único, art. 237). 
Presumem-se válidas as comunicações e intimações dirigidas ao endereço 
residencial ou profissional declinado na inicial, contestação ou embargos, cumprindo às 
partes atualizar o respectivo endereço sempre que houver modificação temporária ou 
definitiva (parágrafo único 238). 
Há também a possibilidade de a intimação ser realizada na própria audiência. 
Reputam-se intimados na audiência, quando nesta é publicada a decisão ou a sentença 
(§1º, art. 242). 
 
x Mais alguns pontos: 
No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territórios, consideram-se 
feitas as intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial (art. 236). 
§ 1º É indispensável, sob pena de nulidade, que da publicação constem os nomes 
das partes e de seus advogados, suficientes para sua identificação. 
§ 2º A intimação do Ministério Público, em qualquer caso será feita pessoalmente. 
 
 
 
 
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5.2. CITAÇÃO 
É o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender 
(art. 213). Sem a citação a relação processual não se completará e a sentença será inútil. 
Em qualquer momento, o réu poderá alegar independentemente de ação 
rescisória, nulidade da decisão do juiz pela falta de citação. 
Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu. 
A citação é instituto tão indispensável ao princípio do contraditório no processo, 
que seu vício (se existir) o contamina por inteiro, sendo, inclusive, causa de nulidade 
irreparável. Assim, além de ser necessária, a citação tem que ser válida. 
Mas, imaginemos uma situação em que a citação eivada de vícios produza seus 
efeitos ± ocorrerá nulidade? 
Resposta: não! 
O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação (§1º, 
art. 214). 
Nesse parágrafo o legislador foi como Neymar, Ronaldo ± nos bons tempos ± 
marcou um golaço! Se o objetivo da citação é estabelecer o contraditório mediante 
comparecimento do réu e, apesar de ela ter sido viciada ou mesmo ausente, o objetivo foi 
alcançado, bola pra frente! 
A citação será, em regra, dirigida ao réu em pessoa, ao seu representante legal 
ou ao procurador legalmente autorizado (art. 215). 
Se o réu estiver ausente, poderá ser feita na pessoa de seu mandatário, 
administrador, feitor ou gerente, quando a ação tiver origem em atos que eles praticaram 
(§1º, art. 215). 
Art. 216 : A citação efetuar-se-á em qualquer lugar em que se encontre o réu. 
Mas, reparem que há situações em que o legislador quis preservar a intimidade 
do réu, ao determinar que (salvo para evitar perecimento de direito) não se fará a citação 
(art. 217): 
I - a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso; 
 
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II - ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha 
reta, ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 dias seguintes; 
III - aos noivos, nos 3 primeiros dias de bodas; 
IV - aos doentes, enquanto grave o seu estado. 
 
A citação poderá ser classificada como pessoal ou ficta. A 
primeira, de regra, é realizada na própria pessoa do réu, como a 
citação por correio. A segunda, ficta, ocorre quando o réu não é 
encontrado pessoalmente, como a citação por edital. 
x Há casos em que a citação não é entregue ao 
réu ou ao seu representante pessoalmente e, ainda sim, será 
considerada uma citação pessoal. Exemplo clássico é a 
citação da pessoa jurídica. 
 
x Modos de realizar a citação 
 
 
 
Pelo Correio 
1- É a mais utilizada. Carta do escrivão enviada ao réu 
pelo Correio. Há faculdade do autor em afastá-la. 
 
2- Estará frustrada se o destinatário recusar-se a assinar 
o recibo, uma vez que o carteiro não tem fé pública. 
 
 
 
 
 
 
Por Oficial de 
Justiça 
1- Prevalecem nos casos do art. 222 (em que não se 
aceita citação por Correio): a) nas ações de estado; b) quando 
for ré pessoa incapaz; c) quando for ré pessoade direito 
público; d) nos processos de execução; e) quando o réu residir 
em local não atendido pela entrega domiciliar de 
correspondência; f) quando o autor a requerer de outra forma. 
2- Quando frustrada a citação pelo correio (art. 224) 
3- Citação com hora certa: Quando, por três vezes, o 
oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou 
residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de 
ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta 
a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar 
a citação, na hora que designar. (Art. 227) É citação ficta, 
presumida. 
 
 
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Por Edital 
1- Citação presumida. Far-se-á a citação por edital: I - 
quando desconhecido ou incerto o réu; II - quando ignorado, 
incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar; III - nos 
casos expressos em lei. (art. 231) 
2- Considera-se inacessível, o país que recusar o 
cumprimento de carta rogatória. No caso de ser inacessível o 
lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será 
divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora 
de radiodifusão. 
 
 
Meio Eletrônico 
Depende de: 
1 - O tribunal estar adequadamente aparelhado e 
2- prévio cadastro do réu para receber esse tipo de 
citação. 
 
 
O prazo começa a fluir no momento da juntada aos autos do documento que 
informa que a citação foi realizada. Quando a citação for por edital, ao terminar a dilação 
assinada pelo juiz. 
Efeitos da citação válida 
1) Tornar prevento o juízo; 2) Induzir litispendência; 3) Fazer litigiosa a coisa; e, 
ainda quando ordenada por juiz incompetente; 4) Constituir em mora o 
devedor; 5) Interromper a prescrição (art. 219 do CPC). 
Os três primeiros são os chamados efeitos processuais da citação. 
Para ocorrerem, exigem perfeita regularidade do ato (citação). 
 
 
5.3. CARTAS 
Visam a produzir atos fora da sede do juízo. Podem ser: de ordem, rogatória ou 
precatória. 
Será expedida carta de ordem se o juiz for subordinado ao tribunal de que ela 
originar; carta rogatória, quando dirigida à autoridade judiciária estrangeira; e carta 
precatória nos demais casos (art. 201). 
 
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São requisitos de qualquer das cartas: 
1- A indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato; 
2- O inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato 
conferido ao advogado; 
3- A menção ao ato processual, a que pretende cumprir; 
4- O encerramento com assinatura do juiz. 
Art. 209. O juiz recusará cumprimento à carta precatória, devolvendo-a com 
despacho motivado: 
I - quando não estiver revestida dos requisitos legais; 
II - quando carecer de competência em razão da matéria ou da hierarquia; 
III - quando tiver dúvida acerca de sua autenticidade. 
Art. 210. A carta rogatória obedecerá, quanto à sua admissibilidade e modo de 
seu cumprimento, ao disposto na convenção internacional; à falta desta, será remetida 
à autoridade judiciária estrangeira, por via diplomática, depois de traduzida para a língua 
do país em que há de praticar-se o ato. 
Obs.: A carta de ordem, a precatória ou a rogatória podem ser expedidas por meio 
eletrônico, situação em que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei. 
(TRE AP 2011) Quando a carta precatória for enviada para Juiz que carecer de 
competência em razão da hierarquia, este 
a) a cumprirá, cabendo às partes a arguição da nulidade do ato. 
b) recusará cumprimento, enviando-a para a Corregedoria-Geral do Tribunal competente. 
c) a cumprirá e posteriormente enviará para a autoridade hierarquicamente competente 
para ratificação dos atos. 
d) recusará cumprimento, devolvendo-a com despacho motivado. 
e) recusará cumprimento, enviando-a para o Tribunal Superior competente para 
apreciação da irregularidade através de processo administrativo. 
Gabarito: D 
 
 
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6. PRAZOS 
Prazo é o lapso temporal para que o ato seja validamente constituído. Delimita-se 
pelo termo inicial (dies quo) e pelo final (dies ad quem). Os atos processuais são 
realizados nos prazos prescritos em lei. Quando a lei é omissa, o juiz determina os 
prazos, levando em conta a complexidade da causa (art. 177). Os prazos se classificam 
quanto às consequências processuais, à origem e à natureza. 
Em relação às consequências processuais, os prazos se dividem em: próprios, 
aqueles fixados às partes, gerando a sua inobservância a perda da possibilidade de 
praticar determinado ato ± preclusão temporal; impróprios, que são fixados aos órgãos 
judiciários, ou seja, são os atos praticados pelos juízes. Esses, uma vez não observados, 
não geram qualquer consequência no processo. 
Quanto à origem, os prazos podem ser classificados em: legais, judiciais e 
convencionais. Os legais são definidos em lei e não podem ser, regra geral, modificados 
pelo juiz nem pelas partes do processo. Os judiciais são fixados pelo juiz como a escolha 
da data da audiência. Já os convencionais são definidos de comum acordo entre as 
partes. 
Por sua natureza, os prazos processuais podem ser: dilatórios e peremptórios. 
São dilatórios quando, embora fixados em lei, puderem ser ampliados ou reduzidos pelo 
juiz ou por convenção entre as partes. São exemplos de prazos dilatórios o art. 45 do 
CPC e o art. 265, inciso II, CPC. 
Art. 45: O advogado poderá, a qualquer tempo, renunciar ao mandato, provando 
que cientificou o mandante a fim de que este nomeie substituto. Durante os 10 (dez) dias 
seguintes, o advogado continuará a representar o mandante, desde que necessário para 
lhe evitar prejuízo. 
Art. 265: Suspende-se o processo: [...] II ± pela convenção das partes. 
Intuitivamente, peremptórios, portanto, são aqueles que não podem ser alterados, 
nem pelas partes nem pelo juiz. São exemplos de prazos peremptórios, os prazos para 
contestar e para recorrer. 
O CPC, contudo, permite que, em casos excepcionais, o juiz possa ampliar 
qualquer prazo. Assim, o juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar 
 
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o prazo processual por até 60 dias. Já nos casos de calamidade pública a prorrogação é 
ilimitada, ou seja, não tem limite (art. 182, parágrafo único, CPC). 
Art. 182: É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou 
prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o 
transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias. 
Parágrafo único. Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido o limite 
previsto neste artigo para a prorrogação de prazos. 
 
A jurisprudência tem entendido que as regras de aplicação dos 
prazos processuais são restritivas, de modo que havendo 
dúvida sobre seu perecimento, deve-se considerar que não se 
perdeu. 
 
6.1. CURSO 
Art. 178, CPC: O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não se 
interrompendo nos feriados. 
Como determina o artigo supracitado, o prazo é ininterrupto nos feriados. No 
entanto, a superveniência de férias e o recesso (de final de ano) suspendem o curso do 
prazo, o que lhe sobejarem recomeçam a correr do primeiro dia útil seguinte ao termo das 
férias. 
Suspende-se também o curso do prazo por obstáculo criado pela parte ou 
ocorrendo uma das duas hipóteses: morte ou perda da capacidade processual de 
qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador ou quando for 
oposta exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem como de 
suspeição ou impedimento do juiz. Casos em que o prazo será restituído por tempo igual 
ao que faltava para a sua complementação. 
 
6.2. TERMO INICIAL DOS PRAZOS 
Os prazos são, em regra, contados com exclusão do dia inicial e inclusão do dia 
de vencimento. Além disso, considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o 
vencimento cair em feriado ou em dia em que (§1o, art. 184): 
 
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I ± for determinado o fechamento do fórum; 
II ± o expediente forense for encerrado antes da hora normal. 
§ 2o Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após a intimação. 
Exemplo: se a intimação for feita na sexta-feira, o prazo começará a ser contado 
na segunda-feira; se a intimação for realizada no sábado, dia em que não há expediente 
forense, é considerada realizada a intimação na segunda-feira e, portanto, o prazo 
começará a ser contado na terça-feira. 
A intimação é o marco inicial dos prazos processuais. O art. 240, CPC, dispõe 
que, salvo disposição em contrário, os prazos para as partes, para a Fazenda Pública e 
para o Ministério Público são contados da intimação. Se ocorrem em dia em que não 
houve expediente forense, as intimações são consideradas realizadas no primeiro dia útil 
seguinte. 
As regras para a fixação do termo inicial do prazo estão estabelecidas no art. 241 
do CPC. O prazo começa a correr quando a citação ou intimação: 1) ocorrer por correio ± 
da data de juntada aos autos do aviso de recebimento; 2) ocorrer por oficial de justiça ± 
da data de juntada aos autos do mandado cumprido; 3) houver vários réus: da data de 
juntada aos autos do último aviso de recebimento ou mandado citatório cumprido; 4) o ato 
se realizar em cumprimento de carta de ordem, precatória ou rogatória: da data de sua 
juntada aos autos devidamente cumprida; 5) a citação for por edital: finda a dilação 
assinada pelo juiz. 
 
6.3. PRAZOS PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO E FAZENDA PÚBLICA 
O art. 188 do CPC aduz que será computado em quádruplo o prazo para 
contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério 
Público. 
Entende-se por Fazenda Pública: a União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Territórios e os Municípios, bem como as autarquias e fundações públicas. As sociedades 
de economia mista e as empresas públicas não gozam dos privilégios determinados no 
art. 188 do CPC, pois têm regime jurídico de direito privado. 
 
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Em relação ao prazo para apresentar as contrarrazões não se aplica o disposto 
no art. 188 do CPC. O dispositivo é bem claro ao determinar que é computado em 
quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer. 
Quanto ao recurso adesivo, a jurisprudência tem interpretado o art. 188 c/c com 
art. 500, I, c, do CPC e manifestado no sentido de que o prazo para o MP e para a 
Fazenda Pública também é computado em dobro, uma vez que o recurso adesivo não 
está condicionado à apresentação das contrarrazões e, portanto, são institutos 
independentes (STJ ± EDcl no REsp 171.543/RS). 
Ressalte-se que em relação à Defensoria Pública, esse prazo deve ser contado 
em dobro, visto que o art. 5o, § 5o, da Lei no 1.060/1950 dispõe que todos os prazos serão 
contados em dobro: 
§ 5o: Nos Estados onde a Assistência Judiciária seja organizada e por eles 
mantida, o Defensor Público, ou quem exerça cargo equivalente, será intimado 
pessoalmente de todos os atos do processo, em ambas as Instâncias, contando-se-lhes 
em dobro todos os prazos. 
 
7. NULIDADES 
Não se confundem vícios e nulidades do ato processual. Ato viciado é ato 
imperfeito, praticado sem a devida observância da forma legal; enquanto o ato nulo será 
o que, além de imperfeito, já foi alcançado pela nulidade. 
É questão de tempo, então, para o ato imperfeito tornar-se nulo? Não. Porque 
nem todo ato imperfeito se tornará nulo. Lembrem-se do princípio da instrumentalidade 
da forma, que citamos no tópico sobre a forma dos atos processuais. Lemos o art. 244, 
deem mais uma olhada nesse artigo. 
 
7.1. MERA IRREGULARIDADE 
Tem vício de gravidade menor. Gerada por inobservância a regras sem 
importância para validade do ato. Não produz nulidade. 
 
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Exemplo: assinatura em petição com caneta de cor clara, quando a regra do 
art.169 é de que os atos e termos do processo serão datilografados ou escritos com tinta 
escura e indelével. 
 
7.2. NULIDADES RELATIVAS 
Decorre de atos que podem produzir seus efeitos processuais se a parte não 
requerer sua nulidade. O defeito recai sobre interesses disponíveis, privados. 
A sua convalidação se dará tácita ou expressamente por aceitação da parte. 
Assim, para que ocorra a nulidade, a parte deve manifestar-se, reivindicando a 
invalidação do ato. 
 
7.3. NULIDADE ABSOLUTA 
 Enquanto a nulidade relativa ocorre quando estão em questão 
faculdades processuais das partes, a nulidadeabsoluta contraria condições da ação e 
pressupostos processuais. 
O juiz pode decretá-la de ofício, já que, por meio dela, busca-se a preservação de 
interesses de ordem pública, não de alcance privado somente. Pretende-se garantir o 
cumprimento das formas legais, com a garantia da boa administração jurisdicional. 
Assim a nulidade absoluta é um vício insanável, podendo ser reconhecida de 
ofício ou a qualquer tempo, durante o processo, a requerimento das partes. 
- Fluxograma comparativo das nulidades: absoluta e relativa: 
 
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7.4. ATOS INEXISTENTES 
Serão inexistentes os atos que não tiverem sequer os requisitos mínimos para 
sua formação. Jamais serão convalidados. Produzem resultados fáticos, mas no plano 
jurídico é como se não existissem. Podem ser arguidos a qualquer tempo por ação 
declaratória de inexistência de ato jurídico. 
Exemplo é o do art. 37: 
Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em juízo 
(...). 
Parágrafo único. Os atos, não ratificados no prazo, serão havidos por 
inexistentes, respondendo o advogado por despesas e perdas e danos. 
Os atos inexistes jamais poderão ser convalidados, ou seja, o ato inexistente não 
existirá em hipótese alguma; não há meio de se fazer com que este passe a existir. 
 
7.5. INVALIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS 
Uma vez presentes todos os elementos constitutivos mínimos para existência do 
ato e que se passa a analisar a validade dos atos processuais. Diz-se inválido o ato 
quando ocorre o descumprimento das regras legais por aquele que o pratica. 
Vimos duas das três espécies de vícios que podem acarretar invalidade do ato: a 
nulidade absoluta e a relativa. A outra espécie de vício que pode provocar a invalidade do 
 
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ato chama-se anulabilidade. A anulabilidade é consequência da mera irregularidade do 
ato processual (tópico 7.1). É um vício sanável e pode ser reconhecida pelo magistrado, 
dependendo de provocação. 
A anulabilidade ocorre quando há violação de norma dispositiva. Mas o que é 
uma norma dispositiva (ou facultativa)? É aquela que dispõe sobre determinado assunto, 
sem imposição à vontade das pessoas, ou seja, é aquela que dispõe sobre determinado 
assunto sem determinar às partes o que fazer. 
Ok. E o que são normas cogentes? São normas que independem da vontade das 
partes. Caracterizam-se pela imperatividade, podendo ser classificadas em preceptivas, 
quando obrigam determinada conduta e proibitivas, quando vedam determinada conduta. 
Neste último caso, não há possibilidade para a manifestação da vontade das partes. 
Condicionam em absoluto a conduta das partes, não deixando nenhum espaço para 
desvios às regras estabelecidas. 
³����WHU-se-á nulidade absoluta quando for violada uma norma cogente 
de proteção de direito público; nulidade relativa quando se infringir 
norma cogente de tutela de interesse privado; e, por fim, 
anulabilidade, quando for transgredida norma jurídica dispositiva�´�
(Câmara, Alexandre Freitas, Vol. I, pág. 267) 
Não poderíamos deixar de mencionar o princípio do prejuízo (ou da 
transcendência). Importante princípio na análise das invalidades processuais dispõe não 
poder ser declarada a invalidade do ato quando este não estiver causando prejuízo às 
partes. Não haverá invalidade processual sem prejuízo: o ato não se repetirá nem se lhe 
suprirá a falta quando não prejudicar a parte (§ 1° do art. 249, CPC). 
Igualmente não será reconhecida a invalidade do ato processual quando o juiz 
puder decidir o mérito em favor daquele a quem aproveitaria a decretação da invalidade 
do ato. 
Art. 249, CPC: O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são 
atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou 
retificados. 
 
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 § 2° Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a 
declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe 
a falta. 
Esse princípio é aplicável à nulidade relativa e às situações de anulabilidade. Em 
relação à nulidade absoluta não pode ser aplicado, pois a nulidade absoluta pressupõe, 
absolutamente, que há prejuízo, decorrente do fato de violar uma norma cogente. Assim, 
na nulidade absoluta, é irrelevante ter havido ou não o prejuízo efetivo. 
 
7.6. CONVALIDAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 
Os atos inválidos poderão ser convalidados, existindo duas formas de 
convalidação: a objetiva e a subjetiva. A primeira ocorre com a aplicação concomitante 
dos princípios das instrumentalidades das formas e o do prejuízo. Assim, uma vez 
verificado que o ato processual atingiu sua finalidade essencial (instrumentalidade), 
apesar de formalmente inadequado, e que não causou prejuízo às partes, convalida-se o 
ato processual, não mais podendo decretar a sua invalidade. 
Na convalidação subjetiva a parte prejudicada requer a invalidade do ato 
processual quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, contudo a 
decretação da nulidade não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa (art. 243, 
CPC). Além disso, a parte deve manifestar-se na primeira oportunidade que tiver sob 
pena de preclusão. 
 Art. 245, CPC: A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade 
em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. 
Parágrafo único. Não se aplica esta disposição às nulidades que o juiz deva 
decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, provando a parte legítimo impedimento. 
Reparem que o parágrafo único do artigo citado é bem claro quando determina 
serem tais regras aplicáveis, tão-somente, às invalidades que não podem ser 
reconhecidas de ofício. 
 
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Os vícios que provocam invalidade processual: nulidade absoluta, relativa e 
anulabilidade, são intrínsecos ao processo, e, uma vez, este encerrado, ou seja, quando 
ocorre o trânsito em julgado da sentença, todos os vícios se convalescem. 
Em razão disso, a coisa julgadD� p�FRQKHFLGD� FRPR� ³sanatória geral´�� RX� VHMD��
transitada em julgado a sentença, todos os atos, até mesmo aqueles a princípio 
insanáveis, serão sanados. 
De outro modo, quando há um vício tão grave na sentença transitada em julgado, 
esta pode ser rescindida, ou seja, pode haver a rescisão dessa sentença, por meio da 
ação rescisória. A rescindibilidade pode ocorre nas hipóteses previstas no art. 485 do 
CPC: a sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: 
I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; 
II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente; 
III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de 
colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; 
IV - ofender a coisa julgada; 
V - violar literal disposição de lei; 
VI - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal, 
ou seja, provada na própria ação rescisória; 
VII - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência 
ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar 
pronunciamento favorável; 
VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em 
que se baseou a sentença; 
IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa. 
Dessa forma, toda vez que ocorrer uma das hipóteses previstas acima, a rescisão 
da sentença poderá ser pleiteada. A ação rescisória deverá ser proposta no prazo 
máximo de 2 anos a contar do trânsito julgado da sentença. Após este prazo, não poderá 
 
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alegar a rescindibilidade, sendo este vício também sanado. Quando isso ocorre, temos o 
fenômeno chamado coisa soberanamente julgada. 
 
7.7. INEFICÁCIA DOS ATOS PROCESSUAIS 
Este tema é dividido em duas partes: a ineficácia dos atos processuais inválidos e 
dos atos válidos. Quanto aos atos processuais inválidos, seus efeitos serão produzidos 
até que seja decretada a invalidade, ou seja, o ato processual deixará de produzir seus 
efeitos quando declarada a invalidade. 
Em relação aos atos processuais válidos, todos os seus efeitos serão produzidos, 
a princípio. Contudo, há casos em que a ineficácia do ato processual válido decorre da 
própria impossibilidade de produzir seus efeitos normais, como nas sentenças 
condenatórias genéricas, que, em verdade, não estipulam condenação alguma. 
 
7.8. PRECLUSÃO 
Consiste na perda do direito de agir, pelas partes ou, mesmo, pelo juiz. Aliás, há 
doutrinadores que entendem ser o processo, um desenrolar de preclusões. Chiovenda 
elaborou a seguinte classificação: 
Preclusão temporal: ocorre quando não se respeita prazo processual e por esse 
motivo se perde o direito de agir. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar o ato 
(art. 138, CPC). 
Preclusão Lógica: decorre da impossibilidade de contrariar conduta anterior. 
Assim, a parte que aceitar uma decisão, não poderá contra ela recorrer (art. 503, CPC). 
Preclusão Consumativa: vem da perda da escolha de como agir, por já ter sido 
realizada. Exemplo: o autor deveria ter apresentado o rol de testemunhas junto com a 
petição inicial, mas não o fez. Ele tinha a faculdade de fazê-lo, mas não a utilizou. 
Em prova: 
(TRT 20ª Região 2012) As espécies de preclusão são: 
a) todas as condições de procedibilidade processual, que objetivam a formação e o 
 
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desenvolvimento válido e regular do processo. 
b) a perempção, a litispendência e a coisa julgada, extinguindo-se o processo, em razão 
de seu reconhecimento, com resolução do mérito. 
c) a decadência e a prescrição, extinguindo-se o processo, quando reconhecidas, sem 
resolução do mérito. 
d) todas as exceções processuais, meios de defesa indireta, que visam a obstar o regular 
prosseguimento do processo. 
e) temporal, consumativa e lógica, impossibilitando a prática do ato processual ulterior se 
antes reconhecidas nos autos. 
Gabarito: E 
 
8. O TEMPO E LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS 
Em regra, realizam-se em dias úteis, das seis às 20 horas. A prática dos atos 
processuais aos sábados não é proibida, nada impede que um ato processual seja levado 
a efeito nesse dia, o que torna o sábado um dia útil. Contudo, de acordo com as regras 
administrativas dos órgãos judiciários, não há expediente forense aos sábados. 
 
 
Não confundam horário para a prática de ato processual 
com horário de expediente forense. 
O expediente forense pode encerrar-se às 17, 18 ou 19 
horas. Havendo necessidade de praticar o ato por meio de petição, 
ela deverá ser apresentada no protocolo, no horário de 
expediente, nos termos das regras de organização judiciária local. 
Já o ato externo poderá ser praticado até as 20 horas, ou seja, sua 
prática pode extrapolar o horário de expediente. 
Acrescenta-se que, de acordo com o art. 172, §1°do CPC, 
serão concluídos depois das 20 horas os atos iniciados antes, 
quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. 
Excepcionalmente e mediante autorização expressa do 
juiz, a citação e a penhora poderão realizar-se em domingos e 
feriados, ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido no CPC, 
observando-se o art. 5°, XI, da CF: a casa é asilo inviolável do 
indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do 
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. 
 
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De acordo com as normas de organização judiciária, os 
atos processuais dos Juizados Especiais podem ser realizados em 
horário noturno. (Lei 9.099/95, art. 12 do CPC). 
Já no processo eletrônico, os atos processuais são 
considerados realizados no dia e hora de seu envio ao poder 
judiciário. De modo que, os atos processuais realizados por meio 
eletrônico não se sujeitam ao horário do expediente forense. 
Exemplo: considere a interposição de um recurso, cujo 
prazo se encerra no dia 05 de junho. Se a petição fosse 
apresentada de modo convencional, o prazo se esgotaria com o 
encerramento do expediente forense; contudo, por meio eletrônico, 
o advogado poderá enviá-la ao sistema até a meia-noite do dia 05 
de junho. 
 
8.1. LUGAR 
Em regra, o lugar dos atos processuais é o da sede do juízo. Podem, todavia, 
ocorrer em outro lugar, por motivo de deferência ± seriam os casos previstos no art. 411 
do CPC: para inquirir: o Presidente da República, o procurador-geral

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