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Ética na Grécia Antiga - Trabalho Completo

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS 
CAMPUS DE ARAÇATUBA SP 
 
 
 
Turma EB2P14 Valquíria Ferreira da Costa RA C4207D-2 
 
 
 
 
 
ÉTICA NA GRÉCIA ANTIGA 
 
 
 
 
 
Prof. Luís Ricardo Mantovani da Silva 
 
 
 
 
 
ARAÇATUBA 15/10/2015 
 
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INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS 
CAMPUS DE ARAÇATUBA SP 
 
 
 
Turma EB2P14 Valquíria Ferreira da Costa RA C4207D-2 
 
 
 
ÉTICA NA GRÉCIA ANTIGA 
 
Definição da Ética pelos três maiores 
pensadores da Grécia Antiga. 
“Sócrates, Platão e Aristóteles” 
 
 
 
Prof. Luís Ricardo Mantovani da Silva 
 
 
 
 
ARAÇATUBA 15/10/2015 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................3 
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 1.1 O conceito ......................................................................................4 
2. DESENVOLVIMENTO ...........................................................................4 
 2.1 Sócrates .........................................................................................4 
 2.2 Platão ..............................................................................................5 
 2.2.1 A virtude e a Justiça ..................................................................5 
 2.3 Aristóteles ......................................................................................7 
 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................7 
 4. REFERÊNCIAS ................................................................................8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Definição da Ética pelos três maiores pensadores da Grécia Antiga. “Sócrates, 
Platão e Aristóteles” 
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 1.1 O conceito 
 
O conceito consiste na decadência moral de Atenas, fruto da mudança de uma 
sociedade tradicional por uma sociedade mercantil, este acontecimento dissuadiu o 
bem individual do bem coletivo, fazendo assim que novos parâmetros fossem 
estabelecidos para harmonizar os dois conceitos vividos. 
Tendo os três filósofos, os sofistas, como principais responsáveis pelas questões 
apresentadas, e com estes argumentavam, pois todo princípio ético e moral era 
mera convenção, desprovida de significado em si. Os três começaram a argumentar 
uma nova Teoria Ética, onde , que o homem só pode ser feliz se seguir os princípios 
da ética formada. O tratamento com a visão do tema, varia um pouco em relação a 
cada um dos pensadores, segundo a sua própria interpretação de Mundo. E 
enquanto Sócrates formula o problema, Platão tenta criar uma Ética Ideal que molde 
os homens a viver na virtude, enquanto Aristóteles busca uma Ética do Possível, que 
não desrespeite a paixões humanas – ignoradas por Platão para quem o homem é 
uma tabula rasa na qual qualquer coisa pode ser escrita – mas antes as oriente pelo 
caminho da ponderação até a maturidade racional do equilíbrio. 
"Se imaginais que, matando homens, evitareis que alguém vos repreenda a má 
vida, estais enganados; essa não é uma forma de libertação, nem é inteiramente 
eficaz, nem honrosa; esta outra, sim, é mais honrosa e mais fácil: em vez de tampar 
a boca dos outros, preparar-se para ser o melhor possível." (Palavras atribuídas a 
Sócrates por Platão, ao final do seu julgamento) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 . DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 Sócrates 
 
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Uma das figuras mais emblemáticas da filosofia ocidental, Sócrates é um divisor de 
águas para a filosofia antiga. Isto porque situava o seu pensamento e especulações 
na natureza humana e suas implicações ético-sociais e não na cosmovisão das coisas 
e da natureza. Sócrates não deixou obras escritas, razão pela qual tudo o que 
sabemos a seu respeito tem origem no trabalho dos outros. Estima-se que tenha 
nascido em Atenas por volta do ano 469 a.C., tendo sido condenado à morte pelos 
juízes desta cidade no ano de 399 a.C. Mas, o que faz o seu pensamento um 
importante marco na história da ética? 
Pois bem, Sócrates erigiu uma linha de pensamento autônoma e originária que se 
voltava contra o despotismo das palavras, interagindo e reagindo ao movimento dos 
sofistas, muito em voga nesse período da história grega. Seu método maiêutico era 
baseado na ironia e no diálogo, tendo como finalidade uma parturição de idéias. Logo, 
para Sócrates, todo erro é fruto da ignorância e toda virtude é conhecimento. Daí a 
importância de reconhecer que a maior luta humana deve ser pela educação e que a 
maior das virtudes é a de saber que nada se sabe. 
A ética socrática reside no conhecimento e em vislumbrar na felicidade o fim da ação. 
Essa ética tem por objetivo preparar o homem para conhecer-se, tendo em vista que 
o conhecimento é a base do agir ético. Ao contrário de fomentar a desordem e o caos, 
a filosofia de Sócrates prima pela submissão, ou seja, pelo primado da ética do 
coletivo sobre a ética do individual. Neste sentido, para esse pensador, a obediência 
à lei era o limite entre a civilização e a barbárie. Segundo ele, onde residem as ideias 
de ordem e coesão, pode-se dizer garantida a existência e manutenção do corpo 
social. Trata-se da ética do respeito às leis,e, portanto, à coletividade. 
A abnegação pela causa da educação dos homens e pelo bem da coletividade, levou 
Sócrates a se curvar ante o desvario decisório dos homens de seu tempo. Acusado 
de estar corrompendo a juventude e de cultuar outros deuses, foi condenado a beber 
cicuta pelo tribunal ateniense. Sócrates resignou-se à injustiça de seus acusadores, 
em respeito à lei a que todos regia em Atenas. 
Para esse proeminente filósofo grego, o homem enquanto integrado ao modo político 
de vida deve zelar pelo respeito absoluto às leis comuns a todos, mesmo em 
detrimento da própria vida. O ato de descumprimento da sentença imposta pela 
cidade representava para Sócrates a derrogação de um princípio básico do governo 
das leis, qual seja, a eficácia. Segundo Sócrates, com a eficácia das leis 
comprometida, a desordem social reinaria como princípio. 
2.2 Platão 
 2.2.1 A virtude e a Justiça 
 
A virtude e a justiça são conceitos eternos que a alma contemplou no Mundo das 
Ideias antes de encarnar-se. Vídeo: Mundo das Ideias 
Platão é partidário de uma concepção dualista de ser humano, pois postula como 
principal virtude o desligamento das realidades sensíveis para que possamos 
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alcançar as ideias perfeitas, dentre elas, os valores éticos fundamentais. À medida 
que nos aproximamos do mundo das ideias, não ficamos somente mais sábios, mas 
ascendemos também em conduta ética, tornamo-nos mais virtuosos. Devido à 
relação entre corpo e alma, Platão distingue três diferentes partes para a alma, cada 
uma com uma função: 
ALMA CONCUPISCÍVEL – trata-se de uma parte situada no baixo ventre, ela é 
sujeita à corrupção e é responsável pelas coisas ligadas ao corpo, coordenando as 
inclinações corporais, tais como a bebida, comida, etc. 
ALMA IRASCÍVEL – situa-se no peito, essa parte da alma apresenta tendência à 
irritabilidade e está de prontidão contra qualquer tipo de ameaça ou perigo que 
possa se abater sobre nós. Essa parte da alma também está sujeita à corrupção. 
ALMA RACIONAL – parte responsável pela produção do conhecimento, situa-se na 
cabeça. A alma racional não está sujeita à corrupção, é, pois, imortal, é uma 
espécie de princípiodivino no interior da pessoa. 
Agora, o homem, possuidor das almas concupiscente, irascível e racional, deve 
deixar que a alma racional controle todo seu viver. 
Assim, o homem racional promove a contemplação do Mundo das Ideias e, 
captando de lá a ideia de BEM, para que ele possa viver virtuoso e justo. Assim 
agindo, ele atingirá a felicidade. 
Agir bem é agir segundo a alma racional. Agir mal é deixar os instintos e os 
sentimentos conduzirem nosso proceder. 
A distinção entre funções irracionais e a função racional é a base da estrutura da 
ética platônica. Pode haver harmonia ou graves conflitos entre as várias funções 
exercidas pela alma. O perfeito deve governar o imperfeito, a função superior deve 
coordenar as funções inferiores. Sem essa condição não é possível alcançar a 
excelência (areté) ética. Domínio da alma racional Virtudes Sobre a alma 
concupiscível A temperança Sobre a alma irascível A coragem ou a prudência 
(precaução) 
O lado ético do ser humano é a continuação de seu lado público. Não deve haver 
separação nem entre o modo de viver do cidadão na polis nem enquanto indivíduo. 
O homem sábio deverá ter a virtude como base de vida e o conceito de justiça como 
o mais elevado, tanto no público quanto no privado. Como se adquire a virtude? 
Para Platão, a virtude não se adquire, se cultiva, pois é uma característica de nossa 
alma racional que já conheceu esse conceito no Mundo das Ideias. 
O homem virtuoso é aquele cuja alma racional controla as almas irascível e 
concupiscente, quer dizer, o que se deixa levar pelo lado intelectual do ser humano, 
e, assim agindo, conhece a ideia do Bem. E como se cultiva a justiça? 
Vivendo sob o domínio da alma racional, o homem estará permanentemente 
lembrando-se do Mundo das Ideias, sempre voltando a ele, pois, viver de forma 
justa é a consequência dessa contemplação do Sumo Bem que o sábio pratica. 
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2.3 Aristóteles 
 
Alguns veem Aristóteles como o fundador da Ética, o que se justifica desde que 
consideremos a Ética como uma disciplina específica e distinta no corpo das 
ciências. Em suas aulas, Aristóteles fez uma análise do agir humano que marcou 
decisivamente o modo de pensar ocidental. O filósofo ensinava que todo o 
conhecimento e todo o trabalho visam a algum bem. O bem é a finalidade de toda a 
ação. A busca do bem é o que difere a ação humana da de todos os outros animais. 
Para Aristóteles, estudamos a ética, a fim de melhorar nossas vidas e, portanto, sua 
preocupação principal é a natureza do bem-estar humano. Aristóteles segue 
Sócrates e Platão ao dispor as virtudes no centro de uma vida bem vivida. Como 
Platão, ele considera as virtudes éticas (justiça, coragem, temperança etc.), como 
habilidades complexas racionais, emocionais e sociais, mas rejeita a ideia de Platão 
de que a formação em ciências e metafísica é um pré-requisito necessário para um 
entendimento completo de bem. Segundo ele, o que precisamos, a fim de viver 
bem, é uma apreciação adequada da maneira em que os bens tais como a amizade, 
oprazer, a virtude, a honra e a riqueza se encaixam como um todo. Para aplicar 
esse entendimento geral para casos particulares, devemos adquirir, através de 
educação adequada e hábitos, a capacidade de ver, em cada ocasião, qual curso 
de ação é mais bem fundamentada. Portanto, a sabedoria prática, como ele a 
concebe, não pode ser adquirida apenas ao aprender regras gerais, também deve 
ser adquirida através da prática. E essas habilidades deliberativas, emocionais e 
sociais é que nos permitem colocar nossa compreensão geral de bem-estar em 
prática em formas que são adequados para cada ocasião. 
Aristóteles propõe que a vida contemplativa (intelectual) traria uma felicidade maior 
e mais constante ao ser humano, quando comparada à vida política (procura da 
honra) e da vida baseada em prazeres sensoriais. 
 
 
3 . CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Nossa sociedade é tributária da sociedade grega e romana. Nossos padrões e 
conceitos ético-morais originam-se nessas duas sociedades. A reflexão ética, 
entretanto provém dos gregos. 
 
A ética que nós defendemos provém da idéia de valores. Essa, por sua vez 
desenvolveu-se a partir das indagações socráticas e das classificações aristotélicas. 
Foram aprimorados pelos sofistas, pelos pensadores helenistas até chegar à 
reestruturação feita pelo cristianismo. 
 
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Costuma-se dizer que o período áureo da filosofia antiga corresponde ao tempo de 
Sócrates, Platão e Aristóteles. Nesse período se definiu a Dialética Socrática, a 
dicotomia Platônica e a Metafísica Aristotélica, entre outros pontos centrais do pen-
samento dessa tríade. Destacando-se que com Aristóteles se fundamenta também a 
Política e a Ética, mostrando que o ho-mem é um animal, não só racional, mas 
também político e como tal vivendo numa coletividade em que são necessárias, 
além das normas jurídicas, as normas de convivência. 
São muitas as lições trazidas pela ética socrática: o conhecimento como virtude; a 
educação como forma de conhecer a si mesmo e, por consequência, conhecer melhor 
o mundo para alcançar a felicidade; a primazia do coletivo sobre o individual e, a 
obediência às leis para garantir a ordem e a vida em sociedade. Sábias ideias. Se os 
agentes políticos e a sociedade em geral pensassem assim, teríamos, com certeza, 
um país mais justo e solidário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 . REFERÊNCIAS 
 
• http://pcmetodista.blogspot.com.br/2012/09/definicao-da-etica-pelos-
tresmaiores.html 
• https://jfariaadvogados.wordpress.com/2010/01/27/a-etica-de-socrates/ 
• http://pt.slideshare.net/joaopaulorodrigues927/tica-plato 
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles#.C3.89tica 
 
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