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INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CAMPUS DE ARAÇATUBA SP Turma EB2P14 Valquíria Ferreira da Costa RA C4207D-2 ÉTICA CONTEMPORÂNEA Prof. Luís Ricardo Mantovani da Silva ARAÇATUBA 15/10/2015 Importância da Ética na vida pessoal e profissional A ética enquanto ciência responsável por estudar e criticar os diversos tipos de moral é importante em nossa vida para que consigamos refletir sobre nossas atitudes e sobre nossas crenças, buscando sempre o bem estar e o bom relacionamento com o próximo. Apenas refletindo e criticando a nós mesmos conseguiremos encontrar o comportamento adequado para cada ambiente, pessoal ou profissional, fazendo de nossas atitudes as mais éticas possíveis diante uma determinada situação e diante a uma determinada cultura – que também pode ser contestada e criticada, mas nunca desrespeitada. Ética Contemporânea A ética contemporânea teve seu início em meados do século XIX, devido às mudanças que a evolução da ciência provocou na humanidade, descobrindo até mesmo formas eficientes de acabar com a vida humana. Dessa forma, o novo pensamento ético que nasceu começou a contestar o racionalismo absoluto, e assumir a existência de uma parte inconsciente em todos os homens. As principais correntes dessa Ética Contemporânea são: O Existencialismo, o Pragmatismo, a Psicanálise, o Marxismo, o Neopositivismo e a Filosofia Analítica. (Comentaremos sobre cada uma dessas correntes durante a construção desse blog.) A ética na idade contemporânea se defronta com uma enorme variedade de tendências morais derivadas do pluralismo cultural existente. Dentro de uma mesma sociedade encontramos correntes morais diferentes, que se formam a partir dos juízos de valores recebidos por cada sujeito em seu ciclo de convivência. A imparcialidade exigida da ética faz com que nenhuma dessas “vertentes” morais seja aceita como a melhor tendência. Às correntes da ética contemporânea cabe criticar e analisar os diferentes hábitos e costumes existentes nos dias atuais para que cheguemos a um ponto comum a ser aceito. Há também um novo desafio imposto aos estudiosos que se dedicam à ética: o fato de que o comportamento dos homens nem sempre são guiados pelos seus juízos sobre o valor dos atos. Além da parte irracional já aceita e levada em consideração por essas correntes, o conceito deturpado de felicidade pode fazer com que as pessoas se distanciem das virtudes éticas, da justa medida citada por Aristóteles em seus estudos. A nova filosofia de vida e a ética de manipulação favorecem ao imediatismo, à criação de cidadãos altamente manipuláveis e à superação do individual sobre o coletivo. Tudo é feito em nome de uma falsa liberdade, que está se confundindo com o conceito de libertinagem. Analisar esses fatos de acordo com cada uma das correntes da ética contemporânea é o objetivo dessa página em nosso blog. Iniciaremos então a nossa discussão nos referenciando no Existencialismo, que tem como principais filósofos Kierkgaard e Sartre. O Existencialismo e o Pragmatismo O Existencialismo é uma corrente de estudos da ética contemporânea que tem dentre seus preceitos análise do homem concreto, do individuo como ele realmente é. O único contraponto visível entre seus dois principais autores reside no fato de que para Satre Deus não existe, tornando o homem totalmente livre e sem nenhum vínculo com um possível criador. O Pragmatismo é uma corrente muito interessante a nós (se tratando de um blog feito por futuros administradores), já que nasce nos Estados Unidos, ligado ao avanço científico e tecnológico e do espírito de empresa. Para o Pragmatismo, a verdade seria identificada como algo útil, que é essencial para vivermos e convivermos. Ou seja, algo só é considerado bom quando nos leva ao êxito. Isso torna a corrente basicamente egoísta. A partir dessas breves definições podemos estabelecer uma ponte entre as duas correntes contemporâneas: Ambas analisam uma ética totalmente individual, que leva em conta apenas o momento atual, sem se preocupar com o futuro e com as tão comentadas virtudes éticas citadas por Aristóteles. Não estamos aqui para dizer que essa forma de pensar esteja totalmente errada. Queremos apenas alertar para o fato de que se analisarmos a questão ética apenas por esse ponto de vista estaremos incorrendo em um grande erro, afinal nós somos homens políticos e como tais devemos nos portar. Afinal, tudo que fazemos hoje gera um reflexo em nosso futuro, e se torna uma marca inapagável em nosso passado. Essa visão do espírito de empresa, originária do Pragmatismo deu origem aos Trustes e Cartéis, à exploração dos homens e países mais pobres. Nossa consciência não pode ser objeto facilitador dessas injustiças, e sim um caminho racional para chegarmos à verdadeira liberdade e felicidade. A Psicanálise e o Marxismo A Psicanálise contribuiu com a ética ao confirmar a existência de uma parte inconsciente nos homens. Isso faz com que alguns atos sejam atribuídos a essa parte inconsciente, cabendo assim um julgamento ético diferenciado. Vale frisar que não devemos considerar ética determinada atitude que antes era vista como antiética apenas pelo fato de ser fruto do inconsciente humano. Entretanto esse ponto deve ser seriamente analisado antes de se obter o resultado de um julgamento. O Marxismo vê o homem como ser produtor, criador, inventivo, transformador, social e histórico. Dá especial atenção ao proletariado, que segundo os marxistas dá origem a uma sociedade verdadeiramente humana. Essas vertentes éticas distinguem-se das duas citadas anteriormente pelo fato de considerarem o outro em suas premissas. Não se baseiam em um individualismo egoísta nem fazem generalizações sobre os fatos acontecidos. É bom lembrarmos também que todas as correntes da ética contemporânea são contra o universalismo e o racionalismo absoluto, e a favor do reconhecimento do irracional e da descoberta da ética dentro do próprio homem. Entretanto consideramos o Pragmatismo e o Existencialismo correntes demasiadamente individualistas e pouco aplicáveis em nosso dia - a – dia, visto que somos animais sociais e não conseguimos viver fora desse ciclo social. O Neopositivismo e a Filosofia Analítica Consideramos o Neopositivismo e a Filosofia Analítica como sendo as duas correntes da mais completas da Ética Contemporânea. Sua atenção é voltada ao que hoje definimos como ética: A análise da linguagem moral, tratando o homem como algo que pode sim ser definido, defendendo também os conceitos de obrigação, dever, justeza. A partir dessas correntes, que aceitam o homem como ser social, e que assume a liberdade como algo que deve ser aproveitado juntamente com o outro, e que defende os direitos essenciais à todos os seres humanos, como o direito à vida e à educação, é que tomamos a liberdade de criticar alguns hábitos e costumes que não consideramos fundamentos cabíveis á construção de uma ética racional global. O genocídio, o famoso “jeitinho brasileiro”, e inúmeros outros costumes mundiais devem sim ser repensados para que possamos chegar a um mundo onde o fim último de todas nossas ações possa ser alcançado: A felicidade. Assim como vários hábitos devem ser arraigados em diferentes tipos de moral, já que são considerados como virtudes éticas por todos aqueles que os presenciam. O que não podemos é nos acomodar nessa zona de conforto,pretendendo manter esse status quo que por tanto tempo tomou conta de nossa sociedade e de nossas vidas. O importante é que haja um movimento a favor da mudança, um esforço para melhorar, fazendo da filosofia e da ética nossas armas de combate, para que assim cheguemos o mais próximo da tão esperada justa-medida, novamente citando Aristóteles. Reflexões Éticas Na contemporaneidade muito se fala em ética e se reclama sobre sua ausência, mas pouco se reflete sobre seu significado e sua abrangência. Assiste-se a uma tendência em limitar a reflexão ética à associação entre comportamentos antiéticos identificados com prática de atos ilícitos cometidos por indivíduos, organizações ou corporações, como se ética fosse apenas a tradução da obediência a regras prescritas ou implícitas em espaços privados e públicos. Ao contrário desta tendência, o campo da ética está na reflexão sobre os elementos que fundamentam a moralidade que dão validade a estas normas ou regras; o que é necessário para questioná-las ou redimensioná-las. A ética não se limita a esta esfera de validação, ela está vinculada a decisões individuais e organizacionais, mas há que ter clareza estas decisões, ainda que sejam construções subjetivas, são carregadas de construções sociais e não estão desvinculadas da validade ou não dos sensos morais estabelecidos coletivamente. “O mundo burguês (...) ao criar um gênero humano socialmente posto, efetiva a base material indispensável para a gênese de valores efetivamente éticos, quais sejam, aqueles que tornam socialmente visíveis as necessidades e possibilidades que dizem respeito à toda humanidade. Contudo, esta articulação objetiva, cotidiana, material, de todos os homens ao mesmo processo histórico é imediatamente fragmentada pelo fato de ter por mediação universal a propriedade privada. É isto que, hoje, torna ontologicamente impossível aos valores éticos adentrarem em escala mundial” (Lessa, 2006, p.1) Valquíria Ferreira da Costa RA C4207D-2
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