Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PENAL III – I UNIDADE 1. HOMICÍDIO (ART 121 C.P) CONCEITO ( a eliminação da vida de uma pessoa por outra. OBJETO JURÍDICO ( É o que a lei está querendo proteger. Neste caso é a preservação da vida. OBS( Se alguém mata o cachorro de alguém ou quebra algo de alguém este estará cometido o crime de dano (art. 160 C.P). SUJEITO ATIVO( Quem pode executar o crime. Neste caso é qualquer pessoa. SUJEITO PASSIVO( É a pessoa humana com vida (se não há vida, é crime impossível – art.17) A vida começa no início do parto com o rompimento do saco amniótico. Antes do nascimento pode-se concretizar aborto. ESPÉCIES: Homicídio simples( É aquele que não ocorre uma causa que qualifica ou privilegia. OBS( O Homicídio simples será crime hediondo quando praticado na atividade de grupo de extermínio, ainda que por um só agente. O ânimos de matar é denominado “animus necandi”. O tribunal do júri só julga os crimes dolosos contra a vida( Homicídio; Instigação ao Suicídio; Infanticídio; Aborto. Lei 9296/96 determina que o homicídio doloso cometido por militar será julgado pela justiça comum. A transmissão dolosa da AIDS é considerada Tentativa de Homicídio (STF). Homicídio culposo de Trânsito passou a ser regido pelo Código de Trânsito (lei 9503/97). HOMICÍDIO PRIVILEGIADO OBS( Quando vier junto com o nome do crime a palavra privilegiado a pena deste será maior. CONCEITO( Se o agente comete crime impelido: ( Por Relevante valor social (humanitário, patriótico) Interesse coletivo Ex:. Matar traidor a pátria. ( Por Relevante valor moral (piedade, compaixão) Interesse Popular OBS( A eutanásia também é chamada de homicídios de homicídio piedoso. ( Sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima. Ex:. A traição Sob o domínio de violenta emoção significa um forte choque emocional. Logo em seguida significa uma relação de imediaticidade (se não houver poderá caracterizar vingança). Injusta provocação é algo antijurídico, ou seja, algo contrario ao Direito. Ex:. Pai que mata estuprador da filha Mulher que mata o marido em flagrante no adultério. OBS( Estando o agente sob influência (não sob o domínio) de violenta emoção será apenas um atenuante genérico do art. 65, III C.P. REDUÇÃO DA PENA ( Será de 1/6 a 1/3 Divergência Doutrinária +Causa obrigatória - Delmanto - Mirabete - Capez - STF + Causa Facultativa - Magalhães de Noronha HOMICÍDIO QUALIFICADO OBS( O Homicídio é chamado de triplamente qualificado quando ele é acompanhado de 3 incisos. ( Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe. Mediante paga é Homicídio Mercenário, ou seja, matar por dinheiro ou pela promessa de recebe-lo. Motivo torpe é aquele repugnante, vil. Ex:. Vingança, Ciúme. ( Por motivo fútil É a desproporção entre a ação e a motivação do crime. Ex:. Pisar no pé de uma pessoa, e esta em seguida vir a matar quem pisou em seu pé. ( COM EMPREGO DE VENENO Veneno é qualquer substância vegetal, animal ou mineral que possa causar malefícios a saúde ou a morte. OBS( Se alguém por malícia, der alguma substância que faça mau a um a pessoa estará ele cometendo o homicídio qualificado com base no art. 121, § 2º, III. OBS( Para caracterizar o emprego de veneno, a vítima não pode saber. Se ela souber será Meio Cruel. ( Com Emprego de Fogo, Explosivo ou Asfixia Asfixia pode ser mecânica (enforcamento, afogamento) ou tóxica (gás asfixiante). - Outro meio insidioso ou cruel ou que possa resultar perigo comum. * Meio insidioso é um meio dissimulado. * Meio cruel é um meio que causa um sofrimento maior a vítima. * Perigo comum é quando resulta perigo a mais pessoas do que aquela que o indivíduo quer eliminar, ou desferir a ação. ( Mediante Tortura (lei da tortura – 9495/97) Se uma pessoa mata outra através de tortura, ou seja, se a pessoa quer matar através de tortura se encaixa aqui. Mas se a pessoa está torturando sem a intenção de matar e a vítima morre, ele será julgado de acordo com a lei de tortura. A traição de emboscada, ou mediante dissolução ou outro meio que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima. ROL DOS CRIMES HEDIONDOS (LEI 8072/90) 1 – Homicídio Simples, quando praticado na atividade de grupo de extermínio, ainda que por um só agente. 2 – Homicídio Qualificado 3 – Extorsão Qualificada pela Morte (art. 158) 4 – Latrocínio (art. 157) 5 – Extorsão mediante seqüestro (art. 159) 6 – Estupro (art. 213) 7 – Atentado Violento ao Pudor (art. 214) 8 – Epidemia com morte (art.267) 9 – Falsificação de Medicamentos (art. 273) 10 – Genocídio (Lei nº2889/56) OBS(Tortura (lei 9455/97), Trafico de drogas (lei nº 1.343/06) e terrorismo não são considerados crimes hediondos, porém eles são equiparados aos crimes hediondos. Porém na prática os efeitos são os mesmos. OBS( Pode existir o homicídio qualificado-privilegiado. Ex:. Quando o marido pega a mulher com outro na cama e toca fogo no Ricardão. OBS( O homicídio qualificado-privilegiado não é crime hediondo. HOMICÍDIO CULPOSO ( É aquele cometido por imprudência, negligência e imperícia, ou seja, aquele cometido por culpa. CAUSAS DE AUMENTO DA PENA HOMICÍDIO CULPOSO ( Inobservância de regra técnica de arte, ofício ou profissão. ( Se não presta socorro a vítima, não procura diminuir as conseqüências dos seus atos ou foge para evitar o flagrante. Descaracteriza quando há perigo a vida do autor ou terceiro presta socorro. HOMICÍDIO DOLOSO ( Se a vítima é menor de 14 anos. ( Se a vítima é maior de 60 anos (lei 10741/03 – Estatuto do idoso) Se ocorrer alguma desta causas acima elencadas o aumento da pena será de 1/3 tanto para o homicídio Culposo quanto para o Doloso. PERDÃO JUDICIAL ( No Homicídio Culposo o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüência do crime atingirem o autor de forma tão grave que a pena torne-se desnecessária. 2. INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AIXÍLIO A SUICÍDIO CONCEITO- É a ajuda à deliberada intenção de destruir a própria vida. OBJETO JURÍDICO – É a preservação da vida humana. SUJEITO ATIVO – É qualquer pessoa (Que auxilie). SUJEITO PASSIVO – É a pessoa com capacidade de entendimento (discernimento). OBS( No caso de pessoa sem capacidade (criança, louco) o induzimento será considerado homicídio. ESPÉCIES: Simples ( Art. 122 caput C.P) Induzimento é fazer surgir a idéia. OBS( Instigar é estimular a idéia já existente. Auxílio é a ajuda material. O cometimento de vários verbos do tipo penal, levará a incidência somente uma vez no crime de auxílio a suicídio. Auxilio a suicídio somente será punido, se houver pelo menos lesão corporal grave. Se o suicida ficar com lesão corporal leve não haverá homicídio. Não existe auxílio a suicídio culposo. Auxilio a suicídio por Omissão, Divergência: - Pode: Magalhães Noronha, capez, Mirabete - Não pode: Delmanto, Damásio. QUALIFICADO: ( Se o crime é cometido por motivo egoístico. (este é o mesmo que interesse pessoal) Ex: Interesse na herança. ( Se a vítima é menor - Vitima maior de 18 anos ( Auxilio a suicídio simples - Vítima menor de 14 anos ( Homicídio - Vítima entre 14 e 18 anos ( Auxílio a suicídio qualificado ( Se a capacidade de resistência da vítima está diminuída. Ex:. se a pessoa está sob o uso de drogas. CASOSO ESPECIAIS ( Pacto de Morte, ou suicídio a dois. Quando duas ou mais pessoas decidem suicidar-se com o uso de gás. ( Se há um sobrevivente: - Se a pessoa quem abri a torneira cometerá homicídio consumado - Se o sobrevivente não abriu torneira cometerá auxílio a homicídio - Se os dois sobreviveram e resulta lesão corporal grave, quem abriu a torneia responderá por tentativa de homicídio. Quem não abriu a torneira rsponderá por auxílio a suicídio. - Se os dois sobreviverem e não resulta lesão corporal grave, quem abriu a torneira responderá por tentativa de homicídio. E quem não abriu a torneira o fato é atípico. ( Roleta Russa: - Os participantes respondem por auxílio a suicídio. 3.0 Infanticídio (art123) CONCEITO – É a eliminaçãoda vida do nascente ou neonato realizada pela mãe sob a influência do estado puerperal. OBJETO JURÍDICO – É a presunção da vida humana. SUJEITO ATIVO – É a mãe (trata-se aqui de um crime próprio) SUJEITO PASIVO – É o recém nascido ou feto (após o rompimento do saco amniótico) REQUISITO – Estar sob influência do estado puerperal psicológica da mãe após o parto. Não estando a mesma, em estado puerperal, será considerado homicídio. OBS( Para ser considerado infanticídio tem que haver a presença do estado puerperal, se não o há será homicídio. ELEMENTO SUBJETVO: - Dolo – O infanticídio só pode ser doloso. - Culpa – Se a mãe mata o filho sob influencia do estado puerperal será crime? R. Se nos pautarmos por Damásio de Jesus dir-se-á que se trata de um fato atípico, logo a mãe não deverá responder. Porém se no pautarmos por Delmanto, Capez e Mirabete, dir-se-á que se trata de homicídio culposo. PARTICIPAÇÃO: ( Divergência - O infanticídio na admite participação. (Corrente minoritária) Magalhães Noronha, Heleno Fragoso. - Justificativa- O estado puerperal é uma condição personalíssima, não é pessoal, por isso não se comunica. - O infanticídio admite participação. (majoritária) Delmanto, Damásio, Capez. -Justificativa- O estado puerperal é uma condição pessoal e se comunica conforme art. 30 C.P 4. ABORTO (ART. 124 a 128) CONCEITO – É a interrupção da gravidez com a conseqüente morte do feto. Para que se caracterize Aborto o saco amniótico deve esta inteiro. Porém se não houver mais o saco amniótico, será homicídio. OBJETO JURÍDICO – Segundo a jurisprudência o aborto somente acontece com a fixação do óvulo fecundado no útero, ou seja, do embrião. SUJEITO ATIVO – No auto-aborto, é a mãe (este é um criem próprio). Já no aborto cometido por terceiros será o Sujeito Ativo, ou seja, qualquer pessoa. SUJEITO PASSIVO – No auto-aborto, será o feto. Já no aborto cometido por terceiros, será a mãe e o feto. ESPÉCIES: - Aborto realizado pela própria gestante ou auto-aborto Art. 124 C.P. - Aborto consentido pela gestante (realizado por terceiro Era 124) OBS ( Quando num aborto consentido pela gestante, mas realizado por outro, ambos terão penas distintas, pois q gestante responderá pelo art. 124 C.P. e art. 126 C.P. - Aborto consentido por terceiro sem consentimento da gestante art. 125 C.P. - Aborto cometido por terceiro com o consentimento da gestante art. 126 C.P. ( O consentimento não será válido se a gestante é: - menor de 14 anos - é alienado mental - ou se o consentimento é obtido mediante fraude, violência ou grae ameaça. ABORTO QUALIFICADO (ART. 127 C.P.) ( No aborto cometido por terceiro com ou sem o consentimento da gestante, a pena será aumentada de 1/3 se resulta lesão grave, e será duplicada se resultar morte da gestante. Este vai incidir no art.125 e 126 C.P. ABORTO LEGAL (ART.128 C.P.): ( Aborto necessário ou Terepêutico – Não se pune o aborto realizado por médico se não há outro meio de salvar a vida da gestante. OBS – Se outra pessoa realizar (não sendo médico) o aborto para salvar a vida da gestante, estará em estado de necessidade de terceiro. (art. 24 C.P.) ABORTO SENTIMENTAL (ÉTICO OU HUMANITÁRIO) (art. 128 C.P) ( É aquele que resulta de estupro ( Não se pune o aborto cometido por médico resultante de estupro ou atentado violento ao pudor. REQUISITOS: Gravidez resultante de estupro ou atentado violento ao pudor Realizado por médico Consentimento da gestante u do representante legal Autorização Judicial (Divergência) DENOMINAÇÕES DO ABORTO Aborto Natural – Não é crime Aborto acidental – Não é Crime Aborto Eugênico ou Piedoso – É o aborto realizado no caso de feto apresentar deformidades físicas, doenças incuráveis. É considerado Crime. 5. GENICÍDIO (LEI 2889/56) - Não é um crime doloso contra a vida, não está no rol dos crimes dolosos. Conceito : É a eliminação de grupos étnico, racial, nacional ou religioso. OBJETO JURÍDICO – é a preservação da vida humana. SUJEITO ATIVO - É qualquer pessoa. SUJEITO PASSIVO – É o grupo étnico, nacional, racial ou religioso. TIPO OBJETIVO: Matar membros do grupo Causa lesão grave a integridade física ou mental de membros do grupo. Submeter membros do grupo a condições que possam ocasionar destruição total ou parcial. Promover meios que impeçam o nascimento no seio do grupo. Efetuar transferência de crença forçada de um grupo para outro. 6. LESÃO CORPORAL (Art. 129 C.P.) CONCEITO ( É a ofensa à integridade corporal ou a saúde de outrem. OBJETO JURÍDICO – é a proteção a integridade física ou psíquica. SUJEITO ATIVO – é qualquer pessoa OBS( A auto-lesão não é considerada crime, mas será considerada a causa que levou a pessoa a auto-lesão, no caso se for para conseguir seguro, esta pessoa será considerada estelionatário (art.171 C.P.). SUJEITO PASSIVO – É qualquer pessoa, salvo em alguns tipos penais de lesão qualificada que deve ser mulher grávida. ESPÉCIES: LESÃO CORPORAL LEVE (ART. 129 CAPUT C.P.) – É a lesão que não é grave ou gravíssima. - As lesões esportivas, desde que dentro das regras do jogo é exercício regular do direito. - As intervenções médico-cirúrgica é exercício regular do direito havendo o consentimento, e estado de necessidade de terceiro não existindo consentimento. LESÃO CORPORAL PRIVILEGIADA – é a lesão cometida por relevante valor moral ou social, bem como sob o domínio de violenta emoção logo em seguida a injusta provocação da vítima. Diminuição 1/3 a 1/6 LESÃO CORPORAL GRAVE (em sentido lato) OU QUALIFICADA: OBS( no § 1º do art 129, a lesão corporal é grave em sentido estrito e no §2º lesão corporal gravíssima. - Lesão Corporal em Sentido Estrito: * Incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias * Ocupação habitual é atividade rotineira * O período de dias deve ser comprovado por exame - PERIGO DE VIDA * Deve ser comprovado por exame - DEBILIDADE PERMANENTE DE MEMBROS SENTIDOS OU FUNÇÃO * Debilidade é a diminuição da capacidade funcional * Permanente significa que não há previsão da cessação da debilidade, não é necessária a debilidade ser perpétua. * membros – braço, mão. * sentido – Olfato, Visão. * Função – respiratória, circulatória... * A jurisprudência considera que nos órgãos duplos, a perda de um é debilidade e a perda de ambas é inutilização. - ACELERAÇÃO DO PARTO – é a antecipação do nascimento. Nesta o agente deve saber da gravidez. - LESÃO COPRPORAL GRAVISSIMA (ART.129 C.P.) * Incapacidade permanente para o trabalho * A jurisprudência dominante afirma que a incapacidade deve ser para todo tipo de trabalho, não somente para o que serve. - ENFERMIDADE INCURÁVEL – é a doença que não tem curabilidade pela medicina comum. - PERDA OU INUTILIZAÇÃO DE MEMBROS, SENTIDO OU FUNÇÃO ( Nos órgãos duplos, a perda de um é lesão grave, a perda de ambos é lesão corporal gravíssima. - DEFORMIDADE PERMANENTE ( É critério estético, posição vexatória. - ABORTO - é a morte do feto e o agente de ser a gravidez. - LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE – É um crime preterdoloso, ou seja, aquele crime que tem a presença do dolo e da culpa. Dolo no antecedente e culpa no subseqüente. - A intenção é provocar a lesão mas acaba resultando uma morte. - é julgado pelo juiz singular, não pelo tribunal do júri. - LESÃO CORPORAL CULPOSA – É a lesão cometida por culpa ( imperícia, negligência, imprudência). * A lesão corporal culposa de trânsito é crime previsto no CTB (art. 303). VIOLÊNCIA DOMESTICA (Introduzida Se a lesão é cometida pela lei 10886/04) ( contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companhia, que conviva ou tenha convivido, ou prevalecendo-se das relações domésticas de convivência ou hospitalidade. CAUSA DE AUMENTO DE PENA -Lesão corporal culposa - Inobservância de regra técnica de arte, ofício ou profissão. - Se o agente foge para evitar o flagrante, não preta socorro ou não procura diminuir as conseqüências dos seus atos. -Lesão Dolosa - Se a vítima é menor de 14 anos. - Se a vítima é maior de 60 anos (estatutodo idoso). *Nestes casos a pena será aumentada. OBS( Na violência doméstica se ocorre lesão grave, gravíssima ou seguida de morte. Aumento de 1/3 em todas as hipóteses. CAUSAS DE SUBSTITUIÇÃO DE PENA - Se as lesões não forem graves, o juiz pode substituir a pena privativa de liberdade, nos seguintes casos: 1º - Lesão Privilegiada 2º - Lesões Recíprocas OBS( estas serão substituídas por multa. AÇÃO PENAL (Pública Incondicionada - Violência Domestica - Lesão grave ou gravíssima - Lesão corporal seguida de morte 7. PERIGO DE CONTÁGIO VENÉRIO (ART 130 C.P) CONCEITO – Expor alguém, por meio de ralações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea que sabe ou deva saber, contaminando-a. Doença venérea é um conceito médico, apesar da existência do decreto lei 16-300 de 31/12/1923. OBS – atualmente usa-se o conceito médico. Deve haver contato corpóreo A prática da relação sexual ou ato libidinoso consuma o tipo penal, não é necessário o efetivo contágio. O dolo pode ser direto ou eventual É crime subsidiário, resultando lesão corporal ou homicídio somente responde por estes. Havendo estupro ou atentado violento ao pudor, haverá concurso formal com o crime de perigo de contágio venéreo. OBJETO JURÍDICO – é a incolumidade física (a preservação física da pessoa) SUJEITO ATIVO – É a pessoa contaminada pela doença venérea. SUJEITO PASSIVO – é qualquer pessoa (homem ou mulher) Não pode estar contaminada pela mesma doença, pois será crime impossível (art. 17) ESPÉCIES: SIMPLES – ART 130 C. P. CAPUT QUALIFICADO – se o agente quis realmente transmitir a doença AÇÃ PENAL – Pública condicionada à representação. Porém precisa-se da autorização da vítima. 8. PERIGO DE CONTÁGIO DE MOLÉSTIA GRAVE (ART. 131) CONCEITO – Praticar ato com finalidade de transmitir moléstia grave. O conceito de moléstia grave será definido pelo médico. É crime formal É crime subsidiário OBJETO JURÍDICO – é a incolumidade física. SUJEITO ATIVO – é a pessoa contaminada pela moléstia grave. SUJEITO PASSIVO – É qualquer pessoa Não pode estar contaminada com a mesma doença, pois será crime impossível. AÇÃO PENAL – Pública incondicionada 9. PERIGO PARA VIDA OU A SAÚDE DE OUTRÉM (ART.132) CONCEITO – Expor a vida oi a saúde de outrem a perigo. Tipo destinado a proteção de operários É crime subsidiário expresso. Pois só se vai responder pelo crime que resultar. O perigo tem que ser concretamente provado OBJETO JURÍDCO – É A INCOLUMIDADE FÍSICA SUJEITO ATIVO – é qualquer pessoa SUEITO PASSIVO – é qualquer pessoa. CAUSA DE AUMENTO DE PENA – Se o perigo é decorrente do transporte de pessoas para a prestação do serviço. (introduzido pela lei 9777/98) Aumento de 1/6 a1/3. 10. ABANDONO DE INCAPAZ (ART.133) CONCEITO – Abandonar pessoa que se encontra sob a sua guarda, cuidado, vigilância ou autoridade e incapaz de defender-se dos riscos do abandono. Ex:. Criança, alienado mental, pessoa doente ou idosa. O perigo deve ser provado de forma concreta Se o agente abandona, mas fica vigiando o abandonado, não comete crime. OBJETO JURÍDICO – é a proteção da pessoa. SUJEITO ATIVO – é crime próprio, somente pode ser cometido por quem está cuidando, protegendo, vigiando ou exercendo atividade. SUJEITO PASSIVO – É o incapaz de se defender do abandono (criança, enfermo, Etc) ESPÉCIES: Simples – art. 133, caput. Qualificado – Se não resulta lesão grave, dolosa ou culposa. - Se resulta morte, dolosa ou culposa. CAUSAS DE AUMENTO DA PENA Se o abandono acontece em local ermo. O local deve ser relativamente solitário, se for absolutamente será homicídio. Se o agente é ascendente, descendente, cônjuge, tutor, curador ou irmão da vítima, ele irá responderá por este crime. Obs: Neste caso se for o companheiro e não cônjuge o agente não responderá com essa causa de aumento de pena, pois o Direito Penal é estrito. Se a vítima é maior de 60 anos (estatuto do idoso) 11. EXPOSIÇÃO OU ABANDONO A RECÉM NASCIDO (ART. 134) CONCEITO – Expor ou abandonar recém nascido, para ocultar desonra própria. O sujeito ativo é a mãe adultera O perigo deve ser provado de forma concreta OBJETO JURÍDICO – é a segurança do recém nascido. SUJEITO ATIVO – é crime próprio, somente a mãe adultera pode cometer. O pai adúltero ou incestuoso pode cometer. SUJEITO PASSIVO – É o recém nascido. ESPÉCIES: Simples – art. 134, caput Qualificado – Se resulta lesão grave, dolosa e culposa. - Se resulta morte, dolosa ou culposa. 12. OMISSÃO DE SOCORRO (ART. 135) CONCEITO – Deixar de prestar assistência, quando possível faze-lo sem risco pessoal, a criança abandonada ou extraviada, pessoa inválida, enferma ou ao desamparo, em grave e eminente risco de vida ou não procura avisar a autoridade competente. O tipo penal não exige atitude heróica É crime subsidiário No trânsito a omissão de socorro do condutor é prevista no art.304 da lei 9503/97, de pedestres ou de outros condutores, a omissão de socorro será a do art 135 do C.P. Ocorrendo homicídio culposo ou lesão corporal culposa, e havendo a omissão de socorro no trânsito, o condutor somente será punido pelo homicídio culposo ou lesão corporal culposa com causa de aumento pela omissão de socorro. OBJETO JURÍDICO – é a preservação da vida ou da saúde da pessoa. SUJEITO PASSIVO: Criança abandonada ou extraviada Pessoa enferma ou inválida Pessoa ao desamparo Pessoa em grave ou iminente perigo de vida. ESPÉCIES: Simples – Art 135, caput Qualificada – Se resulta lesão grave, a pena aumenta pela metade, e se resulta morte a pena triplica. 13. MAUS TRATOS (ART.136) CONCEITO – Expor a vida ou a saúde de outrem que se encontra sob a sua guarda, custódia ou autoridade para educação, ensino, custódia ou tratamento. Expor a vida ou a saúde a perigo com as seguintes ações: ( Privação de alimentos - Em caso de privação total será homicídio. ( Ausência dos cuidados necessários ( Trabalho excessivo ou inadequado ( Abuso dos meios de correção O animus Corrigendi é o animo da correção Obs – Quando tiver presente o animus corrigendi na há mau tratos. O crime de maus tratos é um crime de ação múltipla. OBJETO JURÍDICO – é a preservação da saúde ou da vida da pessoa SUJEITO ATIVO – somente a pessoa que tenha a guarda, vigilância ou autoridade. É crime próprio, não é qualquer pessoa que pode cometer este crime. SUJEITO PASSIVO – É a pessoa que está sob a guarda, vigilância ou autoridade. OBS( Prevalece o entendimento que filho maior ou esposa não podem ser vítimas de maus tratos. ESPÉCIES: Simples – art 136 caput Qualificado – Se resulta lesão grave - Se resulta morte Causas de aumento de pena – Pena aumentada de 1/3 se a vítima é maior de 14 anos. 14. RIXA ART 137 CONCEITO : É a luta entre 3 ou mais pessoas, com violências recíprocas. ( É todo mundo brigando com todos, é uma briga generalizada, se for 5 pessoas contra um é linchamento). Objeto Jurídico : É a incolumidade física ou mental da pessoa. Sujeito Ativo – São os participantes da rixa. Fazem parte do numero o menor, quem não encontrado, ou até quem morreu,( um menor entra para contabilizar o nº, mas não responderá, tem que haver pelo menos um de maior). Sujeito Passivo – São os participantes da rixa. (É um crime bilateral ou recíproco). As pessoas são simultaneamente sujeitos passivo e ativo. Elemento subjetivo – É o dolo animus rixandi ( só tem rixa dolosa). Concurso de crimes Lesão leve, vias de fato ou rixa ( Quando ocorrer dentro da rixa). Só responde pela rixa Crimes contra o patrimônio e rixa – Responderá pelos dois crimes. Crime de ameaça e rixa ( o crime de ameaça é absolvido art 147) Crimes contra a honra e rixa Nos casos de calúnia e difamação responderá pelos dois crimes e rixa, no caso de injúria, ele responderá pela rixa. Tipos de Rixa Rixa preordenada, ou “ex propósito” É a rixa planejada. Rixa de improviso ou “ ex improviso” É a inesperada.Espécies Simples, art 137, caput. Qualificada: Se resulta lesão grave. Se resulta morte. Obs: Ocorrendo várias mortes será apenas um crime. Se tiver em uma rixa 10 pessoas e 3 morrerem, será uma rixa qualificada seguida de varias mortes de lesão corporal grave, a pena será aumentada. Obs: Sendo identificada a pessoa que causar a lesão grave ou a morte esta responderá por estes crimes, no entanto temos uma divergência: Responde por lesão grave ou homicídio e rixa qualificada (Majoritária) Jurisprudencial. Responde por lesão grave ou homicídio e rixa simples ( Minoritária). Obs: Inclusive a pessoa que sofrer lesão corporal grave responderá por rixa qualificada ( mesmo que seja vítima de lesão corporal grave). 15. CALÚNIA (ART. 138) CONCEITO – é a imputação falsa a alguém de fato definido como crime. O falso pode ser uma relação de inexistência do crime ou a autoria diversa. A imputação falso de contravenção, não é calúnia, pode caracterizar a difamação. OBJETO JURÍDICO – É a prevenção da honra objetiva que é o conceito que terceiros têm de uma pessoa. (reputação) SUJEITO ATIVO – É qualquer pessoa. (responde pela calúnia, quem propala). SUJEITO PASIVO – É qualquer pessoa. CASOS ESPECIAIS: ( Menor – O menor pode ser sujeito passivo, pois possui honra objetiva. ( A Pessoa Jurídica – Não pode se sujeito passivo, pois a responsabilidade penal é pessoal. OBS ( A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo de Calúnia em relação aos crimes ambientais (lei 9605/98). ( Os mortos – Neste o sujeito passivo é a família. OBS( A calúnia contra os mortos será punida. Elemento Subjetivo É o dolo, com o animus caluniandi. Não caracteriza calúnia : Animus Jocandi – É o animo de brincadeira. Animus narandi – A testemunha que mente sofre um crime, comete falso testemunho (342), não é calúnia. Exceção da verdade. É admissível. Não pode acontecer nos seguintes casos: Se o crime é cometido contra o Presidente da República ou Chefe de Governo Estrangeiro. Se o crime é de ação penal privada e o acusado não foi definitivamente julgado. Nos crimes de ação penal pública, se o acusado foi absolvido. 16. DIFAMAÇÃO (ART 139) Conceito : É a imputação a alguém de fato ofensivo a sua reputação. É irrelevante o fato ser falso ou verdadeiro. O fato não pode ser definido como crime. Objeto Jurídico : É a proteção a honra subjetiva. (Reputação) Sujeito Ativo : É qualquer pessoa. Sujeito Passivo : É qualquer pessoa. O morto não pode ser sujeito passivo, pos, não há previsão legal. A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo da difamação ( majoritária). Elemento Subjetivo É o dolo, animus difamandi. Exceção da Verdade Não é cabível Exceto se a difamação é cometida contra funcionário público em relação à função. 17. INJÚRIA ( ART 140) Conceito : É a ofensa a dignidade de alguém ( Xingamento). Objeto Jurídico : É a proteção a honra subjetiva ( o conceito de interior sobre os seus atributos). Sujeito Ativo : É qualquer pessoa. Sujeito Passivo : É qualquer pessoa. A pessoa jurídica não pode ser sujeito passivo. Elemento Subjetivo – É o dolo, animus injuriandi Perdão Judicial – O juiz pode deixar de aplicar a pena nos seguintes casos: Provocação Retorsão – Devolução a um xingamento. Injúria Qualificada : ( Denominada de Injúria Real). É a injúria praticada : Com violência ou vias de fato. Com elemento referente a preconceito ( Cor, Religião, Raça, Etnia). Na condição de pessoa idosa ou com deficiência ) Introduzido pelo Estatuto do Idoso – Lei 10741/03). 18. DISPOSIÇÕES COMUNS DOS CRIMES CONTRA A HONRA RETRAÇÃO – Nos crimes de calúnia e difamação o agente até a sentença definitiva pode retratar-se cabalmente do que disse. É ato unilateral. Não cabe na injúria. A retratação deve ser completa. CAUSAS DE EXCLUSÃO DA ANTIJURICIDADE Somente para a injúria e difamação. Ofensa irrogada em juízo por parte ou procurador. Crítica literária, artística, científica desfavorável. O conceito desfavorável emitido por funcionário público no desempenho de sua funções. CAUSAS DE AUMENTO DE PENA Nos crimes contra a honra Crime cometido contra Presidente da República – Aumento de 1/3. Crime contra Chefe de Governo Estrangeiro – Aumento de 1/3. Crime contra funcionário público em relação as suas funções – Aumento de 1/3. Na presença de várias pessoa ( duas ou mais pessoas) Entendimento de 3 ou mais pessoa – Aumento de 1/3. Por meio que facilite a divulgação – Muros, Auto-falantes, Internet Imprensa – É lei 5250/67 – Aumento de 1/3 Mediante paga ou promessa de recompensa – Dobro da pena Contra pessoa maior de 60 anos ou portadora de deficiência, exceto na injúria ( Estatuto do Idoso- Lei 10741/03). PEDIDO DE EXPLICAÇÕES A PESSOA PODE SOLICITAR AO JUIZ A CONVOCAÇÃO DE ALGUÉM QUE TENHA FATO OU EXPRESSÃO QUE POSSA LEVAR AO CONHECIMENTO DE CRIME CONTRA A HONRA. AÇÃO PENAL Regra Geral – É a ação penal privada. Ação Penal Pública Contra o Presidente da República ou Chefe de Governo Estrangeiro. Ação penal pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça. Crimes contra funcionário público em suas funções. Ação penal condicionada à representação. PENAL III – II UNIDADE DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL 19. Constrangimento ilegal (146) Conceito – é a ofensa a capacidade de autodeterminação Objeto Jurídico – é a ofensa a liberdade física ou psíquica Sujeito Ativo e Passivo– é qualquer pessoa Subsidiariedade – o constrangimento ilegal é crime subsidiário em relação a todos os crimes que utilizam ameaça Exclusão da tipicidade – não será constrangimento ilegal (a intervenção médica p/ salvar a vida, mesmo contra a vontade) 20. Ameaça (147) Conceito – é a intimidação de alguém de causar-lhe mau grave injusto (a ameaça deve ser séria e possível vontade de intenção) Objeto Jurídico – é a proteção a liberdade individual Sujeito Ativo – é qualquer pessoa Sujeito Passivo – é pessoa com capacidade de entendimento 21. Seqüestro e Cárcere Privado (148) Conceito – é a privação da liberdade Objeto Jurídico – é a proteção a liberdade individual Sujeito Ativo e Passivo – é qualquer pessoa Espécies: 1 – simples 2 – qualificada se a vítima é ascendente, descendente, conjugue, ou companheiro ou maior de 60 anos se dura mais de 15 dias se o seqüestro consiste em internação em casa de custódia ou hospital se a vítima é menor de 18 anos se o seqüestro é realizado para fins libidinosos Subsidiariedade – é crime subsidiário em relação a qualquer outro que utiliza a privação da liberdade. DOS CRIMES CONTRA INVIOLABILIDADE DO DOMICILIO 22. Violação de Domicílio (150) Conceito – entrar ou permanecer em casa alheia contra a vontade de quem de direito Objeto Jurídico – é a proteção a liberdade individual e a inviolabilidade do domicílio Sujeito Ativo – é qualquer pessoa Sujeito Passivo – é a pessoa que tem no momento o direito sobre a casa Tipo Objetivo O conceito de casa Qualquer compartimento habitado Habilitação coletiva Compartimento não aberto ao público, onde é exercida a profissão. DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 23. Furto (155) Conceito – é a subtração de coisa alheia móvel com o fim de assenhoramento definitivo O ânimo de furtar é o animus furandi A coisa deve ser alheia, não pode ser própria art. 346 (também não pode ser de ninguém, nem abandonada) O bem deve ser móvel O furto de gado é denominado abigeato O furto de empregada domésticaé denominado famulato O furto de uso não é considerado crime (rápido, passageiro e sem a ciência do proprietário) O furto famélico não é crime (é estado de necessidade) Objeto Jurídico – é a proteção a propriedade, posse ou detenção. Sujeito Ativo – é qualquer pessoa, menos o proprietário. Sujeito Passivo – é o proprietário, possuidor ou detentor. Espécies furto simples art. 155, caput furto no repouso noturno (é o furto que acontece durante o repouso noturno) Requisitos: * casa habitada * pessoas repousando pena aumentada de 1/3 furto privilegiado – é o furto realizado por agente primário e sendo a coisa de pequeno valor Requisitos: * agente primário (reincidente é aquele que comete um crime após a condenação definitiva, num período de 5 anos) * coisa de pequeno valor Divergência: * coisa em valor até um salário mínimo (majoritária) * festivo prejuízo da vítima OBS: furto de bagatela é causa de descriminalização (princípio da insignificância ou bagatela) furto de energia – é o furto de energia elétrica ou semelhante furto qualificado com rompimento ou destruição de obstáculo de proteção a coisa (arrombamento) * não pode haver violência contra a própria coisa (quebra de vidro do carro p/ furta-lo não é qualificado) com abuso de confiança * a vítima deve ter uma especial relação com o agente * não basta mera relação de emprego mediante fraude * é o artificio p/ iludir a vigilância da vítima mediante escalada * é a entrada por meio anormal (janela) destreza * é o artificio sutil que a vitima não percebe * a trombada é roubo com emprego de chave falsa * é qualquer instrumento com ou sem forma de chave utilizado p/ abrir * a chave verdadeira não qualifica mediante concurso de duas ou mais pessoas * Divergência - as pessoas devem estar presente no local - não necessitam estar presentes furto qualificado de veículo automotor Requisitos: * veículo automotor * que venha ser transportado p/ outro Estado ou País 24. Roubo (157) a) Conceito – é a subtração de coisa alheia móvel mediante violência ou grave ameaça Roubo próprio é a utilização da violência antes da subtração Roubo impróprio é a utilização da violência após a subtração O roubo de uso é crime b) Objeto Jurídico – é a proteção do patrimônio, incolumidade física, a liberdade c) Sujeito Ativo – é qualquer pessoa exceto o proprietário Sujeito Passivo – é o proprietário, possuidor ou detentor Espécies roubo simples art. 157, caput roubo qualificado se a violência é exercida com emprego de arma * é a arma de fogo * a arma descarregada não qualifica (majoritária) * a arma de brinquedo não qualifica * a simulação é roubo simples mediante concurso de duas ou mais pessoas * Divergência: - pessoas devem estar no local - não necessitam estar no local se a vítima esta em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstâncias * a vítima deve estar em serviço (motoboy) * o agente deve saber de circunstância subtração de veículo automotor que venha ser transportado para outro Estado ou País se o agente mantém a vítima em seu poder restringindo a liberdade * é o chamado “seqüestro relâmpago” 3- roubo qualificado pela lesão grave é o roubo que resulta lesão grave (dolosa ou culposa) 4- roubo qualificado pela morte (latrocínio) pode ser doloso ou culposo é crime hediondo quadro latrocínio morte consumada + subtração consumada = latrocínio consumado morte tentada + subtração tentada = latrocínio tentado morte tentada + subtração consumada = latrocínio tentado morte consumada + subtração tentada = latrocínio consumado. OBS: o latrocínio sempre segue a morte (consumado), se não houver morte (tentado) 25. Extorsão (158) a) Conceito – constranger alguém mediante violência ou grave ameaça, com o intuito de obter indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer algo. É a chantagem Na extorsão o ato da vítima é indispensável, no roubo é dispensável A vantagem deve ter valor econômico b) Objeto Jurídico – é o patrimônio, a incolumidade física c) Sujeito Ativo e Passivo – é qualquer pessoa d) Espécies Extorsão simples art. 158, caput Extorsão qualificada com emprego de arma com o concurso de duas ou mais pessoas Extorsão qualificada pela lesão grave é a extorsão que resulta lesão grave * dolosa ou culposa 4. Extorsão qualificada pela morte é a extorsão que resulta morte * dolosa ou culposa * é crime hediondo 26. Extorsão mediante seqüestro (159) Conceito – é a privação da liberdade de alguém, com intuito de receber indevida vantagem, como preço ou condição do resgate Prevalecer o entendimento que a vantagem deve ser econômica É um crime permanente É crime formal, ocorre a consumação com a privação da liberdade, o resgate é mero exaurimento É crime hediondo em todas as suas formas Objeto Jurídico – é a proteção ao patrimônio, a liberdade, a incolumidade física Sujeito Ativo e Passivo – é qualquer pessoa Espécies extorsão mediante seqüestro simples - art. 159, caput extorsão mediante seqüestro qualificada se o seqüestro dura mais de 24h * contadas a partir da provação da liberdade se o seqüestro é contra pessoa menor de 18 anos ou maior de 60 anos se o crime é cometido por bando ou quadrilha (a partir de 4 pessoas) extorsão mediante seqüestro qualificada pela lesão grave é a extorsão mediante seqüestro que resulte lesão grave * dolosa ou culposa extorsão mediante seqüestro qualificada pela morte é a extorsão mediante seqüestro que resulta morte * dolosa ou culposa Delação Premiada (ou eficaz) Requisitos: * seqüestro cometido em concurso * houver facilitado a libertação da vítima - redução da pena de 1/3 a 2/3 27. Usurpação (161) Conceito – é alterar ou suprimir linha divisória, com a finalidade de apossar-se de imóvel alheio Objeto Jurídico – é a proteção ao patrimônio Sujeito Ativo Divergência: * somente o proprietário * qualquer pessoa Sujeito Passivo – é o proprietário ou o possuidor Elemento subjetivo – é o dolo 28. Dano (163) Conceito – destruir, inutilizar, ou deteriorar coisa alheia A coisa deve ser alheia, não pode ser própria A coisa pode ser móvel ou imóvel Pichar muro é crime previsto na lei 9605/98 Objeto Jurídico – é a proteção ao patrimônio Sujeito Ativo – é qualquer pessoa, exceto o proprietário Sujeito Passivo – é o proprietário ou possuidor Elemento Subjetivo – é o dolo Não existe dano culposo Espécies dano simples, art. 163, caput dano qualificado com violência ou grave ameaça a pessoa * responde pelo dano e o outro crime * se é utilizada substância inflamável ou explosivo contra o patrimônio da União, Estado ou Município * não envolve o Distrito Federal por motivo egoístico ou com prejuízo considerável Subsidiariedade - se o dano é utilizado p/ cometer outro crime é absorvido Ação Penal Ação Penal Privada Dano simples Dano qualificado pelo motivo egoístico ou com prejuízo considerável Ação penal Pública Dano qualificado (exceto a hipótese do motivo egoístico ou com prejuízo considerável) 29. Apropriação indébita (168) Conceito – Apropriar-se de coisa móvel alheia de quem tem a posse ou detenção O agente passa a agir como se fosse dono Existe a negativa restituição A coisa não pode ser fungível O empréstimo de dinheiro, sem a devolução, não é apropriação indébita Objeto Jurídico – é a proteção ao patrimônio Sujeito Ativo – é qualquer pessoa Sujeito Passivo – é o proprietário ou possuidor Espécies apropriação indébita simples, art. 168, caput apropriação indébita privilegiada se o agente é primário e a coisa de pequeno valor Causas de Aumento de Pena em depósito necessário é o depósito miserável (em razão de incêndio, inundação, calamidade) na condição de tutor, curador, síndico, liqüidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial em razão de oficio, emprego, ou profissão aumento de 1/3 30. Apropriação Indébita Previdênciaria (168-A) Conceito – é deixar de repassar a previdência social, as contribuiçõesrecolhidas, na forma e prazo legal ou convencional. A conduta p/ ser típica deve ser recolhida e não repassada Introduzido pela lei 9983/2000 Objeto Jurídico – é a proteção ao patrimônio Sujeito Ativo – é crime próprio, somente a pessoa que tem o poder de recolher. Sujeito Passivo – é a Previdência Social Causa de Extinção de Punibilidade Se o agente declara e efetiva o pagamento das contribuições antes do início da execução fiscal haverá extinção da punibilidade do crime Perdão Judicial ou aplicação somente de multa Sendo o agente primário e de bons antecedentes se o agente após o início da execução fiscal e antes do oferecimento da denúncia realiza o pagamento das contribuições se o valor das contribuições e demais acessórios não atingirem o valor mínimo para ajuizamento da execução fiscal o valor mínimo atual é de R$ 5.000.00 Ação Penal – é pública incondicionada Competência – é da JF 31. Estelionato (171) Conceito – obter indevida vantagem econômica, induzindo ou mantendo outrem em erro, utilizando artifício ardil ou qualquer meio fraudulento. é o chamado golpe. Prevalece o entendimento que a vantagem deve ser econômica. Objeto Jurídico – é a proteção ao patrimônio. Sujeito Ativo e Passivo – é qualquer pessoa. Espécies disposição de coisa alheia como própria. quem vende, troca, loca, dá em pagamento ou garantia coisa alheia como própria. alienação ou onerarão fraudulenta de coisa própria. quem vende, troca, dá em pagamento ou garantia coisa própria inalienável ou gravada de ônus, ou imóvel que prometeu vender em prestação, silenciando sobre tal circunstâncias. defraudação de penhor. quem vende coisa que está em garantia do penhor. fraude na entrega de coisa quem modifica qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar fraude no recebimento de seguro quem destroí ou inutiliza coisa própria ou agrava condição de saúde com o fim de obter pagamento de seguro fraude no pagamento por meio de cheque é a emissão dolosa de cheque sem fundos estelionato privilegiado se a coisa é de pequeno valor e o agente é primário * a pena pode ser diminuída de 1/3 a 2/3 estelionato qualificado se o estelionato é cometido em detrimento * de entidade de direito público * de entidade de assistência social ou beneficência * de instituto de economia popular 32. Receptação (180) Conceito – Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar coisa que sabe ser produto de crime ou influir para que terceiro de boa fé adquira, receba ou oculte. O bem é proveniente de crime. Objeto Jurídico – é a proteção ao patrimônio Sujeito Ativo – é qualquer pessoa, exceto o autor, co-autor ou participe do crime anterior. Sujeito Passivo – é a vítima do crime anterior Espécies receptação simples, art. 180, caput receptação qualificada no exercício de atividade comercial ou industrial * equipara-se a atividade comercial qualquer comércio clandestino mesmo exercido em residência se é bem da União, Estado ou Município Receptação culposa Natureza do bem Desproporção entre o valor e o preço Pela condição de quem oferece OBS: o juiz na receptação culposa sendo agente primário pode deixar de aplicar a pena (Perdão Judicial) 4. receptação privilegiada Sendo o agente primário e a coisa de pequeno valor OBS: a receptação é punível mesmo desconhecido o autor do crime anterior 33. Disposições Gerais dos Crimes contra Honra Imunidades penais – absoluta * cônjugue * ascendente ou descendente - relativa * cônjugue, separado judicialmente * irmão * tio ou sobrinho Imunidade absoluta – é isento de pena o agente que comete crime contra o patrimônio em prejuízo de: cônjuge ascendente ou descendente seja civil ou natural Imunidade Relativa – somente se procede mediante representação o crime contra o patrimônio cometido em prejuízo de: cônjuge, separado judicialmente irmão civil ou natural tio ou sobrinho com quem coabita Não se aplicam as imunidades penais nos seguintes casos: Art. 183 crimes contra o patrimônio cometido com violência ou grave ameaça ex.: roubo, extorsão, extorsão mediante seqüestro terceiro que participa do crime sendo a vítima com idade igual ou superior a 60 anos (introduzido pelo estatuto do idoso) DOS CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 34. Atentado contra a liberdade de trabalho (197) Conceito – Constranger alguém mediante violência ou grave ameaça a exercer ou não exercer, arte, oficio ou profissão, abrir ou fechar local de trabalho ou participar de greve Objeto Jurídico – é a liberdade de exercício do trabalho Sujeito Ativo – é qualquer pessoa Sujeito Passivo – é a pessoa que sofreu o constrangimento ou a violência Concurso de crimes - O agente responde por este crime, e por lesão corporal, se provocou Competência (STJ) envolvimento de direito coletivo – JF envolvimento de direito individual – JE Ação Penal – pública incondicionada 35. Atentado contra a liberdade de celebração de contrato de trabalho ou Boicotagem Violenta (198) Conceito – Constranger alguém mediante violência ou grave ameaça a celebrar contrato de trabalho, ou impedir de fornecer ou adquirir produto Se há o constrangimento ou a violência p/ não celebrar contrato de trabalho, existe crime? * constrangimento ilegal (146) Objeto Jurídico – é a proteção a liberdade de trabalho Sujeito Ativo – é qualquer pessoa Sujeito Passivo – é a pessoa que sofre o constrangimento ou grave ameaça Concurso de crimes – o agente responde por este crime e por lesão corporal, se provocou Competência (STJ) envolvendo direito coletivo – JF envolvendo direito individual – JE Ação Penal – pública incondicionada 36. Atentado contra a liberdade de Associação (199) Conceito – Constranger alguém mediante violência ou grave ameaça a participar ou deixar de participar do sindicato ou de associação profissional Objeto Jurídico – é a proteção a liberdade de associação Sujeito Ativo – é qualquer pessoa Não é necessário esta filiado ao sindicato. Sujeito Passivo – é a pessoa que sofre a violência ou grave ameaça para participar ou deixar de participar do sindicato. Concurso de crimes – além deste crime responde pela lesão corporal, se provocar. Competência (STJ) envolvimento direito coletivo – JF envolvimento direito individual – JE Ação Penal – pública incondicionada 37. Paralisação de Trabalho, seguida de Violência ou Perturbação da ordem (200) Conceito – Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho, mediante violência a pessoa ou a coisa. A violência pode ser contra a coisa ou a pessoa Objeto Jurídico – é a proteção a liberdade de trabalho Sujeito Ativo empregado – suspensão empregado – abandono no mínimo 3 Sujeito Passivo – é a pessoa física ou jurídica Concurso de crimes – além de responder por este crime, se provocar lesão corporal responderá pelo art. 129 Competência (STJ) envolvimento direito coletivo – JF envolvimento direito individual – JE Ação Penal – pública incondicionada 38. Invasão de estabelecimento. Sabotagem (202) Conceito conceito invasão – Invadir ou ocupar estabelecimento com o fim de perturbar ou embaraçar o curso normal do trabalho conceito sabotagem – É danificar os bens do estabelecimento Objeto Jurídico – é a proteção a liberdade do trabalho Sujeito Ativo – é qualquer pessoa, empregado ou não Sujeito Passivo – é o proprietário do estabelecimento comercial agrícola ou industrial Consumação – é crime formal. é consumado com a invasão, sem necessidade de embaraçar realmente é crime permanente Competência (STJ) envolvimento direito coletivo – JF envolvimento direito individual – JE Ação Penal – pública incondicionada 39. Frustração de Direito Assegurado por Lei Trabalhista (203) Conceito – Frustrar mediante fraude ou violência a direito assegurado pela lei trabalhista Objeto Jurídico – é a proteção a legislação trabalhista Sujeito Ativo – é qualquer pessoa Sujeito Passivo imediato – o empregado mediato – o Estado Tipos assemelhados (lei 9777/98) quem coagealguém a comprar mercadoria de determinado estabelecimento quem impede alguém mediante coação a não se desligar do trabalho, com retenção de documentos Causa de Aumento de Pena – se o crime é cometido contra: Menor de 18 anos Pessoa idosa Gestante Indígena Portador de deficiência mental ou física aumento de 1/6 a 1/3 g) Competência (STJ) envolvimento direito coletivo – JF envolvimento direito individual – JE Ação Penal – pública incondicionada 40. Frustração de lei sobre a Nacionalização do Trabalho (204) Conceito – Frustrar mediante fraude ou violência, obrigação legal relativa a nacionalização do trabalho é a norma penal em branco Objeto Jurídico – é a proteção ao exercício do trabalho pelos brasileiros Sujeito Ativo – é qualquer pessoa Sujeito Passivo – é o Estado 41. Exercício de Atividade com Infringência de Decisão Administrativa (205) Conceito – Exercer atividade de que está impedido por decisão administrativa. A pessoa tem formação, mas não está autorizada a exercer a profissão (ex.: OAB, CREMEB) é um crime habitual A infringência é de decisão administrativa (comete o crime do art. 359) Objeto Jurídico – é a proteção ao exercício regular da profissão Sujeito Ativo – é crime próprio, somente a pessoa que esta impedida de exercer a profissão Sujeito Passivo – é o Estado 42. Aliciamento p/ fim de Emigração (206) Conceito – recrutar trabalhadores, mediante fraude com a finalidade de levá-los para território estrangeiro A fraude é o engano, a promessa não cumprida. é crime formal Objeto Jurídico – é a proteção ao exercício regular do trabalho Sujeito Ativo – é qualquer pessoa Sujeito Passivo d1) pessoa enganada d2) Estado 43. Aliciamento de trabalhadores de um local p/ outro do territorio Nacional (207) Conceito – aliciar trabalhadores com o fim de levá-los de uma p/ outra localidade do território nacional Não há cometimento de fraude é o mero aliciamento Objeto Jurídico – é a proteção ao não-êxodo dos trabalhadores Sujeito Ativo – é qualquer pessoa Sujeito Passivo 1. trabalhadores aliciados 2. Estado Tipos equiparados (introduzido pela lei 9777/98) quem alicia trabalhadores de uma para outra localidade no territorio nacional mediante fraude quem cobra p/ fazer o aliciamento dentro do território nacional quem não assegura condição de retorno Causa de Aumento de Pena Aumento de 1/3 a 2/3 sendo pessoa idosa, gestante, menor de 18 anos, indígena ou portadora de deficiência física ou mental. 44. Ultraje a culto e impedimento ou perturbação ( Art 208) a) Conceito: a1)Ultraje a culto - É zombar publicamente de alguém por motivo de fé ou função religiosa . O ato deve ser em público . Pessoa determinada a2)Impedimento ou perturbação - É embaraçar ou paralisar cerimônia religiosa a3)Vilipêndio de imagem religiosa - É menosprezar imagem de culto religioso b) Objeto - É a proteção ao sentimento religioso Sujeito Ativo - É qualquer pessoa Sujeito Passivo d1) Ultraje a culto - É a pessoa que sofre o escarnecimento(Zombar) d2) Impedimento ou Perturbação - São os assistentes e celecbrante d3) Vilipêndio de imagem religiosa - É a coletividade e) Causa de Aumento - Se há emprego de violência, a pena será aumentada de 1/3 f) Concurso de Crimes - Responde pela lesão corporal Ação Penal - É pública incondicionada 45. Impedimento ou Perturbação de Cerimônia Funerária (Art 209) Conceito: ´- É embaraçar ou paralisar cerimônia funerária . Envolve o velório . Cremação, Enterro Objeto Jurídico - É o respeito aos mortos Sujeito Ativo - É qualquer pessoa Sujeito Passivo - É um crime vago . É a coletividade, a família Causa de aumento de pena - Se há emprego de violência, a pena será aumentada de 1/3 Concurso de crimes - Responde também pela lesão corporal se provocada Ação Penal - É pública incondicionada 46. Violação de Sepultura ( Art 210) a) Conceito: - É violar ou profanar sepultura ou urna funerária . Violar é destruir . Profanar é escrever b) Objeto Jurídico - É o respeito ao morto Sujeito Ativo - É qualquer pessoa Sujeito Passivo - É um crime vago . É a coletividade, a família Concurso de Crimes - O furto absorve a violação de sepultura f) Causa de exclusão da ilicitude Art. 163 do CPP, Exumação 47) Destruição, Subtração ou Ocultação do Cadáver (art 211) a) Conceito: - É destruir, subtrair ou ocultar parte ou todo o cadáver. . Não pode ser esqueleto ou cinzas b) Objeto Jurídico - É o respeito aos mortos c) Sujeito Ativo É qualquer pessoa d) Sujeito Passivo - É crime vago ( Família, Coletividade). e) Remoção de órgão - Lei 9434/97 . É causa de excludente de ilicitude f) Concurso de crimes f1) Ocultação e Homicídio . Responde pelos dois crimes f2) Violação e ocultação - A violação é absorvida g) Ação Penal - Penal incondicionada 48) Vilipêndio a Cadáver (Art 212) a) Conceito: - É ultrajar, menosprezar o cadáver. . Pode ser realizado por gestos, palavras ou ato sexual. . Deve ser realizado perante o morto. b) – Objeto Jurídico - É o respeito aos mortos. c) Sujeito Ativo - É qualquer pessoa d) Sujeito Passivo - É crime vago ( Família, Coletividade) e) Concurso de crimes - Violação e vilipêndio . A violação é absorvida f) Ação Penal - É pública incondicionada O ELEMENTO SUBJETIVO – É o dolo, com o animus caluniandi. Não caracteriza calúnia: - O animus Jovandi – É o animus de brincadeira - Animus narrandi – A testemunha que mente sobre um crime comete falso testemunho (art. 342). EXEÇÃO DA VERDADE – É admissível. OBS( É quando se pode provar que o que se disse é verdade. Não poderá acontecer nos seguintes casos: ( Se o crime é de ação penal privada e o acusado não foi definitivamente julgado. OBS( Aqui se protege o direito privativo de ação do ofendido. Se o crime é cometido contra o presidente da República ou chefe de governo estrangeiro. �PAGE � �PAGE �4�
Compartilhar