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AULA 06 COMERCIO EXTERIOR

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AULA 06 – COMERCIO EXTERIOR
OS INCENTIVOS E BARREIRAS AO COMERCIO INTERNACIONAL
Nesta aula, você irá:
1- Entender os conceitos básicos do comércio exterior relacionando as regulamentações públicas e privadas à prática do comércio exterior, bem como a atuação e o funcionamento dos órgãos intervenientes e operadores do comércio exterior brasileiro.
Introdução
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno as práticas administrativas do Comércio Exterior, os incentivos às exportações e as barreiras às importações. 
O pontapé inicial para conhecermos o tratamento administrativo das importações e exportações brasileiras é a uniformização desses procedimentos aplicados aos produtos objetos das compras e vendas internacionais.
Para promover essa padronização, o comércio internacional adotou a classificação fiscal de mercadorias.
A classificação fiscal de mercadorias e sua evolução histórica
No ano de 1913, em Bruxelas, houve a 2ª.Conferência Internacional sobre estatística, onde estiveram 29 participantes. Como resultado dessa conferência, as mercadorias foram divididas em 5 grupos:
Animais vivos, alimentos e bebidas, matéria prima, produtos manufaturados, ouro e prata.
Todavia, foram catalogados apenas 186 itens que passaram a ser utilizados com finalidade estatística e aduaneira.
Regras gerais para a interpretação do sistema harmonizado
A classificação das mercadorias na Nomenclatura rege-se pelas seguintes Regras:
Os títulos das Seções, Capítulos e Subcapítulos têm apenas valor indicativo. Para os efeitos legais, a classificação é determinada pelos textos das posições e das Notas de Seção e de Capítulo, e, desde que não sejam contrárias aos textos das referidas posições e Notas, pelas Regras seguintes.
2.a) Qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange esse artigo, mesmo incompleto ou inacabado, desde que apresentem, no estado em que se encontram, as características essenciais do artigo completo ou acabado. Abrange  igualmente o artigo completo ou acabado, ou como tal considerado nos termos das disposições precedentes, mesmo que se apresente desmontado ou por montar. 
3. Quando parecer que a mercadoria pode classificar-se em duas ou mais posições por aplicação da Regra 2.b) ou por qualquer outra razão, a classificação deve efetuar-se da forma seguinte:
a) A posição mais específica prevalece sobre as mais genéricas. Todavia, quando duas ou mais posições se referirem, cada uma delas, a apenas uma parte das matérias constitutivas de um produto misturado ou de um artigo composto, ou a apenas um dos componentes de sortidos acondicionados para venda a retalho, tais posições devem considerar-se, em relação a esses produtos ou artigos, como igualmente específicas, ainda que uma delas apresente uma descrição mais precisa ou completa da mercadoria.
b) Os produtos misturados, as obras compostas de matérias diferentes, ou constituídas pela reunião de artigos diferentes, e as mercadorias apresentadas em sortidos acondicionados para venda a retalho, cuja classificação não se possa efetuar pela aplicação da Regra 3.a), todos se classificam pela matéria ou artigo que lhes confira a característica essencial, quando for possível realizar esta determinação.
c) Nos casos em que as Regras 3.a) e 3.b) não permitam efetuar a classificação, a mercadoria classifica-se na posição situada em último lugar na ordem numérica, dentre as suscetíveis de validamente serem tomadas em consideração. A frase está correta?
4. As mercadorias que não possam ser classificadas por aplicação das Regras acima enunciadas classificam-se na posição correspondente aos artigos mais semelhantes.
5. Além das disposições precedentes, as mercadorias abaixo mencionadas estão sujeitas às regras seguintes:
Os estojos para aparelhos fotográficos, para instrumentos musicais, para armas, para instrumentos de desenho, para joias e receptáculos semelhantes, especialmente fabricados para conterem um artigo determinado ou um sortido, e suscetíveis de um uso prolongado, quando apresentados com os artigos a que se destinam, classificam-se com estes últimos, desde que sejam do tipo normalmente vendido com tais artigos. Esta Regra, todavia, não diz respeito aos receptáculos que confiram ao conjunto a sua característica essencial.
b) Sem prejuízo do disposto na Regra 5.a), as embalagens contendo mercadorias classificam-se com estas últimas quando são do tipo normalmente utilizado para o seu acondicionamento. Todavia, esta disposição não é obrigatória quando as embalagens são claramente suscetíveis de utilização repetida.
6. A classificação de mercadorias nas subposições de uma mesma posição é determinada, para efeitos legais, pelos textos dessas subposições e das Notas de Subposição respectivas, assim como, "mutatis mutandis", pelas Regras precedentes, entendendo-se que apenas são comparáveis subposições do mesmo nível. Para os fins da presente Regra, as Notas de Seção e de Capítulo são também aplicáveis, salvo disposições em contrário.
Nomenclaturas
Nomenclatura Brasileira de Mercadorias – NBM
Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM
Nomenclatura da Associação Latino Americana de Integração – NALADI
Barreiras comerciais; aduaneiras e não aduaneiras e suas modalidades
As barreiras comerciais são dificuldades que os Estados instituem nas operações de COMEX.
Essas barreiras são divididas em duas categorias: Aduaneiras e Não Aduaneiras, como vemos a seguir:
1ª.) Direitos Aduaneiros ou barreira tarifária - A barreira tarifária aparece quando a mercadoria tem que pagar para entrar em outro país. Ex.: Imposto de Importação.          
2ª.) Direitos Compensatórios - Utilizados quando existe uma prática desleal de comércio internacional na qual esses direitos neutralizam um excesso de subsídio concedido pelo governo à mercadoria importada.
3ª.) Direitos Anti-Dumping - São utilizados quando ocorre prática desleal de comércio internacional na qual a mercadoria é exportada com preço mais baixo que o custo de sua fabricação.
4ª.) Impostos niveladores de fronteiras - Utilizados para equilibrar o preço de mercadorias em circulação entre cidades fronteiriças. OBS.: O Brasil não adota esse mecanismo.
5ª.) Depósitos Prévios às Importações - Utilizados pelo Brasil em 1962, 1963 e de 1974 a 1979 (período restritivo às importações). Tratava-se de um depósito compulsório à razão de 100% do valor FOB/FCA que a CACEX exigia para a emissão da guia de importação (GI), ficando essa quantia depositada no BECEN por um período de 12 meses, quando era, então, devolvido ao importador sem juros ou correção monetária.
6ª.) Valor Aduaneiro - Foi estabelecido pelo GATT em 1986, através do Acordo de Valoração Aduaneira, que estabeleceu 6 métodos para o cálculo do valor real que uma mercadoria tem quando entra no território aduaneiro de um país. Nem sempre o valor da fatura comercial representa o real valor aduaneiro, e a parametrização em canal cinza expressa a dúvida do fisco. Abaixo, os 6 métodos de valoração aduaneira:
Valor da negociação mercantil propriamente dito (expresso na fatura comercial).
Mercadoria idêntica (valor comparativo a outra mercadoria igual).
Valor similar (valor comparativo de mercadoria similar).
Outros valores a serem deduzidos.
Outros valores a serem acrescentados.
 Métodos condizentes com o acordo e com os dados do país importador, tendo em vista outro despacho aduaneiro no país.
7ª.) Classificação Fiscal - Terá impacto de tributação seletiva sobre a mercadoria, de acordo com os critérios de classificação do país.
8ª.) Certificação de Origem - É estabelecida por tratados de acordos comerciais internacionais para comprovar a origem da mercadoria dentro das condições exigidas. É um formulário oficial emitido por entidades certificadoras devidamente credenciadas pelos tratados. É um documento exigido na alfândega para sustentar o desconto na alíquota do Imposto de Importação. Esse desconto chama-se Preferência Percentual e será registrado na D.I. Ex.: Alíquota do II (20%), Preferência Percentual (70%); logo, o IIde 20 % será reduzido preferencialmente de 14% (70% de 20), ficando a nova alíquota residual do II = 6% (20%-14%).
9ª.) Vistos Consulares - São exigências entre alguns países que os documentos que amparam uma exportação tenham a chancela do seu consulado no país exportador com a devida assinatura do cônsul ou de funcionário competente.     
Barreiras comerciais; aduaneiras e não aduaneiras e suas modalidades
1ª.) Licenciamento ou guias exigidas administrativamente por uma mercadoria estrangeira ao entrar no país.
2ª.) Quotas ou contingenciamentos - Estabelecem quantitativos de mercadorias (restrição limitada ao volume comercializado).
3ª.) Controle de câmbio - O BACEN controla o câmbio no Brasil e autoriza a operar com câmbio as agências de turismo, agências de câmbio, agências de bancos e entidades de financiamento ou investimento.
4ª.) Preços máximos e mínimos estipulados pelo DECEX, que identifica se as mercadorias importadas têm o mesmo preço.
5ª.) Compras reguladoras (niveladoras) para o estoque governamental.
6ª.) Monopólios - Importação por parte do governo, proibida para pessoas jurídicas. Exemplo: importação de armas de uso exclusivo das forças armadas.
7ª.) Os normativos de COMEX - Resoluções, portarias ou circulares dos órgãos que são autorizativos do COMEX. Atos legais que disciplinam e ditam as regras do COMEX, orientados pelo MDIC.
8ª.) Anuências prévias ou autorizações específicas da competência de órgãos anuentes do governo, de acordo com a espécie da mercadoria importada. Exemplo: ANVISA, IBAMA, INMETRO, entre outros.
9ª.) Medidas de proteção à produção e à exportação.
10ª.) Certificações diversas - Sanitárias, fitossanitárias, de qualidade, safra, laudos técnicos, entre outros.
11ª.) Medidas adotadas pelos EUA para evitar ações terroristas.
Incentivos fiscais à exportação
Uma das questões fundamentais das transações comerciais internacionais é quem tributa as operações de exportação de mercadorias: o país vendedor ou o comprador?
Alguns países adotam o princípio da tributação no destino, em que a incidência dos tributos ocorre no país onde serão consumidas as mercadorias. Dessa forma, a exportação é isenta dos tributos internos. Outros adotam o princípio da tributação na origem das mercadorias. As exportações são tratadas como qualquer transação interna, sofrendo a incidência dos tributos. 
No Brasil, é adotado o princípio da tributação no país de destino, pelo que as exportações de mercadorias não sofrem a incidência de impostos, respeitados os princípios internacionais.
Imposto de exportação – regulamento aduaneiro
Da incidência: O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior (Decreto-lei no 1.578, de 11 de outubro de 1977, art. 1o). 
§ 1o Considera-se nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a título definitivo. 
§ 2o A Câmara de Comércio Exterior, observada a legislação específica, relacionará as mercadorias sujeitas ao imposto (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 1o, § 3o, com a redação dada pela Lei no 9.716, de 26 de novembro de 1998, art. 1o).
Produtos alcançados pelo imposto: 
Armas e munições.
Castanha de caju com casca.
Couro.
Cigarros  e fumo. 
Cilindros para filtros.
Do Fato gerador: O imposto de exportação tem como fato gerador a saída da mercadoria do território aduaneiro (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 1o). 
Parágrafo único. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro de exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 1o, § 1o).
Da base de cálculo e do cálculo: A base de cálculo do imposto é o preço normal que a mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pela Câmara de Comércio Exterior (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 2o, com a redação dada pela Medida Provisória no 2.158-35, de 2001, art. 51).
O imposto será calculado pela aplicação da alíquota de trinta por cento sobre a base de cálculo (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 3o, com a redação dada pela Lei no 9.716, de 1998, art. 1o).
Do pagamento e do contribuinte: O pagamento do imposto será realizado na forma e no prazo fixados pelo Ministro de Estado da Fazenda, que poderá determinar sua exigibilidade antes da efetiva saída do território aduaneiro da mercadoria a ser exportada (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 4o).
É contribuinte do imposto o exportador, assim considerada qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do território aduaneiro (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 5o).
Aula 06: Os incentivos e barreiras ao comércio internacional
Nesta aula, você:
Conheceu as etapas administrativas, incentivos e barreiras que poderão esbarrar nos procedimentos de importação e exportação no brasil. 
Na próxima aula, você estudará sobre os assuntos seguintes:
As condições de vendas internacionais.
Os INCOTERMS – 2010.
As fronteiras das responsabilidades assumidas por importadores e exportadores.

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