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FASE IMANENTISTA (CLÁSSICA, CIVILISTA OU SINCRÉTICA) A ação era imanente ao próprio direito material, que não possuía vida própria. Vínculo entre ação de direito material e ação de direito processual. Não há direito sem ação. Não há ação sem direito. A ação segue a natureza do direito. Afirmações revolucionárias: A ação não é instituto de direito material, mas processual. Não se dirige ao adversário, mas ao juiz. Não tem por objeto o bem litigioso, mas a prestação jurisdicional. FASE CIENTÍFICA Em 1868 Oskar von Bülow: A Teoria das Exceções Processuais e os Pressupostos Processuais. Desenvolvimento da teoria do processo como relação jurídica. Autonomia da relação jurídica processual que se distingue da de direito substancial pelos seus sujeitos, seus pressupostos, seu objeto. Autonomia não só da ação, mas dela e dos demais institutos processuais. Conceitos essenciais que compõem a ciência processual. GRANDES PROCESSUALISTAS Giuseppe Chiovenda (Itália) Francesco Carnelutti Piero Calamandrei Enrico Tullio Liebman Adolf Wach (Alemanha) Leo Rosenberg James Goldschmidt Jaime Guasp (Espanha) Alfedo Buzaid (Brasil) Lopes da Costa Moacyr Amaral Santos FASE INSTRUMENTALISTA Meios de melhorar o exercício da prestação jurisdicional. Tutela jurisdicional adequada e efetiva. “a construção de um sistema jurídico-processual apto a conduzir aos resultados práticos desejados.” (CRDinamarco, p. 23). Autores renomados: Mauro Cappelletti José Carlos Barbosa Moreira Cândido Rangel Dinamarco AUTONOMIA Liebman José Frederico Marques Moacyr Amaral Santos Dinamarco SINCRETISMO Eduardo Couture Gabriel de Rezende Filho: “a execução constitui realmente o epílogo da ação condenatória, formando ambas momentos ou fases de uma só ação.” (Curso de Direito Processual Civil, Vol. 3, p.169) Humberto Theodoro Júnior: “Nossa proposição é a de que o bom senso não exige a manutenção da atual dualidade de relações processuais (conhecimento e execução) quando a pretensão contestada é daquelas que, deduzidas em juízo, reclamam um provimento jurisdicional condenatório.” (A execução de sentença e a garantia do devido processo legal, p. 193-194). SENTENÇA: conceito e classificação Ato jurisdicional magno. Conceito: Classificação: Sentença terminativa (processual) Sentença de mérito (definitiva). Lei 11.232/05: alterações de alguns artigos e modificação da posição topográfica. Sentença definitiva: é o ato de resolução final do mérito da causa. Resoluções parciais ou provisórias de mérito devem ser consideradas decisões interlocutórias. Sentença definitiva: é aquela capaz de encerrar uma fase do processo (fase de conhecimento ou fase de execução). MÓDULOS PROCESSUAIS Processo misto ou sincrético: Módulos processuais: mecanismos processuais destinados à obtenção da declaração da existência do direito ou de sua atuação prática. Justaposição sucessiva de duas fases: uma de conhecimento, outra de execução. Dois tipos de módulo processual: Módulo processual de conhecimento: Processo de conhecimento (meramente declaratório ou constitutivo) Fase de conhecimento em processo misto ou sincrético. Módulo processual de execução: Processo de execução Fase executivo em processo misto ou sincrético. CLASSIFICAÇÃO DA SENTENÇA DE MÉRITO Classificação ternária: Meramente declaratória Condenatória Constitutiva Classificação quinária: Mandamental Executiva “lato sensu” SENTENÇA MERAMENTE DECLARATÓRIA É a que contém o acertamento da existência ou inexistência de uma relação jurídica ou da autenticidade ou falsidade de um documento. “Toda sentença de mérito é declaratória. Algumas, porém, o são meramente, ou seja, são sentenças que apenas declaram.” (AFC, p. 29). Sentenças de improcedência: são meramente declaratórias. SENTENÇA CONSTITUTIVA Possui dois momentos lógicos: um declaratório e outro constitutivo (contém um ato judicial que determina a criação, modificação ou extinção de uma relação jurídica). Tutela jurisdicional plena: a sentença constitutiva e a sentença meramente declaratória são autossuficientes, capazes de satisfazer integralmente a pretensão manifestada pelo demandante. SENTENÇA CONDENATÓRIA Tutela jurisdicional limitada: a satisfação do direito material dependerá de atividades posteriores, do devedor ou do Estado. Meios executivos: Meios de subrrogação Meios de coerção (astreinte, prisão civil) Execução stricto sensu: atividade jurisdicional de subrrogação da atividade do devedor destinada a produzir resultado prático equivalente ao do adimplemento da obrigação. Sentença mandamental: se caracteriza por uma ordem, um mandamento dirigido ao réu para que pratique ou deixe de praticar algum ato jurídico (interdito proibitório e mandado de segurança). Sentença executiva lato sensu: aquelas cuja execução se daria no mesmo processo em que proferidas. Sentença executiva: determinava sua própria execução. Sentença condenatória: aquela que servia de título para instauração de outro processo, o executivo, autônomo em relação ao processo de conhecimento que a produzira. As sentenças devem ser classificadas pelo seu conteúdo, e não pelos efeitos que produzem. Deve prevalecer a classificação tríplice das sentenças definitivas. Sentença condenatória contém dois momentos lógicos: o acertamento da existência de uma obrigação (declaratório); o ato judicial que impõe ao demandado o cumprimento de um dever jurídico (propriamente condenatório: dar, fazer ou não fazer). Sentença condenatória executiva: cuja efetivação pode se dar através do emprego de meios de subrrogação. Sentença condenatória mandamental: cuja efetivação se dá exclusivamente através do emprego de meios de coerção. CLASSIFICAÇÃO DAS SENTENÇAS DEFINTIVAS POR SEU CONTEÚDO Meramente declaratórias Constitutivas Condenatórias Condenatória executiva (efetivação por meios de subrrogação) Condenatória mandamental (efetivação por meio de coerção).
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