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Respostas do Questionário 06

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RESPOSTAS	AO	QUESTIONÁRIO	06	
*INDICADORES	DA	VIGILÂNCIA	AMBIENTAL	EM	SAÚDE*	
	
ENGENHARIA	CIVIL	–	DEPEC	
GESTÃO	SANITÁRIA	DE	AMBIENTE	
PROFESSORA:	ALINE	MONTEIRO	
ALUNO:	DANILLO	SALIM	JACURÚ	
	
1.	Faça	um	“artigo”	que	contenha	a	seguinte	estrutura:		
	
a.	Introdução:		
i.	Objetivo:	Conhecer	e	propor	os	indicadores	para	a	vigilância	ambiental	em	
saúde	–	fatores	biológicos:	vetores:	mosquito	da	dengue		
ii.	Justificativa:	Por	que	é	importante	o	uso	de	indicadores	para	a	doença	dengue?	
Por	que	é	importante	para	a	vigilância	ambiental	em	saúde	o	uso	de	indicadores?	
	
b.	Desenvolvimento:		
i.	Conceitos	de	indicadores,	com	base	na	literatura	fornecida	pela	professora.		
ii.	Critérios	de	escolha	de	indicadores,	com	base	na	literatura	fornecida	pela	
professora.		
iii.	Histórico	relacionado	aos	indicadores,	com	base	na	literatura	fornecida	pela	
professora.		
iv.	Apresentação	e	descrição	da	metodologia	utilizada	para	a	aplicação	dos	
indicadores,	com	base	na	literatura	fornecida	pela	professora.		
v.	Proposição	de	indicadores	para	a	vigilância	ambiental	em	saúde	–	fatores	
biológicos:	vetores:	mosquito	da	dengue,	com	base	na	literatura	fornecida	pela	
professora	(mais	especificamente	o	material	“Manual	de	Procedimentos	de	vigilância	
em	saúde	ambiental	relacionada	à	qualidade	da	água	para	consumo	humano	–	capítulo	
6.	Indicadores	e	sistemas	...	consumo	humano”.		
	
c.	Conclusão		
i.	Revisão	“rápida”	de	tudo	que	foi	tratado.		
ii.	Expectativa	futura	do	uso	de	indicadores	para	a	dengue	e	para	outras	doenças.		
1. INTRODUÇÃO	
	
Na	 década	 de	 1990,	 a	 Organização	 Mundial	 da	 Saúde	 –	 OMS	 e	 a	 Organização	 Pan-
Americana	da	 Saúde	–	Opas	 começaram	a	 elaborar	metodologias	para	definir	 indicadores	de	 saúde	
ambiental.	Os	indicadores	já	existentes	eram	aplicáveis	ao	meio	ambiente,	porém	não	aos	aspectos	de	
saúde,	pois	careciam	da	exposição	a	fatores	ambientais	e	seus	impactos	sobre	a	saúde.		
Conjuntamente,	em	saúde	ambiental,	definiam-se	os	problemas	ambientais	principalmente	
como	 causa	 e	 efeito,	 com	 o	 interesse	 específico	 de	 reduzir	 ou	 eliminar	 a	 exposição,	 e	 controlar	 os	
efeitos	 na	 saúde.	 As	 “causas	 das	 causas”	 nem	 sempre	 eram	 bem	 abordadas	 por	 não	 serem	
consideradas	como	parte	integrante	da	saúde	ambiental.	
Em	 congressos	 internacionais	 desenvolveu-se	 o	 marco	 teórico	 ampliando	 o	 âmbito	 da	
saúde	ambiental	e	conduzindo	à	intersetorialidade.	
	
	
1.1. OBJETIVO	
	
A	 dengue	 é	 uma	 arbovirose	 que	 vem	 preocupando	 as	 autoridades	 sanitárias	 de	 todo	 o	
mundo	 em	 virtude	 de	 sua	 circulação	 nos	 cinco	 continentes	 e	 do	 grande	 potencial	 para	 o	
desenvolvimento	de	 formas	graves	e	 letais	de	doença.	Bilhões	de	pessoas	encontram-se	em	risco	de	
infecção,	 particularmente	 em	 países	 tropicais,	 onde	 a	 umidade	 e	 a	 temperatura	 favorecem	 a	
proliferação	do	mosquito	vetor,	Aedes	aegypti.	Os	indicadores	para	a	vigilância	ambiental	em	saúde	para	a	dengue	podem	ser:	a) Indicadores	 Socioeconômicos:	 instrução,	 renda,	 índice	 de	 pobreza,	 moradia,	demografia	(sexo,	idade,	densidade,	situação	civil	etc.);	b) Indicadores	Cobertura	de	Serviços	–	instalação	sanitária	de	água	e	esgoto,	coleta	de	lixo;	c) Indicadores	Ambientais	e	Operacionais	–	índice	de	infestação	e	criadouros	do	vetor;	d) Indicadores	Meteorológicos	–	índice	pluviométrico,	umidade	relativa	e	temperatura;	e) Indicadores	Temporais	–	ano,	mês	e	estações	climáticas.	
	
	
1.2. JUSTIFICATIVA	
	
Um	dos	grandes	desafios	para	a	Saúde	Ambiental	é	estruturar	sistemas	de	monitoramento	
e	 vigilância	 que	 permitam	 antecipar	 e,	 se	 possível,	 prevenir	 e	 monitorar	 as	 consequências	 das	
mudanças	ambientais	para	a	saúde	humana,	o	que	requer	a	sistemática	coleta	e	análise	de	dados	que	
permitam	construir	indicadores	que	apontem	esta	inter-relação.	
Os	 indicadores	expressam	 a	 conexão	entre	 a	 saúde	e	o	ambiente	 e	de	 forma	 a	 facilitar	 a	interpretação	 dos	 problemas	 para	 uma	 tomada	 de	 decisão	 efetiva.	 Desta	 forma,	 eles	 podem	contribuem	para	aprimorar	o	gerenciamento	e	a	implementação	de	políticas,	pois	é	definido	a	partir	
de	dados	e	estatísticas	e,	logo	após,	transformados	em	informação.	
Os	 indicadores	 servem	 para	 orientar,	 elaborar	 evidências	 para	 o	 diagnóstico	 e	instrumentalizar	o	sistema	de	informação	de	vigilância	ambiental.	
A	determinação	de	indicadores	para	a	doença	dengue	pode	ser	utilizada	como	parâmetro	
de	 avaliação	 da	 efetividade	 das	 atividades	 de	 controle	 desenvolvidas,	 por	 isso	 a	 importância	 em	
desenvolver	esses	indicadores.	
	
	
3. CONCEITUAÇÃO	
	 Indicadores	 são	parâmetros	que	permitem,	quantitativa	ou	qualitativamente,	 ter	 ideia	de	
uma	dada	situação	ambiental	ou	de	saúde.	
Os	 indicadores	 são	 a	 expressão	 do	 modelo	 explicativo	 dos	 problemas	 de	 saúde	 e/ou	
ambientais.	Neste	sentido,	procura-se	desenvolver	a	complexidade	dos	problemas	de	saúde	ambiental	
e	 hierarquização	 dos	 elementos	 dos	 sistemas	 que	 os	 contêm.	 Essa	 proposta	 foi	 incorporada	 pela	
FUNASA,	órgão	 responsável	pela	estruturação	 e	desenvolvimento	do	Sistema	Nacional	de	Vigilância	
Ambiental	 em	 Saúde	 em	 nosso	 País	 (Maciel	 et.	 al.	 1999	 e	 FUNASA,	 2000).	 A	 OMS	 propõe	 uma	
classificação	dos	indicadores	segundo	sua	inserção	na	estrutura	do	sistema.	Desta	forma	eles	podem	
ser	indicadores	de	força	motriz,	pressão,	situação,	exposição,	efeito	e	ações.	
O	 modelo	 proposto	 pela	 OMS	 ajuda	 a	 organizar	 a	 vigilância	 dos	 problemas	 de	 saúde	
ambiental.	 É	 importante	 ter	 em	 conta	 que	 a	 identificação	 dos	 problemas	 passa	 por	 uma	 série	 de	
considerações.	 Esse	 modelo	 deverá	 ocorrer	 em	 todas	 as	 instâncias,	 da	 local	 à	 nacional,	 de	 forma	
articulada,	considerando	a	autonomia	de	cada	instância	e	entendendo	o	processo	de	estruturação	do	
sistema	de	informação	como	trabalho	cooperativo.	A	 constituição	de	um	sistema	capaz	de	gerar	 todas	as	 informações	necessárias	não	pode	
prescindir	não	só	da	participação	de	uma	equipe	multidisciplinar	 como	 também	da	articulação	com	
diversas	 instâncias	 governamentais	 e	 organizações	 da	 sociedade	 civil,	 além	 da	 tradicional	 rede	 de	
informações	 da	 vigilância	 epidemiológica	 (rede	 de	 serviços	 de	 saúde	 via	 notificação,	 sistema	 de	
informação	 sobre	 mortalidade,	 busca	 ativa	 e	 investigação	 de	 casos	 pela	 rede	 de	 atenção	 primária,	
etc.).	 Em	 cada	 uma	 das	 instâncias,	 local,	 municipal,	 ou	 nacional,	 a	 participação	 dos	 mais	 amplos	
setores	é	indispensável	(saúde,	educação,	meio	ambiente,	indústria	e	comércio	etc.).	
	
Figura	1	-	Esquema	conceitual	para	o	desenvolvimento	de	indicadores	de	saúde	e	ambiente	(EPSEEA	
Conrvalan	et	AL,	1996).	(Fonte:FUNASA)	
	
	
	
	
4. CRITÉRIOS	DE	ESCOLHA	DE	INDICADORES	
	
Segundo	a	OMS,	os	indicadores	para	o	estabelecimento	de	políticas	e	a	tomada	de	decisão	em	saúde	ambiental	devem	ser:	1) De	aplicabilidade	geral:	a) diretamente	 relacionados	 a	 uma	 questão	 específica	 de	 interesse	 da	 saúde	ambiental;	b) baseados	em	uma	associação	conhecida	entre	ambiente	e	saúde;	c) relacionados	 a	 condições	 ambientais	 e/ou	 de	 saúde	 que	 são	 passíveis	 de	controle;	d) sensíveis	a	mudanças	nas	condições	de	interesse.	2) Cientificamente	sólidos:	a) imparciais	e	representativos	das	condições	de	interesse;	b) cientificamente	 confiáveis	 para	 que	 sua	 confiabilidade	 ou	 validade	 não	 sejam	
postas	em	dúvida;	c) baseados	em	dados	de	qualidade	conhecida	e	aceitável;	d) resistentes	 e	 não	 vulneráveis	 a	 pequenas	 mudanças	 na	 metodologia	 /	 escala	
usada	para	sua	construção;	e) consistentes	e	comparáveis,	independentemente	de	tempo	e	espaço.	3) Aplicáveis	pelos	usuários:	a) baseados	em	dados	que	estejam	disponíveis	a	um	custo-benefício	aceitável;	b) facilmente	compreensíveis	e	aplicáveis	por	usuários	potenciais;	c) aceitáveis	pelos	interessados;	d) disponíveis	 logo	 após	 o	 evento	ou	 período	 ao	qual	 está	 relacionado(para	 não	
atrasar	as	decisões	políticas).	
	
	
5. HISTÓRICO	
	
Para	 a	 definição	 dos	 indicadores	 de	 vigilância	 ambiental	 optou-se	 por	 aplicar	 o	modelo	
proposto	 pela	 OMS	 no	 desenvolvimento	 de	 indicadores	 de	 saúde	 ambiental,	 apresentado	 no	
documento	 “Indicadores	 para	 estabelecimentos	 de	 políticas	 e	 a	 tomada	 de	 decisão	 em	 saúde	ambiental”.	
A	metodologia	utilizada	é	proposta	pela	OMS,	que	adaptou	a	terminologia	para	a	análise	de	
causa	 e	 efeito	 das	 relações	 entre	 saúde	 e	 ambiente.	 Esse	 modelo	 analisa	 seis	 diferentes	 níveis	 de	
causalidade,	efeitos	e	 ações.	Esta	estrutura	baseia-se	no	entendimento	cientifico	de	causas,	efeitos	e	
fatores	de	risco.	
A	 discussão	 sobre	 indicadores	 para	 a	 vigilância	 ambiental	 tem	 ocorrido	 em	 diferentes	
fóruns	e	momentos	pelo	mundo,	contando	com	a	participação	de	profissionais	de	diversas	instituições	
públicas	e	ONGs.	
Inicialmente	 ela	 se	 deu	 no	 âmbito	 da	 Fundação	 Nacional	 de	 Saúde,	 envolvendo	 desde	 o	
início	a	Organização	Pan-Americana	da	Saúde	/Organização	Mundial	da	Saúde	(OPAS/OMS).	A	partir	
daí,	 ampliou-se	 o	 debate	 envolvendo	 os	 outros	 setores,	 promovendo	 Oficinas	 de	 Trabalho	 para	
discussão	 de	 propostas	 de	 indicadores	 de	 vigilância	 ambiental,	 apresentando	 a	 metodologia	 a	 ser	
empregada	 e	 iniciando	 a	 definição	 dos	 indicadores.	 As	 Oficinas	 ocorreram	 no	 Rio	 de	 Janeiro,	 em	agosto/98,	durante	o	IV	Congresso	Brasileiro	de	Epidemiologia	–	EPIRIO	–	98;	no	Espírito	Santo,	em	
agosto/98,	 no	 Encontro	 de	 Zoonoses;	 em	 Brasília,	 em	 abril/1999,	 na	 Oficina	 de	 Trabalho	 sobre	 a	
Proposta	 de	 Estruturação	 da	 Qualidade	 da	 Água	 de	 Consumo	 Humano	 no	 Nível	 Federal	 e	 apoio	 a	
Estruturação	nos	Estados	e	Municípios;	e	no	Rio	de	Janeiro,	em	maio/99,	no	XX	Congresso	Brasileiro	
de	Engenharia	Sanitária	–	ABES/992.	
	
	
6. METODOLOGIA	PARA	APLICAÇÃO	DOS	INDICADORES	
	
A	 utilização	 do	 modelo	 proposto	 pela	 OMS	 é	 por	 necessidade	 de	 escolha	 de	 uma	
metodologia,	 e	 porque	 esta	 pode	 ser	 aplicada	 em	 diferentes	 níveis	 (desde	 o	 nacional	 até	 o	 local),	
estabelecendo	muitas	conexões	causais	e	demonstrando	a	complexidade	na	relação	causa-efeito.	
Também	 permite	 observar	 as	 várias	 interações	 que	 ocorrem	 em	 diferentes	 níveis	 e	 em	
componentes	 diversos.	 A	 tabela	 1	 mostra	 a	 relação	 dos	 múltiplos	 vínculos	 entre	 situações	 de	
exposição	do	homem	e	condições	de	doença	e	saúde	que	elas	podem	causar.	
O	 modelo	 proposto	 é	 uma	 adaptação	 da	 estrutura	 de	 Pressão-Situação-Resposta	
desenvolvida	pela	Organização	para	a	Cooperação	Econômica	e	o	Desenvolvimento	-	OECD,	a	qual	se	baseou	num	trabalho	realizado	pelo	Governo	do	Canadá.	
A	estrutura	de	causa-efeito	(Forças	Motriz,	Pressão,	Situação,	Exposição,	Efeito,	Ações)	é	o	
modelo	através	do	qual	as	forças	motrizes	geram	pressões	que	modificam	a	situação	do	ambiente	e,	
em	 última	 análise,	 a	 saúde	 humana,	 por	 meio	 das	 diversas	 formas	 de	 exposição,	 onde	 as	 pessoas	
entram	 em	 contato	 com	 o	 meio	 ambiente,	 causando	 os	 efeitos	 na	 saúde.	 Várias	 ações	 podem	 ser	
desenvolvidas	em	diferentes	pontos	da	cadeia,	assumindo	diversas	formas.	
	
	
	
Tabela	1	–	Relação	potencial	entre	situações	de	exposição	e	as	condições	de	saúde.	(Fonte:	OMS,	1995)	
	
	
Figura	2	–	Cadeia	Desenvolvimento-Meio	Ambiente-Saúde.	(Fonte:	OMS,	1995)	
	
	
	
	
7. PROPOSIÇÃO	DE	INDICADORES	PARA	A	VIGILÂNCIA	AMBIENTAL	EM	SAÚDE	–	
FATORES	BIOLÓGICOS:	VETOR	MOSQUITO	DA	DENGUE	
	
As	 informações	necessárias	para	a	 adequada	orientação	das	atividades	de	vigilância	para	
fatores	biológicos,	no	 caso,	do	vetor	mosquitos	da	dengue,	devem	ser	 construídas	 com	base	 em	um	
esforço	 interdisciplinar	que	 conjugue,	no	mínimo,	 as	 áreas	de	 saúde,	 saneamento	e	meio	 ambiente.	
Nesse	sentido,	as	 informações	serão	analisadas	sistematicamente	por	 indicadores	e	com	a	utilização	
de	sistemas	de	informação	que	possibilitem	a	caracterização	comum	ou	separada	dos	perfis	de	saúde,	
saneamento	e	meio	ambiente.	
Para	tal,	é	recomendada	a	utilização	de	 indicadores	epidemiológicos	que	são	aqueles	que	
caracterizam	o	perfil	de	morbilidade	e	mortalidade	da	população,	possibilitando	a	avaliação	de	suas	
condições	de	saúde.	
A	morbidade	pode	 ser	definida	 como	a	estimativa	quantitativa	da	 frequência	de	agravos,	
incluindo	as	medidas	de	incidência	e	de	prevalência.	
A	mortalidade,	 por	 sua	 vez,	 avalia	 o	 risco	 de	morte	 a	 que	 está	 sujeita	uma	 determinada	população.	
Para	 a	 construção	 dos	 indicadores	 epidemiológicos,	 trabalha-se	 com	o	 número	 de	 casos	
(morbidade)	 ou	 o	 número	 de	 óbitos	 (mortalidade)	 ocorridos	 em	 um	 determinado	 período	 na	
população	 objeto	 de	 estudo.	 Adicionalmente,	 são	 necessárias	 informações	 relativas	 aos	 aspectos	
demográficos	 (tamanho,	 constituição	 etária	 da	 população),	 que	 podem	 ser	 com	base	 nas	 pesquisas	
desenvolvidas	pelo	 Instituto	Brasileiro	de	Geografia	 e	Estatística	 (Ibge),	 como	por	exemplo	o	Censo	Demográfico.	
Para	algumas	situações	existem	sistemas	de	 informação	que	podem	ser	utilizados	para	a	
obtenção	de	dados	necessários	para	a	construção	de	indicadores	epidemiológicos	em	nível	local,	tais	
como:	 Sistema	 de	 Informação	 de	 Agravos	 de	 Notificação	 (Sinan),	 Sistema	 de	 Informação	 de	
Mortalidade	(SIM),	 Sistema	de	 Informações	Hospitalares	do	SUS	(SIH/SUS),	 Sistema	de	Informações	
Ambulatoriais	do	SUS	(SIA/SUS),	Sistema	de	Informações	de	Atenção	Básica	(Siab).	
Em	outros	casos,	a	obtenção	de	dados	é	feita	com	base	em	investigações	epidemiológicas	
com	base	em	inquéritos	(levantamento	de	dados	com	base	em	uma	amostra	da	população)	e	estudos	
de	 demanda	 ambulatorial	 ou	 laboratorial	 (levantamento	 de	 dados	 existentes	 nos	 registros	 dos	serviços).	
Como	 já	 citado	antes,	 é	 reiterado	os	principais	 indicadores	para	vigilância	ambiental	 em	saúde	para	a	dengue:	a) Indicadores	 Socioeconômicos:	 instrução,	 renda,	 índice	 de	 pobreza,	 moradia,	demografia	(sexo,	idade,	densidade,	situação	civil	etc.);	
b) Indicadores	Cobertura	de	Serviços	–	instalação	sanitária	de	água	e	esgoto,	coleta	de	lixo;	c) Indicadores	Ambientais	e	Operacionais	–	índice	de	infestação	e	criadouros	do	vetor;	d) Indicadores	Meteorológicos	–	índice	pluviométrico,	umidade	relativa	e	temperatura;	e) Indicadores	Temporais	–	ano,	mês	e	estações	climáticas.	
Além	desses	 indicadores	 propostos	 anteriormente,	 é	 importante	 destacar	 os	 indicadores	ambientais,	pois	constituem	um	amplo	grupo	que	facilita	a	caracterização	do	estado	do	ambiente	e	a	
identificação	de	 fatores	de	 risco	associados	ao	 fornecimento	e	ao	 consumo	de	água,	 logo	 também	á	doença.	Podem-se	citar:	a) O	uso	e	a	ocupação	do	solo	na	bacia	de	captação	de	água;	b) A	existência	de	focos	pontuais	ou	difusos	de	contaminação;	c) Atividades	agropecuárias;	d) Atividades	de	garimpo;	e) Vetores	de	crescimento	urbano;	f) A	contaminação	do	solo	na	bacia	de	captação	de	água;	g) A	qualidade	da	água	dos	mananciais	de	abastecimento;	h) As	condições	de	moradia	e	do	peri-domicílio;	i) A	qualidade	da	água	dos	mananciais	de	abastecimento.	
Os	 indicadores	 ambientais	 citados	 têm	 como	 objetivo	 principal	 a	 caracterização	 dos	
mananciais	 de	 abastecimento,	 entendendo	 que	 a	 qualidade	 da	 água	 de	 consumo	 humano	 depende	
diretamente	 da	 qualidade	 da	 água	 do	 manancial	 utilizado	 para	 captação	 e	 do	 tipo	 de	 tratamento	empregado.	
Os	 dados	 e	 as	 informações	 relacionados	 à	 construção	 desses	 indicadores	 podem	 ser	
obtidos	em	relatórios	emitidos	pelo	responsável	pelo	controle	da	qualidade	da	água	de	 sistemas	ou	por	investigações	 conduzidas	pelos	responsáveis	pela	vigilância	da	qualidade	da	água	para	consumo	
humano.	 É	 importante	 também	 que	 se	 estabeleçam	 parcerias	 entre	 o	 setor	 saúde	 e	 os	 órgãos	
ambientais	e	de	gestão	de	recursos	hídricos.	
Dentre	os	 indicadores	ambientaisenquadram-se	os	 indicadores	sanitários,	os	quais	estão	
relacionados	à	 cobertura	e	 à	qualidade	dos	 serviços	de	 saneamento	básico:	 abastecimento	de	água,	
coleta	de	esgotos,	coleta	de	lixo	e	drenagem	de	águas	pluviais.	
O	 Sistema	 de	 Informação	 de	 Vigilância	 da	 Qualidade	 da	 água	 para	 consumo	 humano	
(Sisagua)	 fornece	 informações	 sobre	 o	 fornecimento	 e	 a	 qualidade	 da	 água	 para	 consumo	humano	
proveniente	dos	sistemas,	das	soluções	alternativas	coletivas	e	individuais	de	abastecimento.	
	
	
Tabela	2	–	Indicadores utilizados no SISAGUA.	(FONTE:	Ministério	da	Saúde)	
	
	
	
8. CONCLUSÃO	
	
A	melhor	forma	de	resolver	os	problemas	é	analisa-los	de	forma	sistêmica	e	integrada,	de	
maneira	 e	 deixa-los	 menos	 complexos.	 Integrar	 as	 questões	 de	 saúde	 e	 ambiente	 através	 de	
indicadores	que,	quando	analisados	 juntos,	 ilumina	o	 caminho	para	 respostas	 totais	ou	parciais.	As	
informações	geradas	por	esses	indicadores	dão	enorme	suporte	para	o	monitoramento	da	vigilância	
ambiental	 em	 saúde,	 pois	 as	 ações	 na	 área	 de	 vigilância	 ambiental,	 na	 saúde,	 requerem	 uma	
compreensão	ampla	das	questões	ambiental	e	epidemiológica.	Nos	anos	80	e	90,	a	grande	diminuição	
da	 mortalidade	 infantil,	 com	 ênfase	 nas	 mortes	 causadas	 pelas	 gastroenterites,	 deveu-se	
principalmente	ao	aumento	da	cobertura	de	saneamento	básico,	e	neste,	acesso	à	água	tratada	de	boa	
qualidade	(e,	portanto,	fatores	externos	ao	setor	saúde).	
Este	 texto	 apresenta	 o	 histórico,	 a	 descrição	 da	 metodologia,	 os	 conceitos	 e	 propõe	 o	
desenvolvimento	 dos	 indicadores	 de	 vigilância	 ambiental,	 e	 mais	 especificamente	 para	 fatores	biológicos	de	vetor	mosquito	da	dengue,	além	de	destacar	a	importância.	
Há	 disponíveis	 muitos	 dados	 sobre	 doenças,	 doentes,	 sequelas,	 incapacidades,	 mortes,	
principalmente	a	dengue,	pois	é	uma	epidemia	recorrente	quase	que	anualmente,	contudo	ainda	não	
se	é	capaz,	no	Brasil,	de	obter	e	trabalhar	com	informações	que	permita,	por	exemplo,	avaliar	a	 fase	pré-patológica	 das	 doenças.	 Os	 horizontes	 se	 ampliaram	 enormemente	 com	 os	 recursos	 de	
processamento	 eletrônico	 de	 dados	 e	 georreferenciamento,	 a	 construção	 e	 o	 acesso	 facilitado	 às	
grandes	bases	de	dados.	O	que	se	espera	futuramente	é	o	aumento	da	expertise	dos	trabalhadores	de	
saúde	 levando	 a	uma	 utilização	 e	 uma	 capacidade	 de	 análise	 da	 realidade	 cada	 vez	melhor	 e	mais	
abrangente	de	modo	a	beneficiar	a	toda	a	comunidade.	
	
	
9. REFERÊNCIAS	BIBLIOGRÁFICAS	
	 1. ORGANIZAÇÃO	MUNDIAL	DA	SAÚDE,	Indicadores	para	o	estabelecimento	de	políticas	e	
a	tomada	de	decisão	em	saúde	ambiental,	1998,	Genebra	(mimeo).	
	2. FUNDAÇÃO	NACIONAL	DE	SAÚDE	–	INDICADORES	DE	SAÚDE	E	AMBIENTE,	Relatório	
da	Oficina	de	Trabalho	realizada	durante	o	IV	Congresso	Brasileiro	de	Epidemiologia	-	EPIRIO/98.	Informe	Epidemiológico	do	SUS,	1998;	Ano	VII	No.	2	Abr/Jun/98:	45-53.	
	 3. FUNASA.	Textos	de	Epidemiologia	para	Vigilância	Ambiental	 em	Saúde.	Ministério	de	
Saúde.	Fundação	Nacional	de	Saúde.	Brasília,	2002.	
	 4. MACIEL,	 Albertino	 A.	 INDICADORES	 DE	 VIGILÂNCIA	 AMBIENTAL.	 Coordenação	 de	
Vigilância	Ambiental	-	COVAM/CENEPI/FUNASA.	
	 5. Manual	de	procedimentos	de	vigilância	em	saúde	ambiental	relacionada	à	qualidade	da	
água	para	 consumo.	Ministério	da	 Saúde.	 Secretaria	de	Vigilância	em	 Saúde.	284	p.	–	
(Série	A.	Normas	e	Manuais	Técnicos).	Brasília,	2006.

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