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Aula 2 - Patrimônio Líquido

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PATRIMÔNIO LÍQUIDO
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a partir da Lei 11.638/07, alterada pela Lei 11.941/09, o Patrimônio Líquido passa a ser dividido em:
Capital Social
Reservas de Capital
(+/-) Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
(-) Ações em Tesouraria
(-) Prejuízos Acumulados
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CAPITAL SOCIAL
Corresponde ao investimento efetuado na companhia pelos acionistas.
Abrange não só as parcelas entregues pelos acionistas como também os valores gerados pela sociedade, e que estão formalmente incorporados ao Capital.
Há possibilidade da devolução do capital aos acionistas.
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As Várias Composições do Capital Social
Capital Subscrito - comprometido pelos acionistas;
Capital Integralizado - quando a parcela comprometida é efetivamente entregue a empresa;
Na constituição da Cia. Mordomia, tivemos a subscrição de todas as ações em que se divide o capital social fixado em R$ 4.000.000. Conforme disposição legal, houve a realização de 10%, em dinheiro.
C - Capital Social Subscrito 4.000.000
D - Capital a Integralizar 3.600.000
C - Capital Realizado 400.000
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Capital Realizado
O valor que deve constar no Patrimônio Líquido no subgrupo de Capital é o do Capital Realizado, ou seja, o total efetivamente integralizado pelos acionistas.
C - Capital Social
D - Capital a Realizar
C - Capital Realizado
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Capital Autorizado
Denomina-se Capital Autorizado ao limite estabelecido em valor ou em numero de ações, pelo qual o estatuto autoriza o Conselho de Administração a aumentar o capital social da companhia, independentemente de reforma estatutária.
No caso de empresas com Capital Autorizado, a informação do valor do Capital Autorizado pode ser dada no próprio balanço, no topo das demonstrações contábeis, na descrição da conta Capital, ou ainda, em Nota Explicativa.
Quando a empresa contabilizar o Capital Autorizado e a parcela do mesmo ainda não subscrita por meio da conta Capital Subscrito, esta funcionaria como conta sintética, tendo duas subcontas.
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Capital Autorizado
Considerando-se que a Cia. tenha capital autorizado de R$ 6.000.000 e uma subscrição de R$ 4.000.000, o PL teria a seguinte estrutura:
C - Capital Autorizado 6.000.000
D - Capital a Subscrever 2.000.000
C - Capital Subscrito 4.000.000
Admitindo-se que a Cia. Mordomia seja uma S.A. de capital autorizado, teríamos o seguinte PL:
C - Capital Autorizado 6.000.000
D - Capital a Subscrever 2.000.000
C - Capital Subscrito 4.000.000
D - Capital a Integralizar 3.600.000
C - Capital Realizado 400.000
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Capital Social S/A
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RESERVAS
Correspondem a valores recebidos dos sócios ou de terceiros que não representam aumento de capital e que não transitam pelo resultado como receita em virtude da lei das S/A (Reservas de Capital); ou que se originam de lucros não distribuídos aos proprietários (Reservas de Lucros).
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RESERVAS DE CAPITAL
As reservas de capital são constituídas com valores recebidos pela empresa, destinados a reforço de seu capital, e que não transitam pelo resultado, por não representarem esforço efetivado na realização de receitas pela empresa, além de não terem como contrapartida qualquer esforço da empresa em termos de entrega de bens ou serviços.
Reserva de Ágio na Emissão de Ações;
Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição;
Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias;
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Reserva de Ágio na Emissão de Ações
Na conta Capital Social, as ações devem figurar por seu valor nominal.
O valor excedente, ou seja, a diferença entre o preço de subscrição que os acionistas pagam pelas ações a Companhia e seu valor nominal, deve ser registrada em conta de Reserva de Capital.
Se forem emitidas 1.000 ações com valor nominal de $1,00, adquiridas por $1,10 pelos acionistas.
D - Caixa ou Bancos (1.000 x $1,10) 1.100
C - Capital Social (1.000 x $1,00) 1.000
C - Res. Cap. Ágio de Ações (1.000 x 0,10) 100
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Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias e Bônus de Subscrição
As Partes Beneficiárias e os Bônus de Subscrição são valores mobiliários que podem ser alienados e, nesse caso, o produto da alienação é contabilizado em Reserva de Capital específica. Se forem emitidos gratuitamente, não haverá contabilização. Caberia ai, apenas, no caso das partes beneficiarias, a menção em Nota Explicativa de sua existência e do direito que lhes foi atribuído.
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Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias
Partes Beneficiárias são títulos negociáveis sem valor nominal e estranhos ao capital social. Podem ser criados a qualquer tempo pelas Sociedades por Ações de Capital Fechado. Conferem aos seus titulares direito de crédito eventual contra a companhia (participação de até 10% nos lucros).
Venda de partes beneficiárias no valor de $10.000
D - Caixa ou Banco 10.000
C - Res. Cap. Alienação de P.B. 10.000
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Bônus de Subscrição representam títulos negociáveis que conferem o direito de preferência do acionista de subscrever/adquirir (mediante apresentação do título e pagamento do preço de emissão das ações) novas ações de uma companhia aberta durante uma eventual operação de aumento de capital desta empresa.
A emissão dos Bônus de Subscrição está condicionada ao limite de capital autorizado previsto no estatuto da empresa.
Venda de bônus de subscrição no valor de $10.000
D - Caixa ou Bancos 10.000
C - Res. Cap. Alienação de B.S. 10.000
Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição
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O prêmio recebido na emissão de debêntures deixou de ser reserva de capital. O tratamento contábil adequado passa a ser classificá-lo como resultado não realizado (receita diferida) para ser apropriado como receita, segundo o regime de competência.
É vedado o registro de doações e subvenções como reserva de capital.
Alterações advindas da 11.638/07
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As reservas de capital somente podem ser utilizadas para:
absorção de prejuízos que ultrapassem os lucros acumulados e as reservas de lucros;
resgate, reembolso ou compra de ações;
resgate de partes beneficiárias;
incorporação ao capital social;
pagamento de dividendo a ações preferenciais. quando essa vantagem lhes for assegurada.
Utilização das Reservas de Capital
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AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
A conta Ajustes de Avaliação Patrimonial, que surgiu em substituição a Reserva de Reavaliação, foi introduzida na contabilidade brasileira pela Lei 11.638/07 para receber as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência de sua avaliação a valor justo, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência.
Variações de instrumentos financeiros classificados como disponível para venda:
D - Instrumentos Financeiros
C - Ajuste de Avaliação Patrimonial
D - Ajuste de Avaliação Patrimonial
C - Instrumentos Financeiros
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RESERVAS DE LUCROS
Calculadas com base no lucro líquido do exercício, são as contas de reservas constituídas pela apropriação de lucros da companhia, conforme previsto no § 4º do art. 182 da Lei nº 6.404/76, para atender a várias finalidades, sendo sua constituição efetivada por disposição da lei ou por proposta dos órgãos da administração.
Representam uma destinação do lucro e não se confundem com as despesas do exercício.
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RESERVAS DE LUCROS
Reserva Legal;
Reservas Estatutárias;
Reservas para Futuras Contingências;
Reserva de Incentivos Fiscais;
Reserva de Retenção de Lucros;
Reserva de Lucros a Realizar;
Reserva Especial para Dividendos Obrigatórios não Distribuídos.
11.638/07 Lucros ou prejuízos acumulados possui natureza transitória.
Utilizada para receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas, os ajustes de exercícios anteriores e para distribuir os resultados nas suas várias formas.
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Reserva Legal
Tem por finalidade assegurar a integridade do Capital Social, basicamente
instituída para dar proteção ao credor.
5% do lucro líquido do exercício, antes de qualquer outra destinação.
Seu valor pode atingir no máximo 20% do capital social.
Restrita a compensação de prejuízos e ao aumento do Capital Social.
Constituição da Reserva Legal:
D - Lucros Acumulados
C - Reserva Legal
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Reservas Estatutárias 
Constituídas por determinação do estatuto da companhia, como destinação de uma parcela dos lucros do exercício, desde que, para cada uma:
Indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade;
Fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição; e
Estabeleça o limite máximo da reserva.
Não podem restringir o pagamento do dividendo obrigatório.
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Reservas Estatutárias 
O estatuto pode, por exemplo, fazer previsão da constituição de reservas destinadas a:
resgate de debêntures;
aumento de capital;
amortização de ações;
resgate de partes beneficiárias.
Constituição das reservas estatutárias:
D - Lucros Acumulados
C - Reservas Estatutárias
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Reservas para Contingências
Proposta pela administração com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável.
Quando deixar de existir as razões que justificaram a sua constituição ou quando ocorrer a perda, a reserva deverá ser revertida para a conta de Lucros Acumulados.
As contingências podem ser de origens diversas, tais como: fenômenos da natureza; produto ou operações empresariais de consumo cíclico ou de duração limitada; expectativas de paralisações temporárias grandes etc.
Constituição de reserva para contingências:
D - Lucros Acumulados
C - Reservas para Contingências
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Reserva de Retenção de Lucros
Os lucros que ficarem na empresa para que sejam aplicados em projetos de investimentos deverão ser mantidos em Conta de Reserva de Lucros, sendo obrigatória à formalidade em orçamento e a justificativa de tal investimento, devidamente aprovados pela Assembléia Geral.
Essa reserva não pode ser constituída em detrimento do pagamento do dividendo obrigatório.
À medida que os projetos forem sendo executados, a reserva deverá ser revertida.
Constituição da Reserva de Retenção de Lucros:
D - Lucros Acumulados
C - Reserva de Retenção de Lucros
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Observação
As Reservas de Lucro Legal, para Contingências, Estatutária e de Retenção serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzido o saldo eventual de prejuízos acumulados e/ou ajustes do IR e deduzida a reserva anteriormente calculada.
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AÇÕES EM TESOURARIA
São as ações da companhia adquiridas pela própria sociedade.
As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
As companhias abertas não poderão manter em tesouraria ações da própria empresa em quantidade superior a 10% de cada classe de acões em circulação no mercado.
As ações mantidas em tesouraria não possuem direitos patrimoniais ou políticos.
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PREJUÍZOS ACUMULADOS
A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados só poderá aparecer quando tiver saldo negativo, devendo ser denominada de Prejuízos Acumulados. Essa modificação inviabilizou a compensação de prejuízos do exercício com lucros acumulados de exercícios anteriores.
A conta Prejuízos Acumulados no Patrimônio Líquido das companhias só deverá ocorrer se o mesmo absorver todas as reservas de lucros, podendo ser utilizadas, ainda, as reservas de capital.
O prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelas reservas de lucros, entre as quais a última a ser utilizada é a reserva legal.
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PREJUÍZOS ACUMULADOS
Assim, se uma empresa apurasse durante o exercício um prejuízo de 550 e, antes apresentasse o seguinte Patrimônio Líquido:
Capital Social 1.000
Ágio na Emissão de Acões 100
Reserva Legal 150
Reservas Estatutárias 320
PL Total 1.570
Após o lançamento de compensação do prejuízo, o Patrimônio Líquido seria:
Capital Social 1.000
Ágio na emissão de Ações 20
PL Total 1.020
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Patrimônio Líquido
Capital Social
Capital Autorizado
(-) Capital a Subscrever
Capital Subscrito
(-) Capital a Integralizar
Capital Realizado
Reservas de Capital
Ágio na Emissão de Ações
Alienação de Partes Beneficiárias
Alienação de Bônus de Subscrição
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucro
Reserva Legal
Reserva Estatutária
Reserva para Contingências
Reserva de Retenção
(-) Prejuízos Acumulados
(-) Ações em Tesouraria

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