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ERGONOMIA, HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO
Objetivos desta aula
1. Compreender a atuação de engenheiros de produção em ergonomia;
2. Conhecer questões fundamentais sobre higiene e segurança do trabalho.
Introdução
Você já refletiu sobre o trabalho do seu dentista?  Sua posição, se força a coluna vertebral, a importância de ele conseguir manter a firmeza nos movimentos durante o processo de limpeza dos dentes e durante o tratamento de cada um dos pacientes, seguidamente, durante todo o dia?
E o motorista de ônibus? Qual a capacidade mental exigida durante seguidas viagens, movimentos repetitivos de passagem de marchas?
Já visitou um forno industrial?  Um frigorífico?  Imaginou como estes trabalhadores ficam, diariamente, submetidos a temperaturas extremas?
Vamos conhecer um pouco mais sobre a Ergonomia?
Segundo a IEA - Associação Internacional de Ergonomia:
A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema. ( http://www.iea.cc/ )
Os ergonomistas contribuem para o planejamento, o projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas.
Os domínios da Ergonomia
A partir da orientação da International Ergonomics Association, podemos distinguir, basicamente, três áreas de domínio da ergonomia:
ERGONOMIA FÍSICA
Abrange disciplinas tais como biomecânica, fisiologia, anatomia humana, antropometria, entre outras. Os tópicos essenciais incluem:
A pesquisa da postura no trabalho,
Manuseio de materiais, equipamentos, etc.,
Estudo dos movimentos repetitivos,
Distúrbios músculo-esqueletais relacionados ao trabalho,
Uso de ferramentas,
Projeto de posto de trabalho, segurança e saúde.
ERGONOMIA COGNITIVA
Refere-se aos processos mentais relacionados às interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Por exemplo:
Percepção,
Memória,
Raciocínio e
Resposta motora
Envolve:
Estudo da carga mental de trabalho,
Tomada de decisão,
Desempenho especializado,
Interação homem computador,
Stress e treinamento
ERGONOMIA ORGANIZACIONAL
Aborda a otimização dos sistemas sociotécnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos. Os tópicos relevantes incluem:
Comunicações,
Gerenciamento de recursos de tripulações em meios de transporte,
Projeto de trabalho,
Organização temporal do trabalho,
Trabalho em grupo,
Projeto participativo,
Novos paradigmas do trabalho,
Trabalho cooperativo,
Cultura organizacional,
Organizações em rede,
Tele trabalho e
Gestão da qualidade.
Por quais motivos ocorrem problemas de ergonomia?
Apresentamos alguns exemplos a partir das ações/situações apresentadas no Manual Formação PME Higiene e Segurança no Trabalho (AEP 2004):
Ação/Situação Exemplo
Exigência de esforço físico intenso Desportista, agricultor
Levantamento e transporte manual de pesos Pedreiro, estivador
Postura inadequada no exercício das atividades Digitador, Atendente de balcão
Exigências rigorosas de produtividade Vendedor, operador no mercado financeiro
Períodos de trabalho prolongados ou em turnos Motorista de ônibus, médico, polícia
Atividades monótonas ou repetitivas Digitador, Caixa de banco
Lembre-se de que...
Movimentos repetitivos de dedos, mãos, ombros, cabeça, tronco, pés, pernas podem causar doenças inflamatórias que podem ser tratadas quando estão em estágios iniciais, chegando-se à cura.  Quando não tratadas a tempo, podem resultar em complicações, com dores, dificuldade de movimento.  Estas doenças são conhecidas, também como LER – Lesões por esforço repetitivo.
Contra os males provocados pelos agentes ergonômicos, a melhor arma, como sempre, é a prevenção.
Exemplo de ações para tentar evitar estes problemas:
Promover o rodízio de funções – Cada membro da equipe executa determinado trabalho por um período determinado.  Após este período, passa a executar outra função.
Aumentar de intervalos de tempo para descanso – Por exemplo, um digitador pode ter um tempo máximo de cinco horas de trabalho efetivo na entrada de dados e intervalos de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho.
Compensar com exercícios as atividades monótonas ou repetitivas – Por exemplo, executar alguns alongamentos indicados para ombros, tronco e pernas ajuda a combater a má postura e evita formigamentos por problemas circulatórios, em atendentes e secretárias.
Realizar exames médicos periódicos – Exames podem indicar tendências ou diagnosticar antecipadamente alguma doença.
Evitar esforços superiores a 25 kg para homens e 12 kg para mulheres – Este procedimento evita lesões e problemas futuros.
Educar e exercitar a postura correta – Saber a melhor postura quando estiver sentado, em pé, ou carregando e levantando pesos pode ajudar a evitar lesões.
NR17 - “Estabelece parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.”
Se desejar conhecer mais a NR17, acesse no website do Ministério do Trabalho:
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_17.pdf
A título de ilustração, apresentamos uma página do Manual  de Ergonomia elaborado pela Unicamp, e que considera a  Norma Regulamentadora 17 – NR17.
Ao abaixar-se para colocar um objeto no chão, incline levemente a coluna para frente, mantendo a mão, que está livre, apoiada no joelho da perna que estiver flexionada à frente.
Os ombros devem estar para trás em relação ao joelho que estará dobrado.
Nunca coloque qualquer objeto no chão, inclinando a coluna em um ângulo de 90º, em flexionar os joelhos para se abaixar.
Para identificar os problemas e avaliar os riscos existentes em uma determinada situação, técnicas e instrumentos estão disponíveis em diversas fontes. São documentos, vídeos, checklists, planilhas, sistemas, manuais.
Alguns recursos são oferecidos por empresas especializadas. Você pode encontrar outras fontes pela Internet por meio de uma simples pesquisa utilizando, por exemplo, o termo “ferramentas para ergonomia” .
Para realizar o diagnóstico e o acompanhamento em processos relacionados com a Ergonomia, o profissional dispõe de algumas ferramentas e método.
O Manual (AEP 2004) Caracteriza As Ações Para Tratar O Risco:
Eliminação do Risco
Eliminação do risco: significa torná-lo definitivamente inexistente. (exemplo: uma escada com piso escorregadio apresenta um sério risco de acidente. Esse risco poderá ser eliminado com um piso antiderrapante)
Neutralização do Risco
Neutralização do risco:o risco existe, mas está controlado. Esta opção é utilizada na impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um risco. (exemplo: as partes móveis de uma máquina como polias, engrenagens, correias etc. - devem ser neutralizadas com anteparos de proteção, uma vez que essas peças das máquinas não podem ser simplesmente eliminadas).
Sinalização do Risco
Sinalização do risco:é a medida que deve ser tomada quando não for possível eliminar ou isolar o risco. (exemplo: máquinas em manutenção devem ser sinalizadas com placas de advertência; locais onde é proibido fumar devem ser devidamente sinalizados).
Você sabe o que são EPI`s e EPC`s?
Equipamento de Proteção Individual (EPI`s): de uso pessoal destinados a proteger a integridade física e saúde do trabalhador.
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC`s): beneficiam todos os trabalhadores, indistintamente,precisam estar em condições de segurança preestabelecidas.
Vejamos alguns exemplos de aplicação de EPCs:
Sistema de exaustão que elimina gases, vapores ou poeiras que podem contaminar o local de trabalho;
Enclausuramento de máquina ruidosa para livrar o ambiente do ruído excessivo;
Comando bimanual, que mantém as mãos ocupadas, fora da zona de perigo, durante o ciclo de uma máquina;
Cabo de segurança para conter equipamentos suspensos sujeitos a esforços, caso venham a se desprender.
Os EPIs não evitam os acidentes, como ocorre quando existe a proteção coletiva.  Estes equipamentos apenas diminuem ou evitam lesões que ocorrer a partir de um acidente.
AMBIENTE
“Conjunto de elementos que temos à nossa volta, tais como as edificações,
os equipamentos, os móveis, as condições de temperatura, de pressão, a umidade do ar, a iluminação, a organização, a limpeza e as próprias pessoas, fazem parte das condições de trabalho”. (EAP 2004)
RISCOS AMBIENTAIS
Segundo a NR-09, que trata do PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais:
São considerados Riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador
(grama de Prevenção de Riscos Ambientais.
(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_09_at.pdf )

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