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Atividade Cautelar

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Centro Universitário Católica de Santa Catarina
Campus de Joinville-SC
Curso de direito
Prof. Msc Thiago André Marques Vieira
Disciplina: Processo Civil V
Acadêmica: Thuany Klososki Piccolo Bertin
QUESTIONÁRIO
Quais são as características da tutela cautelar? Explique-as.
R: O provimento cautelar é a) autônomo, pois pode ser requerido por meio de processo cautelar preparatório, podendo conter objetivos e razões próprias, alheias ao processo principal; b) acessório, quando visa garantir o resulto útil do processo principal, o que o faz ter um grau de dependência com este último, pois serão distribuídos ao mesmo juízo competente; c) instrumental, posto que é utilizado como instrumento para assegurar o direito constante no processo principal e garantir a tutela satisfativa; d) preventivo, pois resguarda interesses e evita que os efeitos do tempo e ou atividades do réu possam inviabilizar a realização do provável direito do autor; e) provisório, já que possui duração limitada, perdurando durante o tempo em que o direito pleiteado na ação principal se permanecer em “perigo”; f) sumário, pois basta a breve e fundamentada demonstração do preenchimento dos requisitos do pedido para que gere efeitos imediatos; g) cognição não exauriente, bastando o preenchimento dos requisitos de início; h) revogabilidade, desde que as circunstâncias ensejadoras da concessão da medida tenham sido alteradas, exceto nas hipóteses de prescrição e decadência.
Qual a diferença entre tutela cautelar e tutela antecipada?
R: Quanto à função, a tutela antecipada concede eficácia imediata à tutela definitiva, podendo ser satisfativa ou não. Já a tutela cautelar assegura futura eficácia de tutela definitiva, que deve ser satisfativa. Quanto à natureza, a antecipada pode ser atributiva (satisfativa) ou conservativa (cautelar), enquanto que a cautelar é sempre conservativa. Quantos aos pressupostos, a antecipada é normalmente mais rigorosa quando for atributiva, necessitando de prova inequívoca da verossimilhança do direito. Os da cautelar, por ser conservativa, são mais singelos, bastando a simples verossimilhança do direito. Com relação à urgência, a cautelar sempre pressupõe urgência, já à antecipada, trata-se de uma faculdade. Quanto à estabilidade, a antecipada é provisória e precária e a cautelar é definitiva. Já com relação à cognição, a antecipada é sumária e a cautelar é de sumária exauriente. Por fim, quanto à temporariedade, a antecipada é temporária (se conservativa ou atributiva revogada) ou perpétua (se atributiva e confirmada) e a cautelar é sempre temporária.
Qual a importância do §7º do art. 273 do CPC no que diz respeito a melhor instrumentalidade do processo?
R: O referido dispositivo estabelece a fungibilidade entre as tutelas de urgência, quais sejam cautelar e antecipada. Nesse sentido, se o autor pleitear medida cautelar querendo, na verdade, tutela antecipada, faz-se necessária a caracterização do fumus boni iuris e o periculum in mora. Assim, essas tutelas evitam dano ao direito da parte e são utilizadas como instrumento adequado a trazer resultado útil do processo e a devida prestação jurisdicional.
Em relação ao procedimento cautelar preparatório no atual CPC e o Novo CPC, aponte as mudanças e realize uma análise crítica sobre o tema.
R: O atual CPC estabelece que o procedimento cautelar preparatório deve ser realizado em autos apartados da ação principal, a qual deve ser proposta dentro de 30 dias após a efetivação da medida cautelar. Além disso, são realizadas duas citações da parte ré, uma em cada processo. Já no NCPC, a cautelar e a ação principal deverão ser autuadas no mesmo processo, de modo duas citações se tornarão desnecessárias. Ademais, será realizado o pagamento de custas apenas uma vez, tornando o processo mais célere e econômico. Vale ressaltar que será sempre necessária a caracterização dos requisitos da tutela cautelar: fumus boni iuris e periculum in mora.
Qual a diferença entre arresto cautelar e arresto execução?
R: O arresto cautelar implica no cumprimento dos requisitos da tutela cautelar e de decisão favorável do juiz, devendo o pedido se referir a uma ação principal. Já o arresto execução consiste em ato do processo de execução utilizado quando o devedor não é encontrado para fins de citação e não precisa do convencimento do juiz para que seja efetivado.
Quais são os requisitos para a concessão de uma tutela cautelar? Explique-os.
R: Fumus boni iuris (“fumaça do bom direito”), isto é, a evidência de que tal direito invocado pela parte é plausível e o periculum in mora (“perigo da demora”), que representa a existência de um dano potencial, que pode consistir em um risco objetivamente considerado de perecimento, destruição, desvio, deterioração ou modificação das pessoas, bens ou provas necessárias, frustrando a apreciação ou execução da ação principal. 
Explique a relação existente entre os procedimentos cautelares nominados e os atos executivos previstos no §5º do art. 461 do CPC.
R: O CPC prevê a concessão de tutelas cautelares específicas em lei (nominadas) e também de não previstas que possam afastar uma situação de perigo. Não há um rol taxativo ou predeterminado de tutelas cautelares possíveis, por isso o juiz tem liberdade para conceder a que lhe pareça mais adequada. A esse poder que a lei atribuiu ao Judiciário dá-se o nome de poder geral de cautela. Nesse sentido, o art. 461, § 5º do CPC autoriza a utilização de medidas atípicas e de ofício pelo juiz, desde que respeitos os princípios da razoabilidade e adequação.

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