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Microeconomia_-_Apostilas_VII_e_VIII

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1
MICROECONOMIA
APOSTILA VII – PRODUÇÃO, CUSTOS E 
LUCROS
PROF. LEONARDO FERRAZ
leonardoferraz@gmail.com
PRODUÇÃO
• A quantidade produzida de um bem ou serviço por parte 
de uma empresa depende da quantidade de fatores 
utilizados por esta.
• Como apresentado anteriormente, os fatores de 
produção podem ser divididos em trabalho (capital 
humano), capital (tanto o capital físico, como 
instalações, máquinas etc., quanto o capital financeiro) e 
terra (tanto imóveis urbanos, quanto rurais, bem como 
os recursos naturais disponíveis).
• Para analisar a produção, é previamente necessário que 
se tome como referência a possibilidade de variação dos 
fatores no curto e longo prazo, o que será visto a seguir.
PRODUÇÃO NO CURTO PRAZO
• A necessidade de analisar a produção no curto prazo 
advém do fato de que, se for desejado o aumento da 
produção em pouco espaço de tempo, alguns de seus 
fatores não poderiam ser subitamente ampliados. Estes 
são considerados como fatores fixos no curto prazo (por 
exemplo, os fatores de produção capital e terra não 
podem, facilmente, ser alterados subitamente).
• Por outro lado, a quantidade de certos fatores podem ser 
mais facilmente ampliados, sendo estes considerados 
como fatores variáveis no curto prazo (por exemplo, a 
contratação de funcionários e a aquisição de insumos).
PRODUÇÃO NO CURTO PRAZO
• Para facilitar a análise, considere-se o estudo de uma fábrica 
de sorvete e que a quantidade utilizada do fator de produção 
trabalho possa ser alterada no curto prazo, permanecendo os 
demais fatores fixos.
• Considere-se também que o aumento de mão de obra se dá 
quando os equipamentos da fábrica não são plenamente 
utilizados pelo número de funcionários que a mesma 
emprega.
• Obviamente, o aumento sucessivo da mão de obra provocará 
incrementos na produção, mas chegará o momento em que 
unidades adicionais não acrescentarão no volume produzido, 
visto que provocarão congestionamento no uso dos fatores 
fixos de produção no curto prazo (capital e terra).
PRODUÇÃO NO CURTO PRAZO
• Definições:
• Lei dos Rendimentos Decrescentes: se houver acréscimos 
sucessivos de um fator variável (por exemplo, trabalho) na 
produção de um bem e há pelo menos um fator fixo no curto 
prazo (por exemplo, capital), chegará um momento em que os 
incrementos na produção serão cada vez menores, em 
decorrência do congestionamento do fator variável no uso 
conjunto ao fator fixo (o fator variável terá cada vez menos 
quantidade de fator fixo com o que operar).
• Produto Marginal: trata-se da variação do produto total em 
relação ao aumento de uma unidade do fator de produção em 
que se está variando no curto prazo (por exemplo, o produto 
marginal do trabalho é a quantidade produzida incremental 
decorrente do acréscimo de um funcionário).
PRODUÇÃO NO CURTO PRAZO / EXEMPLO
• A tabela abaixo apresenta o produto total de uma fábrica de 
sorvetes (em litros fabricados por semana) em função da 
quantidade de funcionários empregados na semana.
Trabalho (�)
Produto Total 
(��)
Produto Marginal 
(����)
Produto Médio 
(����)
0 0 0 0
1 55 litros 55 – 0 = 55 litros 55/1 = 55 litros
2 142 litros 142 – 55 = 87 litros 142/2 = 71 litros
3 250 litros 250 – 142 = 108 litros 250/3 = 83 litros
4 381 litros 381 – 250 = 131 litros 381/4 = 95 litros
5 500 litros 500 – 381 = 119 litros 500/5 = 100 litros
6 580 litros 580 – 500 = 80 litros 580/6 = 97 litros
7 653 litros 653 – 580 = 73 litros 653/7 = 93 litros
8 695 litros 695 – 653 = 42 litros 695/8 = 87 litros
9 720 litros 720 – 695 = 25 litros 720/9 = 80 litros
10 720 litros 720 – 720 = 0 720/10 = 72 litros
2
PRODUÇÃO NO CURTO PRAZO / EXEMPLO
• Função de Produção:
��
�
�� � �	�
PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO
• No longo prazo, as empresas têm a possibilidade de 
alterar a quantidade de todos os fatores de produção e, 
assim, podem apresentar as seguintes características:
• Rendimentos constantes de escala: elevar os fatores de 
produção aumentaria o produto na mesma proporção (exemplo: 
duplicar os fatores aumentaria o produto em duas vezes);
• Rendimentos crescentes de escala: elevar os fatores de 
produção aumentaria o produto em proporção maior (exemplo: 
duplicar os fatores elevaria o produto a mais que duas vezes);
• Rendimentos decrescentes de escala: elevar os fatores de 
produção aumentaria o produto em proporção menor (exemplo: 
duplicar os fatores elevaria o produto em menos que duas vezes).
CUSTOS DE PRODUÇÃO
• Definições primárias:
• Custos explícitos (custos contábeis): são aqueles que 
remuneram os fatores de produção que exigem desembolso por 
parte da empresa (pagamento de funcionários, aluguéis, juros, 
insumos etc.).
• Custos implícitos: são aqueles que remunerariam os fatores de 
produção que poderiam ser utilizados em outra atividade (por 
exemplo, se a atividade se dá em imóvel próprio, este poderia ser 
alugado para outro fim).
• Custos econômicos: consideram a soma dos custos explícitos e 
implícitos, ou seja, consideram não só o custo contábil, mas 
também o custo de oportunidade de utilizar fatores de produção 
em outras atividades.
CUSTOS DE PRODUÇÃO
• Como visto anteriormente, a produção no curto prazo 
pode variar conforme alterações na quantidade 
empregada de fatores variáveis. Assim, definem-se:
• Custos fixos (CF): são os custos relativos ao emprego dos fatores 
fixos de produção (por exemplo, capital e terra);
• Custos variáveis (CV): são os custos relativos ao emprego de 
fatores variáveis de produção (por exemplo, trabalho e insumos);
• Custos totais (CT): equivalem à soma dos custos fixos e variáveis;
• Custos marginais (CMg): tratam-se da variação do custo total em 
relação ao aumento de uma unidade de produto (� ∆�
/∆�
);
• Custos médios (CMd): tratam-se do custo unitário de produção, 
ou seja, do custo total por unidade de produção (� �
/�
).
CUSTOS DE PRODUÇÃO / EXEMPLO
• A tabela abaixo apresenta o produto total de uma fábrica de 
sorvetes (em litros por semana) e seus custos de produção.
��
(litros)
Custos (R$)
�� �� �� ��� � ∆��/∆�� ��� � ��/��
0 4,50 0,00 4,50 - -
1 4,50 2,25 6,75 (6,75 – 4,50)/(1 – 0) = 2,25 6,75/1 = 6,75
2 4,50 3,50 8,00 (8,00 – 6,75)/(2 – 1) = 1,25 8,00/2 = 4,00
3 4,50 4,50 9,00 (9,00 – 8,00)/(3 – 2) = 1,00 9,00/3 = 3,00
4 4,50 5,25 9,75 (9,75 – 9,00)/(4 – 3) = 0,75 9,75/4 = 2,44
5 4,50 6,25 10,75 (10,75 – 9,75)/(5 – 4) = 1,00 10,75/5 = 2,15
6 4,50 7,75 12,25 (12,25 – 10,75)/(6 – 5) = 1,50 12,25/6 = 2,04
7 4,50 9,37 13,87 (13,87 – 12,25)/(7 – 6) = 1,62 13,87/7 = 1,98
8 4,50 11,50 16,00 (16,00 – 13,87)/(8 – 7) = 2,13 16,00/8 = 2,00
9 4,50 14,37 18,87 (18,87 – 16,00)/(9 – 8) = 2,87 18,87/9 = 2,10
10 4,50 17,75 22,25 (22,25 – 18,87)/(10 – 9) = 3,38 22,25/10 = 2,23
CUSTOS DE PRODUÇÃO / EXEMPLO
• Funções Custo Total, Custo Variável e Custo Fixo:
��, ��,��
��
�� � �	��
�� � �	��
�� � ��
3
LUCROS E PRODUÇÃO ÓTIMA
• Definições:
• Receita total (RT): é o valor da produção da empresa, ou seja, o 
preço vezes a quantidade produzida por esta (� � ∙ �
).
• Receita marginal (RMg): é a variação da receita total em relação 
ao aumento de uma unidade de produto (� ∆�
/∆�
).
• Lucro contábil: é dado pela diferença entre a receita total e o 
custo total da empresa, considerando-se somente os custos 
explícitos do negócio.
• Lucro econômico: é dado pela diferença entre a receita total e o 
custo total da empresa, considerando-se os custos explícitos e os 
custos implícitos do negócio (custos de oportunidade).
• Produção ótima: é aquela que maximiza o lucro econômico da 
empresa (esta se dá quando RMg = CMg).
LUCROS E PRODUÇÃO ÓTIMA / EXEMPLO
• A tabela abaixo apresenta o produto total de uma fábrica de 
sorvetes (em litros/semana) e seus custos e receitas (� � 2,15).
��
(litros)
Custos(R$) Receitas (R$)
�����
�� ��� �� � � ∙ �� ��� � ∆��/∆��
0 4,50 - 2,15x0 = 0,00 - -4,50
1 6,75 2,25 2,15x1 = 2,15 (2,15 – 0,00)/(1 – 0) = 1,25 -4,60
2 8,00 1,25 2,15x2 = 4,30 (4,30 – 2,15)/(2 – 1) = 1,25 -3,70
3 9,00 1,00 2,15x3 = 6,43 (6,43 – 4,30)/(3 – 2) = 1,25 -2,55
4 9,75 0,75 2,15x4 = 8,60 (9,60 – 6,43)/(4 – 3) = 1,25 -1,15
5 10,75 1,00 2,15x5 = 10,75 (10,75 – 9,60)/(5 – 4) = 1,25 0,00
6 12,25 1,50 2,15x6 = 12,90 (12,90 – 10,75)/(6 – 5) = 1,25 0,65
7 13,87 1,62 2,15x7 = 15,05 (15,05 – 12,90)/(7 – 6) = 1,25 1,18
8 16,00 2,13 2,15x8 = 17,20 (17,20 – 15,05)/(8 – 7) = 1,25 1,20
9 18,87 2,87 2,15x9 = 19,35 (19,35 – 17,20)/(9 – 8) = 1,25 0,48
10 22,25 3,38 2,15x10 = 21,50 (21,50 – 19,35)/(10 – 9) = 1,25 -0,75
LUCROS E PRODUÇÃO ÓTIMA / EXEMPLO
• Funções Receita Total, Custo Total e Lucro:
��, ��, �����
��
�� � �	��
�� � �	��
����� � �	��
MICROECONOMIA
APOSTILA VIII – ESTRUTURAS DE MERCADO
PROF. LEONARDO FERRAZ
leonardoferraz@gmail.com
CONCORRÊNCIA PERFEITA
• Características gerais:
• Número de empresas: muitas firmas compreendem o mercado;
• Entrada de concorrentes: há facilidade no estabelecimento de 
novos concorrentes;
• Tipo de produto comercializado: homogêneo, sem distinções;
• Influência sobre o preço: nenhuma firma é capaz de sozinha 
afetar seu mercado.
• Exemplos: apesar da dificuldade em se encontrar 
mercados que contem com todas essas características, 
pode-se dar como exemplo as commodities agrícolas.
MONOPÓLIO E OLIGOPÓLIO
• Características gerais:
• Número de empresas: a presença de uma única firma caracteriza 
um monopólio, enquanto poucas firmas formam um oligopólio;
• Entrada de concorrentes: difícil entrada de novas firmas;
• Tipo de produto comercializado: heterogêneo e sem substitutos 
próximos (em oligopólio, essa característica pode ser abrandada);
• Influência sobre o preço: forte, sobretudo em monopólio, mas 
também é considerável em oligopólio (cartéis, trustes etc.).
• Exemplos: comuns quando há incidência de patente, 
lobby, propriedade de matéria prima e/ou necessidade 
de escala de produção (como energia, transporte etc.).
4
CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA
• Características gerais:
• Número de empresas: muitas firmas compreendem o mercado;
• Entrada de concorrentes: fácil quando comparado a monopólio 
ou oligopólio, mas é mais difícil que em concorrência perfeita;
• Tipo de produto comercializado: busca-se a diferenciação;
• Influência sobre o preço: leve impacto, em decorrência dos 
custos de diferenciação.
• Exemplos: muitos mercados são caracterizados ou 
possuem características associadas à concorrência 
monopolística, visto que a maioria das firmas buscam 
seus diferenciais competitivos (a exemplo de 
restaurantes).

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