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Curitiba 2013 RENATTA LIMA DE LIMA RENAUD DA COSTA SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL Curitiba 2013 PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL Trabalho de Administração de Empresas apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Microeconomia e Macroeconomia; Métodos Quantitativos; Ética, Política e Sociedade; Seminário. Orientador: Prof. Diego Mota RENATTA LIMA DE LIMA RENAUD DA COSTA INTRODUÇÃO A ética empresarial é colocada como uma meta essencial a ser alcançada no mundo corporativo. A cultura ética e sua gestão nas empresas são temas tratados com importância igual ou superior aos próprios resultados, à inovação, à excelência e ao sucesso financeiro e tornaram-se essenciais para nortear as metas e a postura de seus colaboradores, deixando clara a vocação das empresas de respeitar e beneficiar não somente seus acionistas, mas a todos os públicos de interesse. A transparência e a ética na prática dos atos de comércio e indústria e na prestação de serviços são exigências de comportamento esperadas e plenamente reconhecidas pela comunidade global. A macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, como renda e produtos nacionais, nível geral de preços, desemprego e emprego, etc. Ela trata o mercado de bens e serviços como um todo, assim como o mercado de trabalho, e preocupa-se com aspectos de curto prazo ou conjunturais. Na política fiscal, o governo arrecada tributos e controla suas despesas, por meio da manipulação da estrutura e alíquotas de impostos, para estimular os gastos de consumo do setor privado. Discutir ética e economia não é fácil e a leitura apressada pode levar o pesquisador a cair em armadilhas conceituais, sendo muito recomendável para um estudo desse tipo ter clareza nos conceitos que serão trabalhados. Por isso, a distinção entre os termos “moral” e “ética” é necessária para que, no decorrer da pesquisa, haja entendimento sobre nossas ações individuais e suas consequências na sociedade. Serão abordados temas como: inflação, taxas de juros, taxas de câmbio, compras a prazo, medidas econômicas, ambiente administrativo, economia global, métodos quantitativos, conceitos estatísticos, valores e costumes da sociedade e organizações sociais, consumo em geral e gestão empresarial. DESENVOLVIMENTO INFLAÇÃO A inflação é a queda do valor de mercado ou poder de compra do dinheiro e é popularmente usada para se referir ao aumento geral dos preços. A palavra inflação significa um aumento no suprimento de dinheiro e a expansão monetária, o que pode causar aumento de preços. A inflação se traduz mais por uma desvalorização da moeda local frente a outras e também se exprime mais no aumento do volume de dinheiro e aumento dos preços. Podemos verificar a influência desta sobre a economia através da mídia. Por exemplo, até o bares de Curitiba estão sujeitos à inflação. Saiu uma matéria este mês no Jornal Gazeta do Povo sobre o assunto: Inflação “salga” o cardápio dos botecos de Curitiba. Empresários tentam segurar preços, mas alta de insumos torna repasse inevitável para alguns produtos. Subir os preços para manter o lucro diante do aumento da inflação ou segurar o tranco para não afugentar a clientela? Esse tem sido o dilema dos bares e restaurantes de Curitiba, de acordo com levantamento feito pela Gazeta do Povo em 20 estabelecimentos da cidade. A consulta aponta que a maioria dos bares e restaurantes reajustou preços nos últimos quatro meses, ainda que afirme não ter repassado todas as perdas aos consumidores. Mesmo assim, quando houve aumento, o porcentual foi, em geral, acima do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) acumulado nos últimos 12 meses (6,7% no geral e 12,8% no setor de alimentação e bebidas, segundo o IBGE). Empresários do ramo argumentam que o repasse da inflação em alimentos é um cálculo difícil, uma vez que o peso de cada insumo é pulverizado nos pratos. A fórmula mais usual para o aumento tem sido avaliar a situação dos concorrentes e há quanto tempo determinado produto tem apresentado preço acima da média. A diferença nos preços cobrados pelos estabelecimentos de Curitiba pode chegar a 150% até mesmo em um produto “convencional” – a água mineral sem gás, por exemplo. A garrafinha é vendida a preços que vão de R$ 2 e R$ 5. Há diferenças grandes também nos preços dos pratos. Vendida em geral por porção de 400 gramas, a batata frita custa de R$ 10 a R$ 22,90. A carne de onça, outro prato típico dos botecos, recebe preços extremos: o prato de 400 gramas do petisco pode sair por R$ 12,90 ou por R$ 34,90. O presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar-PR), Fábio Aguayo, reconhece que os preços praticados na cidade devem ser revistos. “É muito melhor ter a casa cheia e evitar perdas nas compras”, afirma. Ele acredita que os preços poderiam ser cortados em 10% e defende que a “taxa de serviço” seja substituída pela gorjeta espontânea, não cobrada diretamente na conta. Na visão dele, o setor se tornaria mais competitivo. Aguayo também discorda da estratégia padrão de oferecer à clientela benefícios relacionados a bebidas alcoólicas – como o open bar e os “double drinks”. “O estabelecimento ganharia muito mais se simplesmente baixasse os preços das bebidas”, defende. Já Luciano Bartolomeu, da Abrasel-PR, avalia que os estabelecimentos cobram por fatores que fogem ao preço de mercado. “O bar não vende água nem suco de laranja. Ele vende as bebidas em um ambiente com bom serviço e gente bonita”, compara. TAXA DE JUROS Taxa de juros é a remuneração cobrada pelo empréstimo de dinheiro. É expresso como um percentual sobre o valor emprestado (taxa de juro) e pode ser calculado de duas formas: juros simples ou juros compostos. O juro pode ser compreendido como uma espécie de "aluguel sobre o dinheiro". A taxa seria uma compensação paga pelo tomador do empréstimo para ter o direito de usar o dinheiro até o dia do pagamento. O credor, por outro lado, recebe uma compensação por não poder usar esse dinheiro até o dia do pagamento e por correr o risco de não receber o dinheiro de volta (risco de inadimplência). A taxa básica de juros corresponde à menor taxa de juros vigente em uma economia, funcionando como taxa de referência para todos os contratos. É também a taxa a que um banco empresta a outros bancos. No Brasil, a taxa de juros básica é a taxa SELIC, que é definida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central, e corresponde à taxa de juros vigente no mercado interbancário, ou seja, é a taxa aplicada aos empréstimos entre bancos para operações de um dia (overnight) - operações estas lastreadas por títulos públicos federais. A taxa básica de juros, estabelecida pelo governo, através do Banco Central, para remunerar os títulos da dívida pública, é um importante instrumento de política monetária e fiscal. Em 20 de julho de 2011 a taxa básica de juros se elevou pela quinta vez seguida alcançando a marca de 12,5 pontos percentuais. O maior desde janeiro de 2009. Ao elevar a Selic, o objetivo do BC é fazercom que o custo do crediário também suba e, com isso, diminua o consumo da população para conter a alta da inflação. Podemos verificar a influência desta sobre a economia através da mídia. Por exemplo, a nova taxa de juros deixa cartão e cheque especial mais caros. A Selic subiu de 9% para 9,5% ao ano, o que vai encarecer crédito em lojas e bancos, a média dos juros do cartão de crédito será de 9,41% ao mês para quem rolar a dívida. Na tentativa de conter a inflação, o governo aumentou no dia 09 de outubro de 2013 a taxa básica de juros (Selic) de 9% para 9,5%. Porém, mesmo evitando o aumento geral de preços, outros “vilões” irão pesar no bolso do consumidor: os juros do cartão de crédito e do cheque especial. Uma projeção feita pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) demostra que, com a Selic em 9,5%, a média dos juros do cartão de crédito será de 9,41% ao mês sobre o valor residual (no caso do pagamento mínimo) e chegará a 194,23% no ano. Em termos práticos, o consumidor que tiver uma fatura de R$ 400 e pagar apenas R$ 200 terá no próximo mês um débito de R$ 218,82 mais os valores das compras no período. Os R$ 18,82 são apenas de juros. As taxas do cheque especial também não ficam muito atrás e passarão a ser, em média, de 7,85% ao mês em cima do valor que o correntista utilizou. Para o diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas da Anefac, Miguel Ribeiro, o governo torna o crédito mais caro e, com isso, contém a inflação porque fica mais difícil para as pessoas comprarem e os preços diminuem. Mas essa estratégia tem outras consequências. “Com essas medidas, o consumidor fica com mais dificuldade de crédito, as vendas caem. Vendendo menos, as empresas começam a dispensar.” Para Miguel, em última instância a situação pode causar até mesmo o desemprego. Segundo o presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), Antônio Neto, o comércio sofre com o aumento da Selic e isso prejudica o desenvolvimento do País. “Não vendendo, o comércio não compra da indústria, que não produz. A inflação fica estável, mas o crescimento está pífio.” Projeções de economistas de instituições financeiras apontam que o PIB (Produto Interno Bruto) do País não deve superar os 3% neste ano. Como se não faltassem preocupações, mesmo com a alta dos juros para evitar o aumento geral dos preços, o professor de economia da UPM (Universidade Presbiteriana Mackenzie) Pedro Raffy Vartanian afirma que o principal problema no futuro será o repasse da alta do dólar para o preço dos alimentos que necessitam de matéria-prima importada e também os importados. No dia 09 de outubro de 2013, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE, já demonstrou que, devido à valorização da moeda norte-americana, as carnes tiveram elevação de 0,88% e o frango inteiro de 3,04% no mês passado. A farinha de trigo também subiu 2,61% em setembro. Fonte: www.noticias.r7.com TAXA DE CÂMBIO Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias de outra moeda. A taxa de câmbio pode ser definida em termos diretos (ao incerto) ou em termos indiretos (ao certo). A taxa de câmbio está definida em termos diretos quando exprime o preço de uma unidade monetária estrangeira em unidades monetárias de moeda nacional. A taxa de câmbio está definida de forma indireta quando exprime o preço de uma unidade monetária de moeda nacional em unidades monetárias de moeda estrangeira. A taxa de câmbio reflete, assim, o custo de uma moeda em relação a outra, dividindo-se em taxa de venda e taxa de compra. Pensando sempre do ponto de vista do banco (ou outro agente autorizado a operar pelo Banco Central), a taxa de venda é o preço que o banco cobra para vender a moeda estrangeira (a um importador, por exemplo), enquanto a taxa de compra reflete o preço que o banco aceita pagar pela moeda estrangeira que lhe é ofertada (por um exportador, por exemplo). Portanto, o câmbio é uma das variáveis mais importantes da macroeconomia, sobretudo no que se refere ao comércio internacional. Quando se deseja negociar ativos de um país para outro, quase invariavelmente temos de mudar a unidade de conta do valor desses ativos – da moeda doméstica para a moeda estrangeira. Nesse sentido, pode-se definir a taxa de câmbio de um país como o número de unidades de moeda de um país necessário para se comprar uma unidade de moeda de outro país. Em outras palavras, é o preço de uma moeda em termos de outra. Podemos verificar a influência desta sobre a economia através da mídia. Por exemplo, de olho nos EUA, Brics se dizem preocupados com câmbio. A forte desvalorização sofrida pelas moedas da maioria dos países em desenvolvimento nos últimos meses levou o grupo Brics, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a manifestar nesta quinta-feira preocupação com as políticas monetárias de países desenvolvidos que tenham como efeito colateral a pressão sobre a taxa de câmbio das economias em desenvolvimento. Em um encontro informal antes do início da reunião de cúpula do G20 (o grupo das 20 maiores economias mundiais), entre quinta-feira e sexta-feira em São Petersburgo, na Rússia, o grupo expressou preocupação quanto aos "efeitos colaterais negativos não intencionais de políticas monetárias não convencionais de certas economias desenvolvidas". Os Brics também disseram que "a eventual normalização das políticas monetárias precisa ser efetivamente e cuidadosamente calibrada e claramente comunicada". Apesar de não citar textualmente os Estados Unidos, o texto é claramente um recado ao governo americano, cuja política de injetar centenas de bilhões de dólares na economia desde 2010, como forma de estimular o crescimento, teria tido o efeito de desvalorizar o dólar. Com o anúncio feito pelo presidente do Banco Central americano, em maio, de que esse programa de estímulo pode estar chegando ao fim, houve o efeito inverso: a fuga de capitais das economias emergentes e a valorização do dólar em relação às moedas desses países, como o real. Ainda assim, a reunião entre os líderes dos Brics não chegou a um acordo sobre uma possível ação coordenada entre os países emergentes para combater os efeitos do fim da política de estímulo americana sobre o câmbio, como haviam sugerido alguns integrantes do grupo. Recentemente, o principal assessor econômico do Banco Central indiano havia afirmado que a Índia discutia com outros emergentes um plano para realizar intervenções coordenadas em mercados cambiais no exterior como maneira de conter a pressão sobre as moedas dos países em desenvolvimento. Os Brics esperam que o tema esteja presente no comunicado final do G20, a ser divulgado ao final da cúpula, em breve. Mas um representante do governo americano, o vice- assessor de segurança para comunicações estratégicas da Casa Branca, Ben Rhodes, adiantou que os países em desenvolvimento terão que fazer sua parte, ajustando suas próprias políticas após a recuperação econômica. Os Brics também citaram "progressos" na formação do fundo emergencial de reservas do grupo, no valor de US$ 100 bilhões, explicitando pela primeira vez a divisão da contribuição de cada membro para o fundo: a China, maior economia do grupo, entrará com US$ 41 bilhões; Brasil, Índia e Rússia darão US$ 18 bilhões e a África do Sul garantirá US$ 5 bilhões. O grupo anunciou ainda que houve avanços nas negociações para a formação de um banco de desenvolvimento do bloco, com capital inicial de US$ 50 bilhões. Os líderes dos cinco países disseram esperar "resultados tangíveis"nas negociações para a formação do banco e do fundo até a próxima reunião de cúpula do grupo, que acontece em março do ano que vem em Fortaleza. MÉTODOS QUANTITATIVOS Os métodos quantitativos empregam análise matemática e exigem uma grande amostragem de dados. Os resultados destas informações jogam luz sobre diferenças estatisticamente significativas. Dados contínuos resultam de infinitos valores possíveis que correspondem a alguma escala contínua que cobre um intervalo sem vazios, interrupções ou saltos. As medidas descritivas servem para reduzir um conjunto de dados numéricos a um pequeno grupo de valores que devem fornecer toda informação relevante a respeito desses dados. A medida de tendência central é um valor único que tenta descrever as características de um conjunto de dados, identificando uma posição central dentro do conjunto de dados. Elas podem ser Média, que é a soma de todos os valores de um grupo de dados dividida pelo número de dados, Mediana que é o valor que divide a distribuição dos dados exatamente no meio e Moda que é o valor mais frequente dos dados. As medidas de dispersão servem para avaliar o quanto os dados são semelhantes, descreve então o quanto os dados distam do valor central. Desse jeito, as medidas de dispersão servem também para avaliar qual o grau de representação da média. A técnica de amostragem probabilística é um procedimento em que todos os elementos da população têm uma probabilidade conhecida e superior a zero de integrar a amostra. Os números-índices são o resultado do encadeamento de variações percentuais ao longo do tempo de alguma coisa que se queira medir. Os números-índices são bastante utilizados porque facilitam o cálculo de variações percentuais acumuladas entre determinados períodos do tempo. A deflação de dados é o processo inverso à inflação - uma diminuição do índice de preços no consumidor, uma queda de preços. Difere da desinflação, pois esta é a desaceleração do ritmo do aumento de preços. Quando a inflação reduz-se de 10% ao mês para o de 5%, por exemplo, pode-se dizer que houve desinflação. A inflação reduz o valor real do dinheiro ao longo do tempo; inversamente, a deflação aumenta o valor real do dinheiro. Isto é, compra-se uma maior quantidade de bens com a mesma quantidade de moeda. A deflação está normalmente associada a períodos de recessão. ÉTICA E O CONSUMO A Ética e o consumo cumprem diferentes funções e implicam múltiplas referências como construção social, porém, nos padrões atuais, é insustentável, tanto na perspectiva ambiental quanto da construção de direitos e da cidadania. Para compreender os desafios da construção de ações e políticas capazes de renovar as práticas de consumo, problematizam-se neste artigo as respostas aos dilemas do consumo construídas por atores da sociedade civil, do Estado e do mercado. A comunicação para a construção de discursos e práticas politicamente corretos para o consumo, por parte dos atores pesquisados, para torná-lo sustentável, nem sempre abarca a complexa relação que envolve o meio ambiente nas esferas pública e organizacional. Muito presente nos textos de relatórios empresariais, o desenvolvimento sustentável não é percebido na prática organizacional cotidiana. O consumo sustentável se configuraria como uma das possibilidades de tratamento dos impactos do consumismo, pois envolve mudanças de atitude aliadas à necessidade de transformação do sistema das atitudes e dos valores dos cidadãos. Apesar de ainda não se observar a predominância de um novo modelo civilizatório capaz de superar os dilemas da sociedade do consumo, existem alternativas para promover a sustentabilidade. Esse esforço sugeriria a construção de articulações entre diferentes grupos, quer seja do governo, quer da sociedade civil, quer do mercado, para atender às demandas da população e adotar boas práticas de produção e consumo sustentáveis, por meio da ação política e do exercício da cidadania. Governos de diversas instâncias têm desenvolvido programas ambientais na tentativa de se tornarem exemplos para a sociedade, mas, em alguns momentos, deixam-se arrefecer na falta de continuidade das ações. As organizações da sociedade civil poderão contribuir para a mobilização social quando usarem de sua força política e grande poder de articulação, capilaridade e mobilização, atuando como mediadoras e fiscalizadoras dos projetos e das ações voltadas para o consumo e o meio ambiente na sociedade contemporânea. Os cidadãos, por sua parte, assumindo sua parcela de responsabilidade, poderão, a partir da mobilização social, montar bases para uma atuação articulada na sociedade, fortalecida por um necessário engajamento político, a partir do fortalecimento da cidadania no Brasil. A articulação de todos esses atores poderia conduzir a uma mudança cultural que valorizasse a sustentabilidade. A cidadania é o conjunto de direitos e deveres sociais de um indivíduo em relação à coletividade. Em um mundo cada vez mais violento e desigual, estabelecer quais são as regras de convivência em sociedade é de suma importância para estabelecermos uma nova noção de justiça e igualdade, que garanta um mínimo de bem estar para todos. Para planejar um programa de cidadania corporativa, é interessante estabelecer um espaço institucional para os funcionários exporem as suas propostas em reuniões periódicas. Nessas reuniões, as ações de cidadania corporativa podem ser planejadas com a ferramenta do marketing social, buscando atender as demandas por cidadania, dentro e fora da empresa. A recomendação mais importante é ouvir os funcionários e a comunidade. Estabelecer uma relação de diálogo é fundamental para que esses dois públicos sintam que os seus direitos humanos estão sendo respeitados e desejem contribuir para com o sucesso da corporação. Outra recomendação é estimular o voluntariado, pois este pode gerar um clima de solidariedade interna na corporação que não é possível de ser criado a partir de qualquer treinamento. Quando o funcionário se entende enquanto cidadão, os seus olhos passam a brilhar, o sorriso sai mais fácil, a integração é fluída, o trabalho em equipe vira um prazer e o respeito mútuo se torna uma rotina. O grande impacto da cidadania corporativa é tornar os funcionários em cidadãos que se engajam no alcance dos resultados institucionais, não só porque vão melhorar a sua imagem e sim porque acreditam que a nossa vida pode ser melhor se cada um fizer a sua parte. CONCLUSÃO A economia nasce relacionada a questões morais, não se separando delas na análise normativa das questões econômicas de um mundo em transformação. Contudo, na busca pelo status de ciência, a economia afastou-se da normatividade e aproximou-se cada vez mais da positividade da análise, aparentemente extinguindo sua preocupação com as questões morais. Neste sentido, este trabalho analisou os textos mais importantes de economistas e filósofos que discutem a relação entre economia e ética, a fim de resgatar o debate sobre a importância da ética no estudo da economia. Os economistas deveriam abrir novamente espaço para a ética na formulação das teorias econômicas. Pensar a economia é também pensar sobre as questões morais inerentes ao ser humano e à vida social. A ciência econômica que se pretende positiva não deu conta de resolver, de modo suficiente, problemas graves a que se propôs solucionar. Contudo, não se trata de abandonar a positividade, mas de promover a retomada do aspecto normativo do estudo da economia, fundamental para a produção de uma ciência econômica aperfeiçoada, mais humana e, portanto,mais capaz de dar respostas à sociedade para a solução de seus problemas. REFERÊNCIAS AMADO, Adriana Moreira; MOLLO, Maria de Lourdes Rollemberg. Noções de macroeconomia: razões teóricas para as divergências entre os economistas. Barueri: Manole, 2003. CASTANHEIRA, Nelson Pereira. Métodos quantitativos. Curitiba: IBPEX, 2008. GALLO, Sílvio. Ética e cidadania: caminhos da filosofia: elementos para o ensino de filosofia. 11. ed. Campinas: Papirus, 2003. www.scielo.br www.gazetadopovo.com.br www.socialtec.org.br www.bbc.co.uk www.noticias.r7.com
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