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Datação das Rochas

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Métodos de datação das rochas
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As rochas, agrupam-se, basicamente, de acordo com o seu processo de formação em : 
Rochas magmáticas ou ígneas, que solidificam a partir de material fundido originário do interior da terra.
Rochas sedimentares, que são agregados de fragmentos de rochas preexistentes, de qualquer natureza, a maioria das vezes compactas e cimentadas.
 Rochas metamórficas, que têm a sua origem a partir de qualquer tipo de rocha, cuja composição se altera por acção do calor, pressão ou reacções químicas do interior da terra. 
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Rochas Sedimentares
Características e origem: 
Recobrem, embora de forma descontínua, as rochas magmáticas.
Resultam da alteração das rochas preexistentes, seguida de transporte, deposição e compactação, organizando-se, genericamente, em estratos de orientação inicial horizontal, ou de materiais provenientes da actividade de seres vivos. 
Geram-se à superfície da Terra ou próximo dela.
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São geralmente estratificadas e fossilíferas.
Na sua génese ocorrem, fundamentalmente, duas fases: sedimentogénese ( elaboração de materiais que as vão constituir) e diagénese (evolução posterior dos sedimentos). 
Consoante o tipo de sedimento que as constituem, podem ser classificadas em : detríticas ou clastos; químicas ou de precipitação e biogénicas. 
Representam cerca de 10% do total das rochas existentes na crosta terrestre. 
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As rochas sedimentares detríticas ou clastos: são fragmentos ou minerais resultantes da alteração de rochas preexistentes.
EX: areias; calhaus.
As rochas sedimentares químicas ou de precipitação: resultam da deposição de materiais que se encontram dissolvidos em água e que, em determinadas circunstâncias, precipitam.
EX: Calcite que forma calcário.
As rochas sedimentares biogénicas: resultam da sedimentação de materiais provenientes de seres vivos ou resultantes da sua actividade.
EX: Resto de conchas que podem fazer parte do calcário
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Fenómenos do ciclo sedimentar: 
Meteorização:
Erosão: 
Transporte: 
Sedimentação: 
Diagénese:
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 Ciclo sedimentar 
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Rochas Magmáticas
Características e origem: 
Intrusivas ou plutónicas (quando o magma solidifica no interior da crosta).
 - Apresentam minerais desenvolvidos, identificáveis à vista desarmada, devido ao arrefecimento lento e em profundidade do magma.
EX: Granito
Extrusivas ou vulcânicas (quando o magma solidifica à superfície ou próximo dela).
 - Apresentam minerais de pequenas dimensões, em alguns casos pode existir mesmo uma pequena quantidade de matéria sem cristalizar devido a um arrefecimento rápido do magma.
EX: Basalto 
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Magma: material fluido que resultou da fusão de rochas preexistentes, constituído essencialmente por misturas de silicatos fundidos a elevadíssimas temperaturas. 
Os 3 tipos fundamentais de magmas:
Magma basáltico: contém cerca de 50% de SIo2 e uma pequena quantidade de gases dissolvidos. 
EX: Basalto e Gabro
Magma andesítico: Contém cerca de 60% de SIo2 e bastantes gases dissolvidos.
EX: Andesito e Diorito 
Magma riolítico: Contém cerca de 70% de SIo2 e uma elevada quantidade de gases dissolvidos
EX: Riólito e Granito
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Rochas Metamórficas 
Características e origem: 
Formam-se a partir de rochas preexistentes (rochas magmáticas, sedimentares e outras metamórficas) quando submetidas a condições de pressão e de temperatura elevadas e de ambiente químico diferente daquele em que foram geradas.
EX: gneisse e micaxistos.
Principais factores de metamorfismo: calor, pressão, fluidos de circulação e tempo.
Os fenómenos metamórficos são muito lentos sendo, por isso, o factor tempo muito importante na formação das rochas metamórficas. 
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O ciclo litológico ou ciclo das rochas 
O ciclo das rochas explicita a formação e transformação das diferentes rochas umas nas outras. 
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O que podemos concluir sobre o ciclo das rochas?
Os fenómenos como o metamorfismo, a erosão ou a fusão podem afectar os 3 tipos de rochas (magmáticas, metamórficas e sedimentares).
A erosão (primeira etapa da formação das rochas sedimentares) afecta qualquer tipo de rocha preexistente.
O aumento de pressão e de temperatura pode afectar todo o tipo de rochas.
Os magmas podem ter na sua origem qualquer tipo de rocha.
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O que é um estrato?
O estrato é uma camada mais ou menos homogénea que, aquando da sua formação, se encontrava na posição horizontal.
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O que são fósseis?
Os fósseis são restos de organismos que povoaram a Terra, ou vestígios da sua actividade, em épocas anteriores à nossa e que se conservaram principalmente nas rochas sedimentares.
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Distingue Paleontologia de Paleontólogos.
A ciência que estuda os fósseis chama-se Paleontologia e os cientistas que a praticam recebem o nome de Paleontólogos.
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Processos de fossilização
O Processo de fossilização consiste na forma como os organismos se tornam fósseis. 
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Vários processos de fossilização
Conservação total: Consiste na conservação das partes moles (a conservação total é rara).
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Conservação parcial: Consiste na conservação das partes duras.
 EX: Fósseis de conchas de branquiópodes ( animais frequentes nos mares)
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Substituição: Este tipo de fossilização envolve a substituição completa, ou quase, de partes do organismo por substâncias minerais. 
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Carbonização: Os fósseis que encontramos em excelentes condições, podem também ser formados pela decomposição lenta da matéria orgânica, após o soterramento. (mais frequente nos vegetais). 
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Moldagem: Neste tipo de fossilização não se conservam quaisquer partes do organismo, mas somente uma reprodução ou molde da sua estrutura interna - moldes internos - ou da sua estrutura externa – moldes externos. Permitindo o aparecimento de contramoldes do molde externo. 
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Impressão: Os organismos deixam apenas marcas da sua existência nos sedimentos por onde passaram ou onde foram soterrados: pegadas, rastos, marcas de folhas e de asas são bons exemplos de impressões. 
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Outros vestígios: Podem também conservar-se como fósseis, os ovos de uma animal, que são de grande importância para o estudo das relações entre os seres vivos dessa altura e, ainda, entre eles e o ambiente que os rodeia. 
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A Idade Relativa das rochas
A estratigrafia ocupa-se do estudo, descrição, correlação de idades em classificação das rochas sedimentares. Regra geral, a formação dos estratos faz-se segundo planos Horizontais. 
Como as rochas sedimentares são formadas partícula a partícula, em princípio, qualquer camada mais antiga deve situar - se por baixo de outra mais recente. 
A datação relativa corresponde à determinação da ordem cronológica de uma sequência de acontecimentos. 
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As camadas ou estratos sedimentares inferiores são mais antigas que as superiores. 
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Diferentes princípios podem ser utilizados para fazer a datação relativa de formações geológicas
O Princípio da sobreposição dos estratos, numa série de estratos na sua posição original, qualquer estrato é mais recente do que os estratos que estão abaixo dele e mais antigo do que os estratos que a ele se sobrepõem. 
Este principio foi enunciado pela primeira vez por Niels Stensen , no século XVII.
Assim , um conjunto vertical de estratos forma uma sequência estratigráfica e representa um registo cronológico da história geológica da região.
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Nesta cronologia, o geólogo pode dizer que uma camada de rocha é mais antiga do que outra, mas não pode dizer quantos anos é mais velha, nem sequer quantos anos tem. 
Fig.1) O estrato B é mais velho do que o A e mais novo do que o C e D. 
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Discordâncias estratigráficas
ou lacunas: Consistem nas grandes continuidades no registo geológico, marcadas pela ausência de camadas mais ou menos espessas, que podem ser explicadas pela ausência de sedimentações no local ou por erosão de camadas que existiam. 
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Principio da horizontalidade: afirma que os materiais que formam os estratos se depositam inicialmente segundo planos horizontais. Este princípio foi formulado por Nicolaus Steno em 1689.
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Princípio da Correlação estratigráfica ou da Identidade Paleontológica: Este Princípio admite que os grupos de fósseis aparecem numa ordem definida e que se pode reconhecer determinado período do tempo geológico pelas características dos fósseis. (este princípio deve-se a William Smith). 
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Que fósseis permitem datar as formações geológicas?
Os fósseis de idade ou fósseis estratigráficos, correspondem a seres vivos pertencentes a grupos que sobreviveram durante intervalos de tempo curtos e tiveram grande área de dispersão é que são importantes para estabelecer uma relação entre a idade dos terrenos em que se encontram, ajudando-nos a datar as camadas ou estratos .
EX: As trilobites e as amonites são bons exemplos de fósseis de idade.
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Que informações nos podem fornecer os fósseis de fáceis ou de ambiente?
Os fósseis de fáceis ou de ambiente, apesar de não datarem as camadas, dão-nos preciosas informações sobre o tipo de ambiente que existia, no local onde são encontrados, aquando da sua fossilização. 
EX: As turritelas e os corais são bons fósseis de ambiente. 
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A Idade absoluta das rochas
Os métodos de datação absoluta das rochas apesar de importantes apenas ordenam os acontecimentos numa escala de “antes e depois”, não permitindo estabelecer a duração real dos acontecimentos.
Para tal, existem os chamados métodos radiométricos, que se servem dos elementos radioactivos, como o Urânio,Carbono-14, potássio-40, rubídio para datar as rochas.
Os elementos radioactivos desintegram-se espontaneamente, ao fim de um certo número de anos, dando origem a outro elemento.
A percentagem de desintegração é expressa em termos de meia - vida, isto é, o tempo necessário para que metade do valor inicial do elemento se transforme noutro. 
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A maioria dos elementos radioactivos têm uma meia – vida curta, desintegrando-se em alguns dias ou anos.
Porém, outros desintegram-se muito lentamente.
Existe, por exemplo, um tipo de Urânio que leva cerca de 4,5 milhares de milhões de anos para que metade do seu valor inicial se transforme numa variedade de Chumbo.
Portanto, quando numa amostra de rocha se encontra Urânio e Chumbo, podemos calcular a idade da amostra pela percentagem de Chumbo encontrada. 
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Escala do tempo Geológico
Nos séculos XIX e XX, os geólogos, utilizando os princípios da datação relativa das rochas e juntando informações recolhidas em afloramentos por todo o mundo, elaboraram uma escala do tempo geológico, ou seja fizeram um calendário da idade relativa da história geológica da Terra.
Os nomes atribuídos às grandes Eras geológicas dizem respeito à vida animal: o sufixo – zóico significa “animal” e os prefixos paleo -, meso -, e ceno -, significam respectivamente, “antigo”, “médio” e “recente”.
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Os limites das Eras estão assim relacionados com a história da vida.
Os nomes atribuídos aos Períodos têm que ver com uma região natural ou com as características da época geológica que representam.
Também se consideram espaços de tempo mais curtos, dentro dos Períodos, chamamos Épocas.
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*Tabela cronológica simplificada com Eras, Períodos épocas hoje aceites.
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Conclusão
Com este trabalho pude confrontar as ideias que tinha acerca deste tema com as informações que descobri nos livros e sites que consultei. 
Finalizei este trabalho e também consegui aprender um pouco mais sobre os métodos de datação das rochas.
Quanto ao trabalho, penso que consegui cumprir os meus objectivos na medida em que elaborei um trabalho minimamente completo e correcto.
Espero que tenham gostado.
Obrigado pela vossa atenção.
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Bibliografia
 João Azevedo Henriques, Paula Santana Rebelo, Publicação 2002, Terra em transformação I- 3º Ciclo, Texto Editora, Lisboa.
 Amparo Dias da Silva, Fernanda Gramaxo, Maria Ermelinda Santos, Almira Fernandes Mesquita, Ludovina Baldaia, José Mário Félix, Publicação2004, Terra, Universo de Vida - 11ºAno Porto Editora, Porto.
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Trabalho elaborado por: 
Maria de Fátima Miguel Gomes 
10º C 
Nº: 14 
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Fenómenos do ciclo sedimentar: 
Meteorização: conjunto de alterações químicas e físicas das rochas quando expostas ao tempo. Os processos de meteorização podem ser químicos / e ou físicos. 
Erosão: conjunto de processos naturais que provocam a remoção dos sedimentos formados pela meteorização (vento).
Transporte: conjunto de processos naturais que favorecem a deslocação dos sedimentos (detritos).
Sedimentação: Nesta etapa, os materiais transportados depositam-se constituindo os sedimentos.
Diagénese: Conjunto de transformações químicas e mecânicas que convertem os sedimentos em rochas

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