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DESENVOLVIMENTO HUMANO-freud-eriksson-piaget

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Teorias de Freud, erikson e piaget
DESENVOLVIMENTO HUMANO
Sigmund Freud
Nasceu em 1856 em Freiberg, na Áustria, numa família judia de classe média que, três anos depois, se mudaria para Viena, onde Freud se formou em medicina. Seu interesse pela pesquisa o levou a estudar neuropatologia em Paris. Casou-se com Martha Bernays, com quem teve seis filhos. Experiências clínicas e pessoais, como a morte do pai, foram elaboradas por Freud como teoria psicanalítica e apresentadas pela primeira vez de modo sistemático no livro A Interpretação dos Sonhos (1900), ao qual se seguiram Psicopatologia da Vida Cotidiana (1904) e Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1905). 
Desenvolvimento psicossexual - Freud
1ª concepção tópica
Inconsciente: representante dos instintos e das pulsões, onde ficam depositados os conteúdos mentais censurados. Pode aparecer nos sonhos, atos falhos, esquecimentos, etc.
Pré-consciente: está ligado ao inconsciente e à realidade. Funciona como um mediador, que autoriza a passagem do conteúdo inconsciente de forma disfarçada.
Consciente: localiza-se no limite entre os mundos externo e interno, cuja função é recepcionar as informações deles provenientes.
 
2ª concepção tópica
Id: instância pulsional do psiquismo e seu conteúdo é totalmente inconsciente. É o grande reservatório de impulsos e instintos, é irracional, ilógico e amoral. Está presidido pelo princípio do prazer.
Ego: conjunto de reações que tenta conciliar os esforços e as demandas do id com as exigências da realidade interna e externa. Apresenta conteúdos do inconsciente, consciente e pré-consciente. Tem função adaptativa e está presidido pelo princípio da realidade.
Superego: é a expressão da interiorização das interdições e exigências da cultura e da moralidade, representada pelos pais. É quase totalmente inconsciente, com uma pequena parte consciente. Tem função de cuidado e proteção, mostrando ao ego o que é moralmente inaceitável ou perigoso à integridade da vida.
Estágios do desenvolvimento psicossocial - Freud
Fase Oral
1º ano de vida
Zona erógena: boca e lábios
Dependência do mundo adulto, especialmente da mãe
Prazer em sugar o seio da mãe.
O adulto com fixação nesta fase pode regredir e buscar alívio na comida, no sono, ou de forma mais patológica, na droga.
Estágios do desenvolvimento psicossocial - Freud
Fase Anal
Início do 2º ano até o 3º ano de vida
Zona erógena: processos de eliminação ou retenção.
Prazer em eliminar ou reter as próprias fezes e à importância que os pais dão a essas funções.
Desenvolvimento das faculdades mentais (limpeza, ordem e outros hábitos)
O adulto com fixação nesta fase pode dar origem a rejeição ou expulsão hostil para com outras pessoas, o que também se transfere ao dinheiro, podendo reverter em sintomas como avareza.
Estágios do desenvolvimento psicossocial - Freud
Fases Fálica e Genital
Início do 4º ano de vida até o final da puberdade
Zona erógena: zonas genitais.
Desenvolvimento do Complexo de Édipo
O adulto com fixação nesta fase pode dar origem a dificuldades de crescimento emocional, sofrimento e prejuízos à qualidade de vida.
 
Estágios do desenvolvimento psicossocial - Freud
Período de Latência
Fase contida na fase genital
Inicia-se por volta dos 6 anos e vai até 12 ou 14 anos.
Enfrentamento da sexualidade, onde ocorrem sentimentos de insegurança, ambivalência e culpa inconsciente.
A repressão do instinto pode estar relacionado à dificuldades de aprendizagem, comportamento de reserva e distanciamento.
ERICK ERIKSON
Nasceu em 1902 na Alemanha. Era parte do círculo íntimo de Freud em Viena até fugir da ameaça do nazismo e ir para os EUA em 1933. Sua ampla experiência pessoal e profissional levou-o a modificar e estender a teoria freudiana, enfatizando a influência da sociedade sobre o desenvolvimento da personalidade. Faleceu em 1994.
Desenvolvimento Psicossocial - Erikson
Abrange oito estágios durante o ciclo vital. Cada estágio envolve uma “crise” na personalidade, que surge de acordo com um cronograma de maturação, deve ser satisfatoriamente resolvida para um saudável desenvolvimento do ego. 
O êxito na resolução de cada uma das oito crises exige que um traço positivo seja equilibrado por um traço negativo correspondente. Embora a qualidade positiva deva predominar um traço negativo é igualmente necessário.
Estágios do desenvolvimento psicossocial - Erikson
1. Confiança x desconfiança básica (nascimento aos 12-18 meses)
	As pessoas precisam acreditar no mundo e nas pessoas, mas elas também precisam adquirir certa desconfiança para se protegerem do perigo.
	Virtude: “Esperança”
Estágios do desenvolvimento psicossocial - Erikson
2. Autonomia x vergonha e dúvida (12-18 meses aos 3 anos)
	A criança desenvolve um equilíbrio entre independência e auto-suficiência, e vergonha e dúvida. 
	Ela percebe que há limitações, obrigações, etc., estabelecidas para ela. 
	Há uma dupla exigência para a criança: a necessidade de auto-controle e a necessidade de aceitação do controle exercido por outros no seu ambiente 
	Virtude: “Vontade”
Estágios do desenvolvimento psicossocial - Erikson
3. Iniciativa x culpa (3 aos 6 anos)
	A criança desenvolve iniciativa quando experimenta novas atividades e não é dominada pela culpa.
	A iniciativa combina-se com a autonomia para dar às crianças as condições de busca, planejamento e determinação na consecução de tarefas e de objetivos. 
	Virtude: “Propósito”
Estágios do desenvolvimento psicossocial - Erikson
4. Produtividade x inferioridade (6 anos à puberdade)
	A criança deve aprender habilidades da cultura ou enfrentar sentimentos de incompetência. 
	Virtude: “Habilidade”
5. Identidade x confusão de identidade (puberdade ao início da idade adulta)
	O adolescente deve determinar seu sentido pessoal de identidade (“Quem sou eu?”) ou sentir confusão sobre papéis. 
	Virtude: “Fidelidade”
Estágios do desenvolvimento psicossocial - Erikson
6. Intimidade x isolamento (início da idade adulta jovem)
	A pessoa procura formar compromissos com os outros; em caso de fracasso, pode sofrer de isolamento e auto-absorção.
	Virtude: “Amor”
7. Geratividade x estagnação (idade adulta)
	Adulto maduro preocupa-se em estabelecer e orientar a nova geração, ou então sente empobrecimento pessoal.
	Virtude: “Consideração”
Estágios do desenvolvimento psicossocial - Erikson
8. Integridade x desespero (idade adulta tardia)
	O idoso alcança a aceitação da própria vida, o que lhe permite aceitar a morte, ou então se desespera pela incapacidade de reviver a vida
	Virtude: “Sabedoria”
JEAN PIAGET
Jean Piaget nasceu em 1896 na Suíça e foi precursor da “revolução cognitiva” da atualidade com sua ênfase em processos mentais. 
Piaget tinha uma visão organísmica das crianças, considerando-as seres ativos em crescimento, com seus próprios impulsos internos e padrões de desenvolvimento.
Morreu em 1980.
Conceitos fundamentais no desenvolvimento da inteligência - Piaget
a hereditariedade: herdamos um organismo que amadurece em contato com o meio ambiente, uma série de estruturas biológicas que favorecem o aparecimento das estruturas mentais. Como conseqüência inferimos que a qualidade da estimulação interferirá no processo de desenvolvimento da inteligência. 
Conceitos fundamentais no desenvolvimento da inteligência - Piaget
a adaptação: possibilita ao indivíduo responder aos desafios do ambiente físico e social. Dois processos compõem a adaptação, ou seja,  a assimilação (uso de uma estrutura mental já formada) e a acomodação (processo que implica a modificação de estruturas já desenvolvidas para resolver uma nova situação). 
Conceitos fundamentais no desenvolvimento da inteligência - Piaget
os esquemas: constituem a nossa estrutura básica. Podem ser simples, como por exemplo, uma resposta específica a um estímulo-sugar o dedo quando ele encosta nos lábios, ou, complexos, como o modo de solucionarmos problemas matemáticos. Os esquemas estão em constante desenvolvimento
e permitem que o indivíduo se adapte aos desafios ambientais. 
Conceitos fundamentais no desenvolvimento da inteligência - Piaget
a equilibração das estruturas cognitivas: o desenvolvimento consiste em uma passagem constante de um estado de equilíbrio para um estado de desequilíbrio. É um processo de auto regulação interna. 
A assimilação e a acomodação são mecanismos do equilíbrio
O desequilíbrio é portanto fundamental, pois, o sujeito buscará novamente o reequilíbrio, com a satisfação da necessidade, daquilo que ocasionou o desequilíbrio.
Piaget aborda a inteligência como algo dinâmico, que decorre da construção de estruturas de conhecimento que, enquanto vão sendo construídas, vão se instalando no cérebro. A inteligência portanto, não aumenta por acréscimo e sim por reorganização.
 
 
Estágios do desenvolvimento cognitivo - Piaget
1. Sensório motor (nascimento aos 2 anos)
O bebê gradualmente se torna capaz de organizar atividade em relação ao ambiente por meio da atividade sensório e motora.
A principal característica desse período é a ausência da função semiótica, isto é, a criança não representa mentalmente os objetos. Sua ação é direta sobre eles. Essas atividades serão o fundamento da atividade intelectual futura. A estimulação ambiental interferirá na passagem de um estágio para o outro. 
Nesse estágio, a criança manifesta: 
somente percepção e movimento; 
não há pensamento, nem representação mental;
inteligência prática;
a exploração do ambiente;
um esforço da construção da memória, através de um esquema de conservação. 
 
Estágios do desenvolvimento cognitivo - Piaget
2.Estágio pré-operatório (2 a 7 anos)
A criança desenvolve um sistema representacional e utiliza símbolos para representar pessoas, lugares e eventos. Linguagem e brincadeiras imaginativas são importantes manifestações desse estágio. O pensamento ainda não é lógico.
Este período caracteriza-se:
pelo egocentrismo: isto é, a criança ainda não se mostra capaz de colocar-se na perspectiva do outro, o pensamento pré-operacional é estático e rígido, a criança capta estados momentâneos, sem juntá-los em um todo;
pelo desequilíbrio: há uma predominância de acomodações e não das assimilações;
pela irreversibilidade: a criança parece incapaz de compreender a existência de fenômenos reversíveis, isto é, que se fizermos certas transformações, somos capazes de restaurá-las, fazendo voltar ao estágio original, como por exemplo, a água que se transforma em gelo e aquecendo-se volta à forma original. 
 
Estágios do desenvolvimento cognitivo - Piaget
3. Estágio das operações concretas (7 a 11 anos)
A criança pode resolver problemas logicamente quando eles enfocam o aqui e agora, mas não é capaz de pensar em termos abstratos.
As operações mentais se dão de forma: implicativa (ex: se isso acontece, então....) e disjuntiva (ex: quando ocorre isso, também ocorrerá...)
4. Estágio das operações formais (11 anos a toda idade adulta)
	A pessoa pode pensar em termos abstratos, lidar com situações hipotéticas e pensar sobre possibilidades.
	O adolescente nesse estágio:
ajusta e solidifica as estruturas cognitivas;
é capaz de refletir sobre suas próprias operações, independente de seu conteúdo.
 
Uma escola que se diz fundamentada na teoria de Jean Piaget, deve ter sua prática pedagógica, orientada por alguns princípios básicos:
Ação - as crianças conhecem os objetos usando-os. Um esquema é aplicado a vários objetos e vários esquemas são aplicados ao mesmo objeto. 
Representação - toda atividade deve ser representada, de modo a permitir que a criança manifeste o  seu simbolismo. 
Atividades Grupais -  o desenvolvimento da criança acontece no contato e na interação com outras crianças, daí a necessidade da promoção de atividades em grupo. Não se trata aqui da concepção comum do trabalho em grupo (que a escola interpretou como um grupo de alunos obrigados a trabalhar em conjunto). Piaget pressupõe que o grupo se forme espontaneamente e que o tema pesquisado seja como um verdadeiro problema do grupo. Cabe ao professor criar as situações problemáticas, mas nunca impor um tema. 
Organização - é adquirida através da atividade. É fazendo a atividade que a criança se organiza. 
Professor problematizador - o professor é o desafiador da criança, ele cria dificuldades e problemas. Em instituições com essa fundamentação, a escola não é um passatempo, e sim, um espaço que permite a diversificação e ampliação das experiências das crianças, promovendo a sua autonomia.
Áreas do conhecimento integradas – um currículo escolar de orientação fundada nas teorias piagetianas, as diferentes áreas do conhecimento são integradas. O eixo central desse currículo são as atividades.

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