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Apostila Basica de Hidraulica(Sandretto)

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por Gilberto Baksa Junior - Marketing 1
HIDRÁULICA 
 
1 Introdução 
 
1.1 Histórico: 
Existem apenas três métodos conhecidos de transmissão de potência na esfera comercial: (1) a 
mecânica, (2) a elétrica e (3) a fluídica. 
Naturalmente, a transmissão mecânica é a mais velha delas, por conseguinte, a mais conhecida. 
Começou com o “ilustre desconhecido” inventor da roda e utiliza hoje de muitos outros artifícios 
mais apurados como engrenagens, cames, correias, molas, polias e outros. 
A elétrica, que usa geradores, motores elétricos, condutores e uma gama muito grande de outros 
componentes, é um desenvolvimento dos tempos modernos. É o melhor meio de se transmitir 
energia a grandes distâncias. 
A força fluida tem sua origem, por incrível que pareça, a milhares de anos antes de Cristo. O 
marco inicial, de que se tem conhecimento, foi o uso da potência fluida em uma roda d’água, que 
emprega a energia potencial da água armazenada a uma certa altura, para a geração de energia. Os 
romanos por sua vez, tinham um sistema de armazenamento de água e transmissão, através de 
canais ou dutos para as casas de banho ou fontes ornamentais. 
O uso do fluido sob pressão, como meio de transmissão de potência, já é mais recente, sendo que 
o seu desenvolvimento ocorreu, mais precisamente, após a primeira grande guerra. 
A grande vantagem da utilização da energia hidráulica consiste na facilidade de controle da 
velocidade e inversão, praticamente instantânea, do movimento. Além disso os sistemas são auto 
lubrificados e compactos se comparados com as demais formas de transmissão de energia. 
As desvantagens dos sistemas é que se comparados com a eletricidade, por exemplo, os sistemas 
têm um rendimento baixo, de modo geral em torno de 65%, principalmente devido a perdas de 
cargas e vazamentos internos nos componentes. A construção dos elementos necessita de 
tecnologia de precisão encarecendo os custos de produção. 
 
2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
2.1 FLUIDO 
Fluido é qualquer substância capaz de deformar-se continuamente e assumir a forma do recipiente 
que a contém. Como o presente trabalho trata apenas de circuitos hidráulicos, o fluido que nos 
interessa é o óleo hidráulico. O fluido pode ser líquido ou gasoso. 
 
2.2 FORÇA E PRESSÃO 
 
 
 
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Pode-se definir força, como qualquer causa capaz de realizar trabalho. Por exemplo, se se quer 
movimentar um corpo qualquer, deve-se aplicar uma força sobre ele. O mesmo ocorre quando se 
quer pará-lo. 
Por outro lado, o conceito mais amplo de pressão pode ser entendido como a resistência oferecida 
pelo recipiente ao escoamento de um fluido. Disso decorre duas situações, as observações estática 
e dinâmica. Nas observações estáticas diz-se que “em um fluido confinado sobre áreas iguais 
atuam forças iguais”(princípio de Pascal), nas observações dinâmicas a pressão corresponde à 
energia necessária para vencer as resistência de escoamento decorrentes do atrito e choque dentro 
das tubulações. 
A aplicação mais simples do princípio de Pascal consiste em ao aplicar uma força “F” sobre uma 
superfície “A”, defini-se como pressão “P” , a razão entre a força “F” e a superfície “A”. Por 
exemplo, se se tem uma dada pressão igual a 300000N/m2 (300kPa) distribuída em uma 
superfície de 1m2, diz-se que em cada quadrado de 
lado igual a 1m da superfície considerada, está 
atuando uma força de 300000N (300kN) e pode-se 
dizer, ainda, que se tem 300kN de força atuando 
sobre o corpo. 
No caso da FIG.1, sobre o êmbolo de 1m2 de área 
atua a força de 300kN, resultando numa força de 
900kN sobre o êmbolo de área de 3m2. Portanto, 
com o aumento da área nota-se a multiplicação da 
força aplicada pela razão de acréscimo da área, 
considerando o equilíbrio, ou seja, sistema ideal 
FIGURA 1 Prensa de Joseph Bramah 
O resumo matemático do princípio de Pascal é: 
ou ainda 
onde: P = pressão 
 F = força 
 A = área 
 
A FIG. 2 representa um macaco hidráulico fundamental, onde F é a força que o operador faz e G 
e a força multiplicada pelo macaco. 
Na óleo-hidráulica diz-se que existe pressão em 
determinada parte do circuito hidráulico, quando existe 
resistência ao fluxo de óleo gerado pela bomba. A bomba 
nunca gera pressão, gera somente vazão de óleo. As 
resistências encontradas pelo óleo na sua trajetória são as 
responsáveis pela geração da pressão. 
P.A F ou 
A
FP ========
P
FA ====
 
 
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Como exercício calcule a força “F” do operador do macaco hidráulico para elevar uma carga “G” 
de 20kN, considere as distâncias apresentadas em centímetros e o sistema ideal, sem atrito. 
FIGURA 2 Macaco hidráulico fundamental 
Manômetro de BOURDON 
O tubo de Bourdon consiste de uma escala calibrada em unidades de pressão e de um ponteiro 
ligado, através de um mecanismo, a um 
tubo oval, em forma de “C”. Esse tubo é 
ligado à pressão a ser avaliada. 
 
Observando a FIG. 3 Nota-se que com o 
aumento da pressão no sistema, o tubo de 
Bourdon tende a endireitar-se devido às 
diferenças nas áreas entre os diâmetros 
interno e externo do tubo. Esta ação de 
endireitamento provoca o movimento do 
ponteiro, proporcional ao movimento do 
tubo, que registra o valor da pressão no 
mostrador. Esses instrumentos são de 
boa precisão com valores de erro 
variando entre 0,1 e 3% da escala total. 
FIGURA 3 Manômetro de Bourdon 
A pressão é, normalmente, expressa por kgf/cm2, PSI (pounds square inches - libras por 
polegadas quadradas), bars ou atmosferas. Porém de acordo com o sistema internacional de 
medidas, a pressão deve ser expressa em N/m2 que corresponde a Pa. (Pascal) e seu múltiplos. O 
QUAD. 1 apresenta valores de conversão das unidades de pressão mais usuais. 
 
QUADRO 1 
FATORES DE CONVERSÃO DE UNIDADES DE PRESSÃO 
1 atm 1,0333kgf/cm2 1kgf/cm2 0,9677atm 
1atm 1,0134bar 1kgf/cm2 0,9807bar 
1 atm 14,697psi(lbf/pol2) 1kgf/cm2 14,223 
psi(lbf/pol2) 
1atm 760mmHg 1kgf/cm2 736mmHg 
1bar 0,9867atm 1psi 0,0680atm 
1bar 1,0196kgf/cm2 1psi 0,0703kgf/cm2 
1bar 14,503 
psi(lbf/pol2) 
 1psi 0,0689bar 
1bar 759mmHg 1psi 51,719mmHg 
1MPa 10,2kgf/cm2 1MPa 10bar 
1Mpa 145,04 
psi(lbf/pol2) 
 1MPa 7501,2mmHg 
 
 
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2.3 VAZÃO VOLUMÉTRICA 
 
A vazão de um fluido pode ser determinada de duas formas distintas. Como ela é dada por 1/min 
(litros por minuto) ou g.p.m. (galões por minuto) ou no sistema internacional em m3/seg., etc., 
pode-se determiná-la pela razão do volume escoado do fluido por unidade de tempo ou ainda pelo 
produto da velocidade do fluido versos a área da secção transversal na qual o mesmo está 
escoando. 
 
 
Onde: 
Q = vazão 
A = área 
v = velocidade 
V= volume 
t = tempo 
Para efeito de dimensionamento de tubulações considera-se como velocidades econômicas de 
escoamento de fluxo os seguintes valores: sucção de 0,5m/s a 1,5m/s, para pressão até 10MPa 
2m/s a 12m/s, e para pressão de 10,0MPa a 31,5Mpa. 3m/s a 12m/s e para retorno de 2m/s a 
4m/s.(REXROTH, 1985) 
 
2.4 POTÊNCIA HIDRÁULICA E POTÊNCIA DE ACIONAMENTO 
A potência de um circuito hidráulico normalmente é concebida a partir do atuador para o motor 
de acionamento e para cálculos rápidos considera-se o rendimento total do sistema em torno de 
65%. Daí a potência hidráulica pode ser definida a partir da seguinte expressão: 
 
Onde; 
 Ph = Potência hidráulica (Watt) 
 F = Força desenvolvida considerando uma segurança de ± 10% na carga (Newton) 
 V = Velocidade de movimentação da carga 
(m/s) 
 
Considerando as grandezas envolvidas num circuito 
hidráulico a expressão para cálculo da potência 
hidráulica é: 
 
Onde: 
t
VQ ==== A.vQ ====
VFph ××××====
QPPh ××××====
 
 
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 Ph= Potência hidráulica(Watt) 
 P = pressão de trabalho do circuito (N/m2 = Pa) 
 Q = Vazão volumétrica (m3/s) 
 
A potência de acionamento do motor considerando o rendimento do circuito pode ser calculado a 
partir da seguinte expressão: 
 
FIGURA 4 Elevação de carga 
Onde o denominador da relação é o rendimento total do circuito 
 
2.5 UNIDADE DE POTÊNCIA HIDRÁULICA 
 
O QUAD. 2 apresenta os componentes básicos de uma unidade de potência hidráulica 
representada na FIG. 5. 
 
QUADRO 2 
COMPONENTES DE UMA UNIDADE DE POTÊNCIA HIDRÁULICA 
1. Motor elétrico 2. Entrada de energia elétrica 
3. Capacitor 4. Chave liga/desliga 
5. Saída de pressão 6. Válvula de segurança 
7. Manômetro 8. Retorno para o tanque 
9. Visor de nível 10. Conexão para o tanque 
11. Reservatório 12. Dreno 
13. Flange de acoplamento 14. Bomba de deslocamento positivo 
15. Tubulação de sucção 16. Filtro de retorno 
ηηηη
====
h
ac
PP
 
 
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FIGURA 5 Unidade de potência hidráulica 
 
2.6 TRANSMISSÃO DE ENERGIA HIDRÁULICA 
 
A óleo-hidráulica pode ser definida como um meio de transmitir energia, através de um líquido 
confinado sob pressão. O componente de entrada de um circuito hidráulico denomina-se bomba, e 
o de saída, atuador. 
A maior parte das bombas incorporam vários elementos de bombeamento tais como pistãos, 
palhetas, parafusos ou engrenagens,. Os atuadores, podem ser do tipo linear (cilindro), ou 
rotativo, no caso de motores hidráulicos. 
O circuito hidráulico não é uma fonte de energia. A fonte de energia é o acionador, tal como, o 
motor que gira a bomba. O leitor poderia perguntar então, porque não esquecer a hidráulica e 
ligar a parte mecânica diretamente ao acionador principal? A resposta está na versatilidade de um 
circuito hidráulico, o qual oferece algumas vantagens sobre outros meios de transmissão de 
energia. 
 
3 COMPONENTES HIDRÁULICOS 
 
 
 
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3.1 BOMBAS 
A bomba é provavelmente o componente mais importante e menos compreendido no circuito 
hidráulico. Sua função é a de converter a energia mecânica em energia hidráulica, empurrando o 
fluido hidráulico no circuito. As bombas são feitas em vários tamanhos e formas, mecânicas e 
manuais com diversos mecanismos de bombeamento e para diversas aplicações. Todas as 
bombas, entretanto, são classificadas em uma de duas categorias básicas: Turbobombas (bombas 
centrífugas ou deslocamento dinâmico) ou bombas volumétricas (deslocamento positivo). 
 
3.1.1 TIPOS DE BOMBAS PARA APLICAÇÃO ÓLEO HIDRÁULICA 
 
3.1.1.1 Tipos de bombas de deslocamento positivo de vazão constante 
 
a- manuais 
b- engrenagens 
c- parafusos 
d- palhetas 
e- pistões 
radiais
axiais



 
 
 
3.1.1.2 Tipos de bombas de deslocamento positivo de vazão variável 
 
a- manuais 
b- palhetas 
c- pistões 
radiais
axiais



 
 
3.2 VÁLVULAS 
 
 
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3.2.1 VÁLVULAS LIMITADORAS DE PRESSÃO, DE ALÍVIO OU DE SEGURANÇA 
FIGURA 6 Válvula limitadora de pressão 
 
A pressão máxima do circuito hidráulico pode se controlada com o uso de uma válvula limitadora 
de pressão normalmente fechada. (FIG. 6) Com a via primária da válvula conectada à pressão do 
sistema, e a via secundária conectada ao tanque, o carretel no corpo da válvula é acionado por um 
nível predeterminado de pressão, e neste ponto as vias primária e secundária são conectadas, e o 
fluxo é desviado para o tanque. 
QUADRO 3 
COMPONENTES DA VÁLVULA LIMITADORA DE PRESSÃO 
1. Cone de vedação 2. Sede da válvula 
3. Mola 4. Botão de ajuste 
5. Encaixe do parafuso 6. Porca de trava 
 
 
 
 
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3.2.2 VÁLVULAS DE RETENÇÃO 
 
FIGURA 7 Válvula de retenção 
 
As válvulas de retenção (FIG.7) são aparentemente pequenas quando comparadas aos outros 
componentes hidráulicos, mas elas são componentes que servem à funções importantes e muito 
variadas. 
Uma válvula de retenção consiste basicamente de corpo da válvula , vias de entrada e saída e de 
um assento móvel que é preso por uma mola de pressão 
 
QUADRO 4 
COMPONENTES DA VÁLVULA RETENÇÃO 
1. Corpo da válvula 2. Esfera de vedação 
3. Mola A- Engate macho 
B- Engate rápido (femea) 
3.2.3 VÁLVULAS DE CONTROLE DE FLUXO 
A função da válvula controladora de fluxo (FIG. 8) é a de reduzir a vazão em uma linha do 
circuito. Ela desempenha a sua função por ser uma restrição maior que a normal do sistema. Para 
vencer a restrição é necessário uma pressão maior provocando o desvio do fluxo para outra parte 
do circuito, ou promovendo a abertura da válvula limitadora de pressão deslocando o fluxo para o 
reservatório. São utilizadas quando se deseja controlar a velocidade em determinados atuadores. 
 
 
 
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FIGURA 8 Válvula controladora de fluxo 
 
QUADRO 5 
COMPONENTES DA VÁLVULA CONTROLADORA DE FLUXO 
1. Corpo da válvula 2. Botão de ajuste 
3. Válvula estranguladora 4. Sede da válvula 
5. Esfera de vedação 6. Mola 
A- União macho B- Engate rápido(femea) 
 
3.2.4 VÁLVULAS DIRECIONAIS 
 
3.2.4.1 Considerações Iniciais 
Em sua grande maioria, os circuitos hidráulicos necessitam de meios para se controlar a direção e 
o sentido do fluxo de fluido. Através desse controle, pode-se obter movimentos desejados dos 
 
 
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atuadores (cilindros, motores e osciladores hidráulicos, etc.), de tal forma que, seja possível se 
efetuar o trabalho exigido. 
O processo mais utilizado para se controlar a direção e sentido do fluxo de fluido em um circuito, 
é a utilização de válvulas de controle direcional, comumente denominadas apenas de válvulas 
direcionais. Esses tipos de válvulas podem ser de múltiplas vias que, com o movimento rápido de 
um só elemento, controla a direção ou sentido de um ou mais fluxos diversos de fluido que vão 
ter à válvula. 
 
3.2.4.2 IDENTIFICAÇÃO DE UMA VÁLVULA DE CONTROLE DIRECIONAL 
Para identificação da simbologia das válvulas direcionais (ISO – ABNT)deve-se considerar: 
- Número de posições 
- Número de vias 
- Posição normal 
- Tipo de Acionamento 
Os quadrados (FIG. 9) unidos representam o número de posições ou manobras distintas que uma 
válvula pode assumir. Deve-se saber que uma válvula direcional possui no mínimo dois 
quadrados, ou seja realiza pelo menos duas manobras. 
O número de vias corresponde ao número de conexões úteis que uma válvula pode possuir, 
podem ser vias de passagem ou vias de bloqueio ou a combinação de ambas. 
A posição normal de uma válvula de controle direcional é a posição em que se encontram os 
elementos internos quando a mesma não foi acionada, geralmente é mantida por força de uma 
mola. 
 
 
FIGURA 9 Simbologia de válvulas direcionais 
As numerações de vias e comandos são indicadas por números ou letras: 
 
- vias para utilização (saídas): A - B - C - D ou 2 - 4 - 6 - 8 
 
 
 
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- linhas de alimentação (entrada): P ou 1 
 
- Tanque, escapes (exaustão): R - S - T ou 3 - 5 - 7 
 
- linha de comando (pilotagem): Z - Y - X ou 12 - 14 - 16 
 
3.2.4.3 TIPOS DE VÁLVULAS DIRECIONAIS 
 
FIGURA 10 Válvula direcional principal 4/2vias acionada por alavanca e retorno por mola 
QUADRO 6 
COMPONENTES DA VÁLVULA DIRECIONAL 4/2 VIAS 
1. Carretel 2. Mola 
3. Mola 4. Sede 
5. Alavanca P – Via de pressão 
A – Via de utilização B – Via de utilização 
T – Via de retorno 
 
QUADRO 7 
 
 
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COMPONENTES DA VÁLVULA DIRECIONAL 4/3 VIAS, CENTRO ABERTO 
1. Carretel 2. Sede 
3. Mola 4. Mola 
5. Alavanca 6. Mecanismo de encosto 
P – Via de pressão A – Via de utilização 
B – Via de UtilizaçãoT – Via de retorno 
 
 
 
 
 
FIGURA 11 Válvula de controle direcional 4/3 vias, centro aberto, alavanca e centrada por 
mola 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 12 Válvula de controle direcional 4/3 vias, centro fechado, acionada por alavanca 
e centrada por mola 
 
 
 
QUADRO 8 
COMPONENTES DA VÁLVULA DIRECIONAL 4/3 VIAS, CENTRO FECHADO 
1. Carretel 2. Sede 
3. Mola 4. Mola 
5. Alavanca 6. Mecanismo de encosto 
P – Via de pressão A – Via de utilização 
B – Via de Utilização T – Via de retorno 
 
 
 
 
 
 
 
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3.3 ATUADORES HIDRÁULICOS 
3.3.1 Atuadores lineares 
 
FIGURA 13 Atuador linear ou cilindro hidráulico 
Por se tratar de um atuador, a função básica de um cilindro hidráulico é transformar força, 
potência ou energia hidráulica em força, potência ou energia mecânica. 
O cilindro hidráulico é composto de diversas partes. A FIG. 13 define bem os diferentes 
elementos que, unidos, compõe esse equipamento. 
QUADRO 9 
COMPONENTES DO ATUADOR LINEAR 
1. Êmbolo 2. Vedação do êmbolo 
3. Haste 4. Guia da haste 
5. Vedação da haste 6. Anel raspador 
7. Flange dianteiro 8. Conexão 
9. Cilindro 10. Câmara da haste 
 
 
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11. Câmara do êmbolo 12. Conexão 
3.3.2 ATUADORES ROTATIVOS 
A energia hidráulica fornecida para um motor hidráulico é convertida em mecânica sob a forma 
de torque e rotação. 
FIGURA 14 Atuador rotativo ou motor hidráulico 
QUADRO 10 
COMPONENTES DO ATUADOR ROTATIVO 
1. Sede com dutos de ligação 2. Engrenagem interna fixa 
3. Engrenagem externa 4. União universal 
5. Eixo de saída 
Construtivamente, o motor assemelha-se a uma bomba, excetuando-se, evidentemente, a 
aplicação que é inversa uma da outra. Existem casos, inclusive, em que o equipamento pode 
trabalhar ora como bomba, ora como motor hidráulico. 
 
 
 
 
 
 
 
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4 EXERCÍCIOS PRÁTICOS 
4.1 Montagem e análise do circuito hidráulico fundamental 
 
1 a Experiência: Circuito hidráulico fundamental 
 
 FIGURA 1 – Esquema de montagem 
1. Componentes exigidos: 
I. Unidade de energia hidráulica 
II. Válvula de alívio ou de segurança 
III. Válvula de controle direcional de 3 posições, 4 vias, centro aberto, acionada pôr 
alavanca e centrada pôr mola. 
IV. Atuador linear de dupla ação com dispositivo de carga. 
V. Três manômetros. 
 
2. Procedimento de execução; 
2.1. Selecionar os componentes, localizados abaixo das bancadas e mangueiras necessárias à 
prática. 
2.2. Instalar o circuito, conforme FIG. 1. 
2.3. Solicitar a conferência da montagem pôr parte do professor antes do acionamento da 
unidade de energia hidráulica. 
2.4. Ajuste da válvula de alívio 
2.4.1. Certifique que a unidade de energia hidráulica esteja desligada 
 
 
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2.4.2. Desconecte a mangueira da válvula direcional principal na conecção P 
2.4.3. Ligue a unidade de energia hidráulica 
2.4.4. Regule a válvula de alívio para 2,76Mpa (400 psi), levantando e girando o 
dispositivo de ajuste da mesma, até que se atinja a leitura da pressão desejada no 
manômetro 1. 
2.4.5. Desligue a unidade de energia hidráulica. 
2.4.6. Reconecte a mangueira da válvula direcional principal na conecção P. 
2.5. Com a bomba ligada, mude a posição da válvula direcional principal para que haja a 
expansão do atuador linear. Durante a expansão do atuador regule o dispositivo de carga 
de modo que o manômetro 1 registre a pressão de 1,74MPa (250 psi). Registre no quadro 
as leituras dos manômetros 2 e 3, durante a expansão do atuador. 
2.6. Quando o atuador estiver totalmente expandido e a válvula direcional principal segura 
(atuada); registre no quadro as leituras de pressão dos manômetros 2 e 3. 
2.7. Mude a posição da válvula de controle direcional para retrair o atuador e durante a 
retração registre as leituras de pressão dos manômetros 2 e 3. 
2.8. Quando o atuador estiver retraído e a válvula direcional principal segura(atuada); registre 
no quadro as leituras de pressão dos manômetros 2 e 3. 
2.9. Responda o questionário em grupo e chame o professor para uma avaliação oral sobre os 
fatos ocorridos durante a experiência. 
2.10. Desfaça o circuito, limpe o óleo da bancada e dos componentes, bem como, recoloque-os 
nos devidos lugares. 
 
QUADRO 1 
LEITURAS OBTIDAS NOS MANÔMETROS 
 PRESSÃO MPa (PSI) 
Man 01 Man 02 Man 03 
Pistão em expansão 
Pistão expandido 
Pistão em retração 
Pistão retraído 
 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1 Esboce o circuito utilizando símbolos padronizados e indique com setas de cores diferentes o 
caminho do fluido para cada posição da válvula direcional principal. 
 
2 Há diferença nas leituras de pressão entre os manômetros 2 e 3, durante o movimento de 
avanço ou de retração? Porque? 
 
3 Durante a retração do pistão a pressão evidenciada pelo manômetro 2 é maior que a exigida 
para a expansão. Porque? 
 
 
 
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4 Explique as leituras de pressão dos manômetros 2 e 3, quando o acionamento da válvula 
direcional principal for mantido seguro, com o pistão completamente expandido e 
completamente retraído 
4.2 Montagem e analise do circuito de avaliação da perda de carga 
 
2 a Experiência: Estudo da perda de carga 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 1 – Esquema de montagem 
 
3. Componentes exigidos: 
VI. Unidade de energia hidráulica 
 
VII. Válvula de alívio ou de segurança 
 
VIII. Dois manômetros 
 
IX. Três dispositivos de ligação. 
 
4. Procedimento de execução; 
4.1. Selecionar os componentes, localizados abaixo das bancadas e as mangueiras necessárias. 
 
4.2. Instalar o circuito 1, conforme FIG. 1. 
 
4.3. Solicitar a conferência da montagem pôr parte do professor antes do acionamento da 
unidade de energia hidráulica. 
 
4.4. Ajuste da válvula de alívio para 2,07MPa (300 PSI). 
 
4.5. Registre as leituras de pressão do manômetro 2 e, para cada posição (A); (B) e (C), do 
manômetro 3. 
 
4.6. Efetue as modificações na montagem conforme circuito 2 da FIG. 1. 
CIRCUITO 1 CIRCUITO 2 
 
 
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4.7. Registre as leituras de pressão do manômetro 2 e, para cada posição (A); (B) e (C), do 
manômetro 3. 
 
 
4.8. Após a argüição do professor, desfaça a montagem, limpe o óleo derramado e recoloque 
os componentes nos respectivos lugares. 
 
 
QUADRO 1 
LEITURAS OBTIDAS NOS MANÔMETROS 
CIRCUITO 1 CIRCUITO 2 
PRESSÃO MPa (PSI) PRESSÃO MPa (PSI) 
Man 2 Manômetro 3 Man 2 Manômetro 3 A B C A B C 
 
 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1 Esboce o circuito 1 utilizando símbolos padronizados. 
 
2 O que causou a variação de pressão observada no circuito 1? 
 
3 Explique a variação de pressão observada no manômetro 2 e 3 do circuito 1. 
 
4 Cite quatro métodos que poderiam ser utilizados para reduzir a queda de pressão observada 
no circuito 1? 
 
5 Pronuncie a lei básica que representa as leituras de pressão observadas no circuito 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.3 Montagem e analise do circuito de força e pressão induzida 
 
3 a Experiência: Pressão e Força 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIRCUITO 1b CIRCUITO 1a 
CIRCUITO 2 
 
 
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FIGURA 1 – Esquema de montagem 
 
1.Componentes exigidos: 
I. Unidade de energia hidráulica 
II. Válvula de alívio ou de segurança 
III. Válvula de controle direcional de 3 posições, 4 vias, centro aberto, acionada pôr 
alavanca e centrada pôr mola. 
IV. Atuador linear de dupla ação com dispositivo de carga (Ø do êmbolo 28,58mm e 
Ø da haste = 15,88mm). 
V. Três manômetros. 
 
2. Procedimento de execução; 
2.1. Selecionar os componentes, localizados abaixo das bancadas e as mangueiras necessárias. 
2.2. Instalar o circuito 1a, conforme FIG. 1. 
2.3. Solicitar a conferência da montagem pôr parte do professor antes do acionamento da 
unidade de energia hidráulica. 
2.4. Ajuste da válvula de alívio 1,38MPa (200 PSI) 
2.5. Registre as leituras de pressão do manômetro 3 para os ajustes da válvula de alívio 
respectivamente para 1,38MPa (200 PSI), 1,74MPa (250 PSI), 2,07MPa (300 PSI), 
2,41MPa (350 PSI), 2,76MPa (400 PSI). (Antes de iniciar as leituras certifique-se que o 
atuador linear esteja retraído) 
2.6. Instale o circuito 1b, conforme FIG. 1. 
2.7. Registre as leituras de pressão do manômetro 3 para os ajustes da válvula de alívio 
respectivamente para 1,38MPa (200 PSI), 1,74MPa (250 PSI), 2,07MPa (300 PSI), 
2,41MPa (350 PSI), 2,76MPa (400 PSI). (Antes de iniciar as leituras certifique-se que o 
atuador linear esteja estendido) 
2.8. Instale o circuito 2, conforme FIG. 1, e ajuste a válvula de alívio piloto para 2,07MPa 
(300 PSI). 
2.9. Afrouxe o dispositivo de carga localizado na haste do atuador linear. 
2.10. Estenda o atuador linear e anote as pressões dos manômetros 2 e 3. 
2.11. Retraia o atuador linear e anote as pressões dos manômetros 2 e 3. 
2.12. Aumente gradativamente a carga do dispositivo de carga e registre as leituras dos 
manômetros 2 e 3 quando o atuador expandir mas não retrair mais. 
 
QUADRO 1 
LEITURAS OBTIDAS NOS MANÔMETROS 
PRESSÃO MPa (PSI) PRESSÃO MPa (PSI) CIRCUITO 1a CIRCUITO 1b 
MAN. 2 MAN. 3 MAN. 2 MAN. 3 DESCRIÇÃO MAN. 2 MAN. 3 
(200) (200) Atuador expandido 
sem carga 
 
(250) (250) 
(300) (300) Atuador retraído 
sem carga 
 
(350) (350) 
 
 
por Gilberto Baksa Junior - Marketing 23
(400) (400) 
 
Pressão do manômetro 3 durante a última expansão = 
Pressão do manômetro 2 quando o cilindro não puder retrair mais = 
 
 
 
 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1 Esboce o circuito 2 utilizando símbolos padronizados. 
 
2 Pôr que a pressão registrada no manômetro 3 é mais alta do que a pressão registrada no 
manômetro 2 do circuito 1a ? 
 
3 No circuito 1b a pressão registrada no manômetro 3 é mais baixa que a pressão registrada no 
manômetro 2, Pôr que? 
 
4 Com base no conceito de força [ F = P x A ], determine a expressão que explica as leituras de 
pressão obtidas nos circuitos 1a e 1 b. 
 
5 Explique porque no último movimento no circuito 2 o atuador avança e não retrai mais? 
 
6 Plote num gráfico P2 X P3 as leituras obtidas nos manômetros 2 e 3 dos circuitos 1a. e 1b, 
respectivamente, e explique o que representa o coeficiente angular das curvas obtidas. 
 
5 BIBLIOGRAFIA 
PARKER HANNIFIN CO., Tecnologia hidráulica industria, Centro Didático de Automação 
Parker Hannifin – Divisão Schrader Bellows 
REXROTH, Treinamento hidráulico – curso thr, Rexroth Hidráulica Ltda, 1985 
PALMIERI, A.C., Manual de hidráulica básica, Albarus, 
DRAPINSK, J., Hidráulica e pneumática industrial e móvel, São Paulo, SP, MacGraw Hill do 
Brasil, 1977, 287p.

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