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9/6/11 1 1/28 Mito 1: Os surdos brasileiros usam a linguagem brasileira de sinais para se comunicar. 2/28 Para se referir às línguas de sinais, devemos u9lizar o termo LÍNGUA e não linguagem. A par9r de pesquisas cienDficas, comprovou-‐se que as línguas de sinais são línguas com caracterís9cas comuns às línguas orais. Ou seja, os surdos brasileiros comunicam-‐se pela Língua de Sinais Brasileira – Libras. 3/28 Mito 2: A forma de comunicação dos surdos é simplesmente uma linguagem, já que as verdadeiras línguas são as línguas faladas. 4/28 9/6/11 2 As línguas de sinais tem caracterís9cas comuns às línguas faladas. No entanto diferenciam-‐se delas por serem de uma modalidade diferente – são produzidas por meio das mãos e percebidas por meio da visão. Logo, temos duas modalidades de língua: • línguas orais audi9vas – português, espanhol, francês etc; • línguas espaço-‐visuais – Língua de Sinais Brasileira, Língua de Sinais Espanhola, Língua de Sinais Francesa etc. 5/28 Mito 3: O alfabeto manual é a língua de sinais. 6/28 O alfabeto manual é apenas uma forma de representação da ortografia da língua oral. É u9lizado em situações específicas, como, por exemplo, a indicação do nome de alguém. Para nos comunicarmos em Libras, usamos os sinais. Veja o nome: ANA 7/28 Mito 4: As línguas de sinais são limitadas e só se referem ao concreto. 8/28 9/6/11 3 U9lizando as línguas de sinais, podemos falar de qualquer assunto, referente a qualquer área do conhecimento humano. Podemos, em Libras, contar histórias, falar sobre esporte, polí9ca, Zsica etc. 9/28 Mito 5: Todo surdo é mudo. 10/28 Nem todo surdo é mudo. Historicamente, os surdos receberam a denominação “surdos-‐mudos” devido à crença de que eles não podiam falar. No entanto, os surdos não apresentam nenhum comprome9mento no aparelho fonoar9culatório (lábios, língua, laringe) que os impeça de falar e, se fizerem tratamento fonoaudiológico, podem aprender a falar. 11/28 Mito 6: O surdo tem pensamento concreto. 12/28 9/6/11 4 Para desenvolvermos determinados 9pos de pensamento (abstração, generalização etc.), precisamos do suporte de uma língua. Se o surdo adquirir língua de sinais na infância, ele poderá desenvolver a cognição normalmente, através da interação com as pessoas e com o meio. 13/28 Na maioria dos casos, os surdos não têm acesso a nenhuma língua: não têm acesso à língua oral, pois a surdez promove a perda da audibilidade de pistas acús9cas importantes para a percepção e produção da fala, interferindo na comunicação oral; não têm acesso à língua de sinais, pois poucos surdos são provenientes de famílias surdas e, no caso de surdos filhos de pessoas ouvintes, ainda há muitos preconceitos em relação a essa língua por parte da sociedade. Além disso, há pouquíssimos projetos que garantam às crianças surdas a interação com falantes da Libras. 14/28 Mito 7: Os surdos captam 100% do que é falado através da leitura labial. 15/28 Em condições ideais, os surdos que aprenderam a ler os lábios “captam” de 30% a 40% do que é dito, recorrendo bastante à inferência e à dedução para compreender a fala. 16/28 9/6/11 5 Mito 8: Basta saber Libras para ser intérprete. 17/28 Para ser intérprete de Libras-‐Língua Portuguesa, não basta saber se comunicar ou ser fluente em Libras. O intérprete deve dominar as duas línguas e saber “transitar” entre elas, conhecer a cultura surda e fazer cursos específicos na área de tradução/interpretação. Além disso, é desejável que se tenha raciocínio rápido, intuição, concentração e boa memória. 18/28 Mito 9: Existe uma língua de sinais universal. 19/28 Não há uma língua de sinais compar9lhada por todos os surdos no mundo. As várias línguas de sinais que existem são dis9ntas umas das outras, embora possa haver semelhanças nas regras grama9cais de algumas línguas com raízes históricas semelhantes (ASL e Libras, por exemplo). 20/28 9/6/11 6 Mito 10: Línguas de sinais são feitas de gestos similares a mímica. 21/28 Línguas de sinais têm uma estrutura grama9cal complexa, em que unidades menores (como palavras) são combinadas em unidades maiores (como sentenças). Essa estrutura composicional encontra-‐se em todos os níveis linguís9cos: fonologia, morfologia, sintaxe e no discurso. 22/28 Mito 11: Línguas de sinais são baseadas nas línguas orais. 23/28 Línguas de sinais são independentes das línguas orais dos países onde são usadas. Libras é bem diferente do português, assim como ASL é diferente do inglês. O português, por exemplo, marca o tempo verbal nas terminações do verbo: Ex.: amo, amei, amava A Libras expressa o tempo lexicalmente: Ex.: com advérbios -‐ agora, ontem, amanhã 24/28 9/6/11 7 Mito 12: Línguas de sinais não podem expressar as mesmas su9lezas e significados complexos como as línguas orais. 25/28 As línguas de sinais possuem o mesmo poder de expressão que as línguas orais. Elas podem expressar conceitos complicados no mesmo grau de explicitude e eloquência que as línguas orais. Esse mito parte da concepção errônea de que existam línguas “primi9vas” ou línguas inferiores umas às outras. 26/28 x 27/28 x x 28/28
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