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CRIMINOLOGIA I, Prof. Vanessa, UFRGS

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vanessa.chiari@ufrgs.br
BIBLIOGRAFIA:
BARATTA, Alessandro. “Criminologia Crítica e Crítica ao Direito Penal”. Rio de Janeiro. Freitas Bastos
Até o cap. 9º, exceto o 2º.
Prova dia 12/05
Trabalho Punição 26/05
Livros: Criminologia crítica e crítica do direito penal
Estudar Questões Prova
a) A Escola Positiva assim como a Escola Clássica defendem uma ideologia de defesa social. A diferença entre as duas está na explicação do comportamento criminoso, que para os clássicos está no exercício do livre arbítrio e para os positivistas está na periculosidade do agente por fatores especialmente biológicos.
b) Enrico Ferri compatibilizou os fatores biológicos com os sociais na definição das cinco categorias de delinquentes: o nato, o louco, o habitual, o ocasional e o passional.
c) A anomia corresponde a um estado de desorganização que pode levar a completa perda de sentido.
d) Na visão da psicanálise, para Theodor Reik, a punição do desviante também satisfaz a necessidade da sociedade impelida pela identificação inconsciente com os impulsos agressivos do delinquente.
e) A teoria do etiquetamento pressupõe a percepção de que o fenômeno do crime não é uma realidade ontológica, mas sim decorrente de uma construção social a partir da estigmatização de condutas e de pessoas.
f) As teorias sociológicas são mais coerentes como modelo explicativo da criminalidade de grupos. Percebe-se claramente a influência do grupo e do sentimento de pertença na atitude agressiva de cada um de seus membros.
g) A teoria das subculturas criminais complementada pela teoria das técnicas de neutralização são essenciais para explicação de ataques agressivos contra membros de subculturas rivais.
h) Matar os pais a facada (muitas) para ficar com o dinheiro do seguro (não roubou objetos de valor no ato do crime): Pode ser explicado pela teoria do sentimento de culpa, de Freud, pois, há uma tentativa de confissão de seus instintos reprimidos pelo superego. Então, através do crime, permitiria a necessidade do inconsciente de punição, por isso o caráter do crime não é patrimonial, mas de pura violência. Por outro lado, o crime poderia ter sido feito por beneficie financeira, estando de acordo com a teoria estrutural funcional onde há desorganização do criminoso na percepção dos fins e os meios para obtê-lo.
Aula 10/03/2014
“Dos delitos e das penas...” CÉSARE BECARIA => (procurar google)
http://www.abrasd.com.br/biblioteca/direito/Dos%20Delitos%20e%20das%20Penas%20-%20Cesare%20Beccaria.pdf
O criminoso é uma pessoa infeliz. => merece uma pena a fim de ser corrigido.
Estudar causas (criminologia) e condutas (vitimologia, recente, após 2ª Guerra) criminais => processo penal (código penal, ou condutas e penas previamente consideradas em lei)
código => artigo exercício de poder punitivo
Não se admite que as regras sejam regidas por normas esparsas (sem lei específica) => escola positivista
a escola clássica funda o direito criminalista
Noções preliminares:
Criminologia
MACROCRIMINOLOGIA => formas de criminalização de condutas do ponto de vista da sociedade em que está inserido.
MICROCRIMINOLOGIA => parte do ponto de vista do agente “Será que há anormal no agente?
Escola Clássica => Antecede o Direito da Criminologia, estabelece bases iniciais do Direito Penal.
Contratalismo
Unilatarismo => Jeremias Benthan => penas ...............
Livre Arbítrio
Aula 24/03/2014
Escola Clássica e Escola Positivista => Ideologia da defesa social
A pena não pode ser desproporcional, pois há quebra do contrato social (justiça com as próprias mãos, etc.)
Escola Positivista
Criminologia => final do séc XIX, escolas positivistas (mais importante: italiana) CESAR LOMBROSO => traça o perfil do criminoso, quem é o criminoso, por que determinadas pessoas praticam crimes violentos (dementes morais = seres primitivos).
final do séc XIX => “a ciência é Norma/Verdade incontestável”
Teoria da Origem das Espécies – Charles Darwin
Ainda não há Froude da psicanálise
Traçar o perfil do criminoso, estudos em penitenciária => existem certos seres humanos que não acompanharam a evolução da teoria das espécies (“o criminoso é um ser primitivo”).
O homem vive melhor em grupo do que sozinho. Se não consegue viver em sociedade é porque não tem essa característica evolutiva. => Fisicamente deve se assemelhar aos homens das cavernas.
LOMBROSO => fisionomista, a biologia determina o comportamento (afasta o livre arbítrio)
Paradigma etiológico => estudo da diferença do criminoso (anormal) dos cidadãos comuns, precisa ser tratado.
ENRICO FERRI => Delinquentes...
nato => igual LOMBROSO
louco => doente mental
habitual => crime por oportunismo
ocasional => impulsionado pela emoção coletiva
passional => paixões pessoais
RAFAELI GAROF => sistematiza ideias positivistas para serem adotadas nas legislações penais (Código Penal).
Peribilidade (periculosidade) => não responde por seus atos, mas recebe uma “medida de segurança” e vai para o hospital psiquiátrico. Pessoas anormais “esquizofrenia”.
Aula 31/03/2014
Escola Clássica
Parte do pressuposto que o crime é um fenômeno fático de violação à norma penal. O crime é reprovável pois viola os valores sociais.
Foucault => “Antes da Escola Clássica os suplícios tinham um importante papel na execução das penas”.
Beccaria => Escola moderna, logo antes da Revolução Francesa
Iluminismo: Jean Jacques Rousseau - O contrato social
O contrato social está na base da autoridade do Estado e das leis e sua função deriva da necessidade de defender a coexistência dos interesses individuais no Estado civil; pena de morte contrasta com o contrato social.
“A pena deve ser mínima suficiente, mas proporcional- deve ser suficiente quanto útil”- Ideia de garantia da felicidade coletiva – UTILITARISMO.
Escola Psicanalítica
Séc. XX => descoberta do inconsciente por Froude e Revolução Feminista
Foroude:
ID => nossa condição biológica (instintos);
EGO => nossa parte consciente, tudo aquilo que leva a razão;
SUPEREGO => conjunto das restrições/limites das normas que recebemos do meio (educação, valores, convivência social, observação do comportamento, vergonha, o que os outros vão achar), influencia nos atos;
INCONSCIENTE => a partir das nossas vivências, vamos calcando/construindo o inconsciente, não temos acesso a ele, pode influenciar/determinar nossas atitudes muito mais do que pensamos.
Personalidades:
Neurótica (Superego extremamente reforçado, plena consciência de seus limites por isso beira ao pessimismo);
Psicótica (cria um mundo fantasioso, não sofre);
Borderline, Perverso (Teoria mista, vive no mundo real mas almeja uma realidade que não é possível, manipula a realidade para atender a seus interesses)
Mãe ausente => filho depressivo
Mãe excessivamente boa, sem limites => filho perverso
O Delito representa a confissão de um extinto desviante que foi recalcado pelo superego (reprime o sentimento agressivo), se encontra no inconsciente gerando um sentimento de culpa (pode confessar o crime ID, instintivo).
Theodore Reik:
Concorda com Froude, certos tipos de crime representam um instinto reprimido, mas a pena tem necessidade de punição (por isso certos criminosos deixam pistas). A pena satisfaz a necessidade de punição da sociedade (linchamento por pessoas que são antissociais, ânsia de punimento pois fazem um esforço enorme para conseguir controlar seus instintos).
Paul Reiwald:
A sociedade projeta e transfere para o criminoso as frustrações e os recalques decorrentes das pulsões reprimidas e amotinadas na coletividade (teoria do bode expiatório).
Alexander e Staub:
Normalmente as pessoas que optam pelas carreiras vinculadas à repressão são aquelas com instinto mais anti-sociais.
Aula 07/04/2014
Meio de inserção do criminoso, Cultura, Valores
Escola estrutural funcionalista
Durkheim:
O crime é um desvio (de qualquer grupo social), não existe nada de anormal nisso.
Noção de ANOMIA => Estado de desorganização, ausência de sentido, depressão (a pessoa não sabe mais reconhecero que ela é, sentido de existência), não decorre necessariamente devido a um fracasso, mas também de um sucesso inesperado. Obra: “O Suicídio” 
Robert Merton:
O desvio decorre entre as metas/objetivos sociais (culturais, fruto da sociedade onde se vive) e os meios disponíveis para alcançar essas metas.
Conformidade => Aceitam-se as metas e os meios;
Ritualismo (em não alcançar as metas, ou com o meio para atingi-la TRABALHO e não ROUBO) => cumpre as regras (apesar de desprezá-las);
Inovação (adesão às metas, mas não aos meios) => DELITO;
Retraimento => rejeição das metas/objetivos sociais (drogados, psicóticos, etc.).
Apatia (negação de tudo) => nega as metas e os meios, mas cumpre as regras por receio/medo da punição;
Rebelião/Revolução => afirmação de novas metas e novos meios.
O comportamento criminoso equivale à inovação, diante da anomia, embora também não seja de se descartar que, em alguns casos, a rebelião também pode corresponder à conduta delinquente.
Aula 14/04/2014
Escola da socialização defeituosa
Sutherland – “o crime é aprendido “ - Vivência com pessoas que hajam conforme a lei ou com um comportamento desviante (práticas comuns).
Teoria da Associação Diferencial => o crime é aprendido, o poder tem alto poder de corromper, o crime decorre da adequação/inovação, explica o crime na alta sociedade.
Todo o estudo da criminalidade é relativo, pois nos dados oficiais é desconsiderada a cifra obscura da criminalidade (não entra nas estatísticas)
Os três autores delineiam no tema bandos juvenis:
Teoria as subculturas criminais => por identidade, ou por carência, pessoas aderem a valores comuns, em dissidência dos valores praticados pela maioria. Se constituem grupos/tribos que optam por comportamentos contrários as normas legais. Criam estratégias de afirmação de sua cultura que não tem relação com o código de ética da população em geral.
Aula 28/04/2014
Técnicas de neutralização da conduta ilícita/ mecanismos de justificativa do desvio.
exclusão da própria responsabilidade => tentativa de dizer que sua participação foi de menor importância
negação da danosidade => discurso que ameniza o dano
desqualificar a vítima ou o material => “a vítima mereceu”
condenação das instâncias judiciais, policiais => “a polícia é corrupta”
fidelidade ao grupo => valor que precisa ser preservado
Mudança de paradigma em criminologia
Paradigma etiológico => visa descobrir as causas da criminalidade, problema psiquiátrico/biológico, problemas do meio em que está inserido.
O que existe de problemático com o sujeito se ele infringiu a norma.
Teoria do etiquetamento => só é possível dizer que houve um desvio se eu já rotulei as condutas certas e erradas (não há etiologia). Ao cometer uma conduta errada o desviante é rotulado de criminoso e termina com a condenação do sujeito.
O estudo não se volta para as causas da criminalidade, mas se volta para os mecanismos de repressão penal (estuda o sistema, como se dão os processos de criminalização de condutas de pessoas).
Será que todas as pessoas que infringem as normas são criminalizadas de maneira semelhante, sem contar com a cor da pele ou status social?
Na verdade, todos nós somos estigmatizados e estigmatizamos os outros (classificar como simpática, verdadeira).
ESTIGMA => Quando alguém é classificado de maneira negativa.
Os rótulos estabelecidos têm relação com as experiências de vida da pessoa que estabeleceu.
O policial, o promotor, o juiz, podem estigmatizar o réu (julgamentos precipitados).
Os valores sociais estão em constante construção. Quem é definido como desviante e será que esse rótulo de desviante tem efeitos para além do próprio delito => a foro íntimo gera efeitos que tem a ver com o TEOREMA DE THOMAS: Se algumas situações são definidas como reais, elas serão reais nas suas consequências (os rótulos estabelecidos tem consequência/efeitos na pessoa rotulada).
Mesmo uma pessoa que foi rotulada como criminosa, ela tende ao desvio secundário (assumir uma identidade desviante e consequentemente ingressar em uma carreira criminosa).
Aula 05/05/2014
Labeling aproach => paradigmática (promove uma transformação na criminologia), antes o problema era focado no sujeito delinquente (biológico, psicológico, meio), insuficiente para a criminologia.
Avalia o sistema de repressão como um todo => olhar especial sobre o funcionamento de justiça criminal.
O direito penal, na prática, não tem uma aplicação igualitária
momento da criminalização primária, das condutas/normas => penas previstas para roubo podem ser maiores que para homicídio; de liberdade e à vida são menos protegidos que bens patrimoniais.
momento da criminalização secundária => começa com a atuação da polícia e passa pelo ministério público até a sentença, (grau de instrução do réu, vestimento)
momento da criminalização terciária => estigmatiza quem passa pelo sistema presidiário (ex-presidiário).
Recepção alemã da teoria do labeling aproach
Cifra obscura/negra da criminalidade => são os crimes que acontecem, mas que não ingressam nas estatísticas oficiais porque não chegam ao conhecimento do estado; crimes do colarinho branco.
Cifra dourada => separa da cifra negra os crimes do colarinho branco.
Regras (normas, leis penais) X Meta-Regras (normas de interpretação, construídas a partir dos nossos conceitos e pré-conceitos)
Sociologia do conflito (Ralf Dahrendorf)
Delitos naturais => comummente a sociedade tem interessem em reprimir (10 mandamentos, roubo, homicídio, bens jurídicos que a sociedade em geral acham importantes).
Delitos artificiais => constituídos a partir de grupos de poder (as leis ordinárias federais são competentes para criminalizar condutas, elaboradas pelo poder legislativo, decisão política por aqueles que detém o poder naquele momento histórico; relação de domínio político/econômico).
As relações de domínio geram um conflito, então surge a mudança (almejar determinados fins mas não possui os meios).
Existem conflitos que são realísticos (manifestações sobre promessas não cumpridas) e não realísticos (são mecanismos de extravazamento das tensões sociais, quebra-quebra nas manifestações pacíficas).
Criminologia crítica (NÃO CAI NA PROVA)
Teoria marxista da teoria do etiquetamento com foco na cultura capitalista => criminalizando a pobreza (crimes patrimoniais, pessoas necessitadas, forma de obter lucro sem trabalhar), o sistema de repressão funciona como controle social e manutenção da ordem pública.
Aula 02/06/2014
Desigualdade do sistema => estigmatizarão dos estratos (oprimidos)
Policiamento ostensivo para combater determinado crime ou atuar em determinada área.
MARXISMO => capital (concentração de ‘mais valia’ – bônus da força de trabalho) X força de trabalho (contingente de reserva, massa de desempregados).
Planejamento dos teóricos críticos => ciclo virtuoso entre o índice de pleno emprego e a força de trabalho.
se aumenta o desemprego então aumenta-se o encarceramento;
se diminui o desemprego deve-se buscar reduzir o encarceramento.

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