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Funções de Várias Variáveis Aula 01 – Cálculo Vetorial Professor: Éwerton Veríssimo Introdução • Cálculo Vetorial – Estuda-se funções de várias variáveis e campos vetoriais, ou seja: mn RRf : Funções de Duas Variáveis • Regra ou lei matemática que associa duas variáveis independentes a uma variável dependente. – Exemplo: • Volume de um cone • Índice de Massa Corporal • Volume de um cilindro circular hrhrV 2),( Funções de Duas Variáveis Definição: Seja D um subconjunto (região) do espaço R2 (plano). Chama-se função f de D toda relação que associa, a cada par (x,y) D, um único número real, representado por f(x,y). O conjunto D é o domínio da função. Assim, D é o domínio da função em R2, f é a função f(x,y) é o valor da função calculado em (x,y). Exemplos de valores de função de 2 variáveis: Ex1: se f(x, y) = x 2 + 2y, então f(2, 3) = 22 + 2.3 = 10 Ex2: f(x, y) = (3x + y 3)1/2, então f(1, 2) = (3.1 + 23)1/2 = 3,32 Função de Duas Variáveis Domínio das funções de duas variáveis O domínio dessas funções segue as mesmas regras do domínio de funções de uma variável, ou seja, o domínio é a região D R2, tal que os valores calculados da função, para todo (x,y) D resultem em valores finitos e reais para f(x,y). A função é finita quando 2x – y ≠ 0. Assim, domínio D (x, y) é o conjunto de pontos, tais que, D = {(x, y) R2 / y ≠ 2x }. Função de Duas Variáveis 1 01 22 22 yx yx O domínio da função corresponde a todos os pontos exteriores ao círculo de raio unitário. D(f) = {(x, y) R2 / x²+y² >1 }. Função de Duas Variáveis xy xy 0 O domínio da função corresponde a todos os pontos acima da reta y=x D(f) = {(x, y) R2 / y >x }. Função de Duas Variáveis • Domínio e Imagem de Funções de Duas Variáveis. Funções de Três Variáveis V nRT P Definição: Seja D um subconjunto (região) do espaço R³. Chama-se função f de D toda relação que associa, a cada tripla ordenada (x,y,z) D, um único número real, representado por f(x,y,z). O conjunto D é o domínio da função. Assim, D é o domínio da função em R3, f é a função f(x,y,z) é o valor da função calculado em (x,y,z). Exemplo: Pressão de um gás Funções de Três ou mais Variáveis • Domínio de Funções de Três Variáveis – Exemplo: Determinar o domínio da função yxxz senxyzx zyxf ²279 2 ),,( 2 0²279/),,( 3 yxxzzyxDm Funções de Três ou mais Variáveis • Domínio e Imagem de Funções de Três Variáveis. Exercício 1. Determine uma função de várias variáveis que nos informe: a. O comprimento de uma escada apoiada em uma parede b. O volume de água necessário para encher uma piscina redonda de x metros de raio e y metros de altura. c. A quantidade de rodapé, em metros, necessária para se colocar numa sala retangular de largura a e comprimento b. Exercício 2. Determine o domínio das funções e represente geometricamente. a. xyz b. 1²² yxz c. ²²4ln yxz d. yx z 4 e. ²²²9 1 zyx w Exercício 3. Determine o domínio e imagem das funções a. 452),( yxyxf b. ²²²),,( zyxzyxf c. ²²4),( yxyxf Representação Geométrica • Gráficos e Curvas de Nível – Existem duas maneiras-padrão para visualizar os valores de uma função . • Identificar curvas no domínio nas quais f tem um valor constante, • Esboçar a superfície no espaço kyxf ),( ),( yxfz ),( yxf 3R Representação Geométrica x y z (x,y) z = f(x,y) Uma f(x, y) é representada por planos ou superfícies no espaço Uma função de 2 variáveis sempre gera uma superfície no espaço R3 e z=f(x,y). Representação Geométrica Ex1: A função é z = f(x, y) = 5 A superfície é um plano infinito, paralelo a x, y e passando por z = 5. Representação Geométrica Ex2: A função é z = f(x, y) = 6 – 2 x + 3y. Esta função pode ser escrita na forma 2x – 3y + z = 6 que é a equação de um plano. Para achar os pontos onde este plano intercepta os eixos, é só fazer : a) x = 0 e y = 0 → z = 6 b) x = 0 e z = 0 → y = 2 c) y = 0 e z = 0 → x = 3 Representação Geométrica Ex3: A função é z = f(x, y) = x2 + y2 Ex4: A função é z = f(x, y) = 1 − x 2 − y 2 Curvas de Nível • Curvas de Nível Definição: Se a superfície z=f(x,y) for cortada pelo plano horizontal z=k, então todos os pontos da interseção tem f(x,y)=k. A projeção desta interseção sobre o plano xy é denominada curva de nível de altura k. Representação Geométrica Representação Geométrica • Exemplos de Curva de Nível ²²),( yxyxf Representação Geométrica • Exemplos de Curva de Nível ²²),( yxyxf Representação Geométrica • Exemplos de Curva de Nível ²²),( xyyxf Representação Geométrica • Aplicação das Curva de Nível z = f(x,y) = altura em relação ao nível do mar (definida em uma pequena porção aproximadamente plana). Nossas curvas de nível correspondem às linhas de contorno topográfico. Exercício 4. Desenhar as curvas de nível para as funções. a. b. ²²2),( yxyxf ²4²2),( yxyxf 1,0,1k 32,8,2k c. ²²),( yxyxf 4,2,1,0k Representação Geométrica • Gráficos e Superfícies de Nível – Em geral, usa-se o conceito de superfícies de nível, que generaliza a noção de curvas de nível, para visualizar uma função de três variáveis. Superfícies de Nível • Superfícies de Nível Definição: Conjunto de pontos (x,y,z) no espaço onde uma função de três variáveis independentes tem um valor constante, f(x,y,z)=k . Representação Geométrica • Superfícies Quádricas – Definição: superfícies dadas por equações do 2º grau a três variáveis, onde um dos coeficientes A, B, C , D, E ou F é diferente de zero. Representação Geométrica • Superfícies Quádricas: Elipsóide – O elipsóide de maneira mais geral é representado pela equação 1 ² ² ² ² ² ² c z b y a x Representação Geométrica • No caso em que os denominadores da equação da elipsóide são iguais, temos a equação que representa uma superfície esférica: 1 ² ² ² ² ² ² a z a y a x ²²²² azyx Representação Geométrica • Superfícies Quádricas: Parabolóide Elíptico – Um parabolóide mais geral, denominado parabolóide elíptico, é representado pela equação: ² ² ² ² b y a x z Representação Geométrica • Superfícies Quádricas: Parabolóide Hiperbólico – Superfície representada por uma equação do tipo: ² ² ² ² a x b y z Representação Geométrica • Superfícies Quádricas: Hiperbolóide de uma Folha – Um hiperbolóide de uma folha de maneira mais geral é representado pela equação: 1 ² ² ² ² ² ² c z b y a x Representação Geométrica • Superfícies Quádricas: Hiperbolóide de duas Folhas – Um hiperbolóide de duas folha de maneira mais geral é representado pela equação: 1 ² ² ² ² ² ² c z b y a x Representação Geométrica • Superfícies Cônicas – Uma superfície cônica elíptica é representada pela equação: ² ² ² ² ² b y a x z RepresentaçãoGeométrica • Superfícies Cilíndricas – Superfície gerada por uma reta g(geratriz) que se move paralelamente à reta fixa r em contato permanente com a curva plana C (diretriz). Representação Geométrica • Superfícies Cilindricas – A superfície de um cilindro pode variar conforme a diretriz seja uma circunferência, elipse, hipérbole ou parábola. • Ex: Cilindro Elíptico 1 9 ² 4 ² zx Representação Geométrica • Superfícies Cilíndricas – A ausência de uma variável permite concluir que o gráfico em três dimensões corresponde a uma superfície cilíndrica. Exercício 5. Elabore uma superfície de nível. a. b. c. ²2²2²2),,( zyxzyxf 16 ² 9 ² 4 ² ),,( zyx zyxf 9 ² 4 ² 4 ² ),,( zyx zyxg Limite e Continuidade de Funções de Várias Variáveis Aula 02 – Cálculo Vetorial Professor: Éwerton Veríssimo Limite Definição: Diz-se que f(x,y) tende para um valor definido L (ou que lim f(x,y) = L), quando o par (x,y) se aproxima de (xo,yo), se quanto mais perto (x,y) estiver de (xo,yo), mais perto f(x,y) estará de L. Lyxf ou Lyxf yxyx yy xx o o o ),(lim ),(lim ),(),( 0 Limite Propriedades Lyxfyxf ),(lim),(lim Limite • Calculando Limites 8 3 )³2()2)(0(5)2)²(0( 3)2)(0(0 ³5² 3 lim )2,0(),( yxyyx xyx yx 8³0³4³³lim )0,4(),( yxyx Limite • Calculando Limites Indeterminados 0 0 00 00 lim 2222 )0,0(),( yx yx yx yx yxyx yx ))(( lim )0,0(),( 0lim )0,0(),( yxyx Limite • Teste dos Dois Caminhos – Não existência de um limite – Deverá ser usada quando ocorrer uma indeterminação para verificar a não-existência de um limite. – Existem infinitos caminhos para se aproximar de um ponto no plano. – Uma função não terá limite quando houver uma aproximação por caminhos diferentes e o resultado dos limites forem divergentes. 00 , yx Limite • Teste dos Dois Caminhos – Não existência de um limite Definição: Se , quando ao longo do caminho C1 e quando ao longo do Caminho C2, com , então não existe. Limite • Regra dos Dois Caminhos • Mostrar que não existe. • Como f(xo,yo) = 0/0 = indeterminação 22 22 lim yx yx Limite • Então, façamos, (x,y) tender para (0,0), pelo eixo x e pela reta y = x (“dois caminhos”). • (1º caminho) • (2º caminho) 0lim 1 0 0 lim 22 22 0 22 22 0 0 yy yy x x xy x y x Os limites são diferentes, logo não há o limite. y x z 1°caminho Exercício 1. Calcule os limites das funções a. b. c. senyx ee yx yx cos lim )0,0(),( 2 44 )0,0(),( 1² 1 lim yx yx yx 3 )4,0(),( 2³lim yxyyx Exercício 2. Calcular os limites envolvendo indeterminações. a. xxy x yx 33 lim )0,0(),( b. yx yxyx yx ²2² lim )1,1(),( c. yx yx yx ²² lim )1,1(),( Exercício 3. Mostre que os limites seguintes não existem. a. b. c. ² lim 4 24 )0,0(),( yx yx yx ² lim 4 4 )0,0(),( yx x yx ²² lim )0,0(),( yx x yx Continuidade • Uma função será contínua em um ponto A se e somente se as seguintes condições forem satisfeitas. Continuidade • Exemplo 1: 1 01 22 22 yx yx 1²² ),( yx y yxf Continuidade • Exemplo 2: xy xy 0 )ln(),( xyyxf Continuidade • Exemplo: Determine se f é contínua em (0,0) se 0 ²²),( yx xy yxf Continuidade Observe que: 0)0,0()( fi ²² lim)( )0,0(),( yx xy ii yx Não existe o limite de f(x,y) Logo, a função f(x,y) é descontínua no ponto (0,0). Exercício 4. Determine todos os pontos em que a função é contínua. a. b. c. yx yyx yxf 2 ²3²4 ),( ²)²25ln(),( yxyxf z xysenzyxf 1 ),,( Exercício 5. Verificar a continuidade das funções nos pontos indicados. a. b. 1 ,23 ),( yx yxf ,0 , ²² ²² ),( yx yx yxf P(0,0) P(0,0) Derivadas Parciais Aula 03 – Cálculo Vetorial Professor: Éwerton Veríssimo Derivadas Parciais • Quando fixamos todas as variáveis independentes de uma função, exceto uma, e derivamos em relação a essa variável, obtemos uma derivada parcial. Derivadas Parciais • Nomenclatura Seja z = f(x,y), então a derivada parcial de z em relação a x escreve-se: xx D x f yxf ),( Derivadas Parciais • Nomenclatura Seja z = f(x,y), então a derivada parcial de z em relação a y escreve-se: yy D y f yxf ),( Derivadas Parciais Exercício 1. Calcule as derivadas parciais de primeira ordem. a. c. b. d. 10),( 22 yxyxf 352),( yxyxf xyyxyxf 3²),( yxeyxf ²),( Exercício 2. Calcule as derivadas parciais a. c. b. d. 232),( yxyxf 21),( 2 yxyxf yxsenyxf 3²),( xyyyxf ln),( Exercício 3. Calcule as derivadas parciais das funções. a. c. b. d. 222),,( zyxezyxf zyxtgzyxf 32),,( ²²),,( zyxzyxf ²² ² ),( yx yx yxf Derivadas Parciais • Exemplo: Derivadas Parciais • Exemplo: Derivadas Parciais Derivadas Parciais • Interpretação Geométrica Derivada parcial em x, significa a inclinação da reta que toca a superfície z = f(xo,yo), em um ponto desta superfície e de um plano vertical paralelo aos eixos z e x, de abscissa yo. Derivadas Parciais • Interpretação Geométrica Derivada parcial em y, significa a inclinação da reta que toca a superfície z = f(xo,yo), em um ponto desta superfície e de um plano vertical paralelo aos eixos z e y, de ordenada xo. Derivadas Parciais • Derivada Parcial em relação a x. • Derivada Parcial em relação a y. x yxfyxxf yxf xx ),(),( lim),( 00000 y yxfyyxf yxf yy ),(),( lim),( 00000 Derivadas Parciais de Ordem Superior • Quando derivamos uma função f(x,y) duas vezes, produzimos suas derivadas de segunda ordem. • Nomenclatura: 2 2 x f f xx 2 2 y f f yy yx f f xy 2 xy f f yx 2 Derivadas Parciais de Ordem Superior • Teorema das Derivadas Mistas – Se f(x,y) está definida numa certa vizinhança de (x0,y0) e é tal que as derivadas existem e são contínuas nessa vizinhança, então: xy f e yx f y f x f 22 ,, xy f yx f 22 yxxy ff Ou Ainda: Exercício 4. Encontre as derivadas parciais de segunda ordem das funções. a. c. b. xyyxyxf ),( senxyyxf ),( ysenxyyxyxf cos²),( Exercício 5. Verifique que yxxyff a. b. )32ln(),( yxyxf 43322),( yxyxxyyxf Derivadas Parciais • Exemplo: Equação de Laplace • A equação de Laplace é aplicada em áreas como trasnferência de calor, gravidade e eletrostática. • Equação de Laplace Tridimensional 0 2 2 2 2 2 2 z f y f x f Regra da Cadeia • Para funções de várias variáveis, utilizaremos a regra da cadeia para determinar as derivadas parciais de funções compostas. Regra da Cadeia ²92 2 te t Vetor Gradiente • O vetor gradiente de f(x,y) no ponto é o vetor Obtido por meio do cálculo das derivadas parciais de f em j y f i x f f )( 0,00 yxP 0P Vetor Gradiente • Convenciona-se representar o vetor com origem no ponto em relação ao qual se calcula o gradiente. Vetor Gradiente • O vetor gradiente é ortogonal ao vetor tangente à curva. Portanto , o gradiente de uma função f(x,y) no ponto é ortogonal à curva de nível da função que passa por esse ponto. )( 0,00 yxP Derivada Direcional Aula 04 – Cálculo Vetorial Professor: Éwerton Veríssimo Derivada Direcional • Determina a taxa de variação em uma direção qualquer. Derivada Direcional Notação: A derivada de f em na direção de u 0P Derivada Direcional • Gradiente e Vetor unitário Derivada Direcional • Derivada Direcional e Vetor Gradiente – A derivada direcional consiste no produto escalar do vetor gradiente por um vetor unitário em uma determinada direção. Interpretação Geométrica Superfície S: Reta tangente Derivada Direcional • Gradiente e Reta Tangente à Curva de Nível – Em todo ponto no domínio de uma função diferenciável f(x,y), o gradiente de f é normal à curva de nível por . 00 , yx 00 , yx Derivada Direcional • Em qual sentido e direção um pássaro deverá deslocar-se a fim de resfriar-se o mais rápido possível? Derivada Direcional • Propriedades da Derivada Direcional Derivada Direcional • Propriedades Algébricas do Vetor Gradiente Derivada Direcional • Plano Tangente e Reta Normal – O plano tangente no ponto na superfície de nível f(x,y,z)=c é o plano que passa por e é normal à Definição: 0000000 zzPfyyPfxxPf zyx ),,( 0000 zyxP 0P Derivada Direcional • Plano Tangente e Reta Normal – A reta normal no ponto na superfície de nível f(x,y,z)=c é a reta que passa por e tem o gradiente como vetor diretor. Definição: tPfzz tPfyy tPfxx z y x 0 0 0 ),,( 0000 zyxP 0P Derivada Direcional kjikyjxif P 4222| 4,2,10 O plano tangente é, portanto, 0)4()2(4)1(2 zyx 1442 zyx Derivada Direcional A reta normal à superfície no ponto dado é: tz ty tx 4 42 21 Derivada Direcional • Plano Tangente à uma Superfície z=f(x,y) O plano tangente à uma superfície z=f(x,y) de uma função diferenciável f no ponto é: ),(,,,, 00000000 yxfyxzyxP Derivada Direcional 11.01cos0,0 xx yeyf 1100,0 xy exsenyf O plano tangente é, portanto: 000.10.1 zyx 0 zyx Exercícios 1. Determine as equações para o plano tangente e reta normal no ponto P na superfície dada. a. )3,1,1(,7²²2²),( Pzyxyxyxf b. )2,1,0(,4²cos),( Pyzeyxxyxf xz Exercícios 2. Determine a derivada direcional da função em P na direção de a. a. b. ²²2),( yxyxf a=3i-4j; P(-1,1) zxyzxyzyxf ),,( a=3i+6j-2k; P(1,-1,2) c. zxexyzyxf yz lncos),,( a=i+2j+2k; P(1,0,1/2) Exercício 3. Em que direção e sentido a função dada cresce mais rapidamente no ponto dado? Em que direção e sentido decresce mais rapidamente? a. b. ²²),( yxyxyxf em P(-1,1) senyeyxyxf xy ²),( em P(1,0) Exercício 4. Em que direção a derivada de f(x,y)= xy+y² em P(3,2) é igual a zero?
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