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Exame Físico Respiratório

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Exame Físico Respiratório
Anatomia do sistema respiratório
SISTEMA RESPIRATÓRIO
01) COMPOSIÇÃO ABRANGENTE FUNCIONAL
Divisão Anatômica
02) DIVISÃO ANATÔMICA
 
2.1) VAS
 
- Nasofaringe, orofaringe, laringofaringe e laringe:
 
* Aquecem, filtram e umidificam o ar inalado.
* Participam da fonação e enviam o ar para as vias respiratórias inferiores.
*A laringe é a transição entre as vais respiratórias superiores e inferiores, contém as cordas vocais.
* A epiglote evita aspiração de alimentos e líquidos para as VRI.
 
2.2) VAI
 
- Traquéia, brônquios principais,brônquios, bronquíolos, ductos alveolares, alvéolos.
 
 BULBO → SINAIS→ NERVO FRÊNICO→ MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS
# RESPIRAÇÃO è DIAFRÁGMA
 è MÚSCULOS INTERCOSTAIS
# MUSCULATURA ACESSÓRIA PARA RESPIRAÇÃO: 
 
TRAPÉZIO
ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO
ESCALENOS
ê
Combinam-se para elevar a escápula, clavícula, esterno e costelas superiores.
 
ê
Aumento do diâmetro antero-posterior do tórax.
 
03) FATORES QUE INTERFEREM NA RESPIRAÇÃO:
- Distúrbios anatômicos
- Déficit de musculatura
- Déficit neurológico – Bulbo
- Estilo de Vida.
PROCESSO DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COMDÉFICIT DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
 
I) Histórico:
 
II.1 – Entrevista
 
II.2 - Exame Físico
 
II.1) Entrevista
 
Ø Idade / Gênero
 
Ø Educação / ocupação
 
Ø Ambiente religioso e étnico
 
Ø História Pregressa
 
 História Familiar
 Análise dos Sinais e Sintomas:
- Início
- Incidência
- Duração
- Mudança com o tempo
- Fatores que pioram, melhoram ou acompanham
- Localização
- Qualidade
- Ambiente de ocorrência dos Sinais e Sintomas
 Sinais e Sintomas 
01) Dispnéia
- Desencadeamento
- Fatores que melhoram ou pioram
Atividades relacionadas.
- Diminuição da complacência pulmonar
- Distúrbios da musculatura acessória
- Obstrução das vias respiratórias
Obesidade
02) Ortopnéia
- Aumento da dispnéia quando o cliente está em decúbito dorsal.
 Causas:
- Hipertensão pulmonar
- ICE
- Obesidade
- Paralisia do diafragma
- Asma
DPOC
03) Tosse
- Produtiva?
- Cronicidade
- Mudança de caracterizações
Fatores desencadeantes e de melhora
04) Escarro
- Avaliação da quantidade
- Horário deocorrência
- Cronicidade
- Hemoptise – Freqüência
- Aspecto
05) Estertores,Sibilos
- Desencadeamento e melhora
- Audíveis?
Nível de consciência, coloração da pele e uso de musculatura acessória.
06) Dor Torácica
- Localização
- Aguda? Penetrante? Queimação?
- Referida?
- Fatores que melhoram, pioram ou desencadeiam.
 CARACTERIZAÇÕES DA DOR:
- Dor esternal
- Dor traqueal
- Dor esofágica
Dor pleural
07) Hemoptise,epistaxe
- Seguido de tosse?
- Fatores que melhoram, pioram ou desencadeiam.
- Influência do ambiente.
08) Tiragem
- Aumento da retração que os espaços intercostais apresentam, em conseqüência das variações da pressão entre os folhetos pleurais durante as fases da respiração.
09) Cornagem
Dificuldade inspiratória por redução do calibre das VAS, na altura da laringe, que se manifesta na forma de estridor.
10) Estridor
- Respiração Ruidosa
Dificuldade na passagem do ar.
11) Sintomas Psicossomáticos
- Ansiedade
- Palidez
- Medo
- Sensação de morte iminente
- Palpitações
- Sudorese
Semiotécnica
O exame dos pulmões compreende a inspeção, a palpação, a percussão e a ausculta.
O paciente deve sentar-se em uma banqueta ou no próprio leito. O examinador fica de pé, movimentando-se ao redor do paciente.
Material necessário – estetoscópio.
Inspeção
Avalia-se o estado da pele e as estruturas superficiais da parede torácica.
Divide-se a inspeção do tórax em:
Estática – Compreende a forma do tórax e a presença ou não de abaulamentos ou depressões.
2. Dinâmica - Analisam-se o tipo respiratório, o ritmo e a freqüência da respiração, a amplitude dos movimentos respiratórios, a expansibilidade dos pulmões e a presença ou não de tiragem.
a) Inspeção Condições Gerais:
- Nível de consciência
- Aparência Geral
- Ansiedade
- Relaxamento 
Desconforto
- Dificuldade para respirar
 Inspeção Anterior e Posterior
Freqüência, ritmo e qualidade de respiração
Configuração do tórax
Posição da traquéia
Simetria
Estado da pele (Cianose, sudorese)
Cicatrizes
Nódulos
Abaulamentos
Uso de musculatura acessória
Dilatação ou não de asas de nariz
Curvatura
Retrações
RESPIRAÇÃO
FR (normal adulto)= 12 a 20 irpm
FR (Bebês) = Até 40 irpm.
Achados Anormais:
Movimentos Irregulares do tórax
Uso freqüente da musculatura acessória, lábios afastados, asas de nariz dilatadas
Taquipnéia : Acima de 20irpm
Bradipnéia: Abaixo de 10 irpm
Hiperpnéia: Respirações profundas, mas com freqüência normal (Atividade física, ansiedade, dor)
Kussmall: Respiração rápida e profunda, sem pausas, respiração forçada, semelhante a suspiros(Acidose Diabética).
Cheyne-Stokes: Respirações gradualmente mais rápidas e mais profundas que o normal, alternando com apnéia. (Insuficiência Cardíaca, I. Renal, lesões do SNC)
Biot: Respirações rápidas e profundas, com pausas súbitas, profundidade uniforme). (lesão grave do SNC)
Forma do Tórax
Mesmo em pessoas normais, a forma do tórax apresenta variações em relação á idade, ao sexo e a biótipo. No adulto normal o diâmetro lateral é maior que o antero posterior.
As formas anormais mais freqüentes são:
Tórax chato – O diâmetro ântero-posterior é reduzido, além do achatamento as escápulas sobressaem claramente no relevo torácico. É mais comum nos longilíneos e não tem significado patológico.
 Tórax em tonel ou barril - Chama a atenção a magnitude do diâmetro ântero-posterior que praticamente iguala-se ao transversal. A causa mais comum é o enfisema pulmonar.
Tórax Infundi buliforme ou de sapateiro - Caracteriza-se pela presença de uma de uma depressão mais ou menos no terço inferior do esterno. Pode ser congênito ou adquirido. Os sapateiros adquiriam essa forma de tórax, devido a posição de trabalho. 
Tórax cariniforme - Nota-se ao nível do esterno uma saliência em forma de peito de pombo (pectus carinatum). Pode ser congênito ou adquirido, o raquitismo infantil é a principal causa desse tipo de tórax, o qual não compromete a ventilação.
Tórax em sino ou piriforme - A porção inferior torna-se alargada como a boca de um sino, lembrando um cone de base inferior. Aparece nas grandes hepatoesplenomegalias e na ascite volumosa.
Tórax cifótico - É o encurvamento posterior da coluna torácica, seja por defeito de postura, por lesão de vértebras torácicas (tuberculose, osteomielite, neoplasias, ou anomalias congênitas).
Tórax escoliótico – O tórax torna-se assimétrico em conseqüência do desvio lateral do segmento torácico da coluna vertebral. A causa mais comum é anomalia congênita.
Tórax cifoescoliótico - Decorre da combinação de uma alteração cifótica, com desvio lateral da coluna vertebral escoliose. Pode ser congênito ou secundário. A cifoescoliose, pode produzir restrição grave da expansão torácica, causando insuficiência respiratória.
Tórax instável traumático – Quando são fraturadas várias costelas, observam-se movimentos torácicos paradoxais, ou seja na inspiração a área correspondente desloca-se para dentro, na expiração
Abaulamentos e depressões - Podem localizar-se em qualquer parte do tórax e indicam algumas lesões que aumentam ou reduz uma das estruturas da parede ou de órgãos intratorácicos. 
Aneurisma da aorta pode ser visto na parte ântero-superior do tórax um abaulamento arredondado e pulsátil. 
Tumor do timo ou do mediastino superior também determina abaulamento nesta região. Os derrames pleurais provocam provocam abaulamento na região do hemitórax.
Palpação
b) Palpação
Traquéia/Tórax Anterior e Posterior.
1) Traquéia
Com polpas digitais
Verificar posição
- Com polpas digitais
Verificar posição
Ø Achados Anormais:
Desvio de traquéia: Atelectasia, Aumento da glândula tireóide ou pneumotórax, tumores ou acúmulo de líquido na cavidade pleural.
2) Tórax anterior
Expansibilidade
Dor
Nódulos
 Achados Anormais:
 Expansão assimétrica: - Pneumonia
 - Derrame Pleural
 - Atelectasia
- Pneumotórax
 
 Expansão Diminuída: Enfisema
 Depressão Respiratória
 Paralisia do diafragma
 Atelectasia
 Obesidade
 Ascite 
 Movimento torácico ausente ou retardado durante a respiração: Pneumectomia, disfunção do diafrágma e obstrução completa ou parcial de vias respiratórias.
3) Tórax Posterior
Palpação semelhante ao tórax anterior:
Superfície palmar das pontas dos dedos de uma ou duas mãos.
Identificação de estruturas ósseas: Vértebras/escápulas.
Identifique a 1ª vértebra torácica e conte o número de apófises espinhosas.
Identifique a ponta inferior e as bordas mediais das escápulas para localizar os limites posteriores dos lobos pulmonares superiores e inferiores.
Verifique simetria dos movimentos durante a inspiração
Avalie anormalidades, como uso de musculatura acessória e dor.
FRÊMITO TORACOVOCAL
► Palpação de vocalizações: Dedos sobre o conteúdo pulmonar
►Vibrações iguais nos 02 lados do tórax
►Diminuição do frêmito: Retração de movimento do ar Pneumonia, Derrame Pleural.
 DPOC
► Aumento do frêmito: Condensação de tecido ou líquido em uma parte pleural. 
 
 Tumor pulmonar 
 
Percussão do tórax
- Localização dos limites pulmonares
- Determinação se há presença de ar, líquido ou material sólido
- Identificação de sons
- Avaliação da dor
Percussão do Tórax
SONS DA PERCUSSÃO
 1) Som Maciço: Curto, agudo, muito surdo, observado sobre a coxa. Compatível com a atelectasia e no derrame pleural extenso.
Som Submaciço: Intensidade e altura médias, duração moderada, observado sobre o fígado. Compatível com área sólida, com em derrame pleural, massa ou pneumonia lobar.
Som Ressonante: Longo, alto, grave, oco. Compatível com tecido pulmonar normal, bronquite.
Som Hiper-ressonância: Muito alto, grave, encontrado sobre o estômago. Compatível com pulmão hiperinflado, como em enfisema ou pneumotórax.
Som Timpânico: Alto, agudo, de duração moderada, musical, como um tambor, observado sobre uma bochecha cheia de ar. Compatível com coleção de ar, como a bolha de ar gástrica ou ar nos intestinos, grande pneumotórax.
 
Ausculta do Tórax
d) Ausculta do tórax
- Alterações de som, quando o ar se move.
- Mesmos locais da percussão.
- Pedir ao cliente para respirar pela boca.
 Sons Anormais:
Sons diminuídos, sons ausentes, crepitações finas e grosseiras, sibilos, roncos, estridor, atrito pleural.
Possíveis Diagnósticos de Enfermagem
Ansiedade relacionada a dispnéia caracterizado por sudorese.
Intolerância à atividade relacionada ao cansaço respiratório caracterizada por cianose.
Déficit no autocuidado para alimentação relacionado à dispnéia caracterizado por perda ponderal.
Confusão aguda relacionada à baixa oxigenação cerebral caracterizada por percepções errôneas.
Desobstrução ineficaz de vias aéreas relacionada ao fumo caracterizada por tosse ineficaz. 
Plano de cuidados
Instalar macronebulização para compensar dispnéia.
Administrar medicação broncodilatadora prescrita para melhorar aporte de oxigênio.
Instalar oximetria de pulso para monitorar nível de saturação de oxigênio.
Realizar aspiração de VAI e VAS para retirar secreção.
Elevar grades do leito para evitar acidentes.
Implementação
Realizado exame físico,
Instalado oximetria de pulso, com monitoramento de saturação, 
Instalada macronebulização, 
Administrada medicação prescrita, 
Realizada aspiração de VAS e VAI. 
Mantendo grades do leito levantadas.
 
Avaliação
Avaliação
- Cliente ainda com confusão mental, apresenta melhora da cianose, após macronebulização, apresentou taquicaerdia com o broncodilatador, mantém saturação de 90% de oxigênio.
CASO CLÍNICO (Respiratório)
01)M.A.F.,62 anos, tabagista há 45 anos, fumando 1 maço de cigarro por dia. Etilista social. Informa não ter água encanada em casa, assim como é ausente o sistema de esgoto. È aposentado pela Indústria de cimentos Mauá. Casado, com três filhos. Hipertenso, fazendo uso de captopril 25mg por dia, diabético, em uso de hipoglicemiante oral, há 20 anos. Deu entrada na Emergência com quadro de inquietação, ansioso, agitado, apresentando momentos de desorientação, com tonteiras, com cianose nas extremidades, extremamente dispnéico, tosse com expectoração, fadiga. Não consegue se concentrar ao atendimento, sendo auxiliado pela sua acompanhante. Sinais Vitais: PA: 190x110mmHg; FC: 98bpm; R:31irpm; T:37ºC.
Mediante o exposto, responda:
Quais os cuidados de Enfermagem necessários para evolução positiva do cliente? Cite e descreva os princípios científicos:
 Após a implementação dos cuidados, quais são suas expectativas, em relação sua evolução clínica?
Como realizaria o exame físico de um indivíduo com distúrbios do Trato Respiratório?
Como se caracteriza o exame físico de um cliente com distúrbios do Trato Respiratório?
Descreva os tipos de tórax que avaliamos durante a inspeção respiratória.
6. Quais os sons normais e anormais percebidos durante a ausculta respiratória e seus locais de ausculta?

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