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Fichamento Geografia Aplicada ao Turismo (Capítulo 2)

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Universidade Federal das Paraíba – UFPB
Centro de Ciências Exatas e da Natureza – CCEN
Departamento de Geociências – DGEO
Professor: Giovanni Seabra
Estudante: Janelson Louis Belarmino Rodrigues – 11502945
Fichamento do Capítulo 2, do livro Geografia Aplicada ao Turismo.
João Pessoa, outubro/2015.
CAPÍTULO 2 – Conceitos e aplicações cartográficas diante das necessidades da Cartografia turística
Autores: Manoel do Couto Fernandes (UFRJ) e Alan José Salomão Graça (UFRJ)
O aumento do grau de conhecimento dos últimos anos, juntamente com a disseminação de informações televisivas e virtuais, colaborou com o despertar da curiosidade de grupos de pessoas que visam conhecer distintos locais.
“Os propósitos de ‘cartografar’ as informações turísticas são variados. Eles podem ser destinados a compreender direções e intensidades de fluxos monetários e/ou relativos à mobilidade humana temporária entre áreas emissoras e receptoras; atender a fins de planejamento macroeconômico; e mapear áreas com potencial para exploração turística, direcionado a ação de gestores para a captação de recursos e a geração de uma infraestrutura complementar à atividade. Até mesmo a construção de mapas com a orientação de trilhas e atrativos para visitação em parques florestais configura um dos propósitos da cartografia voltada para o turismo” (pág. 28).
2.1 – Atividade turística e suas necessidades de espacialização
A importância da observação das atividades do turismo, enquanto atividades econômicas, para o Brasil é “notória, considerando que seu território apresenta um dos maiores potenciais turísticos do mundo” (pág. 29).
“A partir da década de 1980, a nova conjuntura mundial, baseada na globalização econômica, trouxe a reboque uma série de vantagens para o fomento da atividade turística, tais como: o aumento da disseminação de informações, com o advento da internet; a diminuição das distâncias, reflexo da facilidade nos deslocamentos; e a obtenção de reservas e de informações turísticas de maneira geral” (pág. 30).
“Vale ressaltar que a globalização econômica também gera prejuízos para a atividade turística, principalmente no que diz respeito à homogeneização cultural, que pode gerar desinteresse nos deslocamentos, uma vez que o turista busca diferenças ou mesmo o exótico, como o turismo em favelas” (pág. 31).
2.2 – Cartografia e turismo: a Cartografia Turística
“Os mapas turísticos assumem um papel essencial no desenvolvimento da atividade turística e podem ser trabalhados de acordo com duas vertentes bem distintas: tanto em termos de planejamento, atendendo às necessidades dos órgãos responsáveis pelo planejamento e pela gestão da atividade turística, como em termos de orientação turística, voltada diretamente para o turista em visita a um sítio histórico” (pág.32).
“Com base no quadrado apresentado, a Cartografia assume grande importância no desenvolvimento da atividade turística no que se refere à organização e disseminação de informações turísticas. Assim, a Cartografia Turística apresenta-se como uma ferramenta para retratar o arranjo espacial, ou seja, a estrutura, a funcionalidade e a dinâmica do espaço geográfico de interesse turístico, por meio de documentos cartográficos que visem facilitar a tomada de decisão dos planejadores do turismo e do turista. De maneira eficiente, ela também pode ser utilizada como veículo publicitário na promoção das atividades turísticas, substituindo os tradicionais mapas de folders e websites, que pouco orientam e funcionam como meras ilustrações. Segundo Martinelli (1996), os mapas turísticos devem abandonar o papel imagético e decorativo que vigorou sobre eles durante tanto tempo. Para esse autor, a cartografia do turismo deve partir de uma posição crítica, expressando a relevância do turismo como importante fenômeno social, para que de fato a cartografia possa contribuir factivelmente com a atividade turística (Martinelli; Ribeiro, 1997; Martinelli, 1996)” (pág. 33).
2.3 – Comunicação e visualização cartográficas aplicadas ao mapeamento turístico
“A comunicação cartográfica em mapas turísticos tem de ser a mais eficiente possível para atender satisfatoriamente a seus usuários, uma vez que eles geralmente não estão familiarizados com o manuseio de mapas” (pág. 33).
“Com relação à Cartografia Turística de orientação, a comunicação cartográfica possui grande relevância, pois a visita do turista ao seu destino é o momento real de consumo do espaço (Lozato–Giotart, 1985), o produto turístico. Ao chegar a seu destino, o turista está imediatamente interessado em se localizar e identificar os sítios e áreas mais importantes, para que possa estabelecer uma priorização de visitas com um máximo de eficiência, em um mínimo de tempo e com um custo coerente com seus recursos disponíveis. Dessa maneira, o turista cria ou aprimora um roteiro para otimizar sua viagem, minimizando os gastos normais de uma viagem” (pág. 37).
“Ao observar o mapa, o turista irá efetuar dois níveis de leitura: a primeira se dá em nível de detalhe ou elementar, e é preciso efetuar a leitura dos signos (Board, 1995; Martinelli, 2003) para responder à pergunta ‘o que há em tal lugar? ’; a segunda se dá em nível de conjunto, e o mapa é visto como um todo, ficando sua imagem gravada na m ente para responder às questões sobre a totalidade da representação (Martinelli, 2003)” (pág. 37).
“No entanto, com a introdução das novas tecnologias computacionais que possibilitam interagir com as informações disponibilizadas pelo cartógrafo, o usuário pode intervir no processo de controle de informação, estipulando o que pode ser representado” (pág.38).
“Cada ambiente de desenvolvimento de mapas possui características próprias que permitirão atingir a comunicação cartográfica, as quais muitas vezes não são comuns entre si” (pág.40).
2.4 – A espacialidade da informação turística
“A garantia de um documento cartográfico turístico de qualidade está diretamente relacionada à transformação dos dados em informações turísticas. Vale ressaltar inicialmente a diferença entre dado e informação. Dado deve ser entendido, segundo Menezes (2000), como uma observação ou obtenção de uma medida, sem nenhum propósito predefinido (por exemplo, número de turistas, de hotéis e de unidades de habitação de um hotel (UHs), dados pluviométricos e de temperatura, etc.). Já informação é o resultado de um processo de transformação (organização, estruturação, classificação, etc.) de um conjunto de dados. À medida que os dados sofrem alguma transformação, adquirindo um significado para um determinado estudo, originam uma informação” (pág.41).
2.5 – Informações turísticas e transformações cartográficas
“Os conceitos de transformação cartográfica, geométrica, projetiva e cognitiva devem ser adaptados para uso em diferentes formas, como mapas em papel, mapas digitais e publicações na internet, entre outras. Conceitua-se a transformação cartográfica como o conjunto de processos que transforma a informação geográfica em informação cartográfica (Menezes; Fernandes, 2013). Esse mesmo conceito pode ser aplicado às informações cartográficas turísticas, de modo que uma informação cartográfica turística é uma informação geográfica turística capaz de ser representada em um mapa depois de ser submetida ao processo de transformação cartográfica, que envolve basicamente três transformações: geométricas, projetivas e cognitivas (generalização e simbolização)” (pág. 44).
“É importante ressaltar que as transformações projetivas não são essenciais para o mapeamento de orientação turística, principalmente aos relacionados a grandes escalas, mas são de suma importância para os mapeamentos turísticos de planejamento, pois influenciam diretamente algumas características dos elementos representados” (pág. 45).
“A simbolização ou definição dos símbolos e convenções cartográficas que representarão as informações em um mapa é a última das transformações cognitivas submetidas à informação turística. Os símbolos são representaçõesgráficas de objetos ou fatos extraídos da realidade e codificados em uma forma sugestiva, simplificada ou esquemática (Joly, 1990). Eles constituem a linguagem gráfica do mapa, e sua seleção e design garantem que grande parte dos propósitos do mapa será bem-sucedida (Tyner, 1992). A simbologia cartográfica corresponde a um arranjo convencional de manchas significativas devidamente localizadas e expressas de acordo com sua dimensionalidade” (pág. 46).
“Os processos de transformação cognitiva devem ser bem analisados, uma vez que a generalização (muitas vezes violenta em mapeamentos turísticos) não pode mascarar informações que seriam vitais para que o turista, em uma consulta ao mapa, pudesse se localizar e se locomover. Além disso, a forma de controle de mapeamento, como os limites técnicos do mapeamento e o público-alvo. O leitor do mapa deve ser a preocupação central no processo de transformação cognitiva, pois o mapa é uma fonte variável de informações que depende diretamente das características do usuário (Ismael, 2008)” (pág.49).
2.6 – Conclusões
“É importante salientar ainda que a sistematização da cartografia turística está longe de ser alcançada. Os esforços de pesquisadores nacionais e internacionais nas duas últimas décadas, bem como da própria Associação Cartográfica Internacional (ICA), que criou um eixo temático sobre cartografia turística em seus congressos bienais, foram importantes para disseminar esse ramo da Cartografia temática e propor novas perspectivas em seu campo de pesquisas. No entanto, para atingir em larga escala o principal segmento interessado, os turistas, a quem de fato esses mapas devem servir, são necessários esforços conjuntos de vários profissionais. Não só pesquisadores devem se mobilizar, mas também turismólogos, agentes de viagem, empresários do ramo de entretenimento e hotelaria, guias, gestores de unidades de conservação, além, é claro das empresas responsáveis pela promoção das atividades turísticas e dos órgãos governamentais interessados em dinamizar a economia com a captação de receitas oriundas dessas atividades” (págs. 52 e 53).

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