Buscar

DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO (138 a 166 CC).
Para que o negócio jurídico seja perfeito, a vontade declarada do agente deve corresponder com a sua vontade interna, pensada. Quando há um descompasso entre as vontades ocorre um defeito no negócio jurídico . Esse defeito do negócio jurídico possui duas razoes, por vicio e consentimento ou por vicio social.
Causas do vicio por consentimento.
1º Erro de fato.
É a falsa representação da realidade, que tem um agente que se equivoca e realiza o negócio que não realizaria se conhecesse, se não ignorasse a realidade. No erro de fato o individuo se equivoca em questão da falsa representação da realidade, ele não é induzido ao equivoco. 
Ex: O individuo vai até a loja e começa a olhar o vestuário com vários relógios e se apaixona por um relógio de ouro maciço que custa 50 mil reais. 
Para caracterizar o erro de fato é necessário três características:
Que o erro de fato seja substancial. Quando faz parte da essência do negócio, não fosse ele o negócio não seria realizado.
Que o erro de fato seja escusável.
Que o erro de fato seja real.
- Espécies de Erro de Fato.
Quanto a Natureza do Negócio. Nessa hipótese o agente se equivoca porque pensa estar realizando um negócio quando em verdade realiza outro. 
Quanto ao Objeto do Negócio. O agente se equivoca porque pensa que o objeto do negócio é um quando na verdade se trata de outra coisa. É muito comum ocorrer na aquisição de apartamentos.
Quanto às qualidades do Objeto do Negócio. O agente se equivoca porque pensa que a qualidade do objeto é uma quando na verdade a qualidade é outra. 
Quanto à pessoa que realiza o Negócio ou suas qualidades. O agente nessa hipotose se equivoca e pensa estar realizando negócio com uma pessoa quando na verdade está realizando negócio com outra. Também é possível a anulabilidade do negócio. Quanto a pessoa no que se refere a suas qualidades, vícios e virtudes da pessoa.
Quanto ao erro de direito. Em matéria normativa não pode ser alegado, mas o erro de direito numa relação jurídica pode ser alegado e erro de fato gera anulabilidade do negócio. Dependendo do erro de fato o negócio jurídico é passível de ser anulado no prazo decadencial quatro anos a contar esse prazo a partir da realização. (Art. 171 combinado 178).
O erro de fato acidental não decreta a anulabilidade do negócio.
É possível alegar erro de fato substancial quando a mensagem é feita de modo idônea pelo mensageiro desde que ele desconheça o equivoco.
Convalidação do negócio é quando se resolve o erro direito, chegando ao Objeto almejado.
2º Dolo (art. 145 a 150).
Ocorre o dolo quando há emprego de uma conduta maliciosa, articulosa, má fé, que leva a erro uma pessoa que se prejudica para o favorecimento de outra pessoa envolvida no ato negocial, ou de terceiro.
 - Classificação do Dolo
- O dolo pode ser principal ou acidental. O dolo principal é a causa determinante que leva a realização do negócio, sendo possível a anulabilidade do ato nogocial. É acidental quando a despeito da as existência, a parte induzida a erro realizaria o negócio, porém de forma mais vantajosa. O dolo acidental não determina a anulabilidade do negócio, mas possibilita para a parte prejudicada um pedido de indenização de danos, um pedido restauratorio.
-Dolos Bônus e dolos malus. Dolos malus é o dolo principal ou acidental e respectivamente pode determinar a anulabilidade ou o pedido de indenização.
Já o Dolos Bônus, não determina nem a anulabilidade e nem um pedido de indenização, porque não há má fé empregada, apenas uma pratica comercial que visa a expor determinado produto induzindo a pessoa a adquiri-lo.
- Dolo positivo ou comissivo e dolo negativo ou omissivo. No dolo positivo ou comissivo o agente pratica uma ação maliciosa para induzir outra pessoa a erro que a prejudica e que favorece o agente.
- Dolo omissivo é aquele que resulta de uma omissão maliciosa do agente, o agente deveria desenvolver uma determinada consulta e deixa de fazê-lo e por conta disso induz a outra parte a erro.
- Dolo de terceiro. O agente que pratica a conduta maliciosa é pessoa estranha a relação jurídica e age dessa forma para induzir a erro uma das partes do ato negocial para prejudica-la e favorecer a outra. Há duas consequências: Se a parte favorecida do negócio tiver conhecimento da malicia empregada pelo terceiro o negócio jurídico pode ser anulado.
- Dolo do representante. O representante não é um terceiro, ele age em nome do representado. Contrato de mandato (Art. 653 a 692). Uma regra sobre a representação é que o representante deve agir dentro dos limites da representação, caso aja fora do que lhe foi permitido, responderá juridicamente. Se o representante age dolosamente, induzindo a erro a outra parte do negócio nós temos duas situações, se o dolo é principal o negócio jurídico é ANULAVEL, se o dolo é acidental e a representação é legal, o represente responde pelas perdas e danos diretamente a parte prejudicada. Mas se a representação for voluntaria e o dolo acidental, o representante e o representado solidariamente pelas perdas e ganhos a parte prejudicada.
- Dolo Bilateral. Ocorre o dolo bilateral quando ambas as partes envolvidas no negócio agem maliciosamente, ardilosamente, com intuito de induzir a outra a erro. Nessa hipótese o negócio jurídico é considerado VALIDO, porque a malicia de uma parte neutraliza a malicia da outra, não podendo a parte alegar a própria torpeza para requerer a validade.
3º Coação (art. 151 a 155).
O negócio jurídico pode ser anulado no prazo decadencial de quatro anos. (art. 171 com 178), contado esse prazo da cessação da coação.
É toda ameaça ou pressão, grave e injusta empregada uma pessoa ou sua família, ou seu patrimônio que impute para o individuo o temor de dano iminente que o leva a realizar o negócio que não realizaria caso não fosse a ameaça ou pressão feita. A coação também pode ser anulada no prazo decadencial de quatro anos. (art. 171 com 178), contado esse prazo da cessação da coação. 
Requisitos para a caracterização para a coação.
- Que a ameaça ou pressão seja causa determinante da realização do negócio, não fosse a pressão ou ameaça o negócio não seria realizado.
- A ameaça ou pressão deve ser grave. Não pode ser qualquer ameaça ou pressão. É grave quando gera para o individuo um temor, efetivo e concreto, de dano eminente. O temor meramente reverencial não considerado como grave e não gera a coação. 
- A ameaça ou pressão deve ser injusta. E é injusta quando é ilícita ou abusiva. Ilícita quando é contraria a moral, a lei, a ordem publica e os bons costumes. E abusiva quando o agente efetivamente tem um direito mas abusa do seu exercício. Para um determinado propósito.
- Ameaça de ano iminente. É iminente quando é atual e inevitável. 
- Que a ameaça ou pressão seja feita na pessoa do coacto ou de sua família ou de seu patrimônio. A doutrina e jurisprudência tem atribuído a um sentido lato a “família”, definem que são as pessoas que habitam no mesmo laço, no mesmo ambiente familiar.
- Classificação da coação.
- A coação pode ser física, também chamada pelos romanos de vis absoluta, ou a coação pode ser moral psicológica, chamada pelos romanos de vis compulsiva. 
- Quando a coação é física, vis absoluta, o negócio jurídico é pela doutrina considerado nulo, embora seja tecnicamente falando, inexistente. Porque a vontade do coacto é aniquilada, não existe em razão da ação física violenta do empregado. A coação é moral, psicológica e por tanto vis compulsiva, quando a ameaça ou pressão possibilita ao coacto realizar ou não o negócio. Se ele realiza sob a pressão ou ameaça empregada o negócio pode ser anulado.
- Coação principal e coação acidental. Na coação principal, a ameaça ou pressão empregada é a causa determinante da realização do negócio, não fosse a coação ou ameaça o negócio não se realizaria, e a coação sendo principal é possível a anulabilidade do negócio. A coação é acidental quando a ameaça ou pressão não é a causa determinante para a realizaçãodo negócio, existindo ou não a pressão ou ameaça, o coacto realizaria o negócio, mas não fosse a ameaça ou pressão, o faria de forma mais vantajosa, não gera a possibilidade de se requerer a anulabilidade do negócio, mas possibilita o coacto o pedido de perdas e ganhos.
- Coação de terceiro. A coação é de terceiro quando uma pessoa, que não é parte da relação negocial, faz uma ameaça ou pressão em uma das partes envolvidas no ato negocial, para que ela realize o negócio. Na COACAO PRINCIPAL e a parte favorecida tem conhecimento da pressão exercida pelo terceiro, o negócio realizado por anulável. Mas se a parte favorecida desconhece da pressão do terceiro, o negócio é valido e tal terceiro responde juridicamente por perdas e danos perante a parte. Se a coação for acidental o negócio não pode ser anulado, mas o favorecido conhecendo o fato da pressão e ameaça, responde solidariamente com o terceiro perante o coacto por eventuais perdas e ganhos.
4º Estado de perigo (art. 156). 
Ocorre quando uma pessoa necessita se salvar ou salvar alguém em sua família na ameaça de um dano e por conta disso realiza um negócio extremamente oneroso para si, sendo que a outra parte envolvida no ato negocial tem conhecimento dessa necessidade da pessoa e com ela realiza o negócio.
Ex: Aquela mãe que promete que dará tudo o que tem para uma pessoa que promete salvar seu filhos de uma chamas de incêndio. Essa entrega é uma doação, um negócio jurídico e pode ser anulado se comprovado o estado de perigo. 
- REQUISITOS PARA CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO DE PERIGO.
- Necessidade de se salvar ou salvar alguém de sua família.
- Ameaça de dano.
- Nexo de causalidade que liga a necessidade a ameaça de dano.
- Que a ameaça de dano seja com uma das partes que envolva o negócio ou com alguém da sua família.
- Dolo de aproveitamento. Significa que a outra parte envolvida no negócio deve aproveitar das circunstâncias do desespero, da necessidade da outra parte para a realização do negócio. 
- Que a parte realiza um negócio oneroso, extremamente prejudicial para si.
O negócio jurídico sob o estado de perigo pode ser anulado no prazo decadencial de quatro anos a contar da realização do negócio. (art. 171 comb. com 178). 
5º Lesão (art. 157).
Ocorre quando uma pessoa premida de necessidade ou por inexperiência realiza um negócio desproporcional e assume uma obrigação extremamente onerosa para si e extremamente vantajosa para a outra parte envolvida no ato negocial. O negócio jurídico já deve nascer desproporcional, não deve ocorrer a desproporcionalidade no decorrer do negócio.
Há necessidade de dois elementos: elemento objetivo e elemento subjetivo.
O elemento objetivo diz respeito a realização de um negócio desproporcional extremamente oneroso para uma parte e extremamente vantajoso para outro.
Ex: A pessoa pega emprestado do banco um milhão para pagar no prazo de um ano o valor de quinze milhões. Extremamente oneroso para o cidadão e vantajoso para o banco.
O elemento subjetivo se subjetivo em dois: premente necessidade e inexperiência.
Premente necessidade diz respeito a uma necessidade econômica. É uma necessidade econômica financeira pra uma dada situação de fato.
Ex: o individuo é empresário de cinco empresas, uma das cinco está a beira de uma falência, e por premente necessidade de evitar a falência dessa empresa, o individuo empresta um milhão e se compromete a pagar quinze. Ou seja, única e exclusiva intenção de salvar a empresa.
Inexperiência. 
Ex: A pessoa vai fazer um financiamento pra comprar um imóvel, no contrato o empréstimo de duzentos mil, porém vai pagar num prazo de cinco anos, três milhões. Inexperiência da parte que aderiu ao negócio pois não tem conhecimento do mercado financeiro.
Pode a parte que assumiu obrigação extremamente onerosa requerer a anulabilidade do ato negocial no prazo decadencial de quatro anos a contar da realização do negócio. (art. 171 comb. com 178). Exceto se a parte que auferiu vantagem apresentar suplemento da obrigação, ou reduzir a sua vantagem.
- VICIOS SOCIAL
É a fraude contra credores. (art. 158 a 166). É o fenômeno jurídico em que o devedor reduz ou onera o seu patrimônio com a finalidade de limita-lo ou elimina-lo inviabilizando as garantias de sua divida junto aos seus credores.
Ex: Quando o devedor aliena bens do seu patrimônio tornando o passivo maior que o ativo, ou ainda alienando bens quando o seu passivo já é maior que o ativo. X tem um passível de quatro milhões e meio, ele deve. E tem um ativo de seis milhões, inventariando todo o seu patrimônio. Aqui o ativo é maior que o passível, vamos supor que ele venda seu imóvel por quinhentos mil reais, não se caracteriza fraude contra o credor. Agora vamos supor que ele venda seus bens por três milhões, caracteriza fraude contra credores. 
Quando a divida for coletiva, dever um pouco para cada, eles podem solicitar a insolvência do devedor. Que significa que os bens do devedor serão colocados a dispor dos credores para quitação da divida.
Para caracterizar exige-se a presença de dois elementos: objetivos (eventus damni) e o subjetivo (consilhum fraudes).
Objetivos (eventus damni). Estado de insolvência do devedor alienante e os prejuízos resultantes deste estado.
Subjetivo (consilhum fraudes). Conhecimento pelo adquirente do evento objetivo do devedor alienante. O adquirente age com consilhum fraudes quando é notória a insolvência do devedor alienante ou quando ele tem motivos para conhecê-la.
Ex: X vende um imóvel para Y, porém Y toma conhecimento de que contra X existem protestos judiciais e não judiciais de títulos de creditos não pagos, e contra X existem varias ações de incurso em que ele é réu, que contra X há uma ação exigindo o pagamento por meio de seu patrimônio. Ou Y tem motivos para conhecer os motivos, dizendo a jurisprudência que X vende para Y um imóvel por um preço vil (muito abaixo do valor). Aquele que compra um preço muito barato aquilo que não é deste valor normalmente deve ter motivos para desconfiar. 
A caracterização da fraude contra credores exige a presença dos dois elementos, objetivo e subjetivo, se um negócio jurídico for oneroso, exemplo um contrato de compra e venda. Agora se sê tratar de um negócio jurídico gratuito, uma doação ou um pagamento antecipado ou ainda da constituição de uma garantia real basta a prova do eventus damni, sendo dispensada a comprovação do consilhus fraudes.
Ex: X é devedor da importância de cinco milhões para os credores Y, W e Z. O seu ativo é de cinco milhões e meio, X se encontra num estado de insolvência e realiza a doação de um imóvel para Alpha no valor de um milhão e meio. Aqui o X é o devedor alienante, doador. Alpha é o adquirente donatário. Essa doação pode ser anulada, podendo ser requerida por qualquer credor, sendo Y, X e W. Não é preciso provar o conhecimento de Alpha, basta apenas comprovar o consilhus danmi.
Não se pode prender por divida no Brasil, apenas no caso de não pagamento de pensão. Nas outras hipóteses, o que garante o pagamento é o patrimônio do devedor.
As garantias reais estão previstas no código civil nos art. 1419 e seguinte, basicamente são as seguintes: Hipoteca, Penhor, Anticrese e alienação fiduciária em garantia.
Hipoteca tem como objeto um bem imóvel. 
EX: O X vai até um banco firma um contrato de mutuo e empresta R$ 500.000,00 e da como garantia hipotecaria um imóvel de sua propriedade. 
Penhor tem como objeto uma coisa móvel.
EX: igual o anterior porém com o bem MOVEL.
Anticrese tem como objeto os frutos e rendimentos de um bem imóvel.
Alienação Fiduciária em Garantia pode ter como objeto uma coisa móvel ou imóvel.
EX: Caso não pague o imóvel será levado a leilão na praça.
Há três possibilidades:
- O imóvel é arrecadado no valor de quinhentos mil reais, ai o valor quita a divida.
- O imóvel é arrecadado no valor de quatrocentos mil reais, ai o valor paga uma parte da divida, porém o credor continua com uma divida que vai sanar nos bens do devedor.
- O imóvel é arrecadado por seiscentosmil reais, apanha-se quinhentos mil reais, paga-se a divida e o cem mil reais que sobra volta para o patrimônio de X.
Quando ocorre a insolvência do devedor, o patrimônio desse devedor será colocado a disposição dos credores, se estabelece uma competição dos credores. Há créditos que devem ser pagos em primeiro lugar que são os créditos trabalhistas e tributários, depois os titulares de garantias reais (hipoteca, penhor, anticrese...), e por fim devem ser pagos os credores quirografados que são os credores que tem seu credito baseado num documento, num titulo de credito (uma nota promissória, uma letra de câmbio, um cheque, um contrato).
Ex: X tem um passivo de seis milhões, e um ativo de quatro milhões, já foi decreta a sua insolvência e X tem como credores Y, W e Z. O que faz o X, apanha um imóvel no valor de oitocentos mil e dá como garantia hipotecária para Y, essa garantia hipotecária é anulável, porque caracteriza fraude contra credores e basta a prova do eventus damni, basta que prove a insolvência de X.
Ocorrendo a fraude contra credores o negocio jurídico pode ser anulável, e o será no prazo decadencial de quatro anos, a contar da realização do negócio. A ação que possibilita essa nulidade do processo é ação revocatória ou então pauliana. Podem ser autor dessa ação Pauliana, os credores. Os credores da época que foi decretada a insolvência do devedor. Podendo ser réu, o devedor alienante o adquirente de bens e também terceiros.
- FRAUDE NÃO ULTIMADA (ART. 160 CC).
Quando o negócio jurídico é confirmado, mas o pagamento só ocorrera no futuro. 
Ex: X e Y assinam um contrato de compra e venda de um bem imóvel ficando acordado que o Y pagará o preço quando lavrada a escritura publica de compra e venda.
O art. 164 possibilita que o devedor insolvente continue alienando seus bens sem que isso caracterize fraude contra credores. E isso é possível em duas hipóteses: quando alienação é feita para a subsistência do devedor insolvente ou quando os bens alienados servem para manter o estabelecimento comercial, industrial do devedor garantindo assim um futuro pagamento dos débitos junto aos credores.
FIM DE FRAUDE CONTRA CREDORES.
- ERRO DE FATO.
Em contra partida ao erro de fato, temos o erro acidental que não é passível de anulação, porque apesar do erro, se o agente tivesse conhecimento da atividade, assim mesmo regularia o negócio.
Ex: X adquiri de Y automóvel, marca W modelo Z ano 2015 cor AZUL chassi numero. Y entrega o automóvel de ano 2005, achando que X está ciente do ano, causa um erro de fato, pois é substancial. Se a troca é na cor, o erro é acidental, pois ele não é substancial.
O erro é escusável quando ele é desculpável, deve levar em conta cada individuo pessoalmente ou o homem de inteligência media. Os tribunais tem se inclinado pra levar em conta o homem de inteligência social media.

Outros materiais