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Exame Físico Aplicado a enfermagem Avaliação clínica Anamnese Coleta de dados Dados subjetivos Exame físico Dados objetivos Exame físico e assistência de Enfermagem O exame físico deve ser incorporado a prática de enfermagem como o primeiro passo de uma assistência sistematizada. O que é o exame físico: Caracteriza-se por ser a parte da avaliação clínica em que o enfermeiro levanta dados pertinentes ao estado físico do paciente permitindo a identificação de problemas de enfermagem. 5 Por que estudar o exame físico? O nível de assistência prestada ao cliente, família e comunidade torna-se qualificado. Enfermeiros- aprimoramento da aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)- Processo de enfermagem. Sua implementação visa o cuidado individualizado, holístico, humanizado e com embasamento científico 6 Quando realizar o exame físico? Na admissão do paciente- primeiro contato físico Diariamente- proporcionar informações sobre as capacidades funcionais do paciente 7 Como realizar o exame físico? Utilizar aparelhos como: Balança com medidor • Esfigmomanômetro • Estetoscópio • Termômetro • Lanterna • Abaixador de língua • Fita métrica • Luvas de procedimento Material de bolso (papel, caneta, relógio e tesoura). 8 Deve ser realizado sempre no sentido cefalocaudal ou cefalopodálico. • Antes de iniciar o exame, o paciente precisa ser informado e orientado quanto à finalidade e à forma com que ele será realizado, transmitindo confiança e deixando-o à vontade. • Deve ser realizado em local bem iluminado, tranquilo e aquecido, com o mínimo de pessoas circulando, buscando respeitar a privacidade do cliente, expondo-se apenas a região a ser examinada em cada momento. Como posicionar o paciente para o exame físico? • É necessário que o paciente fique em várias posições durante o exame físico • Escolha a mais apropriada para o que se quer observar • Para iniciar fique de frente com o paciente e estabeleça contato visual. • Mostre interesse pelo o que ele apresenta de fatos e achados no exame. Normas gerais para execução do exame físico: A iluminação deve ser adequada (homogênea e sem sombras) • Respeitar a privacidade do paciente. • Explicar sobre os procedimentos realizados. • Realizar o exame no sentido céfalo-caudal. • As mãos do examinador devem estar aquecidas e as unhas curtas. • O paciente deve estar relaxado e confortável. • Em órgãos pares deve-se iniciar o exame pelo lado não afetado. • Monitorar a expressão facial do paciente em relação a manifestações de desconforto ou dor • Evitar interrupções e/ou interferências Evitar comentários e expressões acerca dos problemas Encontrados • Solicitar colaboração do paciente Ectoscopia ou inspeção geral É a observação do indivíduo como um todo, avaliando o estado geral de saúde e as características físicas mais evidentes, introdução para EF. Aspectos a serem avaliados: Aparência física Estrutura corporal, Mobilidade Comportamento. TÉCNICAS FUNDAMENTAIS Inspeção- visão e olfato Palpação- tato Percussão- audição Ausculta- audição 14 •Aparência física: Aparenta mais idade que a declarada? O desenvolvimento sexual e apropriado para o gênero e a idade? A pessoa está consciente, orientada, alerta, responde as perguntas e a reação apropriada? Estrutura corporal Estatura: normal para idade. Nutrição: caquético, emagrecido. Simetria: atrofias, assimetria. Postura: ereto, fica de pé. Comportamento Expressão facial: contato visual, adequada para a situação. Humor e afeto: está a vontade , cooperativa. Fala: clara, inteligível, deturpada. Vestuário: apropriado, clima, faixa etária. Higiene pessoal: limpa, arrumada, faixa etária. Medidas antropométricas Peso Altura INSPEÇÃO Utiliza-se o sentido da visão na avaliação do aspecto, cor, forma, tamanho, simetria, posição, anormalidades e movimento das diversas áreas corporais. Na inspeção estática o enfermeiro observa: Nível de consciência Estado nutricional e de hidratação Estatura Postura Atividade motora Cor da pele Higiene Na Inspeção dinâmica o enfermeiro observa os movimentos do paciente: Marcha Mobilidade Amplitude dos movimentos Semiotécnica da inspeção Olhando frente a frente a região a ser examinada Observando tangencialmente (pesquisar movimentos corporais; pulsações ou ondulações; abaulamentos ou depressões) Palpação Recolhe dados através do tato e da pressão, no qual o tato é utilizado para a parte mais superficial e a pressão sobre partes mais profundas. Existem várias técnicas de palpação e a sua escolha depende do local a ser examinado e do que se pretende investigar Podemos avaliar: Textura Espessura Consistência Sensibilidade Volume Elasticidade Semiotécnica da palpação • Aquecer as mãos (atenção às unhas) • Palpação com as mãos espalmadas: usando-se toda a palma de uma ou de ambas as mãos. Mãos em garra: com os dedos de uma ou ambas as mãos levemente fletidos e unidos • Dedos pinça: fechamento do dedo polegar e indicador de uma das mãos, como na situação de palpação da prega cutânea. • Dorso dos dedos: para avaliar temperatura da pele. • Palpação bimanual: uma das mãos e utilizada para aproximar a estrutura a ser examinada e a outra realiza a palpação, como na palpação do rim esquerdo com o paciente em decúbito dorsal. Percussão Ao se golpear um ponto qualquer do organismo originam-se vibrações que tem características próprias quanto: Intensidade Timbre Tonalidade • Golpear a pele com toques curtos e firmes, para avaliar estruturas subadjacentes. • Geram vibrações palpáveis e som característico • No golpeamento leve de estrutura e na interpretação do som gerado utilizam-se os sentidos do tato e da audição. Semiotécnica da percussão • Percussão direta: golpeia-se diretamente com as polpas dos dedos a região alvo; O dedo imita a forma de martelo, e os movimentos são feitos pelas articulações do punho; golpe seco e rápido. •Quanto mais densa a área percutida, maior, menos discernível e mais breve será o som • O som é influenciado pela espessura da parede e pela natureza das estruturas subjacentes • Percussão digito-digital: golpeando-se com a borda ungueal do dedo médio da mão direita a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou indicador da outra mão. • Percussão com a borda da mão: os dedos ficam estendidos e unidos , golpeando-se a região com a borda ulnar, procurando ver se a manobra provoca alguma sensação dolorosa Tipos de sons que pode ser encontrado: • Maciço: é obtido quando se percutem regiões sólidas desprovidas de ar, como baço, fígado, rins e músculos • Timpânico: é o som produzido pela percussão de cavidade fechada que contém ar, como estômago e pulmão • Ressonante ou claro pulmonar: tecido pulmonar normal • Hiper ressonância: pulmões com hiperinsuflação, como no enfisema. • Maciez pétrea: não existe ar presente, musculatura coxa, ossos ou tumor Ausculta Use a campânula para ouvir sons graves (sons cardíacos- sopros, fluxo de sangue) Diafragma para sons agudos (abdome, pulmão.) Ausculta: consiste na aplicação do sentido da audição para ouvir sons ou ruídos produzidos pelos órgãos. A ausculta é geralmente usada para avaliar ruídos respiratórios normais e patológicos, bulhas cardíacas normais e suas alterações, fluxo sanguíneo passando pelos vasos e ruídos do trato gastrointestinal Semiotécnica da ausculta • Inclinação das aurículas em direção do nariz Eliminar ruídos ambiente; sala deve ser aquecida; aquecer o esteto; eliminar pelos; expor o paciente, não auscultar sobre vestes; cuidados com seus próprios artefatos Podemos encontrar os seguintes sons na ausculta: Pulmonar: Murmúrio vesicular, Estertores, Roncos, Sons graves, Sibilos, Atrito pleural, Som áspero Sons Cardíacos Normais: Bulhas cardíacas (B1 e B2) Sons Abdominais Normais: Ruídos hidroaéreos regulares BIBLIOGRAFIA BARROS,Alba Lucia Botura Leite de. Anamnese e Exame Físico: Avaliação Diagnóstica de Enfermagem No Adulto. São Paulo: Artmed, 2015. WEBER, Janet R.; SOUZA, Regina Sônia . Semiologia: Guia Prático para Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002 image1.png image2.png image3.png image4.png