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Ind.Cerveja_Trabalho

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA – CICUTA 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 
Processos Industriais e Operações Unitárias 
Indústria da Cerveja 
 
 
Por: 
 
 
Bruno Franklin – C670527 
Gilsely Carvalho – C671411 
Larissa Lina – C670579 
Tatiana Lourenço – C671199 
Thais Roza – C670981 
 
 
 
Campus Cicuta 
Abril de 2013 
 
 2 
 
SUMÁRIO 
1. Histórico 03 
2. Operações e Processos Unitários Envolvidos 05 
 2.1. Ingredientes 05 
 2.1.1. Água 05 
 2.1.2. Malte de Cevada 06 
 2.1.3. Lúpulo 07 
 2.1.4. Levedura ou Fermento 08 
 2.1.5. Agentes Clarificantes 09 
 2.2. Preparação 09 
 2.2.1. Moagem do Malte 
 
 
 
 
10 
 2.2.1. Maceração 
 
 
 
 
11 
 2.2.2. Filtração do mosto 11 
 2.2.3. Fervura do mosto 11 
 2.2.4. Decantação 12 
 2.2.5. Resfriamento do Mosto 12 
 2.2.6. Fermentação 13 
 2.2.7. Maturação 14 
 2.2.8. Filtração 14 
 
 
 
 
 2.2.9. Envasamento 
 
 
14 
3. Fluxograma do Processo 15 
4. Curiosidades 16 
 4.1. Tipos de Cerveja 16 
 4.1.1. Largers 16 
 4.1.2. Ales 17 
 4.1.3. Lambics 17 
 4.2. Diferença entre Chope e Cerveja 18 
 4.3. Cerveja e Saúde 19 
 4.4. Dicas para Curar a Ressaca 20 
5. Quis 21 
6. Conclusão 23 
7. Referência Bibliográfica 24 
 
 
 
 3 
 
 
1. Histórico 
A origem da cerveja se perde no tempo. A maioria das bebidas elaboradas com 
cereais nos últimos 8.000 anos é hoje considerada como cerveja. Os sumérios e egípcios 
produziam cervejas há mais de 5.000 anos e os babilônios já fabricavam mais de 
dezesseis tipos de cerveja de cevada, trigo e mel há mais de 4.000 anos antes de Cristo. 
Uma estátua de terracota representando um cervejeiro, de 2.400 anos antes de Cristo, foi 
encontrada em um túmulo egípcio. 
Na América do Sul, séculos antes da chegada dos espanhóis, os incas já bebiam 
cerveja de grãos de milho. O mais antigo código de leis conhecido, o de Hamurabi da 
Babilônia (cerca de 1.770 antes de Cristo), declara que a pena de morte poderia ser 
imposta àqueles que diluíam a cerveja que vendiam. Papiros egípcios, de cerca de 1.300 
antes de Cristo, referem-se ao regulamento de venda de cerveja. Na Idade Média, a 
cerveja foi utilizada como mercadoria para comércio, pagamento e impostos. Os 
monges aperfeiçoaram a tecnologia cervejeira e serviram, de certo modo, como 
vendedores por atacado. No século 14, a cidade de Hamburgo, no norte da Alemanha, 
era o centro cervejeiro da Europa, com mais de mil mestres cervejeiros. 
Considera-se Gambrinus o patrono dos cervejeiros em todo o mundo. Existem 
várias teses para a origem desse nome e a mais aceita é a de que deriva do nome de Jan 
Primus, Duque de Brabant, que viveu em torno do ano de 1251 (Século 13). Os 
cervejeiros de Bruxelas (Bélgica) teriam oferecido a ele a posição de membro honorário 
em sua associação, o que foi por ele aceito. Isso foi considerado por eles uma grande 
honra, e desse modo os cervejeiros passaram a contar com um poderoso patrono. 
A Lei da Pureza (“Reinheitsgebot”), que é o mais antigo código de alimentos do 
mundo vigente no mundo, que determina que apenas água, malte, lúpulo e levedura 
podem ser utilizados na elaboração da cerveja. Ela foi instituída pelo Duque Guilherme 
IV da Baviera, em 1516. 
"Cerveja Marca Barbante" foi à denominação genérica dada às primeiras 
cervejas brasileiras que, com sua fabricação rudimentar, tinham um grau tão alto de 
fermentação que, mesmo depois de engarrafadas, produziam uma enorme quantidade de 
gás carbônico, criando grande pressão. A rolha era, então, amarrada com barbante para 
 
 4 
 
impedir que saltasse da garrafa. Refrescante e de baixo teor alcoólico, a cerveja foi aos 
poucos conquistando popularidade em nosso país tropical. 
No Brasil a cerveja demorou a chegar, pois os portugueses temiam perder o filão 
da venda de seus vinhos. A cerveja chegou ao Brasil em 1808, trazida pela família real 
portuguesa de mudança para o então Brasil colônia. Consta que o rei, apreciador 
inveterado de cerveja, não podia ficar sem consumir a bebida. Com a abertura dos 
portos às nações amigas de Portugal, a Inglaterra foi a primeira a introduzir a cerveja na 
antiga colônia. 
A bebida consumida pela população era a “Gengibirra” feita de farinha de milho, 
gengibre, casca de limão e água, essa infusão descansava alguns dias, sendo então 
vendida em garrafas ou canecas ao preço de 80 réis ou a “Caramuru” feita de milho, 
gengibre, açúcar mascavo e água, esta mistura fermentava por uma semana e custava 40 
réis o copo. 
Até o final da década de 1830, a cachaça era a bebida alcoólica mais popular do 
País. Além dela, eram importados licores da França e vinhos de Portugal, especialmente 
para atender à nobreza. Nesse período a cerveja já era produzida, mas num processo 
caseiro realizado por famílias de imigrantes para o seu consumo. 
Até o 2º Reinado (1840-1889) os anúncios comerciais nos jornais referiam-se, 
exclusivamente, à venda de cerveja, nunca à produção. Foi só a partir da década 
seguinte que as famílias de imigrantes começaram a usar escravos e também a empregar 
trabalhadores livres para produzir a bebida e vendê-la ao comércio local. "nesse 
momento, o Rio já tem uma população de padrão médio, formada por militares, oficiais 
de indústrias, proprietários de pequenas manufaturas, profissionais liberais e 
funcionários públicos. A cidade já era comparável a outras da Europa Central, e já 
possuía um mercado consumidor relevante. A venda era feita no balcão e na própria 
cervejaria que atendia a particulares. Convites eram espalhados pelos proprietários em 
bares próximos e festas eram realizadas dentro das cervejarias. As entregas eram feitas 
por carroças ao comércio dos bairros próximos." 
 
 5 
 
Quanto à(s) primeira(s) fábrica(s), o estudo dessa época é dificílimo, pois as 
fábricas não produziam cerveja com marca alguma e geralmente vendiam, em barris, 
para os depósitos (comércio que nem sempre era só de cerveja), onde era vendida de 
várias formas, às vezes engarrafadas e com rótulos próprios. 
 
2. Operações e Processos Unitários Envolvidos 
2.1. Ingredientes 
Os ingredientes básicos da cerveja são: 
 água; uma fonte de amido, tais como malte de cevada, capaz de ser 
sacarificado (convertidos em açúcares), então fermentados (convertido 
em álcool e dióxido de carbono); 
 uma levedura de cerveja para produzir a fermentação; 
 e o lúpulo. 
 
Uma mistura de fontes de amido podem ser usados, com uma fonte secundária 
de amido, como o milho (milho) ou arroz, sendo muitas vezes denominado um adjunto, 
especialmente quando utilizado como um substituto de custo mais baixo para a cevada 
maltada. Fontes de amido menos utilizadas incluem milheto, sorgo, raiz de mandioca na 
África, tubérculo de batata no Brasil e agave no México, entre outros. 
2.1.1. Água 
As regiões têm água com componentes minerais diferentes. Como resultado, 
diferentes regiões foram inicialmente mais adequadas para se fazer certos tipos de 
cerveja, dando-lhes um caráter regional. Por exemplo, Dublin tem água dura adequada 
para se fazer stouts como a Guinness, enquanto que Plzeň tem água macia adequada 
para se fazer uma Bohemian Pilsner como a Pilsner Urquell. As águas de Burton, 
na Inglaterra, contêm gipsita, que beneficia a fabricação de pale ales, a tal ponto que as 
cervejeiras que produzem Pale Ales acrescentam gesso na água em um processo 
conhecido como burtonização. 
 
 6 
 
2.1.2. Malte de cevada 
A fonte de amido em uma cerveja fornece o material fermentável e é um fator 
determinante no sabor da cerveja. A fonte de amido mais comum usada na cerveja é a 
cevada maltada. A cevada é maltada por imersão em água, permitindo que ele comece a 
germinação e em seguida seca-se o grão parcialmente germinado em um forno. 
O grão maltado produz enzimas que convertem o amido nos grão em açúcares 
fermentáveis, diferentes tempos e temperaturassão utilizados para produzir cores 
diferentes de malte a partir do mesmo grão. Maltes escuros produzirão cervejas mais 
escuras. 
Durante a preparação da cerveja, a cevada é moída, remove-se a casca, e o grão é 
dividido em pedaços. Estas cascas permanecem com o grão durante a brassagem e 
atuam como um filtro natural durante a lavagem dos grãos, quando o mosto é separado 
do material insolúvel do grão. 
Outros grãos maltados e não maltados (incluindo o milho, arroz, trigo, aveia, 
e centeio, e menos frequentemente, sorgo) podem ser utilizados. Nos últimos anos, 
alguns poucos fabricantes têm produzido cerveja sem glúten, feita com sorgo e sem 
malte de cevada, para aqueles que não podem consumir glúten provenientes de grãos 
como trigo, centeio, cevada e etc. 
 
 7 
 
 
Figura 1: Malte, principal ingrediente da cerveja. 
 
2.1.3. Lúpulo 
O lúpulo que é utilizado na fabricação de cervejas na verdade é uma flor da 
espécie vegetal Humulus lupulus. A planta é dioica, ou seja, possui os sexos separados, 
mas somente as flores da planta fêmea são utilizadas como ingredientes da bebida. 
Nessas flores, existem glândulas amareladas entre as pétalas, chamadas lupulinas, que 
produzem resinas e óleos que são responsáveis pelo aroma e amargor que é conferido à 
cerveja. Esse sabor amargo, que serve para equilibrar a doçura do malte, é medido por 
meio da Escala Internacional de Unidades de Amargor. O lúpulo atribui aromas e 
sabores cítricos e florais à cerveja. Além disso, essa flor tem um efeito antibiótico que 
favorece a atividade da levedura de cerveja sobre microorganismos menos desejáveis e 
ajuda na retenção da espuma da bebida. A acidez do lúpulo também age como um 
conservante natural da bebida. Graças a todas essas características, a maior parte do 
lúpulo utilizado comercialmente é usado na fabricação de cerveja. 
A primeira menção histórica do uso do lúpulo na cerveja foi de 822 d.C. em 
escrituras de um mosteiro feitas por Alhard the Elder, também conhecido como Adalard 
de Corbie, embora normalmente a data mencionada para o cultivo generalizado de 
lúpulo para uso em cerveja date do século XIII. Antes desse século, a cerveja era 
aromatizada com outras plantas, como a glechoma hederacea por exemplo. As 
combinações de ervas aromáticas, frutos diversos e até mesmo ingredientes como 
 
 8 
 
o absinto eram combinados em uma mistura conhecida como gruit. Atualmente algumas 
cervejas, como a Fraoch' da empresa Scottish Heather Ales e Cervoise Lancelot da 
empresa French Brasserie-Lancelot, utilizam outras plantas além de lúpulo para 
condimentação. 
 
Figura 2: Flor de Lúpulo. 
 
2.1.4. Levedura ou fermento 
A levedura é o micro-organismo responsável pela fermentação em cerveja. A 
levedura metaboliza os açúcares extraídos a partir de grãos, o que produz o álcool e 
dióxido de carbono, e, assim, se transforma o mosto em cerveja. Além de fermentar a 
cerveja, a levedura influencia o caráter e sabor. 
Os tipos dominantes de levedura usados para fazer cerveja são a Saccharomyces 
cerevisiae. A Brettanomyces também é utilizada para fermentar Lambics e 
a Torulaspora delbrueckii para fermentar weissbier da Baviera. Antes que o papel da 
levedura na fermentação fosse entendido, a fermentação envolvia leveduras selvagens 
encontradas ao ar livre. Alguns tipos de cerveja como as Lambics contam com este 
método até hoje, mas a fermentação mais moderna acrescenta culturas de levedura 
puras. 
 
 9 
 
 
Figura 3: Levedura, fermento natural. 
 
2.1.5. Agentes Clarificantes 
 Alguns fabricantes adicionam um ou mais agentes clarificantes na cerveja, o que 
tipicamente precipita (coleta como um sólido) para fora da cerveja, juntamente com os 
sólidos de proteínas que seriam encontradas no produto final. Este processo faz com que 
a cerveja pareça brilhante e límpida, ao invés do aspecto turvo de certos estilos, como 
a weissbier. 
Exemplos de agentes clarificantes incluem o isinglass (em português, ictiocola), 
obtido a partir da bexiga natatória de peixes; o irish moss, uma alga marinha; 
carragenina, obtida a partir da alga Kappaphycus cottonii; Polyclar (artificial) e gelatina. 
2.2. Preparação 
O objetivo do processo é converter a fonte de amido em um líquido açucarado 
chamado mosto e depois converter o mosto em uma bebida alcoólica conhecida como a 
cerveja, em um processo de fermentação efetuada por leveduras. Há várias etapas no 
processo de fabricação de cerveja, que pode incluir maltagem, brassagem, lavagem, 
fervura, fermentação, maturação, filtragem e embalagem. 
 
 10 
 
 
Figura 4: Diagrama ilustrando o processo de fabricação. 
 
2.2.1. Moagem do Malte 
O malte, que pode ser armazenado em silos ou sacarias, é moído em moinhos de 
rolos ou martelos para que o amido contido em seu interior fique exposto para ser 
transformado durante o processo. 
 
Figura 5: Chão de uma maltaria. 
 
 
 
 
 
 11 
 
2.2.2. Maceração 
O malte moído é misturado com água em temperaturas pré-estabelecidas para 
que se inicie a ação de enzimas, que quebrarão as cadeias de amido em cadeias menores 
de açúcares como glicose, maltose entre outros. 
 
Figura 6: Recipiente de maceração. 
 
2.2.3. Filtração do Mosto 
Após ter todo o amido transformado, a "pasta" formada (macerado), é levada ao 
filtro onde cascas e bagaço são separados do líquido açucarado chamado mosto, que já 
tem cor de cerveja. 
 
2.2.4. Fervura do Mosto 
O mosto é levado à ebulição e fervido durante alguma tempo (60 a 90 minutos) 
para que substâncias não desejáveis se volatilizem, proteínas coagulem e o mosto seja 
esterilizado. 
Nesta etapa também é adicionado o lúpulo, responsável por fornecer amargor e aroma 
característico à cerveja. 
 
 12 
 
 
Figura 7: Sala de fervura. 
 
 
2.2.5. Decantação 
O mosto fervido passa por um processo de decantação onde as proteínas 
coaguladas no processo anterior são depositadas no fundo do equipamento, enquanto o 
mosto límpido é retirado pela parte lateral/superior. 
2.2.6. Resfriamento do mosto 
O mosto deve ser resfriado para temperaturas de fermentação (20-26 graus 
centígrados) antes de a levedura ser adicionada. Em fábricas de cerveja modernas, isto é 
conseguido através de um trocador de calor de placas. Um trocador de calor de placas 
tem várias placas estriadas que formam dois caminhos distintos. O mosto é bombeado 
para dentro do trocador de calor, e passa através de cada dois intervalos entre as placas. 
O meio de arrefecimento, geralmente água, passa através dos outros intervalos. Os 
sulcos nas placas asseguram um fluxo turbulento. Um bom trocador de calor pode 
diminuir a temperatura de 95 para 20 graus centígrados enquanto aquece o meio de 
arrefecimento de cerca de 10 até 80 graus centígrados. As últimas placas 
frequentemente utilizam um fluido de arrefecimento, que pode ser arrefecido abaixo do 
ponto de congelamento, o que permite um controle mais fino sobre a temperatura do 
 
 13 
 
mosto de saída, e também permite o arrefecimento para cerca de 10 graus centígrados. 
Após o resfriamento, oxigênio é muitas vezes dissolvido no mosto para revitalizar o 
fermento e ajudar em sua reprodução. 
Enquanto ferve, é importante se recuperar parte da energia usada para ferver o 
mosto. Em seu caminho para fora da cervejaria, o vapor criado durante a fervura é passa 
por uma serpentina pela qual flui água não aquecida. Ao ajustar a velocidade de fluxo, a 
temperatura de saída da água pode ser controlada. Isto também é muitas vezes feito 
utilizando um trocador de calor de placas. Essa água é então armazenada para uso na 
próxima brassagem, na limpeza de equipamento, ou sempre que necessário. 
Outro método comum de recuperação de energia ocorre durante o arrefecimento 
do mosto. Quando a água fria é usada para arrefecer o mosto num trocador de calor, a 
água é aquecida significativamente.Numa fábrica de cerveja eficiente, a água passa 
através do trocador de calor a uma taxa definida para maximizar a temperatura da água 
ao sair. Esta água quente é agora em seguida armazenada num tanque de água quente 
para uso posterior. 
2.2.7. Fermentação 
Na fabricação de cerveja, é a conversão de carboidratos para dióxido de 
carbono e de alcoóis ou ácidos orgânicos utilizando leveduras, bactérias, ou uma 
combinação das mesmas, sob condições anaeróbicas. Uma definição mais restrita de 
fermentação é a conversão química dos açúcares em etanol. 
Depois que o mosto é arrefecido e oxigenado - geralmente com ar estéril - a 
levedura é adicionada a ele, e então começa a fermentar. É durante esta fase, que 
açúcares obtidos a partir do malte são metabolizados em álcool e dióxido de carbono, e 
o produto pode ser chamado pela primeira vez de cerveja. A fermentação acontece em 
tanques que vêm em todos os tipos de formas, desde enormes cilindros-cônicos até 
tonéis de madeira. 
 
 14 
 
 
Figura 8: Tanques de fermentação. 
 
2.2.8. Maturação 
O mosto fermentado é agora chamado de cerveja verde. Ela é maturada em 
baixas temperaturas (zero graus ou menos) por período que pode levar alguns dias ou 
semanas. Nesta fase, algumas substâncias ainda são transformadas pela levedura em 
suspensão na cerveja, além de haver separação da levedura da cerveja (decantação ou 
flotação), incorporação de CO2 e retirada de alguns gases formados durante a 
fermentação. 
Evita a formação de sabores indesejáveis e compostos prejudiciais, tais como 
os acetaldeídos. 
2.2.9. Filtração 
A cerveja maturada é filtrada para que se torne límpida e brilhante, como a que 
conhecemos nos bares. 
Nesta fase é ainda adicionado mais CO2 e podem ser adicionados estabilizantes de 
espuma e coloidal além de anti-oxidante. 
2.2.10. Envasamento 
A cerveja, após a filtração, é acumulada em tanques que alimentam as linhas de 
envasamento. 
 
 15 
 
As linhas podem ser de latas, garrafas retornáveis (600 ml no Brasil) e garrafas 
descartáveis. 
A cerveja também pode ser armazenada em barris. 
Em todas elas a cerveja é embalada com o máximo de cuidado para que não seja 
incorporado oxigênio dentro do frasco onde será acondicionada. Depois de embalada, a 
cerveja é pasteurizada para que possa ter estabilidade microbiológica durante os meses 
que poderá ficar armazenada. 
 
 
Figura 9: Enchedora automática de barris Keg. 
 
 
Figura 10: Enchedora de garrafas tipo LN (long neck). 
 
 16 
 
 
 
 
 
3. Fluxograma do Processo 
 
Figura11: Fluxograma de Fabricação. 
 
4. Curiosidades 
4.1. Tipos de Cerveja 
Cerveja é uma bebida alcoólica carbonatada, produzida através da fermentação 
de materiais com amido, principalmente cereais maltados como a cevada e o trigo. Seu 
preparo inclui água como parte importante do processo e algumas receitas levam ainda 
lúpulo e fermento, além de outros temperos, como frutas, ervas e outras plantas. 
Dentro desta definição de cerveja encontram-se diversas variedades, de acordo 
com fatores como método de produção, ingredientes usados, cor, sabor, aroma, receita, 
história, origem e assim por diante. 
4.1.1. LARGERS 
 
 17 
 
São as cervejas mais consumidas no mundo, responsáveis, por exemplo, por 
mais de 99% das vendas de cerveja do Brasil. 
Originarias da Europa Central no século 14, são cervejas de baixa fermentação 
ou fermentação a frio (de 06 a 12ºC), com graduação alcoólica geralmente entre 4 e 5%. 
Existem muitos estilos de Lager, mas a maioria é clara, com sabor 
moderadamente amargo. São Lager: Pilsener, Munchener, Vienna, Dortmund, Einbeck, 
Bock, Export e Munich. 
Tem entre seus tipos mais conhecidos a Pilsener, tipo de cerveja originariamente 
criada no século 19 na cidade de Pilsen, região da Boêmia da República Tcheca, e que 
por isso muitas vezes é chamada de Pilsen ou Pils ao invés de Pilsener. 
4.1.2. ALES 
O que a difere das Lager é o tipo de fermentação, que é feita em temperaturas 
mais altas, geralmente entre 15 e 24ºC. É um processo antigo de fabricação, o que fez 
com que as cervejas do tipo Ale fosse as únicas disponíveis até meados do século XIX, 
quando foi inventada a baixa fermentação (Lager). 
Dada essa “antiguidade”, aliada principalmente à fermentação a quente, os 
sabores complexos, maltados e lupulados das cervejas Ale são incomparavelmente mais 
perceptíveis, sendo cervejas mais encorpadas e vigorosas. 
São Ale as cervejas tipo: Stout, American Strong Ale, India Pale Ale e Irish Red 
Ale, entre muitas outras. 
4.1.3. LAMBICS 
A maioria dos especialistas classifica as cervejas do tipo Lambic como uma 
terceira categoria, em separado das Lager e Ale, por causa do seu tipo de fermentação, 
que é espontânea. 
São feitas de trigo, porém não são adicionadas leveduras no mosto, ficando a 
fermentação a cargo dos agentes naturais, os quais são encontrados somente numa 
pequena área ao redor de Bruxelas. Daí a dificuldade em encontrá-las, bem como o seu 
preço elevado. 
 
 18 
 
Trata-se de um tipo muito peculiar de cerveja, dotada de uma gama 
extremamente numerosa de aromas, os quais vão do frutado (como framboesa, cereja ou 
banana) ao extremamente cítrico (como vinho branco ou vinagre). 
É o tipo mais antigo de cerveja feito no mundo. 
4.2. Diferença entre Chope e Cerveja 
Os dois seguem a mesma receita, a principal diferença está na pasteurização, 
processo pelo qual, após o envase, as latas ou garrafas são submetidas a altas 
temperaturas e logo em seguida rapidamente resfriadas. Esse expediente é utilizado para 
interromper o processo de fermentação e garante maior durabilidade ao produto. A 
cerveja em barril, por sua vez, não passa por esse processo. Após a fermentação, o 
chope é filtrado e embarrilado com adição de dióxido de carbono, o que ajudará na 
formação de espuma e na sensação frisante do chope, por isso considerado mais “leve”. 
Simplificando: a cerveja, em lata ou garrafa, nada mais é do que um chope 
pasteurizado ou filtrado de forma a se tornar praticamente estéril, com maior prazo de 
validade. 
 
 19 
 
 
Figura 12: Diagrama da diferença entre Chope e Cerveja. 
 
4.3. Cerveja e Saúde 
De tempos em tempos uma leva de conclusões baseadas em estudos científicos 
promove alguns alimentos da categoria de vilões para grandes guardiões de saúde. 
Especialistas passam a recomendar seu consumo e incorporação nos hábitos 
alimentares. Isso já ocorreu com alimentos como o ovo e o café. Agora parece ser a vez 
da cerveja. 
Diversas pesquisas têm apontado uma série de benefícios que o consumo 
moderado da bebida pode trazer ao organismo. Boa parte delas está focada na ação dos 
componentes fenólicos da cerveja no corpo humano. Estas substâncias, segundo os 
estudos, podem ajudar na neutralização dos efeitos nocivos dos radicais livres, 
protegendo células de importantes tecidos do corpo humano, como as do sistema 
 
 20 
 
nervoso, e prevenindo o surgimento ou evolução de algumas doenças crônicas não 
transmissíveis. 
Estudo mais recente, feito por pesquisadores da USP e UNICAMP em 2011, 
analisou as características de diferentes tipos de cerveja para descobrir qual a variedade 
da bebida é mais indicada para o consumo em relação ao seu potencial antioxidante. 
Através de métodos de pesquisa in vitro com amostras de 29 diferentes tipos de 
cervejas comercializadas no Brasil, descobriu-se que as cervejas escuras levam ampla 
vantagem sobre as suas irmãs mais clarinhas. As morenas têm cerca de 2,5 vezes mais 
compostos fenólicos e quatro vezes mais flavonóides, compostos cientificamente 
reconhecidos por combater os radicais livres produzidos no organismo. 
Os componentes fenólicos atuam na inibição da atuação dos radicais livres, os 
principais responsáveis pela oxidação celular. E uma boa notícia para quem aprecia a 
bebida: para ter uma ação antioxidante contínua,a cerveja deve ser consumida 
diariamente, mas sempre com moderação, uma vez que em excesso a atividade 
metabólica necessária para eliminar todo o álcool do corpo anula os benefícios 
adquiridos. 
 
 
4.4. Dicas para Curar a Ressaca 
Beber mais que o nosso limite nunca é o objetivo, porém com a descoberta de 
tanta cerveja boa, muitas vezes acaba sendo inevitável beber um pouco a mais. Para 
esses momentos, resolvemos listar algumas dicas para que na sua manhã seguinte você 
se lembre da noite anterior mais pelas boas cervejas do que pela sua atual dor de cabeça. 
Para antes e durante: 
 Beba água entre uma cerveja e outra. É importante manter o corpo hidratado 
sempre. O álcool desidrata o corpo e a cerveja, diurética, nos faz eliminar muito líquido, 
portanto você precisa reabastecer com frequência. 
 
 21 
 
 Não beba de estômago vazio. Como a bebida diminui o nível de açúcar no 
sangue, comer é importantíssimo para que o organismo não saia do seu nível normal. 
Comer antes de dormir também ajuda algumas pessoas. 
Para depois: 
 Beba muita água antes de dormir. Muitas vezes a dor de cabeça do dia seguinte é 
desidratação causada pelo álcool. Beba no mínimo de 2 a 3 copos. 
 Aspirina ou outro analgésico - pílulas ou efervescentes, ajudam a combater a dor 
de cabeça. 
 Antiácidos - eles ajudam caso seu estômago apresente sinais de irritação. 
 Café, chá, Coca-Cola - para reanimar. Além disso, tais líquidos te manterão 
hidratado também. 
 Coma bem no dia seguinte. Evite gorduras e comidas pesadas - seu estômago já 
está sofrendo o suficiente - mas não deixe de comer. Comer um pouco antes de dormir 
também ajuda algumas pessoas. 
 Dê um intervalo de 48 horas. A história de que a "rebatida" cura tudo pode até 
ter um fundinho de verdade, mas ninguém aqui quer terminar doente ou sócio do AA. 
 
 
5. Quiz 
Numa mesa de bar, com a turma reunida e animada, o que não falta é assunto 
para conversar. Entre um gole e outro, enquanto o garçom serve o chope, anota o pedido 
ou abre a garrafa da cerveja preferida, fala-se de tudo: futebol, política, os últimos 
acontecimentos do noticiário, novela e relacionamentos. O conhecimento cervejeiro 
também é posto à prova e, vez ou outra, acontece de alguém disseminar informações 
erradas a respeito da bebida. Por isso listamos aqui 10 questões (entre mitos e verdades) 
para incrementar a conversa de bar e testar os amigos. 
1) Somente quatro ingredientes são suficientes para produzir os cerca de 40 
mil tipos de cerveja existentes no mundo? VERDADE Difícil de acreditar, mas a 
 
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afirmação é verdadeira. A cevada maltada, a levedura, a água pura e cristalina e o lúpulo 
constituem a base da maioria das cervejas. Fica a pergunta: se a fórmula é simples e 
conhecida há tanto tempo, por que então as cervejas não são iguais em qualidade e 
sabor? Porque é a escolha dos melhores ingredientes e o toque de gênio (leia-se as 
infinitas combinações das matérias-primas) dos verdadeiros mestres cervejeiros que 
fazem a diferença. 
2) Pilsen e Lager são a mesma coisa ? VERDADE Os dois termos referem-se 
basicamente ao mesmo tipo de cerveja. Pilsen e Lager são cervejas de baixa 
fermentação, com graduação alcoólica entre 4% e 5%. O nome Pilsen deriva da cidade 
de Pils, localizada na atual República Tcheca. Lager vem do alemão lagern, que 
significa armazenar. 
3) A espuma protege a cerveja do contato com o oxigênio ? VERDADE O 
colarinho, espuma que se forma no copo, evita que as bolhas de dióxido de carbono 
presentes na cerveja escapem, protegendo a bebida da ação do oxigênio, que pode 
alterar o gosto e a qualidade. Por isso, ao degustar um delicioso chope, atenção ao 
colarinho. 
4) Tomar uma cervejinha antes da aula de ginástica não é problema? 
FALSO Antes da aula não é recomendável, pois o exercício físico exige muita 
concentração e coordenação. O álcool, em alguns casos, também reduz a sensibilidade à 
dor, o que aumenta o risco de lesões. Porém, depois da atividade física, a cerveja, em 
quantidade moderada, ajuda a reidratar o corpo. É o que indica um estudo apresentado 
no VI Simpósio Europeu de Cerveja e Saúde, realizado em Bruxelas. 
5) A cerveja é uma das bebidas mais antigas do mundo ? VERDADE Há 
evidências encontradas em gravações em pedra que datam de 4.000 a.C. Nelas, os 
sumérios, civilização da Mesopotâmia, aparecem produzindo cerveja. Há também uma 
receita da bebida, da mesma época, em forma de poema, que homenageia Ninkasi, a 
deusa suméria da cerveja, nascida da “água fresca cintilante” e criada para “saciar o 
desejo” e “satisfazer o coração”. 
6) A mesma cerveja terá um sabor diferente em copos de formato 
variado? VERDADE Diferentes tipos de cerveja exigem tipos específicos de copo. Um 
teste simples pode ser feito em casa: coloque a mesma cerveja em um copo reto e em 
 
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uma taça abaulada. Sinta a diferença no aroma. Isso está diretamente ligado ao sabor, 
uma vez que o olfato contribui para o paladar. 
7) Na Idade Média, a cerveja substituía a água? VERDADE Em uma época em 
que a água não era limpa e constituía uma fonte de infecções, a cerveja era a alternativa 
mais segura. A água utilizada na fabricação era fervida, e tal medida matava a maioria 
das bactérias. Além disso, os nutrientes da cerveja ajudavam na alimentação básica da 
população pobre. Os monges também a deixavam mais encorpada para suportar com 
menos sofrimento os longos períodos de jejum. Era o famoso e aclamado pão líquido. 
8) Tomar cerveja engorda? FALSO A cerveja possui menos calorias do que a 
maioria das bebidas alcoólicas e não alcoólicas servidas em bares, restaurantes ou em 
casa. A cerveja também não contém gordura e possui poucos carboidratos. Desde que 
consumida com moderação, não engorda. O foco de atenção está nos aperitivos que 
acompanham a bebida e no estilo de vida sedentário. 
9) A cerveja é uma bebida natural? VERDADE Os ingredientes das melhores 
cervejas do mundo são água pura e cristalina, cevada maltada, levedura e lúpulo. E, no 
caso da Heineken, não contém conservantes, aditivos nem corantes. 
10) As plantas de lúpulo, um dos ingredientes da cerveja, podem crescer até 30 
centímetros por dia? VERDADE O lúpulo é uma trepadeira de crescimento muito 
rápido, e algumas plantas podem atingir até oito metros de altura. De suas flores, 
chamadas estróbilos, vêm as resinas e os óleos essenciais responsáveis por grande parte 
do aroma e do amargor da cerveja. Conservante natural, com poder antisséptico, o 
lúpulo é cultivado em muitas regiões do mundo, entre elas Alemanha, República 
Tcheca, Eslovênia e Estados Unidos. Na produção da cerveja usam-se somente as flores 
fêmeas. 
 
6. Conclusão 
A cerveja é uma bebida antiga e, desde sua origem, seu processamento sofreu 
muitos melhoramentos. O domínio da tecnologia cervejeira garante uniformidade e 
qualidade na produção, características fundamentais para a conquista do mercado 
consumidor. 
 
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7. Referencia Bibliográfica 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cerveja, acessado em 12 de abril de 2013. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_cerveja_no_Brasil, acessado em 12 de 
abril de 2013. 
http://www.cervesia.com.br/, acessado em 12 de abril de 2013. 
http://heinekenbrasil.com.br, acessado em 12 de abril de 2013. 
http://www.brejas.com.br/cerveja.shtml, acessado em 17 de abril de 2013. 
http://www.acerveja.com.br/vocesabia/fabricacao.htm, acessado em 24 de maio de 
2013.

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