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Inspeção-de-POA-456

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Inspeção ante-mortem de bovinos
Introdução
 Primeira etapa da inspeção sanitária dos animais a serem abatidos, sendo uma atribuição exclusiva do medico veterinário. 
Conceito
 Realizada em 2 etapas
Técnica
 Conferência da documentação: GTA, atestado sanitário do med. Veterinário da propriedade. 
 Plataforma de Inspeção ante-mortem, observação em caráter geral do lote em piquete de observação durante e após o jejum, 30 minutos antes do abate, e no desembarcar dos @. Observar diarreia, sialorreia, ectoparasitas, lesões e artrite. 
Alterações?
Condenar em caso de:
– Hipertermia
 ≥ 40,5ºC – bovinos, ovinos, caprinos
 ≥ 41ºC – suínos
 ≥ 43ºC – aves
– hipotermia
Observar os @ em geral e se necessaro separa e afere temperatura . 
Objetivos
 Certificação do estado sanitário, avaliando a sanidade dos @ para evitar o abate de @ doentes que possam causar prejuízos a saúde das pessoas. 
 Constatação de doenças de quadros clínicos evidentes: mastite, metrite, tumorações, enterite, papilomatose, quadros neurológicos
 Refugar vacas paridas/abortadas
 Evitar o abate de vacas com gestação avançada
 Evitar o abate de animais com menos de 1 mês de vida extra uterina
 Garantir a obrigatoriedade do jejum, descanso e dieta hídrica – Artigo 110
Importância higiênico sanitária
 Fornecer dados para inspeção post-mortem
 Constatar doenças sem lesões anatômicas evidentes: Encefalites, tétano, metrite
 Surpreender doenças septicêmicas
 Policiamento sanitário (doenças de notificação obrigatória): Raiva, febre aftosa
Importância tecnológica
 Garantir o jejum, repouso (para recuperar o estado e glicogênio, gerando ATP e após a morte acido lático que ajuda na queda de pH). e dieta hídrica para evitar contaminação na sala de abate
Particularidades
 Animais com febre aftosa: 
 Artigo 116 e 117 (RIISPOA)
 É proibida a matança “em comum”
 Manutenção dos animais em observação
 Normas técnicas
 abater após viremia (hipertermia)
 abate no final da matança
 animais com chapa número 3 (NE- não pode exportar)
 Ofício circular DIPOA 006/01
	 Todos os animais suspeitos e aqueles que entraram em contato deverão ser abatidos em separado.
 Destino às carnes: maturação sanitária(redução da temperatura em curto período de tempo) e desossa, NE
Tuberculose : portaria 23 (2014) –abate sanitário ou sacrifício de bovinos e bubalinos diagnosticados positivos para tuberculose. O consumo de carne em partes depende da avaliação do estado da carne. 
Destruicao quando o foco é encontrado na propriedade e deve-se destruir na propriedade. 
Matança de emergência
Conceito: – A matança de emergência é aquela destinada aos animais que chegam ao estabelecimento em precárias condições físicas ou de saúde (doenças e fraturas), impossibilitados de atingir a Sala de Matança por seus próprios meios, como também aqueles que foram retidos no Curral de Observação (bovinos) ou Pocilga de Seqüestro (suínos), após o exame geral.
 Tipos de matança de emergência: 
– Imediata
– Mediata
 Principais causas: 
– Traumatismo (luxações, fraturas)
– Metrites, mastites, enterítes, abscessos
– Animais de descarte com tuberculinização e brucelose positivos.
 Local de abate: 
– Matadouro Sanitário (local a parte, menor e localizado próximo aos currais , evitando transporte e contaminação da sala de matança geral)
– Departamento de necropsia
INSPEÇÃO POST-MORTEM
- exame macro de todos os órgãos e tecidos durante o abate.
Condições físicas e operacionais necessárias: 
Iluminação adequada
Dispositivos para lavagem e esterilização de instrumentos e lavatórios de mãos para evitar contaminação. 
Sistema de controle e registro de afecções para avaliar todas as partes do @
Velocidade de abate compatível com o numero de funcionários. 
Fase preparatória: na evisceração, cuidando para preservar os órgãos
Fase de exame: visualização , palpação, corte técnicos porque não deve-se inviabilizar a comercialização do órgão após o corte. 
Normas de procedimentos
Sistema de identificação funcional
Pessoal qualificado e treinado
Velocidade de abate determinado pelo médico veterinário
Fase preparatória bem realizada (evisceração, permitindo a avaliação dos órgãos) 
Conceito: Exame macroscópico realizado em órgãos e meias carcaças durante o abate
RIISPOA (Art. 147): a inspeção post-mortem consiste no exame de todos os órgãos e tecidos, abrangendo a observação e apreciação de seus caracteres externos, sua palpação e abertura dos gânglios linfáticos correspondentes, além de corte sobre o parênquima dos órgãos, quando necessário
Local
Nas linhas de inspeção (100% dos @)
No DIF (departamento de Inspecao final, avalia as carcaças e vísceras doentes ou lesionadas, separada nas linhas ou @ que foram abatidos em emergência)
Linhas de Inspeção
LINHA A – exame dos pés
LINHA B – exame do conjunto cabeça-língua
LINHA C – cronologia dentária
LINHA D – exame do TGI, baço, pâncreas, vesícula urinária, útero
LINHA E – exame do fígado
LINHA F – exame dos pulmões e coração
LINHA G – exame dos rins
LINHA H – exame dos lados internos e externos da parte caudal da carcaça e linfonodos correspondentes
LINHA I – exame dos lados internos e externos da parte cranial da carcaça e linfonodos correspondentes
Fases
Preparatória: finalidade de apresentar à inspeção a peça em condições de ser inspecionada, perfeitamente limpa para facilitar o exame visual, preservando sob o ponto de vista higiênico, as porções comestíveis
Fase de exame: auxiliares de inspeção com formação teórica e prática sobre as lesões
Rotina oficial nas linhas de inspeção
 LINHA A
Fase preparatória
Fase de exame: observar os espaços interdigitais, observando lesões de febre aftosa.
 Artigo 116 e 117 (RIISPOA)
É proibida a matança “em comum”
Manutenção dos animais em observação
 Ofício circular DIPOA 006/01
Todos os animais suspeitos e aqueles que entraram em contato deverão ser abatidos em separado.
Destino às carnes: maturação sanitária e desossa, NE
 Doença detectada no post-mortem: 
Suspensão do abate
Notificação da autoridade sanitária 
Encaminhamento ao DIF: 
 Confirmação – NE bem como das outras desviadas
 Maturação sanitária – +2ºC/24h seguido de desossa
(maturação sanitária) +- 5 graus por 24 horas seguido de dessosa e após pode ocorrer a liberação para consumo interno. CARNE MATURADA(maciez) é # de MATURACAO SANITARIA
Liberação para consumo interno: 
 Cortes maturados e desossados
 Salsicharia: 70ºC/30 minutos
 Vísceras: idem ou salga
 LINHA B
Fase preparatória
Fase de exame: Cabeça e Língua, e observação da cavidade oral, CE, conteúdo ruminal, esclera dos olhos, lesões. Procura cisticerco em mm masseteres e pterigoides em 2 cortes sagitais duplos nos masseteres, e corte único sagital nos pterigoides. 
Exame de linfonodos sublinguais, partidos e retrofaringeos, buscando alterações de tamanho e petequias, lesões caseosas. 
Corte profundo da base da língua para procurar cisticerco, e corte profundo no cento da língua. 
 LINHA C – dentes (@ jovem e adulto)
LINHA D- TGI , baco, pâncreas, vesícula e útero (evisceração em etapa única)
Fase preparatória
Fase de exame: Condenar na linha em casos de contaminação fecal, enfisema, esofagostomose
+- 10 ganglios mesentéricos 
Producao de envoltórios naturais para linguiças e outros produtos através de serosas da alca intestinal. 
 LINHA E- fígado 
Faciolose, cirrose, abscessos, perihepatite, esteatose, estefanurose (suínos), hidatidose, teleangiectasia
Observar bordas, palpar e corte do parênquima biliar para ver os ductos biliares para verificar migração de fascíola hepática. 
 LINHA F – coração e pulmoes
Fase preparatória
Fase de exame: Pulmões: aspiração de sangue ou conteúdo ruminal, bronquite, congestão, pneumonia- linfonodos apical, traqueobrônquico direito e esquerdo, mediastinico e esofagianos. 
 Coração: cisticercose, sinéquias- epicardio, endocárdio e miocardio
Desfolhamento do coração
• corte inicialpara a abertura do ventrículo direito paralelamente ao sulco longitudinal
• Progressão do corte para a divisão da parede do ventrículo esquerdo
• Incisão longitudinal para a abertura do ventrículo esquerdo
• Corte inicial para a divisão da parede do ventrículo esquerdo situada à esquerda do corte realizado
• Corte incidindo sobre o septo interventricular mostrando a parede completamente desdobrada
 LINHA G- rins
Congestão, isquemia, nefrite, cistos, hidronefrose
 LINHA H- 
Artrites, contusões, contaminação
Linfonodos: inguinais, isquiáticos, ilíacos e précrurais
 LINHA I
Burcite brucélica, abscessos, contaminações, contusões
 LINHA J
Carimbagem das meias-carcaças: Coxão, lombo, ponta de agulha e paleta
Tinta:
 Violeta de metila ..... 10 g
 Álcool absoluto ....... 500 ml
 Glicerina líquida ...... 450 ml
Destino das carnes
 a) liberação para consumo "in natura": carimbo modelo 1
 b) aproveitamento condicional (AC): faz cortes para inutilizar o consumo in natura,
salga: corte transversal nos músculos da face posterior do antebraço e anterior da perna e também no filé mignon com corte duplo em X. Carimbo modelo 11
conserva: cortes e Carimbo modelo 10. (embutido e pasteurização)
salsicharia: idem conserva sendo os cortes em “S”, utilizando-se carimbo modelo 12.(esterilização comercial para eliminar patógeno)
 c) rejeição parcial- retira porcoes alteradas
 d) rejeição total (condenação) (CT): desfigurar as massas musculares cortando-as em X. Carimbar as carcaças com carimbo modelo 5, destinados à graxaria (racao para @) e forno crematório ou autoclave para doenças exóticas ou doenças que são controladas ou doenças causadas por bactérias formadoras de esporos.
INSPEÇÃO FINAL
Introdução
 Revisar os exames praticados nas linhas de inspeção
 Efetuar pesquisas mais profundas para dar o destino final à meias-carcaças e vísceras Características do DIF
Característica do DIF: 
 Em local de fácil acesso no fim das linhas
 6% do tamanho da sala de matança
 Câmara de sequestro para armazenar para AC
Faz-se o desvio de ½ carcaça, TGI, fígado, coração e pulmão, cabeça e língua com chapas metálicas numeradas para ir tudo para o DIF e serem revisadas. Isto devido a carimbagem com o numero. 
Técnica
 Observar intercorrespondência entre os órgãos e carcaça e verificar a localização da lesão
Exame da cabeça
 Efetuar novas incisões nos masseteres e pterigóides
 Revisão da cadeia linfática
 Exame da superfície óssea, mucosas e orifícios
Exame da língua
 Exame visual, palpação, linfonodos retrofaríngeos, sublinguais, atloideanos
 Novos cortes
Exame dos pulmões e coração
 Revisão da cadeia linfática
 Exame visual, palpação e cortes
 Desfolhamento do coração
Exame do fígado
 Cortes dos ductos biliares
 Cortes profundos e extensos
Exame dos intestinos
 Linfonodos mesentéricos
Exame dos estômagos
Exame da carcaça
 Aspecto geral (coloração, serosas, articulações, ossos, medula espinhal)
 Diafragma e pilar
 Cortes na musculatura
 Abertura de vasos
 Cartilagem xifóide
 Linfonodos poplíteos, supra-externais, costocervical, subescapulares. 
Exame dos rins
Destino das carnes
Controle da carcaças destinadas ao aproveitamento condicional
PARTICULARIDADES
Casos de cisticercose: 
Efetuar novas incisões nos masseteres e pterigóides
Efetuar cortes longitudinais na língua
Desfolhamento do coração
Cortes no diafragma e pilar
Cortes nos músculos do pescoço e peito
 Obs.: caso não seja detectado nenhum cisto e o cisto inicial estava calcificado(parece areia no corte): Rejeitar o órgão e liberar a carcaça
 Obs: se o cisto estivesse vivo... Pesquisa na paleta: 
Nada (tratamento pelo frio, 10 dias a – 15 graus ou 15 dias a – 10 graus) 
Algum cisto: 
 	Pesquisa no traseiro
Discreta: salga
Moderada: conserva
Generalizada: condenação
Teste de pepsina e tripsina: para saber se o cisto é vivo ou calcificado : se envaginar estava vivo , se não é calcificado
Icterícia (patológica) x Adipoxantose (por alimentos caratenoides que dao cor na gordura)
Coloração das meninges, amarelo esverdeado ou ouro. Oxidacao do pigmento, deixa um dia parado, e se reduzir a cor, oxidar indica que é adipoxantose, se não oxidar é icterícia.
Abertura de vasos
Cartilagem xifóide
Prova de Learche (Reação de Diazzo, art. 186 § 5): 
5 ml de NaOH 5%
2 g do material
5 ml de éter
2 gr da amostra em um tubo e coloca solução de 5 ml NaOH 5% e aquece e acrescenta 5 ml de éter, vai diferenciar as camadas, se a camada de éter ficar amarela (parte de cima), é adipoxantose, se a camada de NaOH ficar amarela (parte de baixo)icterícia.
Critérios de julgamentos para carcaças e vísceras
Objetivos
 Dar o destino adequado a carcaça, visando garantir a saúde do consumidor.
Julgamento de carcaças e órgãos de animais portadores de Doenças infecciosas
1- Tuberculose
 Granulomas específicos: – tubérculos caseosos
 Zona periférica de células mononucleares, fibroblasto e células gigantes e necrose caseosa central.
 Ocorre de forma nodular ou miliar
 Em serosas: tuberculose perlada ou perlácea.
 Acometendo linfonodos: – Complexo primário incompleto
 Acometendo linfonodos e órgãos: – Complexo primário completo
 Agente etiológico: –Mycobacterium bovis, M. tuberculosis, M. do complexo avium (MAIS)
 Inspeção: 
– Observar a cadeia linfática no exame post-mortem
 Julgamento: 
– Calcificada localizada
– Caseosa localizada
– Generalizada
– Miliar
2) Carbúnculo hemático
 Agente etiológico: – Bacillus anthracis
 Achados de post-mortem: 
– Anasarca
– Inchaço
– Reduzido rigor-mortis
– Hemorragias disseminadas
– Sangue escuro e não coagulado
– Fluidos com sangue nas cavidades
– Esplenomegalia e amolecimento*
 Diagnóstico: 
– Gram – bacilos gram positivos: em Fluidos, edemas, sangue, baço
– Cultivo
– Inoculação em animais de laboratório
– Teste de Ascoli – exame do couro
 Destino: 
– Condenação: Forno crematório ou autoclave
3- Brucelose
 Agente etiológico: – Brucella sp.
 PNCEBT
 Achados de post-mortem: – Burcite cervical brucélica
 Julgamento
– Art. 163. condenação das carcaças com lesões extensas
 Parágrafo único - Nos casos de lesões localizadas, encaminham-se as carcaças à, esterilização pela calor, depois de removidas e condenadas as partes atingidas.
4- Actinomicose
 Doença crônica de bovinos e suínos
 Raramente em eqüídeos e ovinos
 Agente etiológico: 
– Actinomyces bovis
– Morfologia heterogênea
– Bactérias Gram-positivas
 Patógeno oportunista
 Produzem respostas inflamatórias diversas em membranas mucosas
 Encontrado naturalmente na orofaringe de bovinos
 Infecção por injúria à mucosa oral
 Post-mortem: 
– Inchaço (doloroso) da mandíbula e maxilar e mais raramente dos dentes
– Abscessos na cavidade oral e na pele;
– Ulcerações nas bochechas e verrugas externamente à cabeça
– Osteomielite
– Envolvimento mínimo dos linfonodos regionais
– Lesões purulentas (pus verde-amarelado) com “grãos de enxofre”
– Lesões granulomatosas na porção distal do esôfago ou na parte anterior do retículo
– Peritonite localizada
– Abomasite
– Enterite
 Julgamento: 
– Lesões localizadas: RP e liberação para consumo in natura
– Lesões generalizadas: CT – graxaria
5- Actinobacilose
 Agente etiológico: 
– Actinobacillus lignieresii
– Bacilos Gram-negativos
– Comensais de membrana mucosa
 Trato respiratório superior
 Cavidade oral
– Pouca sobrevivência no meio ambiente
 Post-mortem
– Língua inchada, com consistência fibrosa (“língua de pau”);
– Mucosa da língua com nódulos pequenos e amarelados; presença de erosões;
– Lesões granulomatosas nos linfonodos;
– pus amarelo-esverdeado com “grãos de enxofre”;
– gânglios parotídeos e retrofaríngeos aumentados de volume
– Adelgaçamento da parede do estômago e da porção distal do esôfago;
– Rúmen e retículo com placas e erosões na mucosa;
– lesões no fígado e diafragma.
 Julgamento
– Lesões localizadas: RP e liberação para consumo in natura
– Lesões generalizadas: CT – graxaria6- Mastites
 Específicas
– Brucella
–Mycobacterium
– Actinomyces
– Actinobacillus
– Lesões gangrenosas
– Destino: de acordo com a especificação de cada doença.
 Inespecíficas
– Aguda
 Sinais de inflamação
 Destino: AC - conserva
– Crônica
 Processo restrito à gl. mamária
 Sem reação ganglionar regional
 Destino: consumo in natura
7- Leucose bovina
 Agente etiológico
– Retrovírus oncogênico: Neoplasia infecciosa maligna - Linfossarcoma
 Achados
– Aumento dos linfonodos superficiais
– Ante-mortem: infartamento ganglionar
– Post-mortem: Nódulos lardáceos nos órgãos
– Destino: condenação total – graxaria.
 Diferenciar:
– Tumor maligno
– Tumor benigno
 Julgamento
– Maligno: CT – graxaria
– Benigno: Liberação
8- Febre Aftosa
 Ofício circular DIPOA 006/01
– Todos os animais suspeitos e aqueles que entraram em contato deverão ser abatidos em separado.
– Destino às carnes: maturação sanitária e desossa, NE
– Doença detectada no post-mortem
 Suspensão do abate
 Notificação da autoridade sanitária
 Encaminhamento ao DIF: 
– Confirmação – NE bem como das outras desviadas
– Maturação sanitária – +2ºC/24h seguido de desossa
 Liberação para consumo interno
– Cortes maturados e desossados
– Salsicharia: 70ºC/30 minutos
– Vísceras: idem ou salga
9- Clostrídios
 9.1. Carbúnculo sintomático
– Sinonímia: perna negra
– Agente etiológico
– Esporos são ativados por solução de continuidade
– Comum em bovinos jovens (3m a 2a)
– Comum em ovinos
– Achados: Crepitação; Edema; Claudicação; Morte súbita
 9.2. Gangrena gasosa
– Agente etiológico
– Lesões necrosantes dos tecidos moles
– Contaminação por feridas
– Lesões no parto
– Aplicação de injeções
– Achados: Crepitação subcutânea
 
9.3. Botulismo
– Agente etiológico
– Intoxicação
– Ocorrência
 Deficiência de fósforo
 Ingestão de silagem com restos de animais
 9.4. Tétano
– Os bovinos são moderadamente susceptíveis bem como os suínos
– Carnívoros – bem resistentes
– Aves: não são susceptíveis
10- Abscessos e lesões supuradas
 Lesões localizadas
 – Examinar a área e os linfonodos regionais
 Sem reação ganglionar (seqüestrado): – Liberação
 Não sequestrado: – AC – conserva
 Lesões disseminadas e múltiplas: – CT
11- Encefalopatia espongiliforme bovina
 Instrução Normativa 15, de 29 de outubro de 2003
– Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos que Processam Resíduos de Animais Destinados à Alimentação Animal
– Excluir da produção de farinha:
 Encéfalo, olhos, tonsilas, medula espinhal e parte final do intestino delgado (íleo) de bovinos de qualquer idade
 deverão ser destruídos por incineração e/ou enterramento, em aterro previamente aprovado pela autoridade competente, e que, se possível, deve ficar restrito ao parque industrial
Julgamento de carcaças e órgãos de animais portadores de Doenças Parasitárias
1-Nematódeos
 1.1. Ascaris sp.
– Ascaris suun
– Neoascaris vitulorum
– Parascaris equorum
– Ciclo hepato-cárdio-pulmonar
 Pode ser observado bronquite, manchas leitosas no fígado (superficiais), pontos hemorrágicos no intestino.
– Julgamento:
 Bronquite: toalete.
 Fígado: toalete caso possível, senão condena o órgão.
 1.2 Haemonchus contortus / Ostertagia ostertagi / Trichostrongylus axei
– Lesões: nódulos na mucosa do intestino delgado e estômago de bovinos.
– Julgamento: liberação após retirada da mucosa.
 1.3. Esofagostomos
– Oesophagostomum radiatum (bovinos e ovinos)
– O. columbianum (ovino e caprino)
– O. dentatum (suínos)
– Lesões: intestino delgado, nódulos acometendo todas as camadas (serosa, muscular, submucosa, mucosa)
– Julgamento: retirar a área lesada ou condenar os intestinos
 1.4 Stephanurus dentatus (suínos)
– Localização: gordura perirenal.
– Destruição dos hepatócitos levando à hepatite hemorrágica e cirrose.
– perihepatite e peritonite.
– Forma abscesso na gordura perirenal com conseqüente nefrite, obliterações dos ureteres com hidronefrose.
	– Julgamento: 
 condenação do fígado
 condenação da gordura perirenal e rins
 abscesso seqüestrado: condenar a área
 abscesso não seqüestrado: conserva
 nefrite com uremia: graxaria.
 
1.5. Dictyocaulus viviparus / D. filaria / Metastrongylus elongatus
– Lesão: bronquite com broncopneumonia; aumento da luz bronquial levando a bronquiectasia com muco; atelectasia em áreas adjacentes; infecção secundária: pneumonia infecciosa.
– Julgamento:
 condenação do órgão e libera o restante para consumo “in natura”.
 com inflamação secundária, condenação do órgão e esterilização pelo calor.
 
1.6 Trichinella spiralis
– Zoonose (endocardite ou encefalite)
– Doença exótica. Parasita de fibra muscular.
– Colhe-se musculatura do pilar do diafragma
– Não há diagnóstico macroscópico.
– Frigoríficos exportadores de suínos para Rússia, realizam exame em todos os animais abatidos.
– Julgamento: CT – forno crematório
 1.7. Oncocerca (Oncocerca gutturosa) (bovinos) / O. cervicalis (equinos)
– Lesões: nódulos no ligamento da nuca e outros e tendões
– Expor o ligamento da nuca e observar
– Com brucelose: burcite brucélica
– Julgamento: toalete dos ligamentos e tendões e libera a carcaça para consumo “in natura”. Com burcite brucélica: esterilização pelo calor.
2- Acantocéfalos
 2.1 Macracanthorhyncus hirudinaceus (suínos - Intestino delgado)
– Lesão: nódulos em todas as camadas
– Julgamento: condenação do intestino ou toalete.
3- Cestodos
 Generalidades
– Hosp. Interm.: animais de açougue.
– Forma de cistos:
 Cisticercus: vesícula com líquido e protoescólex
 Coenurus: vesícula com líquido e vários escólex
 Equinococcus ou cisto hidático: vesícula com membrana prolígera ou germinativa, com rompimento da membrana libera os escólex formando a areia hidatígena.
 Importância
– Lesões levam a rejeição do consumidor com condenação.
– Menor desenvolvimento do animal.
– Homem como hospedeiro intermediário acidental.
 3.1 Tenia solium
– Estágio larvar: Cyticercus cellulosae
– Local: tecido conjunto intramuscular, SN, rins, pulmões
– Inativado a 58ºC, -10ºC/15 dias, salga 25% em mantas 3-4 semanas
– Julgamento:
 Discreta: animal inteiro para banha e sólido para ração
 Intensa: tecido adiposo para banha e o restante condenado
 Intensa com edemaciação: (aspecto aquoso edemaciado): condenação total
 3.2 Taenia saginata
– Estágio larvar: Cysticercus bovis – bovinos e bubalinos
– Localização: idem anterior
– Julgamento
4- Trematóideos
 4.1. Fasciola hepatica
– Lesões: colangite ou angiocolite
– Migração no fígado (9 semanas) Destrói sinusoides e hepatócitos levando hepatite hemorrágica: cirrose
– Nos ductos biliares determina colangite.
– Reflexo na carcaça: icterícia (hepática ou pós-hepática).
– Julgamento: condenação do órgão e com icterícia condenação total.
5- Protozoários
 5.1. Sarcosporidiose:
– Sarcocystis sp (Animais e humanos)
– Lesões: microscópicas nas células musculares. Nos suínos e em infecção intensa observam-se nódulos na língua. Nos ovinos, os nódulos ocorrem preferencialmente no esôfago.
– Inativação: temperatura de 58ºC e congelamento.
– Julgamento:
 suínos:
– discreta: banha
– intensa: condenação total
– ovinos: condenar só o esôfago
– generalizada: condenação total
 5.2. Toxoplasma gondii (Ruminantes, suínos, aves)
– Lesões: não evidentes. Suspeita-se em linfoadenomegalia generalizada principalmente em suínos.
– Contaminação:
 Taquizoítas: leite (principalmente cabra), outras secreções
 Bradizoítas: carnes (cistos tissulares)
 Oocisto: fezes de felídeos.
Inspeção de carnes derivadas de diversas afecções aparentes
1- Carnes de animais febris
 Os órgãos estão congestos e vasos túrgidos levando a uma descoloração muscular.
 Provas laboratoriais para comprovação:
– pH e infiltração muscular.
– Tem odor a clorofórmio.
 Julgamento: CT – graxaria
2- Carne de animais cansados
 Causas
– transporte (a pé, caminhão),
– estresse,– trabalho forçado,
– fêmeas de parto distócico.
 Sinais do animal vivo
– mucosas congestas,
– dispneico,
– andar dificultoso,
– musculatura dura,
– sensível.
 Aspecto da carcaça:
– rigidez cadavérica acentuada,
– escápula parece aderida ao tórax,
– sínfise isquiopubiana enegrecida (baixa de oxigênio),
– musculatura e medula óssea de coloração anormal (amarronzada).
– seções musculares ressecadas e pegajosas.
 Julgamento: condenação total.
3- Carnes sanguinolentas
 Causas mais freqüentes
– traumatismo (fraturas),
– decúbito prolongado,
– animal quase morto
 Aspecto da carcaça
– lesões do tipo congestivo hemorrágico.
 Julgamento
– se for localizado: toalete
– se for generalizado: condenação.
4- Carnes insuficientemente nutritivas
 4.1 Não nato (nonato): desenvolvimento fetal até o sétimo mês.
– Rico em água e glicogênio e pobre em proteína.
– Pulmões colabados, presença de mecônio, ausência de leite no estômago, cordão umbilical, cascos moles.
– Julgamento: condenação ou liberação se na região for comum o consumo.
 4.2 Neonato: do nascimento até 30 dias:
– alto teor de glicogênio, baixo teor de proteínas.
– Julgamento: idem anterior
 
4.3 carnes magras (magreza fisiológica)
– diferente de caquexia que levaria à condenação total.
– Julgamento de magreza fisiológica: salsicharia.
 
4.4 Atrofia caquética
– Decorrente de doenças febris, distúrbios nutritivos, doenças crônicas
– Células musculares atrofiam, aumenta o tec. conjuntivo, deposição gordurosa (auricular, perirenal, mesentérica).
– Aspecto gelatinoso. Ocorre autofagia.
– Julgamento: condenação
 4.5 Edemaciação
– cirrose hepática e nefrite crônica com estase venosa.
– Alterações: idem anterior mais retenção de líquido.
– Julgamento: condenação.
5- Carnes repugnantes
 5.1 Odor anormal
– 5.1.1. Odores de estados infecciosos ou tóxicos.
 Odor butírico, ocorre em animais com carbúnculo sintomático.
 odor de clorofórmio: doenças febris.
 odor de acetona: cetose ou cetonemia.
 odor de ác. cianídrico: intoxicação por mandioca brava.
 odor medicamentoso: medicamentos canforados, creolina, óleo de fígado de bacalhau.
 Destino: CT (graxaria).
	– 5.1.2 Odores simplesmente repugnantes
 Sexual: animais não castrados
 Alimentar: farinha de peixe, peixe (suínos)
 ovinos de áreas com cebola e alho.
 Julgamento
– Peixe: condenação
– Outros: libera mas tem que ser isolado na estocagem.
 odor de urina: evisceração tardia, nefrites bilaterias graves e hidronefrose.
 5.2. Carnes com lesões repugnantes
– Tumores: destinos já vistos
– Abscessos: localizados seqüestrados ou não (destino já visto)
– Contaminação:
 toalete e liberação,
 AP - Conserva
 CT – graxaria (dependendo da extensão da contaminação)
 5.3. Carnes com coloração anormal
– Melanose: toalete. Diferenciar de melanoma (em toda a pele)
– Hemosiderose: marrom ou ferrugem. Observar o caráter generalizado ou não
– Icterícia: depósito de pigmentos biliares.-> Diferenciar de Adipoxantose.
– Devido às bactérias cromogênicas
 Azul: Pseudomonas cyanogenes, P. fluorescens
 Vermelho: Serratia macerans
– Julgamento: CT

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