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PRINCIPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS

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PRINCIPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS
Este principio é constitucional e se acha expresso na CF no art.93, IX, bem assim, no art.11 do NCPC, que prevê o seguinte : “ todos os julgamentos do poder judiciário serão publicas e motivadas as suas decisões, sob pena de nulidade”.
A razão inicial para que a CF imponha aos juízes e tribunais o dever de motivar suas decisões é o controle de imparcialidade dos julgadores, pois sem essa motivação não haveria como verificar se o magistrado foi imparcial ou não ao decidir.
Ademais, essa motivação é importante para que nela as partes possam identificar eventual erro judicial e desse modo utilizar recurso para impugna - lá com objetividade e eficácia.
Embora a CF não abra exceção no art. 93, IX. Existe uma única decisão emanada do poder judiciário que dispensa motivação, sem que se possa cogitar em nulidade dela. Trata-se da decisão proferida por jurado integrante do conselho de sentença do Tribunal do Júri.
PRONUNCIAMENTOS DO PODER JUDICIÁRIO:
DESPACHOS: são pronunciamentos judiciais com os quais os magistrados emitem alguma ordem que impulsiona o processo para frente sem nada decidir em favor ou prejuízo de qualquer das partes. Não contém natureza decisória, e por isso dispensam motivação por parte dos magistrados e não podem ser atacados com recurso.
SENTENÇAS: é um ato decisório emanado de juiz e com o qual ele encerra a fase de conhecimento do processo ou extingue a execução. Por ser um ato decisório ela deve ser motivada e pode ser atacada com recurso.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA: é um ato decisório com o qual magistrado, no curso do processo, resolve alguma questão nele incidente, que pode beneficiar ou prejudicar qualquer das partes, mas sem encerrar a fase de conhecimento ou extinguir a execução. O NCPC as definiu por exclusão, dizendo que se trata de interlocutória toda decisão que não se ajustar ao conceito de sentença. Portanto, devem ser motivadas e desafiam cabimento de recurso.
ACÓRDÃOS: denomina-se a decisão colegiada proferida por tribunal, ou seja, é uma decisão unânime ou por maioria de votos, formada pela soma das decisões individuais proferidas pelos magistrados que participaram do julgamento. Dessa forma, os acórdãos devem ser motivados e desafiam recurso.
DECISÕES UNIPESSOAIS DO RELATOR: quando um processo qualquer ingressa no tribunal ocorre um sorteio, chamado de distribuição para a escolha de um magistrado (relator), ao quais os autos do processo serão entregues, para que o magistrado estude e redija um relatório para ser lido na sessão de julgamento. Após concluir o relatório do processo o relator já redige a sua decisão unipessoal para o caso, que no dia do julgamento os outros magistrados acompanhem a sua decisão ou divirjam da mesma. De modo que no final de tudo produz-se o acórdão. Porém, em alguns casos previstos em lei, o relator tem o poder e o dever de proferir decisões isoladamente, essas decisões unipessoais também devem ser motivadas e comportam recurso.

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