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- Introduo Economia-

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Aula 03 - 404065- IE. Prof. Eziquiel Guerreiro. Introdução à Economia – SE e CPP 
 
15 
1.3 Sistemas Econômicos 
 
Um sistema econômico pode ser definido como a forma política, social e econômica de 
organização de uma sociedade. É um particular sistema de organização da produção, 
distribuição e consumo de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam, buscando uma 
melhoria no padrão de vida e bem-estar. 
 
 
� O problema da organização econômica 
 
Dadas as limitações dos recursos produtivos e do nível tecnológico, as nações procuram 
organizar sua economia a fim de resolver os problemas do que, quanto, como e para quem produzir 
de forma eficiente, isto e, com o menor desperdício possível. 
 
Sistema Econômico / Organização Econômica 
 
É a forma como a sociedade está organizada para 
desenvolver as atividades econômicas. 
 
 
 
Atividades de produção, circulação, 
distribuição e consumo de bens e serviços. 
 
 
� Principais formas: 
 
� Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista): 
 - Concorrência pura (sem interferência do governo); e 
 - Sistema de concorrência mista (com interferência governamental). 
 
� Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista). 
 
 
 
Sistema de concorrência pura (economia de mercado) 
 
Base da filosofia do liberalismo econômico - advoga a soberania do mercado, sem 
interferência do Estado. Este deve responsabilizar mais com justiça, paz, segurança, e deixar o 
mercado resolver as questões econômicas fundamentais. 
 
 
 
Aula 03 - 404065- IE. Prof. Eziquiel Guerreiro. Introdução à Economia – SE e CPP 
 
16 
 
 
Críticas ao sistema de Concorrência Pura: 
• Grande simplificação da realidade. 
• Os preços podem variar não devido ao mercado, mas em função de: 
- força de sindicatos (através dos salários que remuneram os serviços de mão-de-obra); 
- poder de monopólios e oligopólios na formação de preços no mercado; 
- intervenção do governo (impostos, subsídios, tarifas, política salarial, fixação de preços 
mínimos, política cambial). 
 
• O mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos. Em países pobres, o 
Estado tende a promover a infra-estrutura básica que exige altos investimentos, com 
retornos apenas no longo prazo, afastando o setor privado. 
 
• O mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda, pois as empresas estão 
procurando a obtenção do máximo lucro, e não com questões distributivas. 
 
Essas críticas justificam a atuação governamental para complementar a iniciativa privada e 
regular alguns mercados. Há muitos mercados, entretanto, que se comportam como um sistema de 
concorrência pura tem-se: hortifrutigranjeiro e produtos agrícolas. 
 
Famílias 
Mercado de 
Bens e Serviços 
Mercado de 
Fatores de 
Produção 
Demanda de bens 
 e serviços 
Sistema de concorrência pura 
Oferta de bens 
 e serviços 
O que e quanto 
produzir 
Para quem 
produzir 
Como 
produzir 
Oferta de serviços dos 
fatores de produção 
Empresas 
Demanda de serviços dos 
fatores de produção. 
(mão-de-obra, terra, 
capital) 
 
 
Aula 03 - 404065- IE. Prof. Eziquiel Guerreiro. Introdução à Economia – SE e CPP 
 
17 
O sistema de preços numa economia de mercado 
 
A concorrência entre os mercados e os mecanismos de preços resolverá as questões do 
que, quanto, como e para quem produzir. 
• Que bens serão produzidos será decidido pela demanda dos consumidores na 
demanda. O dinheiro pago aos vendedores será redistribuído em forma de renda 
(salários, juros ou dividendos) aos consumidores. Estes sempre procurarão maximizar 
a utilidade ou satisfação. 
• Quanto produzir será determinado pela atuação dos consumidores e dos produtores no 
mercado com o ajustamento dados pelo sistema de preços. 
• Como produzir é determinado pela concorrência entre produtores. O método de 
fabricação mais eficiente ou mais barato deslocará o ineficiente e o mais caro e 
sobreviverá no mercado produtor. O objetivo do produtor será sempre o de maximizar 
lucros. 
• Para quem produzir será determinado pela oferta e demanda no mercado de fatores de 
produção: por salários, juros, aluguéis, e lucros, que, em conjunto, formam a renda 
individual, relativa a cada serviço e ao conjunto de serviços. A produção destina-se a 
quem tem renda para pagar, e o preço é o instrumento de exclusão. 
 
Tudo isso pode ser observado através da Figura 1.2, em que os preços dos bens ou dos 
fatores de produção são determinados nos mercados pelas forças atuantes da oferta e da demanda, 
tanto dos consumidores como das empresas. Os consumidores após escolher os bens desejados, 
dirigem-se ao mercado com suas renda e hábitos determinados a fim de comprar os bens e 
maximizar suas satisfações; do outro lado os produtores ofertam os bens no mercado, considerando 
seus custos de produção, a fim de maximizar seu lucro total. 
FIGURA 1.2. 
 
 
 
 
Aula 03 - 404065- IE. Prof. Eziquiel Guerreiro. Introdução à Economia – SE e CPP 
 
18 
FIGURA 1.3 - PREÇO E QUANTIDADE DE EQUILÍBRIO 
 
Enquanto a curva de demanda delimita o preço máximo que o consumidor está disposto 
a pagar pela quantidade a ser demandada de forma a maximizar sua utilidade em função da 
restrição renda, a curva de oferta representa o limite mínimo que os produtores ofertarão a cada 
nível de preços de forma a maximizar lucro em função da restrição de custo. 
 
 
Economia Planificada (Socialista) 
 
As questões econômicas são resolvidas por um órgão central de planejamento, 
predominando a propriedade pública dos fatores de produção, chamados nessas economias de 
meios de produção, englobando os bens de capital, terra, prédios, bancos e matérias-primas. 
Atualmente, Cuba e China se destacam nesse sistema. 
 
Principal problema: dificuldades de planejamento da atividade econômica por meio de 
um planejador central. 
 
 
Aula 03 - 404065- IE. Prof. Eziquiel Guerreiro. Introdução à Economia – SE e CPP 
 
19 
1.4 Curvas de possibilidades de produção (ou curva de transformação) 
 
È a fronteira máxima de produção da sociedade, supondo pleno emprego dos 
recursos ou dos fatores de produção de que se dispõe em dado momento. 
 
O aumento da produção de uma determina classe de bens implica, necessariamente, 
redução da produção de uma outra classe, a não ser que tenha ocorrido um aumento ou melhora na 
qualidade dos recursos produtivos. 
 
Por mais abundantes, por melhores e mais bem treinados que sejam os recursos de um país, 
haverá sempre uma limitação ao volume da produção, dado que as necessidades sociais são 
ilimitadas. 
 
Uma economia em regime de máxima eficiência, só poderá aumentar a produção de um 
determinado produto ou dedicar-se à produção de novos produtos, se desistir total ou parcialmente 
da produção de outros. Para evidenciar essa questão analisaremos a Curva ou fronteira de 
produção da Figura 1.4. Essa curva representa uma verdadeira fronteira de produção, não sendo 
possível nenhuma combinação de recursos disponíveis que possibilite uma produção além da curva. 
 
 
CARACETERÍSTICAS DA CPP 
 
- decrescente - pelo fato dos recursos disponíveis serem limitados. 
 
- côncova - mostra que acréscimos iguais na produção do bem Y implicam em 
decréscimos cada vez maiores na produção do bem X. 
 
A Razão da Concavidade da Curva está em função da Lei dos custos de oportunidade 
crescentes - dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de produção de uma 
economia e estando o sistema a operar a níveis de pleno emprego, a obtenção de 
quantidades adicionais de determinada classe de produto implica necessariamente a 
redução das quantidades de outra classe. Em resposta a constantes reduções impostas à 
classe que estará sendo sacrificada, serão obtidas quantidades adicionais cada vez menos 
expressivas da classe cuja produção estará sendo aumentada, devido à relativa e 
progressiva inflexibilidade dos recursos de produção disponíveis e em uso. 
 
 
 
 
Aula 03 - 404065- IE. Prof. Eziquiel Guerreiro.Introdução à Economia – SE e CPP 
 
20 
 
 FIGURA 1.4. CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO (CPP) (OU 
FRONTEIRA) 
 
 
 Produto Y 
 
 
 
 
 
 . 
 B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa questão também nos remete ao custo de oportunidade, pois para aumentarmos o uso 
de um recurso produtivo para produzir determinado bem temos que sacrificar o uso desse recurso na 
produção de outros bens. Essa decisão é tomada em função dos retornos socioeconômicos 
esperados. Então, podemos definir custo de oportunidade como o montante que um recurso 
poderia render no melhor de seus usos alternativos, quando algo é produzido. Ele representa o 
quanto se deixou de ganhar pela opção tomada. IE-AULA 03- Introdução à Economia-SE-CPP v.fl. 
20.doc 
 
Na Figura 1.5, devido à limitação de recursos, os pontos de maior produção aparecem 
sobre a curva de transformação (A, B, ... F). Então, para produzir só carros -A- estar-se-ia 
sacrificando toda a produção de camisas. Logo, o custo de oportunidade, corresponde exatamente 
ao sacrifício do que se deixou de produzir (50 milhões de camisas), ou, em outra palavras, o custo 
ou a perda do que não foi escolhido e não o ganho do que foi escolhido. Também é chamado de 
custo alternativo, por representar o custo da produção alternativa sacrificada, ou custo implícito. 
 
Se estivesse no ponto B e passasse para o C, o custo de oportunidade seria o sacrifício de 
deixar de produzir 20 mil carros. Ele seria o sacrifício de transferir recursos da produção de carros 
para a produção de camisas. 
 
Em síntese, as condições básicas para a existência do custo de oportunidade são: 
 
- Recursos limitados, e 
- Pleno emprego dos fatores. 
 
Capacidade ociosa. 
Produção de X1 e Y1 com 
utilização parcial dos 
fatores disponíveis 
E
 
C
 
Produto X
 
X1 0
 
D
 
Situação de pleno emprego dos 
recursos disponíveis. Qualquer 
ponto em cima da curva repre-
senta pleno emprego dos fatores 
de produção, representando 
também as alternativas de 
produzir X1 e Y1. 
Situação de pleno 
desemprego dos fatores 
de produção. É impra-
ticável, pois um mínimo 
é necessário para a 
subsistência. 
Nível impossível, a não ser 
que haja melhoria ou 
expansão dos recursos 
A
 
Y1 
 
 
Aula 03 - 404065- IE. Prof. Eziquiel Guerreiro. Introdução à Economia – SE e CPP 
 
21 
FIGURA 1.5. CPP DE CAMISAS VERSUS CARROS 
 
QTDE 
MÁXIMA 
CARROS 
POSSIBILIDADES 
INTERMEDIÁRIAS 
QTDE 
MÁXIMA 
CAMISAS BENS 
A B C D E F 
Carros (em milhares) 150 140 120 90 70 0 
Camisas (em milhões) 0 10 20 30 40 50 
 
 
 FIGURA 1.6. SITUAÇÃO COM DESEMPREGO DE FATORES 
 
 
No ponto P (100 mil carros e 15 milhões de camisas) existe desemprego de fatores de 
produção. A produção de ambos os bens poderia ser aumentada até C apenas colocando os recursos 
ociosos a trabalhar. Nesse caso o custo de oportunidade para o ponto P é zero, porque não há 
sacrifício nenhum para se produzir mais de ambos os bens. 
 
 
Aula 03 - 404065- IE. Prof. Eziquiel Guerreiro. Introdução à Economia – SE e CPP 
 
22 
 
� Mudanças na Curva de Transformação 
 
Se a economia está operando a pleno emprego1, para que a produção de um produto 
aumente sem que se sacrifique a produção de outro, torna-se necessário melhorar a qualidade ou 
aumentar a quantidade de recursos de produção que estejam sendo aplicados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
 Pleno emprego é definido por uma situação em que os recursos disponíveis estão sendo 
plenamente utilizados na produção de bens e serviços, garantindo o equilíbrio econômico das 
atividades. Essa segunda parte identifica o “pleno emprego” como um conceito de resultado 
econômico e não de restrição física de recursos. 
• ∆s nos fatores considerados constantes 
determinarão um deslocamento da curva 
para a direita. 
 
• ∆s tecnológicas iguais para os processos de 
produção dos dois bens também deslocarão 
a curva para a direita e paralelamente. 
• Se a ∆ tecnológica for maior para o processo 
de produção do bem Y, maior será o 
deslocamento ao eixo desse bem.

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