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COACHING - TIPOS DE INTERVENÇÕES

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Doc Coaching – tipos de intervenções 1 
Dir Opet/Aulas 
 
 
Curso: Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos 
Disciplina: Coaching e Carreira 
Tema: Tipos de Intervenções 
 
DIFERENÇAS ENTRE COACHING E OUTROS PROCESSOS 
Embora o coaching apresente algumas interfaces com outros processos 
desenvolvidos dentro da empresa e fora dela, apresenta algumas características 
distintivas, que devem ser consideradas, sobretudo em relação à psicoterapia, ao 
aconselhamento, ao treinamento e ao mentoring. 
1. Em relação à psicoterapia 
Embora a psicoterapia tenha deixado de ser atividade confinada aos consultórios e 
venha sendo utilizada com frequencia cada vez maior no âmbito das empresas, não 
se pode confundir essa atividade com a de coaching. As diferenças entre esses dois 
processos são consideradas a seguir: 
 A psicoterapia enfoca fundamentalmente o indivíduo e seus problemas 
pessoais, enquanto o coaching volta-se, sobretudo para problemas de 
desempenho profissional; 
 No processo psicoterápico enfatiza-se muito o passado, no coaching tudo se 
dirige ao futuro; 
 A psicoterapia costuma ser longa e profunda; o coaching é bem mais rápido 
e superficial; 
 Na psicoterapia a maior preocupação é com o que esta errado; no coaching 
com o que esta faltando; 
 A psicoterapia visa a modificações na personalidade; o coaching visa à ação, 
o coaching não trabalha com patologias; 
 O coaching trabalha unicamente no âmbito em que seu cliente esta 
comprometido. 
2. Em relação ao aconselhamento 
O aconselhamento aproxima-se bastante da psicoterapia, mas mantém muitos 
elementos do coaching. Algumas diferenças, no entanto, podem ser evidenciadas: 
 O aconselhamento visa, principalmente, lidar com empregados que 
apresentam problemas, tais como desempenho abaixo da média, dificuldade 
para cumprir prazos, problemas de relacionamento ou uma taxa de 
absenteísmo elevada. O coaching, em princípio, destina-se a qualquer 
empregado; 
 O aconselhamento é muito mais direto que o coaching. Quando uma 
situação requer aconselhamento, sua primeira tarefa é chamar a atenção do 
empregado para o problema; 
 O aconselhamento procura fazer com que o empregado reconheça a 
necessidade de mudar. O coaching fornece elementos para que o cliente 
decida se convém mudar; 
 
Doc Coaching – tipos de intervenções 2 
Dir Opet/Aulas 
 
 
 
 
 No aconselhamento procura-se identificar a causa do problema e reforçar o 
comportamento correto. No coaching procura-se conhecer alternativas 
possíveis para melhorar o desempenho. 
3. Em relação ao treinamento 
O termo coach muitas vezes é traduzido como treinador, já que originalmente 
designa o técnico desportivo, que também é chamado dessa forma. Por essa razão, 
o coaching tem sido confundido com treinamento. Convém, portanto, considerar as 
principais diferenças entre esses dois processos: 
 O treinamento geralmente é dirigido a um grupo, enquanto o coaching é 
individual; 
 O treinamento trabalha com objetivos definidos e operacionais; no coaching, 
os objetivos são definidos ao longo do processo; 
 O coaching exige um relacionamento muito mais franco e intenso do que o 
treinamento. 
4. Em relação ao mentoring 
O mentoring apresenta muita semelhança com o coaching. Sua aplicação na 
empresa, no entanto, é restrita àqueles empregados que tem muito potencial e que 
se revelam promissores, mas que precisam de ajuda para ter um desempenho de 
nível muito mais elevado. Assim, as ações do mentoring buscam tornar o cliente 
um “aliado” da empresa e, como consequencia, procuram enfatizar principalmente 
os valores e a estrutura da empresa, o estabelecimento de contatos e o acesso aos 
recursos necessários. Com efeito, o mentor precisa ser escolhido entre as pessoas 
capazes de representar os valores da organização e com autoridade suficiente para 
proporcionar os meios que o desempenho de seus clientes atinja o nível pretendido. 
 
IMPORTÂNCIA DOS COACHES 
Num ambiente de mudanças constantes, rupturas tecnológicas, reestruturação 
estratégica e competição brutal, necessitam-se constantemente de novos hábitos 
de trabalho. Os empregados precisam aprender coisas novas, desenvolver novos 
métodos de trabalho, adotar novas posturas diante dos clientes, entre outros. Nem 
sempre é possível proporcionar-lhes treinamento ou inscrevê-los num workshop. 
Muitos empregados estão cansados de fazer as coisas que sempre fizeram e estão 
dispostos a fazer algo mais especial e significativo. O problema é que não 
conseguem perceber exatamente o que podem fazer ou, quando conseguem, não 
são estimulados a fazê-lo. Além disso, as pessoas têm necessidades particulares 
que precisam ser supridas para que possam ser mais eficazes, e as empresas já 
começaram a perceber que a atenção individual pode ser muito mais eficiente que 
o treinamento em grupo para promover mudanças comportamentais. Surge então, 
a figura do coach, que se torna responsável pelo apoio naquilo que os empregados 
necessitam. 
 
Doc Coaching – tipos de intervenções 3 
Dir Opet/Aulas 
 
O processo de coaching não constitui uma novidade. Na realidade, os pais, ao 
proporcionarem educação a seus filhos, exercem o papel de coach. Os professores 
do ensino fundamental também. A figura do tutor, quer como aluno designado para 
supervisionar outros alunos em formas alternativas de educação, quer como 
professor que orienta os alunos e cuida de seu bem-estar nas universidades 
inglesas, de certa forma se assemelha à do coach. Seria demais dizer que 
Alexandre, O Grande, teve Aristóteles como seu coach? E que José Bonifácio foi 
coach de Dom Pedro II? 
O que ocorre é que um dos mais importantes desafios por que passam as empresas 
neste início de século é o da retenção de talentos. Mais do que em qualquer outra 
época, as empresas sentem o quão importante é gerir seu capital intelectual, o que 
significa criar condições para seu constante desenvolvimento. Nesse sentido, fica 
fácil reconhecer o papel do coach na empresa: 
 As pessoas são diferentes entre si: um dos aspectos mais importantes 
no estudo do comportamento humano é o das diferenças individuais. Como 
as pessoas são naturalmente diferentes entre si, precisam receber da 
empresa tratamento diferenciado tanto no referente à correção de suas 
falhas quanto a seu desenvolvimento. Como no esporte, uns precisam de 
mais tempo para aquecimento, outros precisam repetir as jogadas até 
memorizá-las, outros precisam de um grito na hora certa. Aí entra o coach, 
fornecendo orientações que não aparecem nem nos manuais nem nos 
programas de treinamento da empresa; 
 As pessoas são interdependentes: necessitam das outras para se 
tornarem mais competentes. Até para saberem o que realmente são, 
necessitam da visão dos outros. Nesse sentido, o coach pode ajudá-as a 
formar uma imagem adequada de si mesmas e a desenvolver a confiança 
em suas possibilidades. Mesmo quando são competentes, elas precisam ser 
apoiadas, ouvidas, reconhecidas e valorizadas; 
 As pessoas comportam-se de acordo com suas crenças: os modelos 
dominantes de gestão empresarial privilegiam seu lado racional. Há que se 
considerar, no entanto, que muito do comportamento humano é 
determinado não pelo conhecimento real das coisas, mas por aquilo que as 
pessoas acreditam que sejam as coisas. O coach, por estabelecer uma 
relação empática com o cliente, é capaz de entender melhor o significado 
das crenças pessoais e, consequentemente, canalizá-las para o alcance de 
alvos mais apropriados; 
 As pessoas têm um potencial bem maior do que aquele que 
demonstram ter: esse potencial nem sempre é identificado no processo de 
seleção. O coach, porestabelecer um relacionamento privilegiado com seus 
clientes, é capaz de identificar não apenas as habilidades das pessoas, mas 
também a maneira como as utiliza em situações específicas; 
 Melhor do que ensinar é ajudar a aprender: o coach exerce um papel 
importante no desbloqueio do potencial das pessoas, visto que essa função, 
em decorrência de seu aspecto informal, favorece ajudá-las a aprender sem 
ensiná-las. O coach pode, sem limitar nem deixar de lado as opiniões de 
raciocínio das pessoas, estimulá-las a descobrirem por si mesmas e ajudá-
las a encontrar suas próprias soluções; 
 
Doc Coaching – tipos de intervenções 4 
Dir Opet/Aulas 
 
 O aprendizado deve ser constante: aprender passou a ser muito 
importante para o crescimento profissional. As pessoas precisam obter 
novos conhecimentos, desenvolver novas habilidades e estar atentas às 
mudanças. O coaching pode ajudar muito as pessoas nesse processo de 
aprendizado constante. Pode ajudar não apenas a aprender, mas a 
desaprender, ou seja, abandonar velhos paradigmas e adquirir novas visões; 
 As pessoas e os negócios são inseparáveis: a ação do coach ajuda a 
elevar o nível da relação empresa-empregado. O coaching pode ser 
entendido como uma ferramenta de capacitação, motivação e 
desenvolvimento das habilidades das pessoas que pretendem compatibilizar 
suas expectativas com os objetivos e necessidades da organização. A 
empresa que o utiliza deixa claro quanto às pessoas são valiosas e 
necessárias, o que acaba por fortalecer seu vínculo e a lealdade com a 
organização; 
 As pessoas precisam de estímulos ao longo de sua trajetória 
profissional: as conquistas pessoais devem ser aplaudidas e o esforço 
pessoal deve ser recompensado. O coach é capaz de dar pequenos 
empurrões, mesmo que sejam empurrões psicológicos. É capaz de 
proporcionar o “reforço positivo”, que faz com que os comportamentos 
desejados sejam mantidos e festejados; o esforço pessoal para ultrapassar 
barreiras deve ser aplaudido; 
 Uma nova economia esta emergindo: os imperativos dessa economia 
são: pensar globalmente, pensar rapidamente, colocar em prática 
imediatamente e dotar-se das competências necessárias para reduzir o 
tempo de acesso ao mercado. O coach tem importante papel no auxílio às 
pessoas para se ajustarem a essa realidade; 
 As empresas requerem trabalho de equipe: o coaching favorece a 
manutenção de sólidos relacionamentos, pois envolve também a valorização 
das competências individuais de cada membro da equipe, integrando-as 
num desenvolvimento harmônico para que a vitória de cada um seja 
também a vitória da equipe; 
 As pessoas precisam ser acompanhadas em seus períodos de 
transição: o coach é quem faz a ponte entre o que as pessoas são e o que 
almejam ser. É capaz de integrar, facilitar e diminuir o período de 
ajustamento de maneira mais leve e coerente; 
 As empresas procuram novo equilíbrio: estão abandonando as 
estruturas piramidais e hierárquicas em favor de um modelo de redes e de 
cooperação. Estão deixando os valores culturais ligados à indústria em favor 
de valores ligados à sociedade de informação. O coach tem importante papel 
nessa transição de valores; 
 É mais barato consertar do que trocas: contratar uma nova pessoa para 
desempenhar as tarefas pode ser muito caro para a empresa. Logo, 
encaminhar um funcionário com problemas para um coach pode representar 
economia. 
 
Fonte: Gil, Antonio Carlos. O papel do coach. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São 
Paulo: Atlas, 2001.

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