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5920508 - Genética I I 2013 Regulação gênica em procariotos Prof. Dr. Tiago Campos Pereira tiagocampospereira@ffclrp.usp.br 3602 3818 – sala 13, bloco 14 Snustad & Simons 5th Edition - Cap 19 Assuntos abordados nesta aula: • operon do triptofano: repressão e atenuação • riboswitches • controles póst-transcricionais: Inibição por feedback O operon de trp de E. coli apresenta controle negativo repressível. Ele é regulado em dois níveis: repressão (transcricional) e atenuação (governa a frequência de terminação transcricional prematura). trpR: codifica o repressor do operon trp trpR: codifica o repressor do operon trp O aminoácido trp (que é o produto final da via) age como molécula efetora, do tipo co-repressor. O complexo repressor/co-repressor se liga ao operador e reprime o sistema. O nível de transcrição no estado desreprimido (sem trp no meio) é 70x que no estado reprimido. A região trpL especifica uma sequência líder de aprox 162 nt no mRNA. Deleções de parte de trpL resultam em níveis elevados de transcrição, sem afetarem a repressibilidade do operon, i.e., a repressão e desrepressão ocorrem exatamente como em trpL+. Estes dados indicam que o operon trp possui um segundo nível de regulação: a atenuação, sendo a sequência de trpL denominada atenuador. A atenuação ocorre pelo controle do término prematuro da transcrição em um sítio próximo ao fim da sequência líder do mRNA. Esta terminação ocorre apenas na presença de tRNATrp carregado, liberando um transcrito truncado de apenas 140 nt. O atenuador possui uma sequência nucleotídica essencialmente idêntica aos sinais de terminação de transcrição encontrados no final da maioria dos operons bacterianos: palíndrome rico em C:G seguido de diversos A:T A sequência rica em “CG” cria uma estrutura no formato de grampo que retarda o movimento da RNAP, causando uma pausa. Neste momento o complexo fica fragilmente ligado apenas por uma região A:U. Imagina-se que isto facilite a liberação do transcrito recém sintetizado. Na ausência de trp o ribossomo para na sequência líder, permitindo o pareamento das regiões 2 e 3, não formando assim a sinal de terminação de transcrição (pareamento das regiões 3 e 4). A transcrição, portanto, procede permitindo a produção de proteínas da via de biossíntese de trp. Na presença de trp o ribossomo não para na sequência líder, permitindo assim a formação do sinal de terminação de transcrição (pareamento das regiões 3 e 4). A transcrição, portanto para, não havendo a produção de proteínas da via de biossíntese de trp. Como visto anteriormente, a repressão é uma forma de controle negativo que age no nível transcricional. Contudo, uma forma mais rápida de controle é a inibição por feedback ou inibição pelo produto final, que age no nível proteico. Um exemplo é a via biossíntetica de triptofano em E. coli: a primeira enzima da via, anthranilate synthetase, possui um sítio de ligação ao produto final (trp). A interação do produto final com a enzima promove uma transição alostérica na mesma, reduzindo sua atividade pelo seu substrato.
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