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Resumo das aulas - Projeto de TCC em matemática

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Aula 1 – A pesquisa e o conhecimento científico
Introdução
O processo de produção do conhecimento sobre o mundo social passa necessariamente pela reelaboração daquilo que vemos, na forma de representações. Ciência é todo e qualquer conhecimento produzido sistematicamente através de um método previamente definido, apoiado em técnicas de investigação que proporcione o conhecimento acerca de um determinado objeto de estudo. Tal definição sugere que existe uma diferença fundamental entre o conhecimento da experiência cotidiana (senso comum) e aquele produzido a partir de procedimentos sistemáticos visando o conhecimento sobre um objeto previamente delimitado. O ponto central da ciência não é a metodologia, que é na verdade um instrumento que nos permite opções teóricas mais claras e seguras, mas sim a realidade, que afinal é o que orienta nossa opção metodológica. O conhecimento é fruto da curiosidade, inquietação e atividade investigativa dos indivíduos. A pesquisa é, assim, a estrada a percorrer para auxiliar o ser humano a apropriar-se do conhecimento e satisfazer essa gama de curiosidade natural.
Nesta primeira aula, estudaremos dois assuntos:
A pesquisa e o conhecimento científico.
Antes de abordarmos o conhecimento científico, é necessário conhecermos o real significado da palavra conhecimento, mesmo sendo ela já conhecida por nós e muito usada no nosso dia a dia.
O conhecimento
Conhecimento é o ato ou o efeito de conhecer, ter ideia ou noção de alguma coisa. 
É o saber, a instrução e a informação. 
Também inclui descrições, hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos. 
Para falar de conhecimento, é necessário falarmos sobre dados, que é uma mistura de códigos. Portanto, informação é o resultado do processo de manipulação desses dados. E o conhecimento pode ser considerado uma informação com uma utilidade.
Nesse sentido, não temos uma explicação teórica imediata para o que seja o conhecimento; apenas conhecemos, antes mesmo de formularmos qualquer explicação para isso. 
Conhecemos “coisas” todos os dias, concorda?
Vejamos alguns exemplos:
• Uma palavra nova para enriquecer nosso vocabulário;
• Um novo sentido para uma palavra que utilizamos corriqueiramente;
• Um novo utensílio que facilita nossa vida prática;
• Um recurso até então não utilizado de uma velha ferramenta; 
• Um caminho mais curto para chegar aonde queremos.
Sempre que conhecemos, nos apropriamos destes conhecimentos em prol de novos conhecimentos, sem sequer nos darmos conta disso ou teorizarmos a respeito.
Quando  conhecemos, já o fazemos de modo a lidar com as coisas que encontramos no  mundo sempre de maneira pré-temática, ou ainda, de modo pré-teórico,  antecedendo qualquer compreensão desse processo.  
O filósofo Aristóteles foi um dos primeiros a propor algo substancial sobre o tema, ao afirmar:
“Todos os homens têm sua gênese afim ao conhecer”
De posse do conhecer, a partir de um modo peculiar de lidar com este processo, o homem passa a ter uma relação diferenciada com seu próprio mundo. Ele compreendê-lo, interpretá-lo, transformá-lo.
Assim , os homens se conhecem, se elaboram diante da evidência de que o conhecimento é algo frente, ao qual ele nunca está acabado, mas sempre na iminência de uma nova aquisição e projeto.
O senso comum
Agora vamos estudar o conceito de senso comum.
Mas é possível que você esteja se perguntando... 
O que isso tem a ver com conhecimento?
Os conhecimentos que adquirimos espontaneamente no cotidiano, geralmente produzidos pela interação com o mundo, constituem um conjunto de princípios empíricos intercambiáveis no convívio com os outros. 
Estes são pontos comuns, capazes de estabelecer uma comunidade de princípios e conhecimentos, chamada de senso comum.
O senso comum é mais do que a compreensão corriqueira, geralmente expressa como o saber empírico através do qual, por exemplo, um camponês sabe a época mais propícia para semear este ou aquele grão; se o solo está em boas condições de plantio ou quanto tempo demora certo tipo de legume até poder ser colhido.
Você sabia...
Que o senso comum orienta os indivíduos no mundo?
Pois é ele que:
Ordena seus afazeres;
Executa tarefas práticas com eficiência;
Estabelece consensualmente normas de boa convivência;
Julga a partir de valores prévios seus interesses imediatos;
Conserva as relações que julgam proveitosas ao bem comum;
Age adequadamente em situações específicas;
E até opina sobre assuntos diversos.
O conhecimento científico
Agora estamos prontos para estudar sobre o conhecimento científico.
Trata-se de um modo de conhecer que exige mais do que o saber adquirido na chave de tentativa-erro-repetição, característica do conhecimento empírico. 
O conhecimento científico constitui um conhecimento contingente, pois suas preposições ou hipóteses têm sua veracidade ou falsidade conhecida através da experimentação, e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico.
Segundo Bunge (1980), o conhecimento científico apresenta-se com diversas características. Descubra quais são elas, no caça-palavras, e entenda suas definições.
UNIVERSAL: Não se pretendendo restrito a apenas em um setor social ou região do planeta, é público. A linguagem científica é, portanto, comunicável a quem quer que se interesse saber, formando-se mesmo por ela;
PREVISÍVEL: Não se limita ao que já apreendido na experiência, mas projeta-se a empreendimentos e realizações de futuros conhecimentos.
A previsão permitida pela ciência torna eficaz o conhecimento que se constrói por meio de formulação de hipóteses que prenunciam uma ocorrência provável, capaz de ser validada por meio dos métodos e técnicas de que a ciência dispõe.
LEGAL: Busca determinar supostas “leis naturais” capazes de explicar a ordem e a regularidade das ocorrências (efeitos) do mundo, e suas relações com suas causas. Move-se no âmbito dessas leis, inferindo novos conhecimentos por meio destas;
OBJETIVO: Por apreender os fenômenos do mundo como objetos de conhecimento; visam determiná-lo tais como seria de fato, independentemente de qualquer interferência externa ao interesse científico. Baseia-se em fatos dados pela experiência, conhecidos como “empíricos”;
ANALÍTICO: Aborda os problemas delimitados em sua alçada um a um, decompondo-os em seus elementos. Assim, a análise é a tentativa de entender a situação total de um objeto (seus mecanismos e causas de sua ocorrência) a partir de seus termos;
ESPECÍFICO: Atém-se a um tema, que determinará inclusive o modo com que metodologicamente seu objeto seria abordado;
CLARO: Busca os resultados com exatidão, sem correr o risco de gerar dúvidas capazes de invalidá-lo.
Nesse intuito, a ciência visa formular suas proposições de maneira objetiva; inequívoca em seus enunciados, definindo a maioria de seus conceitos; adequando seu discurso à explicação do seu objeto; avaliando e registrando produtos de sua experiência; comunicando-os à comunidade científica para que este seja público e possa ser verificável;
DISTINTO: Na medida em que seus resultados (obtidos a partir dos experimentos) podem ser distinguidos dos outros diferentes e dados por variáveis;
SISTEMÁTICO: Encontra-se ordenado de maneira que proposições científicas estejam atreladas a um princípio que as fundamente.
O sistema opera privilegiando uma proposição fundamental e relaciona através dele todos os objetos. Portanto, classifica e propõe relacionando um critério; neutralizando as compatibilidades ou incompatibilidades provenientes de outros pontos.
Atenção: podemos distinguir método do sistema afirmando que, enquanto no sistema o critério produz as diferenças, no método as diferenças produzem o critério;
EXPLICATIVO: Intenta explicar os princípios, processos e as leis que regulam os fenômenos objetivados. Propõe assim uma descrição detalhada, procurando responder renovadamente como ocorrem certos fatos sujeitos à investigação;
METÓDICO: Como vimos, o conhecimento científico não é adquirido com a tentativa e a repetição até o acerto,mas consiste em um conhecimento planejado.
O método compara um conjunto finito de objetos não estabelecendo previamente o critério geral para reuni-los em um conjunto limitado (ao levar em conta sua estrutura); apenas registra os objetos encontrados que não são idênticos.
Opera dessa forma seguindo a ordem que as razões que a própria investigação lhe oferece;
VERIFICÁVEL: Considerando que todo conhecimento científico apoia-se em um fundamento sólido, capaz de sustentar firmemente sua certeza, afirmarmos que este é um conhecimento certo, obtendo estas certezas por meio de uma averiguação ou exame experimental chamado verificação;
Atenção!!
O que distingue o conhecimento científico dos outros, principalmente do senso comum, não é o assunto, o tema ou o problema. O que distingue é a forma especial que adota para investigar os problemas.
Ambos podem ter o mesmo objeto de conhecimento. A postura científica não deve dogmatizar os resultados das pesquisas; mas tratá-los como hipóteses que necessitam de constante investigação e revisão crítica intersubjetiva é que torna um conhecimento objetivo e científico.
A ciência e o ensino
As cinco características que apresentaremos a seguir são necessárias a um ensino que tenha como objetivo o saber sobre a ciência, ou ainda a construção de concepções mais fundamentadas acerca do conhecimento científico.
Não há um método científico fechado, o que vai contra uma visão rígida da ciência, que apresenta no ensino o “método científico” como um conjunto de etapas mecânicas.
A construção do conhecimento científico é guiada por paradigmas que influenciam a observação e a interpretação de certo fenômeno.
O conhecimento científico é aberto, sujeito a mudanças e reformulações, e assim foi na história da ciência, portanto, a ciência é um produto histórico.
É um dos objetivos da ciência criar interações e relações entre teorias. O conhecimento não é construído pontualmente, o que descaracteriza uma visão analítica da ciência muito difundida entre o professores e estudantes.
O desenvolvimento da ciência está relacionado a aspectos sociais, políticos; as opções feitas pelos cientistas muitas vezes refletem seus interesses. 
A ciência, portanto, é humana, viva.  Desta forma, é necessário que ela seja caracterizada como tal.
Metodologia e pesquisa
Um dos aspectos mais característicos do ser humano, e que de certa forma o distingue dos demais seres vivos, é sua inquietação no que se refere à sua existência, origem, destino e relação com seus semelhantes e meio ambiente.
Por meio de suas dúvidas e incertezas, o homem busca caminhos para o desvendamento delas; assim buscam na pesquisa respostas.
No que se refere à pesquisa, podemos dizer que é um modo programado de o homem aprender.
É exatamente no pesquisar, ao procurar respostas para suas indagações e no questionar que o homem desenvolve o seu processo de diálogo crítico com a realidade.
A pesquisa faz parte do processo educativo. 
O pesquisador só tem oportunidade de fazê-la à medida que compreende e domina uma série de técnicas e de conhecimento.
Sua edificação e aprimoramento são conquistas que o pesquisador obtém ao longo de seus estudos, da realização de investigações e elaboração de trabalhos acadêmicos. 
A pesquisa está voltada para as soluções de problemas teóricos ou práticos. Através do ato de conhecer pela ciência, o pesquisador parte da dúvida de um problema e, com o uso do método científico, busca uma resposta ou solução.
Porém, essa não é a única forma de obtenção de conhecimentos e descobertas.
Atenção!!
À medida que o pesquisador amplia o seu amadurecimento na utilização de procedimentos científicos, torna-se mais hábil e capaz de realizar pesquisas.
Aula 2- O problema científico
Introdução
A identificação e a delimitação do problema científico estão historicamente condicionadas pelas formas concretas que adota a atividade científica para responder às exigências que o desenvolvimento econômico e social fazem à ciência, assim como para responder às demandas do desenvolvimento intrínseco da própria ciência. Por outro lado, o nexo entre os problemas científicos e as necessidades objetivas do desenvolvimento social está direta ou indiretamente condicionado pelo fato de que, hoje, na ciência, fundem-se pensamento e ação. A partir da prática, a ciência constitui um aspecto necessário da atividade material transformadora, um instrumento essencial da sociedade, concebido como sistema em autorregulação e autodesenvolvimento. A importância do conhecimento e da pesquisa científica é de fundamental importância e sem questionamentos. Uma variante significante a considerar, neste processo, é a dificuldade de se iniciar no caminho da pesquisa científica, de conhecer seus passos, entender os quesitos válidos e necessários e ter sabedoria para superar as armadilhas que aparecem no decorrer do caminho. Sendo peça fundamental neste processo, a definição do Problema de Pesquisa é um passo que, a primeira vista, pode parecer simples e fácil, mas no decorrer do caminho se apresenta cheio de mistérios e complexidades.
Nesta aula, vamos estudar o conceito de problema científico. 
Mas antes vamos rever alguns pontos para um melhor entendimento.
O Conhecimento Científico constitui um contingente, pois suas proposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade conhecida através da experimentação e não apenas pela razão. 
 O conhecimento é um processo de reflexão crítica e que poderá conduzir ao desvelamento do objeto estudado e analisado. 
O conhecimento é a tomada de consciência de um mundo vivido pelo homem. 
É uma atividade transformadora da realidade.
O conhecimento científico
O Conhecimento Cientifico é um processo desencadeado progressivamente e que emerge da coexistência ou da relação entre teoria e prática, sendo que a prática é o fundamento da teoria.
 O Conhecimento Científico é o aperfeiçoamento do conhecimento comum e ordinário, e é obtido através de um procedimento metódico, ou seja, é aquele produzido pela investigação cientifica. Surge não apenas da necessidade de encontrar soluções para problemas de ordem prática, mas do desejo de fornecer explicações sistemáticas que possam ser testadas e criticadas através de provas empíricas.
O problema científico
Sua identificação e a delimitação estão historicamente condicionadas pelas formas concretas que adotam a atividade científica para responder às exigências que o desenvolvimento econômico e o social fazem à ciência, assim como para responder às demandas do desenvolvimento intrínseco da própria ciência. 
 Por outro lado, o nexo entre os problemas científicos e as necessidades objetivas do desenvolvimento social está direta ou indiretamente condicionado pelo fato de que, hoje, na ciência, fundem-se pensamento e ação.
Comentário
A partir da prática, a ciência constitui um aspecto necessário da atividade material transformadora, um instrumento essencial da sociedade, concebida como sistema em autorregulação e autodesenvolvimento.
Você sabia...
Que em todo problema científico, encontraremos um vínculo indissolúvel entre ciência e valor, em seus dois aspectos fundamentais?
Que são:
• o valor da ciência em relação com a sociedade;
• a presença de aspectos valorativos na própria ciência, nos seus próprios conteúdos cognitivos;
Desse ponto de vista...
Os aspectos valorativos são considerados elementos intrínsecos à própria atividade científica e não um elemento externo, complementar ou incompatível com uma abordagem científica objetiva.
Formas de pesquisa
Dependendo do caráter dos objetos estudados e especialmente dos problemas a solucionar, podem ser distinguidas três formas de pesquisa, a seguir relacionadas.
Pesquisas fundamentais
Os problemas científicos que abordam são particularmente complexos. 
Estão dirigidos à procura de novas ideias, caminhos e métodos de conhecimento e explicações. 
Sua abordagem exige uma análise aprofundada dos sistemas de conhecimento existentes, relacionados com o problema em estudo. 
Também dá prioridadeà fundamentação de novos problemas.
Pesquisas fundamentais orientadas
Nesta modalidade de pesquisa, o cientista preocupa-se com problemas teóricos já formulados e, através de pesquisas dessa natureza, ele toma consciência dos novos problemas e das perspectivas de crescimento da ciência. 
 De maneira geral, os novos problemas surgem quando as soluções propostas revelam-se limitadas ou discordantes com fatos novos. Nesses casos, a atenção dos pesquisadores orienta-se para uma análise crítica das teorias já elaboradas, para a procura de novas soluções. 
 Em qualquer ciência, é possível identificar os nexos entre as investigações teóricas fundamentais e os resultados das pesquisas teóricas orientadas para um fim.
Pesquisas aplicadas dirigidas à utilização prática das leis e teorias formuladas.
Essas pesquisas têm os mais diversos fins. 
Não é difícil compreender que elas não só são importantes para o desenvolvimento da economia nacional, mas, também, para o desenvolvimento da ciência. 
 Esta modalidade de pesquisa exige grandes esforços e a criação de grupos coletivos de cientistas. 
O nexo entre as pesquisas fundamentais e dirigidas a um fim, por um lado, e as pesquisas aplicadas por outro lado, é cada vez mais complexo na ciência atual.
A escolha do tema e a importância de sua delimitação
Você concorda que a importância do conhecimento e da pesquisa científica é um ponto fundamental e sem questionamentos?
Uma variante significativa a considerar, neste processo, é a dificuldade de:
• se iniciar no caminho da pesquisa científica;
• de conhecer seus passos;
• entender os quesitos válidos e necessários; 
• ter sabedoria para superar as armadilhas que aparecem no decorrer do caminho.
Comentário...
Sendo peça fundamental neste processo, a definição do Problema de Pesquisa é um passo que, a primeira vista pode parecer simples e fácil, mas, no decorrer do caminho, se apresenta cheio de mistérios e complexidades.
Tema e problema
Vejamos agora os significados de:
Tema: É uma proposição mais abrangente, é um assunto que se deseja provar ou desenvolver.
Problema: Consiste em dizer de maneira explícita, clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e que pretendemos resolver. 
O objetivo da formulação do problema da pesquisa é torná-lo individualizado, específico.
Problema de pesquisa
Vários são os significados para a palavra “problema” conforme cita o Dicionário Aurélio.
“Conflito afetivo que impede ou afeta o equilíbrio psicológico do indivíduo”.
“Questão não solvida e que é desejo de discussão, em qualquer domínio do conhecimento”.
“Questão proposta para que se dê a solução”.
“Proposta duvidosa que pode ter diversas soluções”.
Problema e hipótese
Segundo Antônio Carlos Gil (1991), nem todo problema é passível de tratamento científico, é preciso identificar o que é científico daquilo que não é. 
Uma vez formulado o problema, com a certeza de ser cientificamente válido, propõe-se uma resposta “suposta”, provável e provisória, isto é, uma hipótese. 
Ambos, problema e hipótese, são enunciados de relações entre variáveis.
Atenção!!
Um problema é de natureza científica quando envolver variáveis que podem ser tidas como testáveis.
Mas então, o que difere um do outro?
A diferença reside em que:
O problema (?):• constitui sentença interrogativa.
A hipótese (!):• Constitui sentença afirmativa.
Por que formular um problema?
Antônio Carlos Gil (1991) estabelece que várias podem ser as condições para a formulação de problemas, entre elas podemos citar:
• as de ordem prática : formula-se o problema e tem-se uma resposta para subsidiar determinada ação.
• as de ordem intelectual : conhecimento sobre determinado objeto com pouco estudo efetuado.
E como formular um problema?
O processo de formular um problema não é tarefa fácil. 
Há de se reconhecer que o treinamento desempenha papel importante nesse processo, pois é uma atividade que exige dedicação e orientação.
 O ato de formular um problema é restrito ao meio acadêmico e por isso, o treinamento ainda é pouco explorado. 
 O processo de formular um problema envolve uma gama de variáveis, que não pode, na maioria das vezes ser controlada, é o caso do fator criatividade.
Regras práticas para formular problemas
Um problema deve ser formulado como pergunta:
Esta é a maneira mais fácil e direta, sabe por quê? 
A pergunta atua como um vetor orientando o caminho, os métodos a serem utilizados no decorrer do trabalho.
  A atividade de formular um problema, em forma de pergunta, atua como um facilitador para que se consiga discernir o essencial do supérfluo.
Um problema deve ser claro e preciso: 
Estando como tema já delimitado, conhecendo os passos de como formular um problema, é preciso ficar atento para estruturar a pergunta relativa, e que ela atenda aos requisitos, ser e clara e precisa.  
 É desejável que se enfatize aspectos de síntese, mas que não se esqueça de que a imaginação é mais importante que a erudição.
Aula 3 – A construção do projeto de pesquisa
Introdução
Objetivos são finalidades que se projeta a curto, médio e longo prazo. Um objetivo deve ser elaborado considerando a explicitação de duas partes (ações): “o que” vamos fazer e “para que” estamos propondo tal ação, ou seja, onde pretendemos chegar com nossa investigação. Um objetivo geral contempla ações / intenções a médio e em longo prazo. Os objetivos de uma pesquisa (expressos no seu projeto) não estão no sentido de fazer coisas práticas, mas, sim, relacionados à construção do conhecimento. A determinação dos objetivos (Geral e Específicos) deverá sintetizar o que pretende alcançar com a pesquisa. Os objetivos devem estar coerentes com a justificativa e o problema proposto. A revisão de literatura é fundamental, porque fornecerá elementos a fim de que o pesquisador evite a duplicação de pesquisas sobre o mesmo enfoque do tema e defina contornos mais precisos do problema a ser estudado. Quando o assunto é a ética na pesquisa, três pontos devem ser devidamente enfatizados: o “núcleo” moral de uma sociedade, ou seja, valores eleitos como necessários ao convívio entre os membros dessa sociedade; o caráter democrático da sociedade brasileira em que, para além do que se chama de conjunto central de valores, deve valer a liberdade, a tolerância, a sabedoria de conviver com o diferente, com a diversidade; e o caráter abstrato dos valores abordados que supõe que o homem deva ser justo.
Objetivos
Sabemos que objetivos são finalidades que se projetam a curto, médio e longo prazo, certo?
Ele deve ser elaborado considerando a explicitação de duas partes: 
• o que vamos fazer;
• para que estamos propondo tal ação, ou seja, onde pretendemos chegar com nossa investigação. 
 O objetivo geral contempla ações/intenções a médio e em longo prazo. 
Por outro lado, os objetivos específicos contemplam ações em curto prazo.
A determinação dos objetivos da pesquisa
Agora que sabemos o que são objetivos, vejamos mais sobre eles em uma pesquisa.
Os objetivos de uma pesquisa não estão no sentido de fazer coisas práticas, mas, sim, relacionados à construção do conhecimento.
Mas o que isso significa?
A determinação dos objetivos deverá sintetizar o que se pretende alcançar com a pesquisa. Os objetivos devem estar coerentes com a justificativa e o problema proposto. 
O Objetivo Geral será a síntese do que se pretende alcançar, e os Objetivos Específicos explicitarão os detalhes e serão desdobramentos do objetivo geral.
Os objetivos informarão para o que você está propondo a pesquisa, isto é, quais os resultados que pretende alcançar ou qual a contribuição que sua pesquisa irá efetivamente proporcionar.
Seus enunciados devem começar com um verbo no infinitivo e este verbo deve indicar uma ação passível de mensuração.
Como exemplos de verbos usados na formulação dos objetivos, podem-se citar para:
Determinar estágio cognitivo de conhecimento: 
os verbos apontar, arrolar, definir, enunciar, inscrever, registrar, relatar, repetir,sublinhar e nomear;
Determinar estágio cognitivo de compreensão: 
os verbos descrever, discutir, esclarecer, examinar, explicar, expressar, identificar, localizar, traduzir e transcrever;
Determinar estágio cognitivo de aplicação: 
os verbos aplicar, demonstrar, empregar, ilustrar, interpretar, inventariar, manipular, praticar, traçar e usar;
Determinar estágio cognitivo de análise: 
os verbos analisar, classificar, comparar, constatar, criticar, debater, diferenciar, distinguir, examinar, provar, investigar e experimentar;
Determinar estágio cognitivo de síntese: 
os verbos articular, compor, constituir, coordenar, reunir, organizar e esquematizar; 
Determinar estágio cognitivo de avaliação: 
os verbos apreciar, avaliar, eliminar, escolher, estimar, julgar, preferir, selecionar, validar e valorizar.
A construção do embasamento teórico
Nesta fase, você deverá responder às seguintes questões: quem já escreveu e o que já foi publicado sobre o assunto, que aspectos já foram abordados, quais as lacunas existentes na literatura. Pode objetivar determinar o “estado da arte”, ser uma revisão teórica, ser uma revisão empírica ou ainda ser uma revisão histórica.
Mas por que a revisão da literatura é fundamental?
Porque fornecerá elementos a fim de que o pesquisador evite a duplicação de pesquisas sobre o mesmo enfoque do tema.
Favorecerá a definição de contornos mais precisos do problema a ser estudado.
Antes de dar continuidade a seus estudos, veja um passo a passo para elaboração do Embasamento Teórico.
Passo a passo para elaboração do Embasamento Teórico:
 Defina o assunto da sua pesquisa;
Reúna a bibliografia. Comece com pelo menos 20 referências para ter uma visão panorâmica sobre o assunto;
 Dê uma olhada inicial nas referências e identifique a estrutura hierárquica do assunto de pesquisa. A estrutura hierárquica vai do assunto mais geral ao mais específico;
 Leia a bibliografia reunida com atenção e liste as ideias principais;
 Identifique as ideias principais a serem aproveitadas em seu trabalho. Não se esqueça de indicar as fontes de cada ideia;
 Rotule todas as ideias para facilitar sua referência futura;
 Organize as ideias em seções (normalmente entre 3 a 4 seções deverão aparecer) e subseções (em geral, 3 ou 4 subseções para cada seção);
 Escreva o referencial teórico seguindo a sequência hierárquica de apresentação dos assuntos. Dê preferência a ideias abordadas por diversos autores;
 Conclua o referencial teórico identificando as principais ideias discutidas no seu texto e apontando para as questões de pesquisa em aberto na literatura.
Redação do projeto de pesquisa: ética e legitimidade do saber
Nesta etapa, o pesquisador deverá redigir seu relatório de pesquisa. 
O texto deverá ser escrito de modo apurado, isto é, “gramaticalmente correto, fraseologicamente claro, terminologicamente preciso e estilisticamente agradável”.
Mas e a ética? 
Como fica a ética e a legitimidade do saber na pesquisa científica?
Ética
Quando o assunto é a ética, três pontos devem ser devidamente enfatizados.
1º) O primeiro refere-se ao que se poderia chamar de “núcleo” moral de uma sociedade, ou seja, valores eleitos como necessários ao convívio entre os membros dessa sociedade. A partir deles, nega-se qualquer perspectiva de “relativismo moral”, entendido como “cada um é livre para eleger todos os valores que quer”.
Exemplo: Na sociedade brasileira, não é permitido agir de forma preconceituosa, presumindo a inferioridade de alguns (em razão de etnia, raça, sexo ou cor), sustentar e promover a desigualdade, humilhar etc. Trata-se de um consenso mínimo, de um conjunto central de valores, indispensável à sociedade democrática.
2º) O segundo ponto diz respeito justamente ao caráter democrático da sociedade brasileira. A democracia é um regime político e também um modo de sociabilidade que permite a expressão das diferenças, a expressão de conflitos, em uma palavra, a pluralidade. Portanto, para além do que se chama de conjunto central de valores, deve valer a liberdade, a tolerância, a sabedoria de conviver com o diferente, com a diversidade.
3º) O terceiro ponto refere-se ao caráter abstrato dos valores abordados. Ética trata de princípios e não de mandamentos. Supõe que o homem deva ser justo. Neste sentido, a ética é um eterno pensar, refletir, construir. E a escola deve educar seus alunos para que possam tomar parte nessa construção, serem livres e autônomos para pensarem e julgarem.
A ética e a resolução 196/96
Do ponto de vista filosófico, de acordo com a ética, desde as suas origens, busca estudar e fornecer princípios orientadores para o agir humano. 
Ela nasce amparada no ideal grego de justa medida, do equilíbrio nas ações. 
 A justa medida é a busca do agenciamento do agir humano de tal forma que o mesmo seja bom para todos, isto é, que todos os indivíduos ou cada parte nele envolvido seja contemplada de forma equânime.
O espaço de cada indivíduo ou de cada parte que se envolve na ação necessita ser garantido de maneira autônoma e racional. 
Tais princípios indicam não para a perfeição do agir, mas sim para que o mesmo ocorra da melhor forma possível, ou seja, da maneira mais adequada possível.
 Do ponto de vista legal, cita-se a Resolução 196/96 (BRASIL, 1996) que define as diretrizes e as normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.
A resolução incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, 4 referenciais básicos da bioética.
Você sabe quais são eles?
• autonomia; 
• não maleficência; 
• beneficência;
• justiça. 
Visa assegurar os direitos e os deveres que dizem respeito à comunidade científica, aos sujeitos da pesquisa e ao Estado. 
Além disso, a Resolução 196/96 descreve quais devem ser os aspectos contemplados pelo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Por meio desse termo, o entrevistado declara que foi informado da justificativa, dos objetivos e dos procedimentos da pesquisa. 
Além disso, ele ainda é informado sobre:
• A liberdade de participar ou não da pesquisa, tendo assegurado essa liberdade sem quaisquer represálias atuais ou futuras, podendo retirar o consentimento em qualquer etapa do estudo sem nenhum tipo de penalização ou prejuízo;
• A segurança de que não será identificado e que se manterá o caráter confidencial das informações relacionadas com a privacidade, a proteção da imagem e a não estigmatização;
• A liberdade de acesso aos dados do estudo em qualquer etapa da pesquisa;
• A segurança de acesso aos resultados da pesquisa.
Nesses termos, o entrevistado deve-se considerar livre e esclarecido para consistir em participar da pesquisa proposta, resguardando aos autores do projeto a propriedade intelectual das informações geradas e expressando a concordância com a divulgação pública dos resultados.
O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, em conformidade com a Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde, deve ser assinado em 2 vias de igual teor, ficando:
• uma via em poder do participante 
• outra com os autores da pesquisa.
Nesta aula, você:
Verificou que Objetivos são finalidades que se projeta a curto, médio e longo prazo;
Reconheceu que a revisão de literatura é fundamental;
Reconheceu que quando o assunto é a ética na pesquisa, três pontos devem ser devidamente enfatizados: o "núcleo" moral de uma sociedade, o caráter democrático da sociedade brasileira e o caráter abstrato dos valores abordados que supõe que o homem deva ser justo.
Aula 4 – Preparando o terreno
Introdução
A preparação do terreno se dá de acordo com o assunto a ser pesquisado na futura monografia e, assim, você precisa se certificar de que escolheu adequadamente o tipo de pesquisa de seu Projeto de TCC. A classificação das pesquisas é baseada em seus objetivos e nos procedimentos técnicos adotados (para analisar os fatos do ponto de vista empírico, para confrontar a visão teórica com os dados da realidade, é necessário traçar o modelo conceituale operatório). Torna-se importante determinar a metodologia e os procedimentos adotados que podem auxiliar o pesquisador no bom andamento da investigação. A respeito da classificação que tem como base os objetivos, temos três grandes grupos: exploratória, descritiva e explicativa. Sobre a categorização com base nos procedimentos, temos: bibliográfica, documental, experimental, operacional, estudo de caso, pesquisa-ação, pesquisa participante, expost-facto. Quando o assunto é o paradigma metodológico de abordagem da pesquisa, temos duas grandes modalidades: quantitativa e qualitativa.
Preparando o terreno
Pesquisa é um conjunto de ações proposto para resolução de um problema, que tem por base procedimentos:
• Racionais; 
• Sistemáticos;
• Metódicos.
Mas você sabe quando uma pesquisa deve ser realizada?
Quando se tem um problema de investigação, isto é, algo ou alguma coisa que se pretende investigar.
Não se esqueça desse princípio!
Você sabe o que é fundamental para a realização de uma pesquisa científica?
Saber usar os instrumentos adequados para encontrar respostas, ou seja, formular as hipóteses ao problema levantado. 
Na visão de Salomon (1999), podemos graduar as pesquisas científicas em:
Pesquisas puras: Pesquisas que têm como intenção ir além da simples definição e descrição do problema. A partir da formulação de hipóteses claras e definidas, aplicação do método científico de coleta de dados, controle e análise, procuram inferir a interpretação, a explicação e a predição.
Pesquisas aplicadas: Pesquisas que se destinam a aplicar leis, teorias e modelos, na solução de problemas que exigem ação e/ou diagnóstico de uma realidade.
Pesquisas exploratórias e descritivas: Pesquisas que têm por objetivo definir melhor o problema, gerar propostas de solução, descrever comportamentos de fenômenos, definir e classificar fatos e variáveis. Não atingem o nível da explicação nem o da predição, encontrados nas pesquisas “puras” ou “teóricas”, nem do diagnóstico e/ou solução adequada dos problemas deparados nas pesquisas “aplicadas”.
Abordagens de pesquisas
Na definição de Gil (2002), encontramos a classificação das pesquisas com base em seus objetivos e nos procedimentos técnicos adotados.
Torna-se importante determinar a metodologia e os procedimentos adotados que podem auxiliar o pesquisador no bom andamento da investigação:
Classificação que tem como base os objetivos
Exploratória - Tem por finalidade a descoberta de práticas ou diretrizes que precisam ser modificadas e obtenção de alternativas ao conhecimento científico existente. Tem por objetivo principal a descoberta de novos princípios para substituírem as atuais teorias e leis científicas. É a coleta de dados e informações sobre um fenômeno de interesse sem grande teorização sobre o assunto, inspirando ou sugerindo uma hipótese explicativa.
 Descritiva - Tem por finalidade observar, registrar e analisar os fenômenos sem, entretanto, entrar no mérito do seu conteúdo. Na pesquisa descritiva não há interferência do pesquisador, que apenas procura descobrir, a frequência com que o fenômeno acontece. Visa descrever determinadas características de populações ou fenômenos ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Basicamente consiste na coleta de dados através de um levantamento.
 Explicativa ou Hipotético-Dedutiva - Tem por objetivo ampliar generalizações, definir leis mais amplas, estruturar sistemas e modelos teóricos, relacionar hipóteses em uma visão mais unitária do universo e gerar novas hipóteses por força de dedução lógica. Exige síntese e reflexão, visa identificar os fatores que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Explica o “porquê das coisas”. Nas ciências naturais exige a utilização de métodos experimentais e, nas ciências sociais o método observacional.
Classificação com base nos procedimentos
Exploratória - Tem por finalidade a descoberta de práticas ou diretrizes que precisam ser modificadas e obtenção de alternativas ao conhecimento científico existente. Tem por objetivo principal a descoberta de novos princípios para substituírem as atuais teorias e leis científicas. É a coleta de dados e informações sobre um fenômeno de interesse sem grande teorização sobre o assunto, inspirando ou sugerindo uma hipótese explicativa.
 
Descritiva - Tem por finalidade observar, registrar e analisar os fenômenos sem, entretanto, entrar no mérito do seu conteúdo. Na pesquisa descritiva não há interferência do pesquisador, que apenas procura descobrir, a frequência com que o fenômeno acontece. Visa descrever determinadas características de populações ou fenômenos ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Basicamente consiste na coleta de dados através de um levantamento.
 
Explicativa ou Hipotético-Dedutiva - Tem por objetivo ampliar generalizações, definir leis mais amplas, estruturar sistemas e modelos teóricos, relacionar hipóteses em uma visão mais unitária do universo e gerar novas hipóteses por força de dedução lógica. Exige síntese e reflexão, visa identificar os fatores que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Explica o “porquê das coisas”. Nas ciências naturais exige a utilização de métodos experimentais e, nas ciências sociais o método observacional.
Estudo de caso - Quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. Este tipo de pesquisa, normalmente, é realizado a partir de um caso em particular e, posteriormente é realizada uma análise comparativa com outros casos, fenômenos ou padrões existentes. É amplamente utilizada no levantamento das características e parâmetros de funcionamento ou operação de sistemas e processos.
 
Pesquisa Ação - Investigação realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo, no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Ela tende a ser vista, em certos meios, como desprovida da objetividade que deve caracterizar os procedimentos científicos. A pesquisa ação não é constituída apenas pela ação ou pela participação, e sim, de discussão, fazendo avançar o debate das questões abordadas em uma dada pesquisa através dos seus atores. 
 
Pesquisa Participante – Esta pesquisa é ligada à prática histórica em termos de usar conhecimento científico para fins explícitos de intervenção; nesse sentido, não esconde sua ideologia, sem com isso necessariamente perder de vista o rigor metodológico. Confere-se a este tipo de pesquisa um componente político e social que permite debater o processo de investigação a partir da concepção de intervenção na realidade social. Esta pesquisa se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas.
Expost-Facto - Quando o “experimento” se realiza após os fatos.
Paradigma metodológico de abordagem da pesquisa
Quantitativa - A investigação quantitativa caracteriza-se pela atuação nos níveis de realidade e oferece como objetivos a identificação e apresentação de dados, indicadores e tendências observáveis. Este tipo de investigação mostra-se geralmente apropriado quando existe a possibilidade de recolha de medidas quantificáveis de variáveis e inferências a partir de amostras de uma população. Este método será aprofundado na Aula 6 – Métodos Quantitativos.
 
Qualitativa - A investigação qualitativa trabalha com valores, crenças, representações, hábitos, atitudes e opiniões. Este tipo de investigação é indutivo e descritivo, na medida em que o investigador desenvolve conceitos, ideias e entendimentos a partir de padrões encontrados nos dados, em vez de recolher dados para comprovar modelos, teorias ou verificar hipóteses. Embora estes métodos sejam menos estruturados proporcionam, todavia, um relacionamento mais extenso e flexível entre o investigador e os entrevistados. Este método será aprofundado na Aula 7 – Métodos Qualitativos.
Planejando o projeto
A seleção do tema de investigaçãose dá de acordo com o assunto a ser pesquisado na futura monografia, e isto é claro. 
Antes de tudo, você precisa se certificar de que escolheu adequadamente o assunto de seu Projeto de TCC. 
Tendo se certificado deste elemento, vamos continuar a discussão do seu Projeto de TCC. 
Agora podemos passar para a questão das fontes. É nesta etapa que elas deverão ser claramente determinadas, dentro dos campos discutidos.
Esta é uma etapa crítica e relativamente difícil, pois se você se atrapalhar aqui terá problemas para que seu Projeto de TCC seja aprovado.
Em seguida, vamos estabelecer o que denominamos como subcampos investigativos, ou seja, aproximamo-nos do título que estampará seu Projeto de TCC, é o mesmo que afirmar que teremos recortado o assunto, e que somente vamos nos separar dele quando tivermos defendido a monografia.
De modo a facilitar e certificar você sobre o melhor para seu Projeto de TCC temos uma lista que poderá dar um norte:
• Selecione as bibliografias a serem citadas no campo das Referências.
• Entre em contato com especialistas ou com professores que tenham experiência na área em que você quer delinear seu projeto de pesquisa.
• Defina quais os vazios existentes, de acordo com o problema da investigação anteriormente discutido.
• Tente encontrar, na sua pesquisa, as perguntas ainda não respondidas ou então as respostas conflitantes e procure delimitar paralelos entre as metodologias da pesquisa adotadas.
Leituras, referências e manejo de informações
Você sabe o que é fichar?
É transcrever anotações em fichas, para fins de estudo ou pesquisa. 
Os dados registrados devem ser transcritos com o máximo de exatidão e cuidado. 
As fichas permitem: 
• identificar a obra; 
• conhecer o conteúdo; 
• fazer citações; 
• analisar o material; 
• elaborar críticas.
A seguir conheceremos a composição das fichas e seus tipos.
Composição das Fichas
Cabeçalho: Título genérico, título específico, número de classificação da ficha, letra indicativa da sequência.
Referência bibliográfica: Deve seguir as normas da ABNT. 
É necessário fazer consulta à ficha catalográfica do livro.
Texto ou corpo: O conteúdo que constitui o corpo ou texto das fichas. 
Varia de acordo como tipo da ficha.
Indicação da obra: Onde poderá ser utilizada (indicação do público alvo/área de conhecimento - estudos ou pesquisas).
Local: Lugar onde se encontra a obra, caso seja necessário voltar a consultá-la.
Tipos de ficha
Para encerrar, vejamos os tipos de ficha:
Ficha bibliográfica: Serve para indicações bibliográficas; algumas frases sucintas são suficientes; utilizar verbos ativos para se referir ao autor.
ex.: analisa, critica, compara.
Ficha de citação: Serve para transcrever trechos do texto. 
A citação deve vir entre aspas, indicando o nº. da página do livro entre parênteses ao final dela.
Ficha de resumo: Apresenta a síntese das ideias do autor, de forma clara e objetiva. 
Não é longa; não é transcrição, é uma elaboração pessoal.
Ficha de comentário: Interpretação crítica pessoal das ideias expressas pelo autor.
Nesta aula, você:
Verificou que a classificação das pesquisas é baseada em seus objetivos e nos procedimentos técnicos adotados;
Reconheceu a classificação das pesquisas com base nos procedimentos;
Identificou que é o paradigma metodológico de abordagem da pesquisa, tem duas grandes modalidades: quantitativa e qualitativa.
Aula 5- Método de coleta de dados
Introdução
Os instrumentos de coleta de dados são artefatos essenciais à realização empírica da pesquisa e são pensados no momento em que o pesquisador idealiza um projeto, especialmente, a forma como irá coletar os seus dados para referendar suas hipóteses de estudo. Dentre os instrumentos mais utilizados, na pesquisa científica, estão: a observação, a entrevista, o questionário e o formulário. A coleta de dados da pesquisa se inicia quando o pesquisador aplica os instrumentos de coleta de dados e suas técnicas, a fim de efetuar a coleta prevista. Refere-se, portanto, à operacionalização da pesquisa, sendo fundamental a paciência e a persistência para obter êxito neste processo. A análise dos resultados constitui o ponto central da pesquisa. Nesta etapa, o pesquisador interpretará e analisará os dados que tabulou e organizou na etapa anterior. A análise deve ser feita para atender aos objetivos da pesquisa e para comparar e confrontar dados com o objetivo de confirmar ou rejeitar os pressupostos da pesquisa
Você sabe o que são instrumentos de coleta de dados?
São artefatos essenciais à realização empírica da pesquisa e são pensados no momento em que o pesquisador idealiza um projeto, especialmente, a forma como irá coletar os seus dados para referendar suas hipóteses de estudo. 
Dentre os instrumentos mais utilizados na pesquisa científica, estão: 
• a observação;
• a entrevista;
• o questionário;
• o formulário.
A seguir veremos cada um detalhadamente.
Observação
Segundo Laville & Dionne (1999, p.176), quando se utilizam os sentidos, na obtenção de dados, de determinados aspectos da realidade, a observação pode ser:
Observação assistemática: Não tem planejamento e controle previamente elaborados.
Observação sistemática: Tem planejamento, realiza-se em condições controladas para responder aos propósitos preestabelecidos.
Observação participante: Técnica pela qual o pesquisador integra-se e participa na vida de um grupo para compreender-lhe o sentido atribuído às coisas pelo grupo.
Observação não participante: O pesquisador presencia o fato, mas não participa.
Vejamos agora, algumas vantagens e desvantagens da observação segundo Lakatos & Marconi (2010):
Vantagens: 
• Possibilita meios diretos e satisfatórios para estudar uma ampla variedade de fenômenos;
• Exige menos do observador do que as outras técnicas;
• Permite a coleta de dados sobre um conjunto de atitudes comportamentais típicas;
• Depende menos da introspecção ou da reflexão;
• Permite a evidência de dados não constantes do roteiro de entrevistas ou de questionários.
Desvantagens: 
• O observado tende a criar impressões favoráveis ou desfavoráveis no observador;
• A ocorrência espontânea não pode ser prevista, o que pode impedir de presenciar o fato;
• Fatores imprevistos podem interferir na tarefa do pesquisador;
• A duração dos acontecimentos é variável: pode ser rápida ou demorada;
• Vários aspectos da vida cotidiana, particular, podem não ser acessíveis ao pesquisador.
Entrevista
Segundo Laville & Dionne (1999), a entrevista oferece mais amplitude do que o questionário, quanto à sua organização, pois os entrevistadores permitem, muitas vezes, explicar algumas questões no curso da entrevista, reformulá-las para atender às necessidades do entrevistado.
A entrevista pode ser:
Padronizada ou estruturada: Roteiro previamente estabelecido.
Não padronizada ou desestruturada: Não existe rigidez de roteiro. Podem-se explorar mais amplamente algumas questões. 
O entrevistador apoia-se em um ou vários temas
Vejamos agora, as vantagens e desvantagens da entrevista.
Vantagens
Pode ser utilizada com todos os segmentos da população: analfabetos ou alfabetizados;
• Fornece uma amostragem muito melhor da população geral: o entrevistado: não precisa saber ler ou escrever;
• Há mais flexibilidade, podendo o entrevistador repetir ou esclarecer perguntas, formular de maneira diferente; especificar algum significado, para assegurar a compreensão;
• Oferece maior oportunidade para avaliar atitudes, condutas, podendo o entrevistado ser observado naquilo que diz e como diz: registro de reações gestos etc;
• Dá oportunidade para a obtenção de dados que não se encontram em fontes documentais e que sejam relevantes e significativos;
• Há possibilidade de conseguir informações mais precisas, podendo ser comprovadas, de imediato,as discordâncias;
• Permite que os dados sejam quantificados e submetidos a tratamento estatístico.
Desvantagens
A entrevista apresenta algumas limitações ou desvantagens, que podem ser superadasou minimizadas se o pesquisador for uma pessoa com bastante experiência ou tiver muito bom-senso. 
As limitações são:
• Dificuldade de expressão e comunicação de ambas as partes;
• Incompreensão, por parte do informante, do significado das perguntas, da pesquisa, que pode levar a uma falsa interpretação;
• Possibilidade de o entrevistado ser influenciado, consciente ou inconscientemente, pelo questionador, pelo seu aspecto físico, suas atitudes, ideias, opiniões etc.
Questionário
Segundo Laville & Dionne (1999), para interrogar indivíduos que compõem determinada amostra, uma das abordagens mais usuais consiste em preparar uma série de perguntas sobre o tema visado, perguntas escolhidas em função da(s) hipóteses(s) da pesquisa. 
 
Para cada uma das perguntas, oferece-se uma opção de respostas, definidas por indicadores, marcando a assertiva de sua opinião.
O questionário deve ser objetivo, limitado em extensão e estar acompanhado de instruções. As instruções devem esclarecer o propósito de sua aplicação, ressaltar a importância da colaboração do informante e facilitar o preenchimento. 
As perguntas do questionário podem ser:
Abertas - “Qual é a sua opinião”?
Fechadas - duas escolhas: Sim ou Não.
De múltiplas escolhas - fechadas com uma série de respostas possíveis.
Vantagens do Questionário, segundo Lakatos & Marconi (2010):
 
• Economiza tempo, viagens e obtém grande número de dados;
• Atinge maior número de pessoas simultaneamente;
• Abrange uma área geográfica mais ampla;
• Economiza pessoal, tanto em adestramento quanto em trabalho de campo;
• Obtém respostas rápidas e precisas;
• Há mais liberdade nas respostas, em razão do anonimato;
• Há mais segurança, pelo fato de as respostas não serem identificadas;
• Há menos risco de distorção, pela não influência do pesquisador;
• Há mais tempo para responder e em hora mais favorável;
• Há mais uniformidade na avaliação, em virtude da natureza impessoal do instrumento;
• Obtém respostas que materialmente seriam inacessíveis.
Desvantagens do Questionário Lakatos & Marconi (2010):
• Percentagem pequena dos questionários que voltam;
• Grande número de perguntas sem respostas;
• Não pode ser aplicado a pessoas analfabetas.
Segundo Lakatos & Marconi (2010, p. 220), o formulário é um dos instrumentos essenciais para a investigação social, cujo sistema de coleta de dados consiste em obter informações diretamente do entrevistado. 
Vejamos abaixo suas vantagens e desvantagens.
Vantagens
• Utilizado em quase todo o segmento da população: alfabetizados, analfabetos, populações heterogêneas etc., porque seu preenchimento é feito pelo entrevistador.
• Presença do pesquisador, que pode explicar os objetivos da pesquisa, orientar o preenchimento do formulário e elucidar significados de perguntas que não estejam muito claras.
• Flexibilidade, para adaptar-se às necessidades de cada situação, podendo o entrevistador reformular itens ou ajustar o formulário à compreensão de cada informante.
• Obtenção de dados mais complexos e úteis.
Desvantagens
• Menos liberdade nas respostas, em virtude da presença do entrevistador.
• Risco de distorções, pela influência do aplicador.
• Menos prazo para responder às perguntas; não havendo tempo para pensar, elas podem ser invalidadas.
• Mais demorado, por ser aplicado a uma pessoa de cada vez.
• Insegurança das respostas, por falta do anonimato.
• Pessoas possuidoras de informações necessárias podem estar em localidades muito distantes, tornando a resposta difícil, demorada e dispendiosa.
Você sabe quando a etapa de coleta da dados se inicia?
Quando o pesquisador aplica os instrumentos de coleta de dados e suas técnicas, a fim de efetuar a coleta prevista. 
Refere-se, portanto, à operacionalização da pesquisa, sendo fundamental a paciência e a persistência para obter êxito neste processo.
É possível que você esteja se perguntando...
e após a coleta?
Após coleta, o pesquisador necessita selecionar os dados, de acordo com seus objetivos; codificar, utilizando categorias de análise; e tabular os dados, a fim de comunicá-los. Para tanto, poderá lançar mão de recursos tecnológicos para organizar os dados obtidos na pesquisa de campo. 
 
Atualmente, é comum que o pesquisador opte pelo uso de recursos computacionais para dar suporte à elaboração de índices e cálculos estatísticos, tabelas, quadros e gráficos, a fim de obter melhor visualização, análise e interpretação dos achados empíricos.
A análise dos resultados constitui o ponto central da pesquisa. Nesta etapa você interpretará e analisará os dados que tabulou e organizou na etapa anterior.
A análise deve ser feita para atender aos objetivos da pesquisa e para comparar e confrontar dados com o objetivo de confirmar ou rejeitar a(s) hipótese(s) ou os pressupostos da pesquisa.
Os dados isolados não possuem representação alguma na pesquisa, porém se forem colocados de maneira que forneçam respostas às investigações, eles atingem seu propósito essencial e ganham legitimidade.
Nesta aula, você:
Reconheceu que os instrumentos de coleta de dados são artefatos essenciais à realização empírica da pesquisa;
Identificou que a coleta de dados se inicia quando o pesquisador aplica os instrumentos de coleta de dados e suas técnicas;
Estabeleceu que a análise dos resultados constitui o ponto central da pesquisa.
Aula 6- métodos quantitativos
Introdução
O método científico reúne procedimentos quantitativos e procedimentos qualitativos. Frequentemente, é o referencial teórico e a hipótese do pesquisador que define se o procedimento será qualitativo ou quantitativo. Pode-se distinguir o enfoque qualitativo do quantitativo, mas não seria correto afirmar que guardam relação de oposição. Nesta aula, abordaremos os métodos quantitativos.
Vamos começar nossa aula vendo para que se destina uma pesquisa quantitativa?
É simples, ela prevê a mensuração de variáveis predeterminadas para verificar e explicar sua existência, relação ou influência sobre outras variáveis, e supõe um conjunto de unidades de observação comparáveis entre si, procurando refletir o que é comum à maioria das situações.
Ela centraliza sua busca em informações quantificáveis e é adequada para estudar a regularidade dos fenômenos e não suas possíveis exceções.
Para Richardson (1989), o método quantitativo caracteriza-se pelo emprego da quantificação, tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas através de técnicas estatísticas, desde as mais simples até as mais complexas.
Qual seria o diferencial do método quantitativo?
Seria a intenção de garantir a precisão dos trabalhos realizados, conduzindo a um resultando com poucas chances de distorções. 
 De uma forma geral, tal como a pesquisa experimental, os estudos de campo quantitativos guiam-se por um modelo de pesquisa onde o pesquisador parte de quadros conceituais de referência tão bem estruturados quanto possível, a partir dos quais formula hipóteses sobre os fenômenos e situações que quer estudar.
Vejamos as consequências que podemos tirar das hipóteses
A coleta de dados enfatizará números que permitam verificar a ocorrência ou não das consequências, e daí então a aceitação ou não das hipóteses. 
Os dados são analisados com apoio da Estatística ou outras técnicas matemáticas. 
O método quantitativo é frequentemente aplicado nos estudos descritivos, os quais propõem investigar “o que é”, ou seja, a descobrir as características de um fenômeno como tal como ele é.
Tipos de dados quantitativos
Segundo Gatti (2004), há diversas formas de se obter quantificações, dependendo da natureza do objeto, dos objetivos do investigador e do instrumento de coleta. 
Podemos distinguir três tipos de dados:
Dados categóricos: Os dados categoriais são aqueles que apenas podemos colocar em classificações e verificar sua frequência nas classes. 
Exemplo simples deste tipo de dado é:
• a contagem de pessoas conforme seu sexo nas categorias masculino e feminino; 
• a leitura preferida escolhida: livrosou revistas ou jornal ou nenhum; 
• o último nível escolar frequentado: nenhum/fundamental/médio/superior.
Dados ordenados: Quando estão em uma forma que mostra sua posição relativa segundo alguma característica, mas que não há associação de um valor numérico para essa característica, nem um intervalo regular entre uma posição e outra.
Vamos entender melhor através de alguns exemplos?
Dados métricos: E os dados métricos, em que consistem?
O terceiro tipo de dado consiste de observações relativas a características que podem ser mensuradas e expressas em uma escala numérica: 
• os graus da temperatura; 
• as notas em uma escala definida.
Tipo de dados quantitativos:
Cada tipo de dado implica tipos diferentes de tratamento estatísticos possíveis.
Lembramos que todas as medidas são arbitradas, criadas, inventadas, e não podem ser tomadas como sendo a própria natureza das coisas; isto também se aplica às categorias dos estudos de análise de conteúdo e outras análises dos modelos qualitativos.
O que se procura ao criar uma tradução numérica ou categorial de fatos, eventos, fenômenos, é que esta tradução tenha algum grau de validade racional, teórica, no confronto com a dinâmica observável dos fenômenos.
Nesta aula, você:
Verificou que a investigação quantitativa caracteriza-se pela atuação nos níveis de realidade e apresenta como objetivos, a identificação e apresentação de dados, os indicadores e as tendências observáveis;
Reconheceu que este tipo de investigação mostra-se geralmente apropriado quando existe a possibilidade de recolha de medidas quantificáveis de variáveis e inferências a partir de amostras de uma população.
Aula 7 - Métodos qualitativos
Introdução
O método científico reúne procedimentos quantitativos e procedimentos qualitativos. Frequentemente, é o referencial teórico e a hipótese do pesquisador que define se o procedimento será qualitativo ou quantitativo. Pode-se distinguir o enfoque qualitativo do quantitativo, mas não seria correto afirmar que guardam relação de oposição. Nesta aula, abordaremos os métodos qualitativos.
A investigação qualitativa
A investigação qualitativa trabalha com:
• Valores;
• Crenças;
• Representações;
• Hábitos; 
• Atitudes; e 
• Opiniões. 
Este tipo de investigação é indutivo e descritivo, na medida em que o investigador desenvolve conceitos, ideias e entendimentos a partir de padrões encontrados nos dados, em vez de recolher dados para comprovar modelos, teorias ou verificar hipóteses.
Embora estes métodos sejam menos estruturados, proporcionam, todavia, um relacionamento mais extenso e flexível entre o investigador e os entrevistados.
Mas você sabe em que a pesquisa qualitativa se fundamenta?
Em dados coletados em interações sociais ou interpessoais, com a finalidade de compreender os significados que sujeitos e/ou pesquisadores atribuem ao fato, ao invés de sua mensuração. 
Seu objetivo é conseguir um entendimento mais profundo do objeto de estudo, sendo assim, as medidas numéricas, as análises estatísticas e a modelagem matemática têm um papel secundário.
Nesse tipo de pesquisa, o pesquisador propõe-se a participar, compreender e interpretar as informações, sem a preocupação de generalização. E, dada a complexidade e a riqueza de detalhes dos aspectos observados, a pesquisa restringe-se a uma amostra pequena e sem controle mensurável.
Nesse tipo de pesquisa, qual o papel do pesquisador?
Participar, compreender e interpretar as informações, sem a preocupação de generalização. 
E, dada a complexidade e a riqueza de detalhes dos aspectos observados, a pesquisa restringe-se a uma amostra pequena e sem controle mensurável.
O pesquisador deve identificar as possíveis interpretações do mesmo fenômeno, por meio do diálogo com outros observadores, com o autor ou com quem participou da geração de um fato/dado/fenômeno, que são obtidos por instrumentos de coleta semiestruturados, seguindo e/ou registrando os protocolos utilizados, analisando seu conteúdo simbólico.
Esse tipo de pesquisa é indicado quando se tem poucas informações sobre o fenômeno a ser estudado, quando ele é complexo ou quando se quer aprofundar um estudo.
Atributos da pesquisa qualitativa
Hartmut Günther (2006) apresenta cinco grupos de atributos da pesquisa qualitativa:
Características gerais: A pesquisa é percebida como um ato subjetivo de construção. 
A descoberta e a construção de teorias são objetos de estudo desta abordagem. 
Apesar da crescente importância de material visual, a pesquisa qualitativa é uma ciência baseada em textos, ou seja, a coleta de dados produz textos que nas diferentes técnicas analíticas são interpretados hermeneuticamente.
Coleta de dados: O estudo de caso como o ponto de partida ou elemento essencial da pesquisa qualitativa. A pesquisa qualitativa deve ser caracterizada por um espectro de métodos e técnicas, adaptados ao caso específico, ao invés de um método padronizado único.
Objeto de estudo: A ênfase, na totalidade do indivíduo como objeto de estudo, é essencial para a pesquisa qualitativa. 
Neste sentido, a concepção do objeto de estudo qualitativo sempre é visto na sua historicidade, no que diz respeito ao processo de desenvolvimento do indivíduo e no contexto dentro do qual o indivíduo se formou. 
É importante que o ponto de partida de um estudo seja centrado em um problema. 
As perspectivas de todos os participantes da pesquisa são relevantes e não apenas a do pesquisador.
Interpretação dos resultados: Os acontecimentos e os conhecimentos cotidianos são elementos da interpretação de dados. 
Os acontecimentos, no âmbito do processo de pesquisa, não são desvinculados da vida fora dele. 
Isto leva, ainda, a contextualidade como fio condutor de qualquer análise em contraste com uma abstração nos resultados para que sejam facilmente generalizáveis. 
 Implica, ainda, em um processo de reflexão contínua sobre o seu comportamento enquanto pesquisador e, finalmente, em uma interação dinâmica entre este e seu objeto de estudo.
Generalização de resultados: À medida que os achados na pesquisa qualitativa se apoiem em estudo de caso, eles dependem de uma argumentação explícita apontando quais generalizações seriam factíveis para circunstâncias específicas.
Delineamentos da pesquisa qualitativa
Mayring (2002) apresenta seis delineamentos da pesquisa qualitativa:
Estudo de caso: No contexto de um estudo de caso, delimitado como a coleta e a análise de dados sobre um exemplo individual para definir um fenômeno mais amplo podem-se coletar e analisar tanto dados quantitativos quanto qualitativos.
 Além disto, é concebível observar o comportamento no seu contexto natural, criar experimentos que utilizem o sujeito como seu próprio controle, bem como realizar entrevistas, aplicar questionários ou administrar testes.
Análise de documento: É a variante mais antiga para realizar pesquisa, especialmente no que diz respeito à revisão de literatura. Além de procedimentos tradicionais de leitura e resumo de ideias, é possível extrair e sumarizar resultados por meio de meta-análise .
 
Dependendo da natureza dos documentos existem as mais diferentes maneiras de encará-los, desde relatos verbais e respostas a perguntas de pesquisadores futuros, até segmentos de texto selecionados como “sujeitos” entre um corpo linguístico grande, por meio de procedimentos de amostragem.
Pesquisa-ação: A pesquisa-ação independe da técnica, podendo ser utilizada com experimento, observação ou survey.
Pesquisa de campo: Este estudo é especialmente interessante do ponto de vista do método da pesquisa qualitativa, ao mesmo tempo em que se constitui como exemplo de triangulação, isto é, uma integração de diferentes abordagens e técnicas — qualitativas e quantitativas — em um mesmo estudo. O manual de métodos em antropologia cultural (Naroll & Cohen, 1970) inclui a seção “processo de pesquisa de campo” envolvendo desde métodos quantitativos experimentais até procedimentos qualitativos clínicos.
Experimento qualitativo e avaliaçãoqualitativa: O fato de qualificar experimento e avaliação com o adjetivo “qualitativo” reforça a constatação de que estes procedimentos, além da interpretação tradicional da pesquisa quantitativa, podem incluir uma abordagem qualitativa.
Pesquisa qualitativa em educação matemática
O GT 19, de Educação Matemática, da ANPED vem se preocupando com a temática da pesquisa qualitativa.
Nacarato et al (2005) elencaram as pesquisas de abordagem qualitativa nos trabalhos apresentados no GT 19, de Educação Matemática, da ANPED no período de 1998 a 2004.
 Nacarato et al (2005) ainda consideraram para análise todos os trabalhos aprovados — incluindo os excedentes — e que apresentavam uma abordagem que poderia ser considerada qualitativa.
Cada trabalho foi lido e fichado, destacando-se:
Problemática/questão de investigação;
Procedimentos de coleta de dados e de análise.
Pesquisa qualitativa em educação matemática
Foram identificados 80 trabalhos com uma abordagem que poderia ser considerada qualitativa. 
Após a análise dos fichamentos, os autores identificaram cinco “modalidades”:
1-Estudos e Ensaios Teóricos (08 trabalhos);
2- Estudos históricos e/ou bibliográficos (13 trabalhos);
3- Estudos quase-experimentais (08 trabalhos);
4- Estudos naturalistas ou de campo (32 trabalhos): 
Esta modalidade foi subdividida em quatro outras:
4.1) pesquisas de intervenção (13 trabalhos);
4.2) pesquisa de observação participante (10 trabalhos);
4.3) pesquisas com grupos coletivos/colaborativos (05 trabalhos);
4.4) pesquisas que combinam duas abordagens metodológicas (04 trabalhos).
5- Pesquisas exploratórias/diagnósticas (09 trabalhos).
Nacarato et al (2005) também, encontraram um conjunto de 10 trabalhos que não se enquadram em nenhuma das modalidades anteriores e foi denominado, pelos autores, como  “outros”. 
Esses 10 trabalhos deixaram de explicitar elementos importantes para a categorização das pesquisas, tais como: a problemática, o objeto de investigação, os objetivos, os instrumentos de coletas de dados, o referencial teórico.
A ausência desses elementos faz com que alguns desses trabalhos sejam caracterizados como relatos de experiências.
Nesta aula, você:
Analisou que a investigação qualitativa trabalha com valores, crenças, representações, hábitos, atitudes e opiniões.
Reconheceu que a investigação qualitativa é indutiva e descritiva, na medida em que o investigador desenvolve conceitos, ideias e entendimentos a partir de padrões encontrados nos dados, em vez de recolher dados para comprovar modelos, teorias ou verificar hipóteses.
Reconheceu que a investigação qualitativa proporciona um relacionamento mais extenso e flexível entre o investigador e os entrevistados
Aula 8- Métodos Mistos
Introdução
O método misto se vale dos pontos fortes dos métodos quantitativos e qualitativos. A combinação de métodos pode ser feita por razões suplementares, complementares, informativas, de desenvolvimento e outras. É isso que veremos nesta aula. Bons estudos!
Método científico
O método científico depende da natureza do fenômeno a ser observado. 
Fenômenos ligados às ciências físicas e naturais ou às ciências experimentais, onde o objeto de pesquisa é o próprio fenômeno físico ou natural, possuem características observáveis.
 Logo, são passíveis de serem descritos, explicados ou modelados em função de fatores que interferem ou causam seu comportamento.
 Também são observáveis com instrumentos padronizados capazes de medir suas variações, gerando dados quantitativos e categóricos, passíveis de tratamento estatístico ou modelagem matemática.
Nesses casos, você sabe qual é o papel do pesquisador?
É o de observador ou experimentador.
Como experimentador, o pesquisador é capaz de reproduzir o fenômeno em uma situação controlada, de alocar as unidades experimentais aos tratamentos de forma totalmente aleatória e replicar o experimento.
O que objetiva-se nesse tipo de pesquisa?
 Descobrir as leis que descrevem ou explicam esses fenômenos, as causas que determinam seu comportamento ou encontrar tratamentos e/ou procedimentos que otimizem o comportamento da variável em estudo.
Combinação de métodos
O método científico pode reunir procedimentos mistos. 
O método misto se vale dos pontos fortes dos métodos quantitativos e qualitativos. 
A combinação de métodos pode ser feita por razões suplementares, complementares, informativas, de desenvolvimento e outras.
Você sabia que os métodos qualitativos e quantitativos não se excluem?
Embora difiram quanto à forma e à ênfase, os métodos qualitativos trazem como contribuição ao trabalho de pesquisa uma mistura de procedimentos de cunho racional e intuitivo, capazes de contribuir para a melhor compreensão dos fenômenos.
 Pode-se distinguir o enfoque qualitativo do quantitativo, mas não seria correto afirmar que guardam relação de oposição.
Combinar técnicas quantitativas e qualitativas torna uma pesquisa mais forte e reduz os problemas de adoção exclusiva de um desses grupos.
Benefícios do método misto
Duffy (1987, p. 131) indica cinco benefícios do emprego conjunto dos métodos qualitativos e quantitativos:
Possibilidade de congregar controle dos vieses (pelos métodos quantitativos) com compreensão da perspectiva dos agentes envolvidos no fenômeno (pelos métodos qualitativos);
Possibilidade de congregar identificação de variáveis específicas (pelos métodos quantitativos) com uma visão global do fenômeno (pelos métodos qualitativos);
Possibilidade de completar um conjunto de fatos e causas associados ao emprego de metodologia quantitativa com uma visão da natureza dinâmica da realidade;
Possibilidade de enriquecer constatações obtidas sob condições controladas com dados obtidos dentro do contexto natural de sua ocorrência;
Possibilidade de reafirmar validade e confiabilidade das descobertas pelo emprego de técnicas diferenciadas.
Estratégias gerais de pesquisa:
Creswell (2009) identifica três:
• a sequencial: O pesquisador amplia a exploração dos dados obtidos de um tipo de abordagem com outra abordagem.
Assim, um pesquisador pode começar sua pesquisa com uma entrevista qualitativa de natureza mais exploratória, e ampliar a amostragem através de um método quantitativo, como um levantamento, ou vice-versa.
• a simultânea: O pesquisador pode mesclar ou convergir as abordagens quantitativas e qualitativas, a fim de promover uma compreensão maior da questão de pesquisa.
As abordagens são executadas ao mesmo tempo, como o nome sugere. 
• a transformativa: A estratégia sequencial ou simultânea pode ser aplicada, dentro e a partir de um enfoque emancipatório que prioriza uma pesquisa participativa e fortemente engajada com valores.
Nesta aula, você:
Verificou que o método misto se vale dos pontos fortes dos métodos quantitativos e qualitativos;
Entendeu que a combinação de métodos pode ser feita por razões suplementares, complementares, informativas, de desenvolvimento e outras;
Aprendeu a vantagem de se empregar métodos que auxiliam a ter uma visão mais abrangente dos problemas como o método misto de pesquisa.
Aula 9 – Normas para a formação do TCC – artigo científico
Introdução
Nesta aula, vamos abordar algumas normas brasileiras para formatação do TCC: NBR 10.520/2002 – Citações; NBR 14.724/2011 - Trabalho acadêmico; NBR 6.022 - Artigos científicos impressos; NBR 6.023 – Referências; NBR 6.027 – Sumário; NBR 6028 - Resumo e abstract.   Bons estudos
Normas técnicas para formação de TCC
Nessa aula vamos estudar sobre as normas técnicas para formação de TCC, mas para isso precisamos saber o conceito de normas, concorda?
Normas são leis que regulamentam determinada matéria. 
Quando não existe uma norma única para regulamentar um determinado procedimento, a chance de haver algum tipo de conflito por falta de padronização é praticamente uma certeza.
 Além da padronização de critérios, o que confere justiça em caso de comparação, as normas são importantes como indicadoras de padrão de qualidade.
 O fórum nacional de normalizaçãoé a ABNT.
As normas brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos organismos de normalização setorial (ONS), são elaboradas por comissões de estudo em todo o Brasil.
Quem forma essas comissões?
Elas são formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: 
• Produtos;
• Consumidores; e 
• Neutros (universidades, laboratórios e outros)
Os projetos de norma brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e NOS, circulam para consulta pública entre os associados da ABNT e demais interessados.
Você sabia que todo e qualquer trabalho acadêmico necessita estar normalizado para ser apresentado e/ou publicado?
Qualquer norma brasileira(NBR) segue padrões mundiais de normalização (ISO).
 Existem algumas normas específicas para determinados tipos de trabalho, mas nesta nossa disciplina, vamos aprender as normas gerais que servem para qualquer trabalho acadêmico.
São elas:
• A NBR 14.724, que regulamenta a estrutura de apresentação de trabalhos acadêmicos;
• A NBR 10.520, que regulamenta as citações;
• A NBR 6.023, que regulamenta as referências.
Principais normas de formatação ABNT
O padrão de formatação de trabalhos acadêmicos, normalmente utilizado pelas instituições de ensino superior, é baseado nas normas definidas pela ABNT.
Essas normas são compostas pelas NBRs descritas no quadro ao lado.
Antes de prosseguir com seus estudos, conheça os elementos da estrutura dos trabalhos. (salvo na pasta Aula)
São elementos textuais:
Introdução: Parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho.
Desenvolvimento: Parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método.
Conclusão: Parte final do texto, na qual se apresentam conclusões correspondentes aos  objetivos ou hipóteses.
Elementos pós-textuais
Glossário (opcional)
Relação de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições.
Elaborado em ordem alfabética.
Exemplo: Abscissa - Nome da coordenada do eixo x em um sistema cartesiano bidimensional.
 
Braça - Antiga unidade de comprimento equivalente a 2,2 metros. No sistema inglês a braça equivale a 1,8 metros.
 
Ceviana - É um segmento de reta que liga um vértice de um triângulo a um ponto qualquer do lado oposto. A altura, a mediana ou a bissetriz do triângulo são cevianas particulares. O nome é uma homenagem ao matemático italiano Tommaso Ceva (1648- 1736).
Apêndices
O que são apêndices?
São textos elaborados pelo autor a fim de complementar sua argumentação.
 Deve ser precedido da palavra “apêndice”, identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelo respectivo título. 
Utilizam-se letras maiúsculas dobradas na identificação dos apêndices, quando esgotadas as letras do alfabeto.
 Os apêndices devem aparecer após as referências e devem constar no sumário.
E Anexos...
...São os documentos não elaborados pelo autor, que servem de fundamentação, comprovação ou ilustração, como mapas, leis, estatutos etc.
Deve ser precedido da palavra “anexo”, identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelo respectivo título.
Utilizam-se letras maiúsculas dobradas na identificação dos anexos, quando esgotadas as letras do alfabeto.
Os apêndices devem aparecer após as referências, e os anexos, após os apêndices, e ambos devem constar no sumário.
Índice (opcional)
É muito comum as pessoas confundirem índice e sumário. 
Há até quem ache que são sinônimos.
 De acordo com a ABNT, índice é uma relação de palavras ou frases ordenadas que localiza e remete para as informações contidas no texto.
 Deve ser colocado no final do documento ou, quando forem diversos volumes, deve ser feito em volume separado.
 Já o sumário é o que a maioria chama de índice. Nele enumeram-se as divisões e seções de uma publicação. Normalmente coloca-se o título do capítulo e a página a ele referente.
Há normas para a elaboração dos dois.
A NBR 6.034 estabelece os requisitos de apresentação e os critérios básicos para a elaboração de índices e a NBR 6.027 estabelece os requisitos para apresentação de sumário.
Nesta aula, você:
Verificou que a norma NBR 14.724 regulamenta a estrutura de apresentação de trabalhos acadêmicos; 
Entendeu que a norma NBR 10.520 regulamenta as citações para qualquer trabalho acadêmico; 
Aprendeu que a norma NBR 6.023 regulamenta as referências do trabalho acadêmico. 
Aula 10 – interpretando as evidências e relatando as conclusões
Introdução
Você é orientado a produzir um projeto de pesquisa, que será avaliado quanto às suas reais possibilidades de desenvolvimento.
A elaboração própria e autônoma é feita sob a orientação de um professor e permite que você desenvolva uma atitude investigadora e criadora, enquanto adquire conhecimentos científicos.
Na disciplina Projeto de TCC em Matemática, o aluno é orientado a produzir um projeto de pesquisa, que será avaliado quanto às reais possibilidades de desenvolvimento do mesmo.
A elaboração própria e autônoma é feita sob a orientação de um professor e permite que o aluno desenvolva uma atitude investigadora e criadora, enquanto adquire conhecimentos científicos.
Pesquisas, trabalhos, TCC e monografias devem conter as considerações finais.
Atenção!!
As considerações finais apresentam uma síntese do trabalho, uma relação da hipótese proposta com o objetivo alcançado. 
Podem constar também algumas sugestões e indicações para novas pesquisas derivadas do tema em questão.
Interpretando as evidências
As considerações finais apresentam uma síntese do trabalho, uma relação da hipótese proposta com o objetivo alcançado.
 
Podem constar também algumas sugestões e indicações para novas pesquisas derivadas do tema em questão.
Cabe observar a diferença entre:
Conclusão: Só se deve usar o termo “conclusão” quando, em pesquisas de Mestrado e Doutorado, esta for de tal magnitude que qualquer pesquisador, em qualquer lugar, usando os mesmos critérios, procedimentos e experimentos, chegue à mesma resposta, ou seja, à mesma “conclusão”.
Considerações finais: O termo “considerações finais” deve ser utilizado apenas em pesquisas bibliográficas em que outro pesquisador, ainda que consultando as mesmas fontes, possa chegar a outras respostas, ou seja, a outras “considerações finais”.
Cinco coisas que as considerações finais devem ter:
1º: Lembrar aos leitores os principais tópicos que mencionou e argumentos que utilizou para confirmá-los. 
Faça isso de forma sucinta e objetiva.
2º: Fazer um resumo de forma criativa e inovadora, para que não seja apenas uma repetição do que já foi abordado.
3º: Sugira leituras complementares, que o leitor pode usar para reforçar os pontos que você defendeu em seu texto.
 Faça isso explicando o quanto e por que seu argumento é importante para o leitor.
4º: Sintetize todo o seu trabalho de maneira profissional e demonstre o quanto você entende do assunto, abordando o tópico de maneiras diferenciadas.
5º: Seja confiante e dê a seu leitor a impressão certa sobre sua capacidade intelectual.
Quatro coisas que as considerações finais não devem possuir:
1º - Propor ideias que não foram apresentadas
Propor novas ideias que não estavam enunciadas nas páginas anteriores.
2º - Introduzir novas informações
Introduzir novas evidências ou informações.
3º - Fazer um texto parecido com a introdução
Fazer o texto de forma parecida ou similar à sua introdução. 
Lembre-se você já apresentou esse conteúdo durante todo o trabalho.
4º - Ser dramático
Na tentativa de enfatizar a importância de sua pesquisa, não seja sentimental, dramático ou sensacionalista. 
Apegue-se aos fatos somente.
Relatando as considerações finais. Qual a finalidade?
Mostrar se os objetivos almejados no projeto foram atingidos, assim

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