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Aula tópicos/direito de família - parte 2

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TÓPICOS DO DIREITO I – Direito de Família
Ponto 3- GUARDA
	
A guarda é um instituto de proteção dos incapazes, igual nos moldes do poder familiar, tutela e curatela. Não é apenas um instrumento de proteção de incapazes, mas de posse/domínio/benefício sobre o menor. 
Normalmente se trata da guarda quando se tem a dissolução de uma sociedade conjugal. Quem vai ficar com o menino? Mas, na verdade a guarda faz parte do poder familiar. Quando se tem o poder familiar sobre o menor, eu tenho o direito de ter comigo aquele menor sob a minha guarda e companhia, aliás, posso através da busca e apreensão, reclamar sobre quem o detenha injustamente. Então, a guarda é inerente ao poder familiar. 
Agora, quando o casal se separa é necessário que o menor fique fisicamente sob a guarda de alguém, que não necessariamente será um dos pais. Guarda não se confunde com o poder familiar, o fato de a guarda do meu filho está, ou foi concedida, ou foi determinada para ficar com uma pessoa, não quer dizer que o pai tenha perdido o poder familiar. Na tutela sim, só tem tutela quando se extingue o poder familiar.
Na guarda, o poder familiar se mantém, e apenas um dos conjugues ou um terceiro é quem vai ficar com a posse direta daquele menor, mas as decisões, a administração, o usufruto dos bens do menor, ainda ficam com quem detém o poder familiar. Ex: O Eric é casado com a Ana e eles têm uma filha menor. E eles não casaram, e o fato de ter uma filha em comum, quer dizer que eles têm o poder familiar, e eles exercem o poder familiar. Não estando casado, e não tendo convivência na mesma casa, é ideal que esse menor fique com um dos conjugues, ou ele pode ficar com um terceiro, a avó. 
Então, eu posso ter a guarda e não ter perdido o poder. Avô pode ser guardião, tutor, mas não pode ser adotante e nem ter o poder familiar. 
Os poderes/direitos do guardião são poderes diretos, são poderes do exercício de posse. Ex: Uma família se desestrutura, os pais se separam, ou nunca conviveram, e através de determinação judicial, o juiz decide que a guarda deve ficar com a avó. A guarda vai ser conferida, mas limitada: Só pode viajar para território nacional, pro exterior só com autorização dos pais; pode resolver problemas no colégio... Agora, administrar os bens, autorizar para casar, nomear tutor, fazer atos de usufruto, só compete a quem detém o poder familiar. Se quem detém o poder familiar não tem condições de deter, se tira o poder familiar, e ai não tem mais guarda, vai ter tutela do menor.
TIPOS DE GUARDA 
GUARDA ÚNICA: 
Nessa guarda só um dos genitores vai ficar com a guarda física do menor de forma exclusiva, ou seja, só ele tem a guarda, o outro pode visitar.
 O que existe é a ação de dissolução de sociedade conjugal, pensão alimentícia, direito de visita, são situações diferentes. Quando é proposta ação de divorcio, havendo crianças, tem que se estabelecido com quem vai ficar a criança, quem será o responsável direto, quem vai pagar alimentos, e como ficará as visitas do menor. O juiz pode fazer isso na mesma ação, é o pedido de divorcio cumulado com alimentos, guarda... Mas, se depois de algum tempo que a guarda já foi determinada para a mãe, e o pai paga alimentos, mas não visita o filho; ele pode pleitear ação de visitas, que também pode ser pleiteado pelos avós. 
Na guarda única, só um fica com a criança e o outro pode visitar, vai poder levar para passear, e devolver. A depender do histórico do outro genitor, pode acontecer uma visita vigiada. Ex: Caso em que a guarda é do pai, e a mãe por ser depressiva tem apenas a guarda vigiada do filho, ou seja, ela pode olhar o filho, mas desde que tenha alguém acompanhando a visita.
Na guarda única fica o dia a dia com um genitor, e pode ter visitas, passeios com o outro genitor.	
	
GUARDA ALTERNADA:
Na guarda alternada, o menor fica um tempo, que pode ser uma semana com a mãe e outro tempo com o pai, aqui a criança tem duas casas. 
Nesse caso gera uma confusão desnecessária, pq o menor tem duas casas, dois quartos, e os pais as vezes, não deixam levar roupa de uma casa para a outra, ou brinquedos. Começa uma competição entre as casas, que são prejudiciais. 
Essa guarda é acolhida, mas precisa que se tenha um cuidado para que não exista comparação entre as casas dos genitores. O ideal seria que o quarto do menor nas duas casas fossem o mais parecido possível, para não ter diferença. 
Ex: Caso em que a mãe era “natureba”, e chegava em casa, tirava a roupa. A criança começou a aprender, e sempre que chegava em ambientes fechados tirava a roupa. 
O problema dessa guarda é que as crianças passam a ter dupla personalidade, pq ficam em casas alternadas toda semana, convivendo de forma diferente. Podendo sofrer um problema social, pq aquela criança aprende costumes diversos. O ideal é que os pais combinem a rotina do menor, para não existir diferença. 
Ex: A criança quer ler um livro, mas tá na casa da mãe. Quer assistir um filme, mas está na casa do pai.
É uma guarda que chegando a um momento, a criança cresce e tende a escolher a casa onde ela quer ficar. 
Em resumo, nessa guarda o dia a dia da criança é dividido pelos pais, a criança fica uma semana com o pai e outra com a mãe. 
GUARDA NIDAÇÃO: 
É uma guarda meio que absurda, mas é necessária para uma situação especial, na nidação ao invés da criança ir para a casa dos pais semana sim, semana não, como na alternada, a criança fica na sua própria casa (terceira casa) e os pais que vem para a casa dela de forma alternada, o pai uma semana, e a mãe em outra.
É um problema sério, pq se o outro genitor tiver constituído uma família, a esposa não vai dizer que não quer o filho do marido na casa, a tendência é elas aceitarem... , mas é um desconforto. Agora imagina na nidação, o genitor que já tiver outra família, vai ter que deixar sua esposa e filhos e passar uma semana em outra casa.
Essa guarda é possível quando a criança for especial, autista, que não consegue ficar tranquilo em outro lugar, que não seja na rotina que já está acostumado, então, ele fica onde sempre morou, e os pais que vão atrás dele. É uma guarda específica que visa o melhor interesse do menor. 
GUARDA COMPARTILHADA:
É a guarda considerada ideal, nesta guarda não tem determinação da justiça de finais de semana alternados, não tem determinação de horário, pq o que é observado nas relações familiares de pedido de regulamentação de guarda é que um dos genitores utilizam o poder que eles tem com a sentença de guarda do menor como uma espada, assim como acontece nas outras guardas. Ex: O pai pode ficar com a criança até 08:00 hrs e já são 08:10, e a mãe vai atrás com busca e apreensão. O pai não pede autorização para viajar e está em Barreirinhas com o filho, então, a mãe vai atrás. 
Na guarda compartilhada não tem este rigor de horários, de semanas. Nessa guarda é um relacionamento maduro, onde os pais não utilizam a criança como arma. Ex: Os pais combinam todos os dias quem vai buscar no colégio, a criança vai jantar na hora que quiser na casa de um ou de outros, os pais vão juntos para as reuniões do colégio.
Nessa guarda é mais saudável para a criança, ela não sente que os pais estão competindo pelo amor do filho. É um clima mais amistoso.
Na guarda única, acontece problemas como sendo o aniversario do pai fora da semana que ele fica com o menor, e ai vai ter que pedir autorização judicial para ficar com o filho na semana do aniversário. 
Na guarda única e alternada tem que ficar determinado com quem a criança vai ficar em datas festivas, feriados, para não gerar conflito entre os pais.
Quando acontece a guarda de genitores que moram em lugares diferentes, tem que ser tudo determinado de forma específica na sentença. É um pedido feito pela parte interessada, aceito pelo MP, e homologado pelo juiz.
A criança a partir dos 12 anos ela é escutada, escolhe com quem ela quer ficar definitivamente. Ou seja, com essa idade, ela tem direito de ser ouvida pelo juiz para decidir com quem quer ficar. O juiz escuta a criançae escolhe onde quer ficar, que pode ser na casa de um dos pais, dos avós...
ALTERAÇÃO DA GUARDA
	A guarda pode ser alterada desde que sempre seja priorizado o melhor interesse do menor. Pode acontecer a mudança do guardião, ou alterar o tipo de guarda, mudar de uma guarda única para compartilhada, passar a guarda do pai para a mãe, ou vice versa, enfim, pode ser feito a modificação a qualquer tempo desde que com intervenção judicial, visando sempre o melhor interesse do menor.
Ponto 04- ADOÇÃO
	Temos outro instituto de proteção, que na verdade é um instituto que cria outra família: ADOÇÃO. É um instituto mais antigo, já existia no direito romano, com a necessidade de perpetuação de uma família, e a adoção existia pq como uma família se perpetuava através do homem (a mulher é instrumento de perpetuação), e para ter uma família precisava que se tivesse filhos, e quando nascia filha mulher, significava que a família não seria perpetuada, e então, começou a se adotar homens, para que a família passasse a ser perpetuada.
Quem pode adotar? A rigor qualquer pessoa pode adotar. E não cabe classificação.
Hoje, só se pode falar de adoção se tiver um processo judicial, antigamente, poderia ser adotado alguém maior de idade no cartório (Pq ele possuía maioridade e pleno gozo), mas atualmente, só pode ser adotada mediante processo judicial.
Quem pode ser adotado? Pode ser adotado maiores e menores. 
Para adotar um menor, deve se ter idade mínima de 18 anos. 
Para adotar um maior de idade deve ser capaz- ter idade mínima de 18 anos também-, e que haja diferença de idade entre adotante e adotado de 16 anos. Pq? Com 16 anos pode casar, então, já pode ter um filho, então, alguém com 36 anos pode adotar um de 20 anos. É um critério utilizado pela legislação. 
É possível adotar quando um dos cônjuges não tiver 18 anos? Pode acontecer adoções em que um dos adotantes tenha apenas 16 anos, mas o outro adotante precisa ter a maioridade. O único dilema doutrinário sobre isso, é que no Estatuto da criança e adolescente, que é quem regula a adoção de menores, é um documento antigo, e traz a maioridade com 21 anos, pq a maioridade com 18 veio em 2002. E ai surgiu essa dúvida de qual a maioridade para adotar, mas é uma discussão doutrinária, pq geralmente uma pessoa com 18 anos não vai querer adotar ninguém, e também, o preenchimento da faixa etária não é o único requisito, tem outros, como: diferença entre adotante e adotado, ausência de impedimentos para adotar (parentes em linha reta, colaterais até 2ª grau, não podem). 
 NÃO PODEM SER ADOTANTES: AVÔ, IRMÃO.
Sogro pode adotar genro ou nora? O sogro é meu sogro pq eu sou casada com o filho dele, (ascendente por afinidade por linha reta de primeiro grau), e quem está na linha reta não pode adotar, e não se pode casar com os afins. A rigor não se tem nenhuma proibição literal, pq não se fala em afinidade e sim em linha reta, mas há uma confusão terrível. Quem defende essa adoção, acredita que pode ser um ex, por exemplo, um genro que enviuvou do meu filho, para não gerar uma confusão, e tem que ser um EX definitivo, no caso, a morte. Ex: Francimildes era casada com Ricardo, ai eles separam, e o ex sogro adota Francimildes, então, ela não pode mais casar com Ricardo, pq vai ser irmã dela. Então, o legislador aceita essa adoção, mas precisa que o ex não exista mais, ou seja, ex sogro pode adotar ex nora, desde que o filho tenha falecido.
O padastro pode adotar? Pode, mas o pai genitor tem que concordar, ou mesmo que não adote, a legislação permite que o sobrenome do padastro venha no nome da criança. Ex: Filho da esposa do Aécio Neves, pode ter o sobrenome NEVES, mesmo não sendo filho legítimo dele. Isso acontece para não ter confusões pessoais com a criança.
A adoção de menor de idade com 12 anos só pode acontecer com a concordância do menor, e ai tem um problema sério. A adoção de estrangeiro é mais reincidente com criança de mais de 5 anos de idade, e ai o estrangeiro vem e adota uma criança já quase na adolescência. Por exemplo, acontece um caso que uma família francesa queria adotar uma menina de 12 anos e ela não aceitou.
NÃO FALOU (COLOQUEI A SINOPSE)
	Homossexual pode adotar? 	Duas pessoas solteiras podem adotar mesma criança? 	Divorciados podem adotar conjuntamente? 	Tio pode adotar sobrinho? 
	Requisitos da adoção:  processo judicial;  efetivo benefício para o adotando;  Nova lei de adoção 
	Efeitos : 	pessoais 	patrimoniais
A ATUAL DISCIPLINA DA ADOÇÃO
A adoção de crianças e adolescentes rege-se, na atualidade, pela Lei n. 12.010, de 3 de agosto de 2009. De apenas sete artigos, a referida lei introduziu inúmeras alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente e revogou dez artigos do Código Civil concernentes à adoção (arts. 1.620 a 1.629), dando ainda nova redação aos outros dois (arts. 1.618 e 1.619). A referida Lei Nacional da Adoção estabelece prazos para dar mais rapidez aos processos de adoção, cria um cadastro nacional para facilitar o encontro de crianças e adolescentes em condições de serem adotados por pessoas habilitadas e limita em dois anos, prorrogáveis em caso de necessidade, a permanência de criança e jovem em abrigo. Fixa, ainda, o prazo de seis meses para a reavaliação de toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional.
Segundo ainda dispõe a mencionada lei, o adotado terá o direito de conhecer sua origem biológica e acesso irrestrito ao processo que resultou em sua adoção, caso tenha interesse. Trata também a lei em apreço das crianças indígenas que, por prática cultural de sua tribo, algumas vezes acabam sendo rejeitadas. Nesses casos, a FUNAI promoverá a colocação da criança em outra família. O texto deixa claro, ainda, que a preferência de adoção é por brasileiros. A adoção por estrangeiros está condicionada à inexistência de brasileiros habilitados interessados, exigindo-se um prazo mínimo de convivência de trinta dias, a ser cumprido no Brasil.
Quanto à natureza jurídica, a adoção é negócio bilateral e solene.
Todavia, a partir da Constituição de 1988, passou a constituir-se por ato complexo, exigir sentença judicial, destacando-se o ato de vontade e o nítido caráter institucional (CF, art. 227, § 5º). 
Os principais requisitos constantes do Estatuto da Criança e do Adolescente, com as alterações feitas pela Lei n. 12.010, de 3 de agosto de 2009, são: 
a) idade mínima de dezoito anos para o adotante (ECA, art. 42); 
b) diferença de dezesseis anos entre adotante e adotado (ECA, art. 42, § 3o); 
c) consentimento dos pais ou dos representantes legais de quem se deseja adotar;
d) consentimento deste, colhido em audiência, se contar mais de doze anos (ECA, art. 28, § 2o); e) processo judicial (CC, art. 1.619, nova redação); f) efetivo benefício para o adotando (ECA, art. 43).
O § 2o do art. 42 do Estatuto da Criança e do Adolescente exige, para a adoção conjunta, que os adotantes “sejam casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família”. Tal redação reitera o entendimento do legislador de não admitir a adoção homoparental, ou seja, por pessoas do mesmo sexo figurando como pai e como mãe. Não autoriza, também, que irmãos adotem conjuntamente.
Acresce o § 4o que “os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda que justifiquem a excepcionalidade da concessão”. A adoção por tutores e curadores está condicionada à prestação de contas de sua administração e ao pagamento de eventuais débitos (ECA, art. 44). A morte do adotante não restaura o poder familiar do pai natural, devendo o adotado ser colocado sob tutela.
O art. 45, caput, do Estatuto da Criança e do Adolescente exige o “consentimento dospais ou representante legal do adotando” para a adoção. O § 1o, todavia, dispensa tal consentimento se os pais forem desconhecidos ou tiverem sido destituídos do poder familiar. Por seu turno, o § 1o do art. 28 do aludido diploma recomenda: “Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada”.
O art. 1.618 do Código Civil, com a redação dada pela Lei n. 12.010, de 3 de agosto de 2009, dispõe que a “adoção de crianças e adolescentes será deferida na forma prevista pela Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 — Estatuto da Criança e do Adolescente”. O mencionado Estatuto estabelece procedimento comum para todas as formas de colocação familiar (guarda, tutela e adoção). O art. 1.619, por sua vez, com a nova redação, aduz, em atenção ao comando constitucional de que a adoção será sempre assistida pelo Poder Público (CF, art. 227, § 5o), que a “de maiores de 18 (dezoito) anos dependerá da assistência efetiva do poder público e de sentença constitutiva, aplicando-se, no que couber, as regras gerais da Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 — Estatuto da Criança e do Adolescente”. Competirá aos juízes de varas de família a concessão da medida aos adotandos que já atingiram a maioridade, ressalvada a competência exclusiva do juízo da infância e da juventude para concedê-la às crianças e adolescentes, bem como aos que completaram dezoito anos de idade e já estavam sob a guarda ou tutela dos adotantes, como prevê o art. 40 do mencionado Estatuto (ECA, art. 148, III).
A sentença de adoção não será averbada em registro público, pois a Lei Nacional da Adoção, no art. 8o, revogou o inciso III do art. 10 do Código Civil.
O art. 43 do Estatuto da Criança e do Adolescente só admite a adoção “quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos”. Tal exigência apoia-se no princípio do “melhor interesse da criança”, referido na cláusula 3.1. da Convenção Internacional dos Direitos da Criança, ratificada pelo Brasil por intermédio do Decreto n. 99.710/90.
EFEITOS DA ADOÇÃO
Os principais efeitos da adoção podem ser de ordem pessoal e de ordem patrimonial. Os de ordem pessoal dizem respeito ao parentesco, ao poder familiar e ao nome; os de ordem patrimonial concernem aos alimentos e ao direito sucessório.
A adoção gera um parentesco entre adotante e adotado, chamado de civil, mas em tudo equiparado ao consanguíneo (CF, art. 227, § 6º). Preceitua, com efeito, o art. 41 do Estatuto da Criança e do Adolescente que adoção “atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais”. Essa a principal característica da adoção, nos termos em que se encontra estruturada no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Ela promove a integração completa do adotado na família do adotante, na qual será recebido na condição de filho, com os mesmos direitos e deveres dos consanguíneos, inclusive sucessórios, desligando- o, definitiva e irrevogavelmente, da família de sangue, salvo para fins de impedimentos para o casamento. “Se um dos cônjuges ou companheiros adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou companheiro do adotante e os respectivos parentes” (ECA, art. 41, § 1o). Trata-se da espécie conhecida como “adoção unilateral”, em que o cônjuge ou companheiro do adotante não perde o poder familiar, exercendo-o em conformidade com o Código Civil e o art. 21 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Dispõe ainda o § 2o do aludido art. 41: “É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotante, seus ascendentes, descendentes e colaterais até o 4o grau, observada a ordem de vocação hereditária”.
Com a adoção, o filho adotivo é equiparado ao consanguíneo sob todos os aspectos, ficando sujeito ao poder familiar transferido do pai natural para o adotante. No tocante ao nome, prescreve o art. 47, § 5o, do Estatuto da Criança e do Adolescente, com a redação que lhe foi dada pela Lei n. 12.010, de 3 de agosto de 2009: “A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá determinar a modificação do prenome”. Acrescenta o § 6o: “Caso a modificação de prenome seja requerida pelo adotante, é obrigatória a oitiva do adotando, observado o disposto nos §§ 1o e 2º do art. 28 desta Lei”.
Quanto aos efeitos de ordem patrimonial, são devidos alimentos, reciprocamente, entre adotante e adotado, pois tornam-se parentes. O adotante, enquanto no exercício do poder familiar, é usufrutuário e administrador dos bens do adotado (CC, art. 1.689, I e II). Com relação ao direito sucessório, o filho adotivo concorre, hoje, em igualdade de condições com os filhos de sangue, em face da paridade estabelecida pelo art. 227, § 6º, da Constituição e do disposto no § 2o do art. 41 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
A adoção produz seus efeitos “a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese prevista no § 6o do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa à data do óbito” (ECA, art. 47, § 7o). Neste caso, a concessão será post mortem. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente pelo prazo que a autoridade judiciária fixar – o qual “poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo”. A simples guarda de fato “não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência” (ECA, art. 46, §§ 1o e 2o). Quanto à adoção internacional, o novo § 3o do art. 46 do ECA unificou o prazo mínimo de estágio de convivência para trinta dias, independentemente da idade da criança ou do adolescente, a ser cumprido no território nacional.
FILIAÇÃO 
INTRODUÇÃO
Filiação é a relação de parentesco consanguíneo, em primeiro grau e em linha reta, que liga uma pessoa àquelas que a geraram ou a receberam como se a tivessem gerado. Todas as regras sobre parentesco consanguíneo estruturam-se a partir da noção de filiação. A Constituição de 1988 (art. 227, § 6º) estabeleceu absoluta igualdade entre todos os filhos, não admitindo mais a retrógrada distinção entre filiação legítima ou ilegítima, segundo os pais fossem casados ou não, e adotiva, que existia no Código Civil de 1916. Hoje, todos são apenas filhos, uns havidos fora do casamento, outros em sua constância, mas com iguais direitos e qualificações.
PRESUNÇÃO LEGAL DE PATERNIDADE
O Código Civil, no capítulo referente à filiação, enumera as hipóteses em que se presume terem os filhos sido concebidos na constância do casamento. Embora tal noção não tenha mais interesse para a configuração da filiação legítima, continua sendo importante para a incidência da presunção legal de paternidade. Essa presunção, que vigora quando o filho é concebido na constância do casamento, é conhecida pelo adágio romano pater is est quem justae nuptiae demonstrant, segundo o qual é presumida a paternidade do marido no caso de filho gerado por mulher casada. Comumente, no entanto, é referida de modo abreviado: presunção pater is est. Destina-se a preservar a paz familiar.
Dispõe o art. 1.597 do Código Civil que se presumem concebidos na constância do casamento os filhos:
I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal; (A gente pensa assim, se começou “aqui” a relação conjugal, e depois de 180 dias, que são 6 meses, é o período possível de se ter o filho. A gestação geralmente duram de 6 meses a 9 meses. Se nasce filho dentro do casamento, é do marido, pq presume- se que a mulher é honesta.)- [Ana V fala, mas impossível de entender]
II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por morte, separação judicial,nulidade e anulação do casamento (300 dias conta a partir da dissolução, o que da uns 10 meses. Então, se eu tenho um filho até 10 meses, ele vai ser considerado do marido, e não precisa ir reclamar na justiça. É uma presunção relativa, mas é o que se admite no ordenamento);
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido;
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga;
V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do marido.
	Os incisos III, IV,V falam das reproduções assistidas, e a gente sabe, que essas reproduções ganharam certa importância de um tempo pra cá, depois das inovações da medicina. Então, o código tentou pelo menos trazer essas reproduções, mas a legislação só cita, e vamos perceber que ela não regulamenta com profundidade. 
O inciso III diz “havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido”. É aquela que é usado o gameta do marido e esposa, para gerar o filho. Ela é utilizada com mais frequência por aqueles que tem dificuldade de ter filho pelas vias normais, e pode ocorrer depois da morte do marido. Pq o marido deixa no laboratório, ou sobra algum que não foi implantado, podendo ser utilizado pela esposa, mas vai precisar da autorização prévia do marido.
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga. Os embriões excedentários também podem ser usados, até pq o marido consentiu e deixou os embriões disponíveis, e o filho é dele, pq o material genético que está sendo utilizado é o dele.
V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do marido. A inseminação heteróloga é diferente da homologa, pq é quando se usa o gameta de um terceiro, que pode ser feminino ou masculino, mas geralmente é o masculino. Acontece quando o homem não é fértil, então, outra pessoa doa, e a fertilização é feita fora do útero da mãe, para que se tenha a gestação. Nesse caso, o filho é dele, pq ele autorizou que fosse, pq já que ele não pode gerar, o material genético não é dele, mas a paternidade é. O terceiro é anônimo, existindo uma discussão sobre o anonimato, e resoluções do CFM determina algumas situações que são exceções, mas o CC não diz nada sobre. 
- Se não tiver a autorização prévia do genitor dos embriões, depois da morte, cabe autorização judicial.
- A regra é a presunção da maternidade, e com relação a paternidade, a previsão está no art. 1597 que terminamos de analisar, mas se não tiver dentro dessas possibilidades, mas sempre será preferível o exame de DNA para fins de reconhecimento. 
	Nesse art. não está previsto os casos de união estável, alguns doutrinadores entendem que como a união estável assemelha- se o casamento, esse art cabe, já alguns dizem que não. Pq no casamento, nem precisa está morando com ele, apenas ter o registro de casamento, tem – se a presunção relativa que o filho seja dele, e pode ser feito o registro de nascimento. Já na união estável, não tem registro do casamento, então, no momento do registro do filho na qualidade de pai é necessária a presença do convivente.
Art. 1.598. Salvo prova em contrário, se, antes de decorrido o prazo previsto no inciso II do art. 1.523, a mulher contrair novas núpcias e lhe nascer algum filho, este se presume do primeiro marido, se nascido dentro dos trezentos dias a contar da data do falecimento deste e, do segundo, se o nascimento ocorrer após esse período e já decorrido o prazo a que se refere o inciso I do art. 1597.
	Os prazos são os mesmos, 300 ou 180. Se a mulher contrair novas núpcias, se presume do primeiro marido, se a criança nascer em 10 meses; e se for do segundo, se for o período do inc. I do 1597. (Ana V fala, mas não tem como entender)
Art. 1.599. A prova da impotência do cônjuge para gerar, à época da concepção, ilide a presunção da paternidade.
	Se for comprovado que o sujeito era impotente, e no período do casamento aparecer algum filho, exclui- se a presunção da paternidade, pelo fato do cara ser infértil e portanto, impossível de gerar um filho.
Art. 1.600. Não basta o adultério da mulher, ainda que confessado, para ilidir a presunção legal da paternidade.
	Ou seja, eu sou casada, ai eu tenho um filho e digo que o filho é de outro, que foi fruto de traição, então, presume- se que o filho é do marido, pq a mulher é “honesta”. Portanto, precisa que o marido entre com uma ação negatória, negando a paternidade.
Polêmica: Direitos sucessórios dos filhos advindos depois da morte do genitor. Nos casos da inseminação artificial, pq como a gente viu, o feto pode ser gerado depois da morte do marido, se ele tiver deixado o material genético dele. E ai cabe uma discussão com relação ao direito sucessório, que os filhos advindos depois da morte do sujeito, não são considerados herdeiros. Arts. 1784 e 1798 CC. Ou seja, se concebidos durante a vida tem sim direitos sucessórios, senão, não tem direitos sucessórios. OBS: A criança pode ter reconhecido o seu status de filho do de cujus, uma vez que há autorização deste permitindo a inseminação artificial, é o que a maior parte da doutrina entende. 
Ação Negatória de paternidade ou maternidade
	Geralmente se observa de paternidade, mas pode haver de maternidade também, caso, a mãe está na maternidade e percebe que trocaram os bebês, ai pode entrar com ação negatória alegando que o filho não é dela. 
	É personalíssima. Só o genitor enganado é quem pode propor. 
	Contra essa ação, assim como outras, cabe prova em contrário, ou seja, se tiver provado que é pai ou mãe, não tem como negar.
Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível. (não tem prazo decadencial)
Parágrafo único. Contestada a filiação, os herdeiros do impugnante têm direito de prosseguir na ação.
O art. fala do marido, mas pode a mãe também entrar com essa ação, e só possui legitimidade o pai ou mãe, os avós e nem os tios não podem.
Como imaginar uma ação negatória de paternidade: Antigamente por uma questão social, para uma família era difícil que a filha mais nova tivessem um filho que não fossem decorrentes de casamentos, e os avós registravam como filhos dele, a adoção a brasileira, que é crime. Se o pai registrasse como filho, a mãe/avó pode ir e propor uma ação negatória de maternidade, pq ela não pariu aquela criança. 
Impugnação da paternidade ou maternidade: Aqui o filho que diz que o pai não é aquele que se diz ser.
Então, o pretenso pai que é casado, ele está em coma/ ou é absolutamente incapaz quando a criança nasce, o fato é que ele é um curatelado (não consegue manifestar a vontade), portanto, foi atribuído a paternidade pra ele, ele não pode propor a denegatória pq é uma ação personalíssima. Poderá o curador? O curador pode, pq ele é responsável pelo curatelado, então, só nesse caso, o curador pode propor a denegatória. 
Reconhecimento da paternidade
Está nos artigos 1607–1.617, pode ser voluntario ou judicial. Ocorre quando não há vínculo matrimonial tampouco declaração de união estável, e ai vai precisar que o pai vá e reconheça. Sempre que não tiver a presunção, tem que reconhecer. Pode ser reconhecido voluntariamente, ou por meio judicial.
Voluntário ou Perfiliação: É ato jurídico unilateral personalíssimo, irrevogável (art. 1.610), de natureza declaratória, produz efeitos erga omnes e ex tunc. OBS: Reconhecer filho que não é seu configura crime ( PARTO SUPOSTO Art .242 CP)
CAPÍTULO III
DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS
Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente.
Então, filhos de um namoro, união estável, brincadeirinha, precisa ser reconhecido. Não tem nenhuma presunção. Por exemplo, a mulher sozinha não consegue reconhecer aquele filho sem a presença do pai. Era chamado de perfiliação, pq tinha um preconceito, era conhecido como forado casamento, ilegítimo. 
Quando é casado, basta que um dos genitores compareçam no cartório para fazer o registro, mas no reconhecimento tem que ir os dois, ou o homem sozinho para reconhecer o filho, é preciso reconhecer, admitir que aquele filho é “meu”. 
VOLUNTARIO: O reconhecimento é um ato voluntario, o sujeito chega no cartório e reconhece o filho como dele, sem fazer prova nenhuma, assume a responsabilidade da paternidade daquela criança.
Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito:
I - no registro do nascimento (Caso que o pai vai por livre e espontânea vontade e reconhece, quando não há presunção);
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório (Faz documento dizendo que reconhece fulano de tal como filho, o fato de ter reconhecido, já pode registrar a criança);
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado (Por mais que o testamenho seja invalido, terá efeito erga omnes e ex turc, pq foi ato da vontade);
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém (Se está indo para uma audiência, ou conversando com o juiz, diz que o filho é dele acidentalmente, então, já reconheceu).
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes. (Aqui, o pai reconhecia o filho só por conta do patrimônio, e para evitar que reconhecesse reconhecimento por interesse. O PU diz que pode ser antes do nascimento do filho, já que o nascituro tem personalidade, ou posterior ao falecimento se for deixado descendente).
- Se a pessoa for maior de idade, ela pode escolher que o sujeito o reconheça como filho, ou não, ou seja, pode dizer que não quer ser reconhecido com filho do individuo. É um negocio jurídico unilateral reptício, só produz efeitos se for aceito pelo individuo o reconhecimento de paternidade. 
Se for menor, pode impugnar no prazo de quatro anos. Ex: Sou um homem maldoso, e sei que minha vizinha rica tem um filho que não tem pai, e ai como eu sei que ela ta morrendo. Se eu reconhecer o filho, a criança tem um prazo de 4 anos para dizer que não quer (isso foi ana v que falou, não sei se entendi direito), mas só quando ele atingir a maioridade que começa a contar o prazo. Esse prazo é questionado.
 E se caso a pessoa já tiver morrido, só haverá reconhecido se ele tiver descendentes, pq ai a herança já tem dono. Mas, se o sujeito que faleceu não tiver patrimônios, não tem pq negar o reconhecimento.
Art. 1.611. O filho havido fora do casamento, reconhecido por um dos cônjuges, não poderá residir no lar conjugal sem o consentimento do outro.
	Esse art é polêmico, pq ele vai contra o principio da não diferenciação entre os filhos, pq o havido fora do casamento não pode residir na casa do outro?
	Nesse caso, um dos cônjuges tem que concordar com a morada da criança, com o reconhecimento não, mas com relação a residir na mesma casa, ela precisa consentir.
Paternidade sócioafetiva (JURISPRUDÊNCIA)
	O homem quando se une com uma mulher e essa já tem um filho, no momento da união, ele reconhece o filho que é só dela, como dele. Eles não são casados (podem até casar depois), mas ele reconhece e passa a ser o pai registral. Não precisava ter registro para ter relação sócioafetiva. 
	Se acontece a separação, o “pai” não vão mais querer pagar as despesas da criança, e entra com ação para realizar o exame de DNA e descaracterizar esse registro. Mas, o registro é irrevogável, e que tem que propor é um vício no registro, que via de regra é difícil de ser identificado. Fica entendido pela jurisprudência que não encontrado vício, o sujeito que registrou tem que cumprir com a obrigação de pai.
Ex: Realizado o exame de DNA no curso da ação, constata-se que o pai biológico do autor é o réu e não aquele que o criou durante 30 anos. Há como desconstituir o vínculo de paternidade em relação àquele para que um novo seja constituído com o réu? Diante da paternidade sócioafetiva a resposta é negativa.
“No caso em questão, deve-se concluir, como Maria Berenice Dias, que a ação somente declarará a existência do vínculo biológico, o que é reconhecido como um direito personalíssimo da parte. Porém, em relação ao vínculo de paternidade com todas as suas consequências, este permanece em relação ao falecido” (TARTUCE, 2011, p. 375).
Muitos julgados adotam essa linha de pensamento.
O problema é que temos o pai registral, temos a paternidade sócioafetiva e temos a paternidade biológica. O registral pode ser decorrente de uma sentença de adoção, ou de um registro de reconhecimento, que necessariamente é biológico. Biológico é o consanguíneo. E o socioafetivo é valorada, que reconhece uma relação de afeto, e as relações parentais devem ser pautadas no afeto, então, se eu tenho uma afetividade, tenho que arcar com os ônus e bônus. Podendo, ser proposta ação de alimentos contra esse pai.
OBS: Existe a possibilidade de investigação de paternidade socioafetiva.
EX: Uma famosa ai doida casou com um empresário, ai beleza. Eles tiveram uma briga no casamento, e ela encontrou com o ex namorado. Depois, reatou o casamento normalmente. Teve um filho, que presumidamente era do marido, mas depois de um período, ela abre o jogo e diz que o filho na verdade é do ex namorado. Surge então um dilema, aquela criança já tem uma paternidade, a única ação que pode ser proposta é uma denegatória que quem tem legitimidade ativa é o próprio pai e passiva, a criança. O pai biológico quer reconhecer o filho, e fica de mãos atadas, sem ter o que fazer, pq ele não pode entrar com ação de investigação de paternidade, em uma paternidade que já está definida; ele não tem nenhum documento, e para ter um exame de DNA é preciso de autorização dos pais. O outro pai presumido não quer perder o registro do filho, se recusava a parar de ser pai.
Mas, depois de muita pressão, ele propôs uma negatória, e depois do exame de DNA, o outro pai foi lá e comprovou que era o pai e assim ficou resolvido.
RECONHECIMENTO JUDICIAL (INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE E MATERNIDADE) 
	É aquele que o pai não reconhece voluntariamente e não havendo presunção oriunda do casamento e os outros casos, será feito, a investigação de paternidade e maternidade. O filho não reconhecido voluntariamente pode obter o reconhecimento forçado ou coativo, por meio da ação de investigação de paternidade, de natureza declaratória e imprescritível (ação de estado). Possui efeitos ex tunc.
	Trata-se de direito personalíssimo e indisponível (ECA, art. 27). Os efeitos da sentença que declara a paternidade, como se viu, são os mesmos do reconhecimento voluntário e também ex tunc: retroagem à data do nascimento (CC, art. 1.616). Embora a ação seja imprescritível, os efeitos patrimoniais do estado da pessoa prescrevem. Por essa razão, preceitua a Súmula 149 do Supremo Tribunal Federal: “É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança”. Esta prescreve em dez anos (art. 205), a contar não da morte do suposto pai, mas do momento em que foi reconhecida a paternidade. É que o prazo de prescrição somente se inicia quando surge o direito à ação, e este só nasce com o reconhecimento.
A ação de investigação de paternidade é, assim, um inafastável pressuposto para o ajuizamento da ação de petição de herança. Não corre contra o filho não reconhecido a prescrição da ação de petição de herança. Geralmente, essa ação é cumulada com a de investigação de paternidade, estando implícita a anulação da partilha, se já inventariados os bens. O pedido, no entanto, deverá ser expresso nesse sentido. Trata-se de ação que interessa ao espólio, devendo ser citados os herdeiros. Se o filho foi reconhecido e já completou dezesseis anos, o prazo prescricional começa a fluir da data da abertura da sucessão, pois não se pode litigar a respeito de herança de pessoa viva. Se ainda não alcançou essa idade, começaa correr somente na data em que a atingir (art. 198, I).
LEGITIMIDADE PARA A AÇÃO
	
A legitimidade ativa é do filho, já que o pai não o reconheceu, ele pede para que seja feito o reconhecimento judicial, e em casos extras, é do MP. E o nascituro, pela teoria concepcionista, o feto que é gerado terá personalidade, e pode ser proposta ação representada pela mãe. 
 O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, por isso, a ação é privativa dele. Se menor, será representado pela mãe ou tutor. Não é correto a mãe ajuizar a ação. Esta deve ser proposta pelo menor, representado pela mãe.
O STF já decidiu casos que o avô e mãe entraram com a ação de investigação, sendo assim, possível se ter essa quebra. 
- Não se propõe contra o espolio, por ser uma ação personalíssima, só se pode propor contra pessoas físicas. 
- REVELIA? Não se pode falar em revelia, pq é um direito indisponível. Ex: Se o pai não comparece na audiência, o juiz pode até declarar revel, mas não vai produzir os efeitos da revelia. 
- RECUSA DO EXAME DE DNA: Se o sujeito recursar se submeter a fazer o teste, há o entendimento da súmula do stj, que diz que em ação investigatória de reconhecimento, induz presunção de paternidade. O exame de DNA da súmula gera uma presunção, a renuncia não significa necessariamente que a paternidade está configurada, o juiz vai levar em consideração outras provas que vão ser relacionadas no processo. O simples fato de ter renunciado não quer dizer que seja o pai. Ex: Se eu comprovo que estava em coma, que sou impotente, que ela mandou uma carta pra mim dizendo que não sou; enfim, se eu puder comprovar que não tenho nenhuma relação com aquela criança, a paternidade não será presumida.
Se o filho morrer antes de iniciá-la, seus herdeiros e sucessores ficarão ini bidos para o ajuizamento, salvo se “ele morrer menor e incapaz”
(CC, art. 1.606). Se já tiver sido iniciada, têm eles legitimação para continuá-la, salvo se julgado extinto o processo (art. 1.606, parágrafo único).
Hoje, a ação pode ser ajuizada sem qualquer restrição (ECA, art. 27), isto é, por filhos adulterinos e incestuosos, mesmo durante o casamento dos pais. Já reconheceu o Superior Tribunal de Justiça, no entanto, válida a pretensão dos filhos, substituindo o pai, em investigar a filiação deste, junto ao avô (relação avoenga), dirigindo a lide contra os referidos herdeiros, especialmente em face da Constituição e da inexistência de qualquer limitação no Código Civil (STJ, REsp 269-RS, Rel. Min. Waldemar Zveiter, DJU, 7 jun.1990). Também a Lei n. 8.560/92 permite que a referida ação seja ajuizada pelo Ministério Público, na qualidade de parte, havendo elementos suficientes, quando o oficial do registro civil encaminhar ao juiz os dados sobre o suposto pai, fornecidos pela mãe ao registrar o filho (art. 2º, § 4º), ainda que o registro de nascimento tenha sido lavrado anterior mente à sua promulgação (STJ, REsp 169.728-MG, DJU, 21 set. 1998).
A legitimidade passiva recai no suposto pai. Se já for falecido, a ação deverá ser dirigida contra os seus herdeiros. Havendo descendentes ou ascendentes, a mulher do falecido não participará da ação, se não concorrer com estes à herança, salvo como representante de filho menor. Não é correto mover a ação contra o espólio do falecido pai.
O espólio não tem personalidade jurídica, não passando de um acervo de bens. O art. 27 do Estatuto da Criança e do Adolescente menciona expressamente “os herdeiros” do suposto pai, mas referida ação pode ser contestada por qualquer pessoa que justo interesse tenha (CC, art.1.615). A defesa pode, assim, ser apresentada pela mulher do réu, pelos filhos havidos no casamento ou filhos reconhecidos anteriormente, bem como outros parentes sucessíveis. Se não houver herdeiros sucessíveis conhecidos, a ação deverá ser movida contra eventuais herdeiros, incertos e desconhecidos, citados por editais. O município, que recolhe os bens não existindo herdeiros sucessíveis, estando na posse dos bens, será citado, em razão dos interesses patrimoniais em conflito, envolvendo a petição de herança (CC, art. 1.824).
FATOS QUE ADMITEM A INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE
A ação de investigação de paternidade pode ser ajuizada sem restrição, por qualquer filho havido fora do casamento. O art. 363 do Código Civil de 1916 exigia a prova de um dos seguintes fatos:
a) que ao tempo da concepção sua mãe estava concubinada com o pretendido pai; 
b) que a concepção coincidiu com o rapto de sua mãe pelo suposto pai, ou de suas relações sexuais com ela;
c) que existe escrito daquele a quem se atribui a paternidade, reconhecendo-a expressamente. Bastava a prova, pelo menor, de uma dessas hipóteses. A defesa apresentada pelo réu, em geral, era a negativa do fato. Se este, no entanto, estivesse provado, costuma-se opor a exceptio plurium concubentium (exceção do concubinato plúrimo), que consiste na alegação de que a mulher, à época da concepção, manteve relações sexuais com outro homem. Se tal alegação fosse comprovada, estaria lançada a dúvida sobre a paternidade, e esta seria suficiente para a improcedência da ação. O exame de sangue, quando o resultado era positivo, significava apenas a possibilidade de o réu ser o pai, mas não afirmava a paternidade com certeza absoluta. Somente quando o resultado era negativo é que a paternidade era excluída, de forma incontestável.
Hoje, no entanto, com o exame de DNA, é possível afirmar-se a paternidade com um grau praticamente absoluto de certeza. A incerteza trazida aos autos pela exceção oposta pelo réu já não conduz, necessariamente, à improcedência da ação. Por essa razão, o novo Código Civil não especifica os casos em que cabe a investigação da paternidade.
Poderá ser requerido, assim, como único meio de prova, o exame hematológico. É necessário frisar que ninguém pode ser constrangido a fornecer amostras do seu sangue para a realização da prova pericial. No entanto, a negativa do réu pode levar o juiz, a quem a prova é endereçada, a interpretá-la de forma desfavorável a este, máxime havendo outros elementos indiciários. A propósito, preceitua o art. 231 do novo Código Civil: “Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não poderá aproveitar-se de sua recusa”. Complementa o art. 232: “A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame”. Por seu turno, proclama a Súmula 301 do Superior Tribunal de Justiça: “Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade”. E o parágrafo único do art. 2o-A, acrescentado à Lei n. 8.560/92 pela Lei n. 12.004, de 29 de julho de 2009, preceitua: “A recusa do réu em submeter-se ao exame de código genético-DNA gerará a presunção da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório”. Se a mulher se submeter à inseminação artificial e engravidar, malgrado a inexistência de legislação específica no País, não se poderá negar ao filho o direito de investigar a paternidade (ECA, art. 27). Se a mulher for casada e a inseminação feita sem a permissão do marido, pode este negar a paternidade.
EFEITOS DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE
	Temos de ordem pessoal e patrimonial. Eu vou ser reconhecida, vou ter o sobrenome da família, e vou ter direitos sucessórios, patrimoniais e patrimoniais.
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE MATERNIDADE
Referida ação, embora rara, é reconhecida ao filho, que pode endereçá-la contra a mãe ou seus herdeiros, pois os arts. 1.606 e 1.616 do Código Civil não fazem nenhuma distinção ou limitação à investigação da filiação. O art. 364 do Código Civil de 1916 impedia o seu ajuizamento quando tivesse por fim atribuir prole ilegítima à mulher casada ou incestuosa à solteira. Tais restrições não mais subsistem, em face da atual Constituição, do citado art. 27 do Estatuto da Criança e do Adolescente e dos mencionados dispositivos do novo Código Civil.
Assim, pode hoje o filho, mesmo incestuoso, mover ação de investigação de maternidadesem qualquer restrição, seja sua mãe solteira ou casada.
ALIMENTOS
	Quando nós falamos em alimentos, nós temos que inicialmente lembrar de duas coisas: Existe um dever alimentar, e uma obrigação alimentar, são duas coisas diferentes. 
	Os pais tem o dever de alimentar (em uma relação de paternidade, tanto o registral quanto socioafetivo, gera um dever, e não uma obrigação), e não é necessariamente uma obrigação, a obrigação surge da violação do dever. Quando eu não cumpro o meu dever, é gerado uma obrigação, que será cobrado da justiça. Então, o dever alimentar faz parte do poder familiar, mas não se limita ao poder familiar, pode se prolongar além do poder familiar, ou seja, passa dos 18 anos de idade. 
	Então, na hora que eu sou pai, dentre os direitos e deveres que eu tenho, eu tenho o dever de alimentos, que engloba vestuário, lazer, educação, assistência médica, comida... tudo isso é considerado alimentos para essa relação paternal. E esse alimentos eles são caracterizados levando em consideração os sujeitos, de quem alimenta e de quem é alimentado, o alimentante e o alimentando. Ex: Uma criança de 12 anos de idade, então, essa criança vai receber por tabela, mil reais. NÃO EXISTE ISSO! Tem que levar em consideração a relação dessa criação, quem ela é, e quem é o pai. Esses alimentos tem que ser relacionados a vida que a criança leva, os costumes, e as necessidades, saúde, educação...
	Existe o binômio necessidade e possibilidade. Necessidade que o alimentando precisa, de segurança, plano de saúde internacional, talvez precise de curso de defesa pessoal, outras línguas, pode ter uma necessidade diferente de crianças normais, essa necessidade advém de quem é o seu alimentante, que tem a possibilidade de prover o que ele precisa. Então, tem que ter um levantamento de que a criança precisa “DISSO” e o pai pode conceder “ISSO”.
	A natureza jurídica não vai ter só o conteúdo patrimonial, mas finalidade pessoal. Patrimonial pq esses alimentos em via de regra vão ser materializados (não entendi), e tem finalidade pessoal, pq é com esses alimentos que será criado, prover a criança que está necessitando. Não é só patrimonial, mas com finalidade de oferecer qualidade de vida para aqueles que precisam de alimentos.
ESPÉCIES DE ALIMENTOS
Temos várias espécies de alimentos, mas vamos trabalhar duas, os Alimentos naturais/necessários e os Alimentos civis/ côngruos.
Os alimentos côngruo era considerado como fator determinante para a fixação de um alimento decorrente de uma dissolução de casamento. A culpa nós sabemos que hoje não tem mais preço nenhum diante de uma dissolução de casamento, não interessa quem agiu com culpa, quem não gosta mais de quem, interessa que não vão mais continuar casados.
Os necessários são os alimentos imprescindíveis para as necessidades básicas (comer, vestir, andar, lazer). Agora quando eu preciso de alimentos para manter meu status pessoal, social, ai é uma questão de necessidade (???)
OBS: Alimentante pode ser os filhos, esposa, irmão. 
	Os filhos sempre terão alimentos côngruos. O alimento côngruo é aquele que é utilizado para manter o status familiar, social. É claro que na separação/divorcio traz um abalo patrimonial, mas a criança não tem culpa, então, ela não pode ser penalizada saindo do colégio que ela estava, do plano de saúde.... A criança vai continuar com o status que ele tem.
	Nos alimentos necessários são indispensáveis. Os alimentos côngruos não são partes ??, as vezes em uma relação de segurança, ou incerteza que o genitor diz: Eu vou pagar tudo, só tua mãe fica com você. Mas, a paternidade não é exclusiva de pai, mas de pai e de mae. Portanto, despesas tem que ser divididas entre pai e mãe, e pq o pai paga tanta coisa? A mãe já tem um pagamento, que não é visualizado, pq a mãe está com a guarda, e o pai tenha que pagar alimentos, pq a luz, agua, que a criança gasta dentro de casa, a mãe já paga. Agora, se tiver nas mãos de um terceiro, não tem como um deles ficar inseto dos alimentos. (?????)
	Se a necessidade do menor se altera para maior ou para menor, ou seja, precisa que o valor fixado pelo juiz seja aumentado ou diminuído, (ex: vai precisar de um aparelho ortodôntico, ou parou de usar), vai haver uma ação revisional de alimentos. E se por ventura, se acabar totalmente com a necessidade de alimentos pro menor, ou se o pai não tiver mais como arcar com os alimentos, se entra com ação de exoneração de pensão alimentícia. Temos três ações, a de alimentos, revisional ou de exoneração. 
Relembrando: Para eu não pagar mais alimentos, eu entro com ação de exoneração.
	Com referência a causa jurídica, temos alimentos que podem decorrer de uma relação parental (legais), de um acordo por conta de um ato ilícito (indenizatório), e os alimentos de um acordo voluntario da relação parental, sem intervenção judicial (voluntários). Ou seja, são os legais (ou legítimos): devidos em virtude de uma obrigação legal, que pode decorrer do parentesco, do casamento ou do companheirismo (CC, art. 1.694), eu tinha o dever e não cumpri; b) voluntários: emanados de uma declaração de vontade inter vivos (obrigacionais) ou causa mortis (testamentários), pode ser alimentos para um sobrinho, que eu pago, pq coloquei no meu testamento ;c) indenizatórios (ou ressarcitórios): resultantes da prática de ato ilícito. (ex: atropelei alguém na rua, e vou ter que pagar alimentos).
Aqui, nós vamos tratar dos necessários, legais ou legítimos, que são decorrentes de ação parental. Se esses alimentos não forem cumpridos, é a única forma de prisão civil. Ex: Tenho uma filha com 12 anos, dos 0-12 e eu pagava um salário mínimo pq eu queria, pagava 1 mês, não pagava dois. A mãe não pode ingressar em juízo e cobrar, pq era um alimento que eu pagava pq eu queria. Entendam, o pai tem a obrigação de pagar alimentos, e a mãe tem que acionar para que ele cumpra com o dever de alimentos, mas não pelo valor que ele pagava pq queria. 
OBS: Nos alimentos voluntários, se o individuo não quiser mais pagar, e não tiver nenhum documento (testamento) que ele se compromete, não paga mais. É voluntário, ele pagava e não vai mais pagar, acabou! Caso tenha algum documento, ele será acionado por uma obrigação que eu assumi. No indenizatório, se não for cumprido, com sentença determinando aquele alimento, vai se promover uma execução daquela sentença. 
Existem os alimentos pretéritos (quando o pedido retroage a período anterior ao ajuizamento da ação. Não são devidos;), atuais (os postulados a partir do ajuiza mento da ação), e futuros (os alimentos devidos somente a partir da sentença.). Aqueles alimentos que não foram pagos por origem voluntários, e não judicial, não podem ser cobrados. Então, a mulher pode cobrar alimentos a partir do dia que foi ajustado judicialmente, mas não pode cobrar o que estava sendo dado de forma voluntária. 
Se o cara estiver devendo a parcela de junho de 2005 também não pode ser cobrado, mesmo judicial, pq tem prazo prescricional de 2 anos. 
- Quando o sujeito não paga, ele é avisado para comparecer e explicar pq não fez o pagamento, se não comparecer em juízo, ou compareceu e não justificou de forma satisfatória; ai, o juiz emite o mandado de prisão, e o individuo vai preso. Ai se ele pagar, vai solto normalmente. 
- É possível a prisão civil para todas as espécies de alimentos? Não, a prisão só cabe para os legais ou legítimos.
	Quanto a finalidade, temos uma classificação: definitivos/ regulares: Que já vem na sentença definitiva,já sabe qual o valor. E existe os alimentos que são dados no curso do processo, antes da sentença, que cujo a decisão, cabe agravo de instrumento. No alimento definitivo, cabe apelação. Em uma decisão no curso do processo antes de uma audiência, são os provisórios, ou provisionais. 
	Os provisórios, eu tenho uma certeza daquela paternidade. Ele é filho, ta registrado, ela é esposa, tem certidão de casamento; é convivente, tem união estável confirmada; há uma certeza da relação parental. Os alimentos serão fixados de forma liminar,mas com uma valor (??)
	Nos provisionais, não se tem uma certeza, ainda está sendo questionado se é pai através de uma investigação de paternidade. Ex: Se o juiz arbitrasse um valor para um sujeito, e depois de pagar duas parcelas, ele consegue comprovar que não é o pai, não teria ressarcimento. Por isso, nos provisionais tem que ser observado a partir da comprovação dos requisitos inerentes a toda medida cautelar: o fumus boni juris e o periculum in mora. O juiz tem que observar se tem meios que comprovem que ele pode ser pai da criança, através de fotos, testemunhas, ida ao colégio... 
	Quanto ao momento que são reclamados, nós temos os pretéritos, que só reclamam ao passado daquilo que foi arbitrado pelo juiz, lembrando que tem a prescrição de 2 anos; e os atuais, são os de hoje, enquanto durar a necessidade.
	Até quando vai essa necessidade alimentar? Tem que se levar em consideração algumas coisinhas. Primeiro, o que significa alimentos? Se significa manter o sustento e alimentação daquela pessoa, não vai terminar com 18 anos, pq com 18 anos ainda não se terminou faculdade, não se tem capacitação. Então, pode ser fixado na sentença até quando vai o pagamento de alimentos: “até a faculdade”, e tem que ficar arbitrado direitinho, pq se essa faculdade for de um menino que toda hora muda de curso e não se forma nunca. 
CARACTERÍSTICAS DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR
Decorre da lei e é fundada no parentesco (CC, art. 1.694), ficando circunscrita aos ascendentes, descendentes e colaterais até o segundo grau, com reciprocidade.
- Transmissível: É possível transmitir a obrigação alimentar. Os herdeiros vão continuar pagamento, através da sucessão. Mas, o que não pode acontecer é delegação.
	Avós paga alimentos? Para avó pagar alimentos, primeiro, o ascendente não pode ter condições, ou o pai tem condições, mas não consegue comportar a necessidade do filhos, e ai os avós vão complementar. 
- Divisíveis: Não pode ser confundido com solidariedade. Quer dizer que divisibilidade é que várias pessoas tem o dever de prestar alimentos. Ex: Um irmão que não tem condições pede alimentos para os outros irmãos, e eles podem ratear o pagamento dos alimentos de acordo com a possibilidade de cada um para atender a necessidade do irmão que precisa de alimentos.
- Personalíssimos: A ação de alimentos tem que ser proposta no nome de quem precisa. Não pode você pedir alimentos para outra pessoa; ainda, no caso das mães que representam os filhos, eles estão pedindo no nome do menor.
- Impenhorável: Não pode penhorar os alimentos. 
- Incompensável: Não pode ser compensado.
- Intransacionável: Não pode ser objeto de negociação. Não pode negociar os alimentos
- Atual: Não pode cobrar o passado, pode executar o passado que foram objetos de sentença judicial.
- Irrepetível ou irrestituível: Não pode pagar duas vezes, e quando pagos, não se pode devolver, ainda que pago de forma equivocada. Ex: Em uma ação de divorcio, eu digo que eu tinha uma filha com João, ele registrou e foi convencionado os alimentos, e depois ele descobre que ela não é filha dele. Ele não pode querer de volta os alimentos que ele pagou, ele pode parar de pagar, mas não receber o que já foi pago.
- irrenunciável: Não se pode renunciar o direito, pode não exercer, a qualquer momento, pode fazer exercício do direito.
Pressupostos objetivos: 
1. Existência de um vínculo de parentesco: Tem que haver parentesco. Os alimentos se referem apenas a ascendentes, descendentes, e colaterais até 2º grau.
2. Necessidade do reclamante e possibilidade da pessoa obrigada, além da proporcionalidade entre as necessidades do alimentário e os recursos do alimentante: As vezes a necessidade é existente, mas a possibilidade não consegue suprir, então, o juiz tem que fazer de forma proporcional, podendo ainda, pedir uma complementação dos avós.
- O quantum que for fixado pelo juiz é passível de modificação, através de uma ação revisional. Ex: Pode pedir revisional, se o pai contrair um novo casamento e tiver outro filho, pq ele vai passar a ter 2 filhos. 
- Quando fala em fixação dos alimentos, o juiz vai mensurar de acordo com a renda do alimentante. Ex: Se o alimentante tiver carteira assinada, vai olhar o salário dele e fixar um percentual; ou pode ser através da quantidade de vários salários mínimos. 
Quem está obrigado a prestar alimentos? 
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.
Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.
-Ou seja, filho pode propor alimentos contra os pais, e depois aos avós. 
- Quando nós vimos a inseminação artificial, nós vimos que eles não são herdeiros, apesar de serem filhos, mas nada impede de pedir alimentos contra os irmãos deles. (??) 
- E ai nós temos outros problemas, na hora que eu for adotar criança, eu não preciso avisar pra ngm da minha relação parental, vão ser exigidos os critérios previstos em lei, mas os reflexos jurídicos dessa adoção vão recair sobre todos. Ex: o menor adotado pode pedir alimentos contra os avós, os irmãos (pode ser unilateral ou bilateral)
- Sogro não pode pagar pensão de genro, pq ele não é parente na relação parental, ele é apenas afim.

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