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DICAS PARA OAB

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CAPÍTULO 1
Conhecendo o Exame da
OAB
A seguir, relacionamos alguns dos principais questionamentos que estudantes e bacharéis de Direito têm a respeito do Exame da OAB*.
O que é o Exame de Ordem?
É uma prova que visa avaliar os conhecimentos jurídicos básicos e de prática profissional do bacharel em Direito, que pretende exercer a advocacia. A aprovação no Exame de Ordem é condição para a admis- são no quadro de Advogados da Ordem.
Quem pode prestar o Exame de Ordem?
O bacharel em Direito, ainda que pendente sua colação de grau, formado em instituição regularmente credenciada. Também podem prestar o Exame os estudantes de Direito do último ano do curso ou do nono e décimo semestres, aprovados em todas as matérias dos períodos anteriores.
Quando deve ser realizado o Exame?
Normalmente, o Exame ocorre três vezes ao ano, em calendário fixado pela Diretoria do Conselho Federal da OAB, realizado na mesma data e horário oficial de Brasília, em todo o território nacional, devendo o edital respectivo ser publicado com o prazo mínimo de 30 dias de antecedência da data fixada para realização da prova objetiva.
O candidato pode escolher a localidade em que pretende se inscrever para fazer o Exame?
O candidato deve prestar o Exame de Ordem no Conselho Sec- cional da OAB da unidade federativa na qual concluiu o Curso de Graduação em Direito ou na sede do seu domicílio eleitoral. Mediante requerimento fundamentado, excepcionalmente, o candidato pode real- izar as provas em outra localidade, desde que seja autorizado pela Comissão de Estágio e Exame de Ordem do Conselho Seccional de origem.
O Exame abrange quantas provas?
O Exame da OAB abrange duas provas:
1ª) Prova Objetiva, contendo 80 questões de múltipla escolha, com quatro opções cada (a, b, c, d), aplicada sem consulta, de caráter eliminatório, exigindo-se o mínimo de 50% de acertos para o candidato submeter-se à prova subsequente.
2ª) Prova Prático-Profissional, acessível apenas aos aprovados na prova objetiva, composta de duas partes:
redação de peça profissional, privativa de advogado;
resposta a questões práticas, sob a forma de situação- problema.
Qual é a duração das provas?
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As duas provas, objetiva e prático-profissional, têm duração de 5 horas cada uma.
Qual é a pontuação mínima para aprovação?
Será considerado aprovado o candidato que obtiver nota igual ou superior a 6,00 pontos na prova prático-profissional. Anteriormente (Provimento n. 109/2005), a banca examinadora somente podia atribuir notas em números inteiros. Atualmente (Provimento n. 144/2011 do Conselho Federal da OAB), é vedado o arredondamento de nota. Isto significa que o candidato que obtiver na prova prática nota final de até 5,9 pontos será considerado reprovado.
O examinando pode escolher determinada disciplina?
Sim, quando da inscrição para o Exame o candidato pode optar pela área, dentro da qual fará sua prova prático-profissional, tanto na redação da peça profissional quanto na formulação das questões prátic- as, sob a forma de situações-problema. As áreas são as seguintes: Direito Administrativo, Direito Civil, Direito Penal, Direito do Tra- balho, Direito Tributário, Direito Empresarial e Direito Constitucional.
São permitidas consultas durante as provas?
Somente na prova prático-profissional é permitida consulta à le- gislação, não comentada, sendo vedada a utilização de livros de doutrina e obras que contenham formulários e modelos.
Quais são os critérios de avaliação que são utilizados pelos examinadores na correção da prova prático-profissional do Exame de Ordem?
Na prova prático-profissional, os examinadores avaliam o ra- ciocínio jurídico, a fundamentação e sua consistência, a capacidade de interpretação e exposição, a correção gramatical e a técnica profission- al demonstrada pelo candidato.
O candidato aprovado na prova objetiva, que for reprovado na prova prático-profissional, pode aproveitar o resultado anterior quando for repetir o Exame de Ordem?
Não, pois é proibido o aproveitamento de resultado anterior, de- vendo o candidato repetir todo o exame novamente.
* Fonte: Provimento n. 144 da OAB, de 13 de junho de 2011, e o site do Con- selho Federal da OAB (www.oab.org.br).
CAPÍTULO 2
Dicas Importantes para a 2ª fase do Exame da OAB
Para que consiga obter êxito na 2ª fase do Exame da OAB é im- prescindível que o candidato esteja bem preparado. Além de dedicação e disciplina no estudo, outros cuidados devem ser observados.
Para tanto, elaboramos as dicas a seguir:
Antes da realização do Exame da OAB:
Separe com antecedência todo o material que pretende levar para a 2ª fase do Exame da OAB.
Procure conhecer previamente o material que utilizará para re- sponder às questões da prova discursiva, como a Constituição Federal, a Consolidação das Leis do Trabalho — CLT, o Código de Processo Civil — CPC, o Código Civil — CC etc.
Identifique as leis, dispositivos e assuntos mais importantes e marque o material utilizando clipes coloridos, marcadores, post-it etc.
Lembre-se de que é proibido fazer anotações nas leis e nos Códigos, bem como levar modelos de peças e fazer lembretes, à exceção da simples remissão a artigos ou a lei.
Estude o índice alfabético-remissivo da CLT e dos Códigos, para conhecer as palavras-chave.
Observe, principalmente, todas as alterações recentes que ten- ham ocorrido na CLT, Súmulas, Orientações Jurisprudenciais e Precedentes Normativos do Tribunal Superior do Trabalho. Como grande parte dos Códigos é editada no início do ano,
muitas vezes tais alterações somente serão incluídas nos Códi- gos do ano seguinte. Para verificar as alterações na CLT, con- sulte o site <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/ Del5452.htm>. Para consultar as atualizações das Súmulas, Orientações Jurisprudenciais e Precedentes Normativos do Tribunal Superior do Trabalho, consulte o site
<www.tst.gov.br/web/guest/livro-de-jurisprudencia>	ou
<www.tst.gov.br/documents/10157/63003/Llivro+de+jurispru- dencia>. No navegador da Internet digite o ano em “localizar” e veja todas as alterações ocorridas. Após, confirme se seus códigos estão devidamente atualizados. Exemplo: em “2009” foi alterado o art. 830 da CLT e incluída a OJ-SDI1-373.
Durante a realização do Exame da OAB:
 Compareça ao local designado com até uma hora de antecedência do horário de início do Exame.
Inicialmente, leia com bastante atenção todas as instruções que constam na prova.
Leia atentamente as questões, e, se for permitido, grife as in- formações importantes.
Antes de iniciar a redação da resposta da questão da peça prático-profissional, procure identificar exatamente qual peça
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deve ser elaborada e principalmente qual a competência juris- dicional. Se o problema informar que o reclamante já ajuizou a reclamação trabalhista, a peça provável a ser redigida será a contestação ou defesa; se constar que foi proferida sentença, o mais certo é que a peça seja um recurso ordinário.
Tenha cuidado com a estética. Procure redigir o texto das res- postas com letra clara e legível. Normalmente, é obrigatória a utilização de caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente.
Fique atento, pois tanto na peça prático-profissional quanto nas questões práticas, qualquer fragmento de texto da redação das respostas que ultrapassar a extensão máxima de linhas forne- cida será desconsiderado. Será também desconsiderado o texto
que não for escrito nas folhas de texto definitivo, bem como o que ultrapassar as margens das folhas do caderno de respostas.
Evite “sujar” as folhas do caderno de respostas. Se precisar, utilize um lenço de tecido para o caso de suar as mãos.
Saiba que muitas vezes a resposta às 5 questões práticas, sob a forma de situações-problema, encontra-se em um dispositivo legal ou até mesmo em uma Súmula da jurisprudênciauni- forme do Tribunal Superior do Trabalho. Logo, mantenha sempre atualizados os seus Códigos.
Atenção para a ortografia, uma vez que a escrita correta é fun- damental para a redação de um texto.
Evite utilizar abreviaturas, como, por exemplo, no endereça- mento da ação trabalhista: “Exmo. Sr. Dr.”.
Não invente dados ao elaborar a resposta da peça processual, sob pena de anulação da prova decorrente de identificação. Mencione os fatos conforme constarem no Exame.
Caso a questão não informe todos os dados para uma completa qualificação da parte, pode-se proceder da seguinte forma: (I)
em relação ao nome da parte, nacionalidade, estado civil, profissão e endereço: pode-se fazer a qualificação colocando os dados que faltam entre parênteses. Exemplo 1: (nome com- pleto), (nacionalidade), (estado civil), (profissão); Exemplo 2: “Josué Bom Filho, (nacionalidade), (estado civil), bancário”;
(II) em relação à citação do endereço, pode-se utilizar entre parênteses a expressão “endereço completo”, ou, ainda, pode- se utilizar reticências (...) aos dados que faltarem. Exemplo: “residente na Rua..., n. ..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP...”. Jamais utilize traços ( ) (exemplo: “residente na Rua
 , n. ,”) ou “x” (exemplo: “residente na Rua xxx, n. xxx,”), ou qualquer outro sinal gráfico. Já as reticências (três pontinhos) podem ser utilizadas, pois são um sinal de pontu- ação que significa “supressão ou omissão voluntária de uma coisa que poderia ou deveria ser dita” (HOUAISS et al., 2001, p. 2445).
Procure fazer a conclusão de forma completa, convincente, utilizando o correto linguajar jurídico.
Lembre-se de redigir os pedidos da peça processual de forma completa. Exemplos: férias proporcionais (3/12 avos) + 1/3 constitucional; décimo terceiro salário integral de 2010.
Evite desenvolver a peça em um rascunho, para não perder tempo.
Procure responder inicialmente à questão alusiva à peça pro- cessual, respondendo posteriormente as outras questões discur- sivas. A questão da peça processual possui valor superior ao restante das questões.
Atenção para o tempo, para que possa conseguir responder a todas as questões no prazo estipulado.
Ao terminar a prova, procure fazer a leitura de toda a peça pro- cessual, conferindo os artigos, Súmulas, Orientações Jurispru- denciais, Precedentes Normativos, leis etc., verificando se as
citações estão de acordo e se não há erros de ortografia e pontuação.
Por fim, fique atento, pois qualquer meio de identificação do candidato na peça profissional, como colocar pseudônimo, dar nomes às partes que não constam na questão etc., é caso de an- ulação da avaliação, conforme orientação do Conselho Federal
da OAB.
IMPORTANTE
Cuidado na identificação do tipo de peça processual para a res- posta do problema proposto, pois, segundo as instruções dos úl- timos Exames da OAB, nos casos de propositura de peça inad- equada o candidato poderá receber nota zero na redação da peça profissional da questão.
CAPÍTULO 3
Material Necessário para a Realização da Prova Prático-Profissional
No dia da aplicação da prova prático-profissional do Exame da OAB deve-se portar, no mínimo, os seguintes materiais:
Uma Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), devidamente atualizada, que contenha um detalhado índice alfabético- remissivo.
Um “Vade Mecum” atualizado que contenha, pelo menos, as seguintes normas: Constituição Federal; Lei de Introdução ao Código Civil; Código Civil; Código de Processo Civil.
 Um livro atualizado contendo os verbetes de Súmula do Tribunal Superior do Trabalho, desde que não comentado.
Nas provas, tem sido autorizada a utilização dos seguintes materiais:
Legislação não comentada, não anotada e não comparada. Códigos.
Leis de Introdução dos Códigos. Instruções Normativas.
Índice remissivo.
Exposição de Motivos. Súmulas.
Enunciados.
Orientações Jurisprudenciais. Regimento Interno.
Resoluções dos Tribunais.
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Simples utilização de marca texto, traço ou simples remissão a artigos ou a lei.
Separação de códigos por cores, marcador de página, post-it
com remissão apenas a artigo ou a lei, clipes ou similares.
Para tanto, deve-se observar sempre e atentamente as inform- ações contidas no Edital de Abertura do Exame da Ordem dos Ad- vogados do Brasil, bem como as informações que são colocadas no site da OAB.
OBSERVAÇÃO
Na prova prático-profissional é permitida consulta somente à le- gislação, sem qualquer anotação ou comentário. Portanto, é ter- minantemente proibido manter, portar ou utilizar livros de doutrina e obras que contenham formulários, modelos de petição, minutas, organogramas ou textos com instruções sobre como preparar uma petição, perguntas e respostas, perguntas, roteiros ou rotinas de ações, bem como dicionários, apostilas, cadernos, anotações pessoais, resumos, manuscritos ou digita- dos, fotocópia de qualquer natureza, inseridas nas obras, nem material extraído da Internet, à exceção das atualizações de códigos, leis e verbetes jurisprudenciais.
CAPÍTULO 4
Linguagem Jurídica — Como Escrever Direito
Grande parte das petições elaboradas por advogados está re- pleta de citações e repetições desnecessárias de textos de leis, doutrinas e principalmente de jurisprudências.
O que muitos profissionais do Direito ignoram é que dificil- mente o juiz irá ler integralmente uma petição muito extensa e cheia de tais excessos.
Assim, deve o advogado ater-se ao essencial para que possa al- cançar os objetivos pretendidos com tal trabalho jurídico, ou seja, de- fender os interesses de quem o contratou, procurando convencer o ma- gistrado acerca dos direitos pretendidos por seu cliente.
Outra questão não menos importante é a frequente e exagerada utilização de termos e expressões latinas nas petições. Tantas são as re- petições de locuções como data venia (com a devida vênia; com o devido respeito) e ad argumentandum tantum (somente para argument- ar), que acabam por prejudicar a clareza e objetividade do texto. Sem contar que algumas expressões arcaicas e ultrapassadas como data ve- nia maxima há muito já deveriam ter sido banidas da redação de peças advocatícias, uma vez que em nada contribuem para a objetividade do texto.
Ademais, importante ressaltar a veemente necessidade de simpli- ficação da linguagem jurídica para torná-la compreensível por todas as
pessoas, não somente a juízes e profissionais do direito, mas também ao jurisdicionado, formado muitas vezes por empresários, donas de casa, estudantes e pessoas simples que também têm o direito de com- preender o texto jurídico que será utilizado na defesa de seus interesses.
O uso de um vocabulário acessível, claro, elegante e mais simples faz com que a sociedade se aproxime da Justiça, uma vez que textos muito rebuscados e cheios de salamaleques tornam o trabalho jurídico um verdadeiro quebra-cabeça mental.
A utilização de frases muito longas e repletas de palavras incom- preensíveis torna muitas vezes o texto jurídico prolixo, prejudicando o entendimento e trazendo dúbias interpretações, além de dificultar a efetiva prestação da tutela jurisdicional pelo Estado, na grande e im- portante tarefa de fazer Justiça.
Como exemplos de textos de difícil compreensão, podemos destacar os seguintes:
“O vetusto vernáculo manejado no âmbito dos excelsos pretóri- os, inaugurado a partir da peça ‘ab ovo’, contaminando as súplicas do petitório, não repercute na cognoscência dos frequentadores do átrio forense. (...) Hodiernamente, no mesmo diapasão, elencam-se os empreendimentos ‘in judicium specialis’, curiosamente primando pelo rebuscamento, ao revés do perseguido em sua prima gênese. (...) Port- anto, o hercúleo despendimento de esforços para o desaforamento do ‘juridiquês’ deve contemplar igualmente a Magistratura, o ínclito ‘Par- quet’, os doutos patronos das partes, os corpos discentes e docentes do Magistério das ciências jurídicas” (ARRUDÃO, 2010).
“Com espiano referido precedente, plenamente afincado, de modo consuetudinário, por entendimento turmário iterativo e re- mansoso, e com amplo supedâneo na Carta Política, que não preceitua garantia ao contencioso nem absoluta nem ilimitada, padecendo ao re- vés dos temperamentos constritores limados pela dicção do legislador infraconstitucional, resulta de meridiana clareza, tornando despicienda maior peroração, que o apelo a este Pretório se compadece do imper- ioso prequestionamento da matéria abojada na insurgência, tal enten- dido como expressamente abordada no Acórdão guerreado, sem o que estéril se mostrará a irresignação, inviabilizada ‘ab ovo’ por carecer de
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pressuposto essencial ao desabrochar da operação cognitiva” (MACIEL, 2009).
“(...) o direito de reparação de autoaplicabilidade ou autorrepar- abilidade, em razão de que, as garantias inerentes à pessoa humana como princípio de desenvolvimento do ser humano, não se poderá haver prolongamento, pois o direito é inviolável, com a sua violação, a indenização será efetivamente de rigor. Assim, como direito de ir, vir e permanecer, calar-se ou não, manifestar-se ou não. Assim, o direito in- violável a vida, se fizera-se presente a demanda presente” (ACOMPANHAMENTO, 2009).
Assim, na elaboração do texto de uma petição ou mesmo de um parecer jurídico, o profissional do Direito deve procurar escrever com clareza e objetividade, atentando sempre para a correta ortografia.
Para tanto, a utilização de palavras fáceis tem o condão de sim- plificar o entendimento. Da mesma forma, a redação de frases curtas facilita a compreensão do contexto.
Outro cuidado importante é criar o hábito de consultar os di- cionários para ter certeza de que empregou a correta ortografia, e para verificar se o significado da palavra utilizada está realmente de acordo com o sentido pretendido.
Roger Luiz Maciel (2008, p. 68), no texto “Linguagem jurídica
— É difícil escrever direito?”, orienta com espetacular simplicidade como se deve procurar fazer a redação de uma frase. Para o autor deve- se “usar de cautela na construção da frase. Aqui outra técnica simples pode ser usada com resultado sempre positivo. Trata-se do seguinte:
REGRA DE BRONZE: frases curtas; REGRA DE PRATA: frases muito curtas; REGRA DE OURO: frases curtíssimas”.
Assim, acreditamos que com a simplificação da linguagem, ao utilizar um vocabulário direto e objetivo, empregando palavras de fácil compreensão, frases curtas e concisas, o profissional do Direito con- seguirá não somente a atenção do juiz, que se sentirá estimulado em ler seu texto jurídico, mas atenderá principalmente a uma comunicação eficaz, e atingirá um dos principais objetivos de sua profissão, que é
ser o intermediário entre o jurisdicionado e os órgãos responsáveis pela Justiça.
CAPÍTULO 5
Compreendendo o Desen- volvimento da Petição
Inicial
Temos que partir do princípio de que, no geral, a petição inicial é composta de uma estrutura básica na qual, dependendo da situação, poderão ser adaptadas as mais diferentes espécies de ações, seja uma reclamação trabalhista, uma ação de consig- nação em pagamento ou mesmo um mandado de segurança.
Compreendendo isso ficará mais fácil entender a importância de conhecer e assimilar esta estrutura básica para poder desenvolver as muitas peças iniciais que podem ser utilizadas na prática da advocacia, em especial a prática jurídica trabalhista.
É comum o estudo das distintas espécies de ações de forma sep- arada. O importante é saber que na grande maioria há elementos bási- cos que poderão ser aplicados, e que, dependendo da situação, haverá somente a necessidade de adaptação às muitas espécies de ações prev- istas na legislação.
Vejamos, a seguir, quais são estes requisitos ou elementos bási- cos que, no geral, fazem parte da estrutura das peças iniciais:
Endereçamento para o órgão jurisdicional perante o qual a ação será processada
 	Qualificação individualizada e completa do autor	
Individualização do réu com a sua completa qualificação
Exposição dos fatos que ensejaram a propositura da ação
 	Fundamentos jurídicos dos pedidos	
Pedidos, nos quais serão informadas quais são as pretensões do autor
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 	Requerimento de citação/notificação do réu	
 	Prévia indicação das provas	
 	Indicação do valor da causa	
 	Data e assinatura do advogado e do autor	
OBSERVAÇÃO
A princípio não há a obrigatoriedade de articular na petição ini- cial trabalhista os fundamentos jurídicos do pedido, o requeri- mento de citação do reclamado e a indicação prévia das provas. Porém, para que ela possa ficar mais completa, sugere-se incluir tais elementos na redação das peças processuais trabalhistas, principalmente na prova prático-profissional da OAB, na qual a fundamentação e consistência são quesitos em que a pontuação normalmente é expressiva.
A seguir detalharemos, especificamente, o desenvolvimento da peça inicial trabalhista, tanto pelo rito ordinário quanto pelo sumaríssimo

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