Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GEOLOGIA ESTRUTURAL DEFORMAÇÃO DAS ROCHAS Andrea Sell Dyminski UFPR 1. INTRODUÇÃO • Definição: Geologia Estrutural trata da forma, do arranjo e da disposição dos corpos geológicos, dos processos de formação e deformação das rochas e do comportamento mecânicos e da reologia da crosta terrestre • A estabilidade e deformabilidade dos maciços rochosos depende, em grande aprte, da presença de descontinuidades nas rochas --- Planos de fraqueza • Ex: – Planos de acamamento – Juntas – Falhas – Fendas – Contatos litológicos – Formações metamórficas Estruturas primárias • Estruturas formadas ao mesmo tempo que as rochas em que se encontram • Presentes em rochas sedimentares ou magmáticas Estruturas primárias mais comuns de rochas sedimentares • a) Acamamento plano-paralelo: estratificações planares paralelas entre si • (b) Acamamento plano-cruzado: retrabalhamento de sedimentos em ambientes de • rios meandrantes • (c) Estratificações rítmicas: alternância de finas camadas, repetidas sucessivamente • (d) Estrutura gradacional: variação granulométrica gradual mais grossa na base até • mais fina no topo • (e) Marcas de onda: simétricas (marca o • topo da camada), assimétricas (não permite a observação do topo da camada) • (f) Fendas de ressecamento: geralmente preenchidas com material arenoso • (g) Estruturas convolutas: a camada de cima desliza sobre a camada inferior que • funciona como uma camada lubrificante • (h) Camadas basais: camadas arenosas penetram nas camadas argilosas devido às • pressões de suas camadas superiores • (i) Discordâncias: camadas inferiores apresentam tectonismo, enquanto as mais • jovens ocorrem intactas. A discordância pode ser angular ou paralela Fonte: http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/estrutural2006/aula2introgeoestru.pdf Fonte: http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/estrutural2006/aula2introgeoestru.pdf Fonte: http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/estrutural2006/aula2introgeoestru.pdf Planos de acamamento Varvito de Itu Fonte: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio062/sitio062english.htm Estruturas primárias mais comuns das rochas ígneas formadas quando o magma está se consolidando • (a) Forma dos corpos: tabulares (diques e sills), cilíndricos (chaminés • vulcânicas), circulares (intrusões graníticas e outros), irregulares • (batólitos e stocks) • (b) Relações de contatos – Contato abrupto (corpos próximos à crosta ou extravasantes); – Contato gradacional (rocha ígnea que passa gradativamente às características da rocha encaixante); – Contato concordante ( sills); – Contato discordante (diques). • (c)Estruturas Internas – • Fluidais: o fluxo laminar da massa ígnea determina orientação planar dos minerais. – • Estruturas vesiculares: localizadas no topo de um derrame. – • Sistemas de fraturas atectônicas: sucessão de esforços internos ou externos. Por ex., fraturas paralelas à estrutura fluidal ou motivadas pelo resfriamento. – • Sistemas de fraturas marginais: ocorrem à margem do contato. Fonte: http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/estrutural2006/aula2introgeoestru.pdf Fonte: http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/estrutural2006/aula2introgeoestru.pdf Fonte: www.geology.um.maine.edu/.../background1.html Fonte: http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/estrutural2006/aula2introgeoestru.pdf Fonte: http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/estrutural2006/aula2introgeoestru.pdf Dique Basáltico Fonte: www.geology.um.maine.edu/.../background1.html Neck Vulcânico: Devil's Tower, Wyoming Fonte:http://www.smate.wwu.edu/teched/geology/vo-rocks.html Estruturas Secundárias • São aquelas derivadas de deformações posteriores à formação do maciço rochoso • São formadas em processos deformacionais que dependem das condições de pressão e temperatura em que esteja o corpo rochoso Tipos de Deformação • Elástica: ocorre enquanto o carregamento dura • Plástica: Permanente • Comportamento: – Frágil ou rúptil: corpo rompe quando sofre deformações (mesmo pequenas) – Fraturas, Falhas – Dúctil: deforma (grandes deformações) sem se romper - Dobras • O comportamento que a rocha vai apresentar depende da temperatura, tempo e tipo de esforço (vide tabela) Deformação de uma rocha em função das condições físicas Temperatura Tempo Esforço Comportamento Baixa Pequeno Repentino Frágil Média Pequeno Repentino Frágil Média Grande Gradual Dúctil Alta Pequeno a alto Pequeno a grande Dúctil Fraturas/Juntas • Existem três caminhos pelos quais as rochas sofrem deformações: • apresentam um fluxo, ao sofrer deformações mais ou menos distribuídas (cisalhamento dúctil). • Dobram-se, flexionando as camadas, podendo haver um encurtamento acentuado e deformação interna moderada. • apresentam descontinuidades de um bloco em relação a outro ao longo de discretas superfícies ou zonas com pequena ou intensa deformação e/ou deslocamento entre os blocos. • Tais descontinuidades são chamadas de FRATURAS. Fonte: http://e-porteflio.blogspot.com/2009/04/deformacao-das-rochas.html FRATURAS/FALHAS • Fraturas: Podem ser observadas em quase todos os tipos de rocha – menor dimensão • Falhas: Ocorrem quando dois blocos da crosta se movem relativamente (processo pode ser rápido – terremotos!) Falha Falha/Fratura Fonte: http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/estrutural2006/aula2introgeoestru.pdf Falhas Fonte: http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/estrutural2006/aula2introgeoestru.pdf Fonte: http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/estrutural2006/aula2introgeoestru.pdf Fonte: http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/estrutural2006/aula2introgeoestru.pdf Junta • Juntas são fraturas ao longo das quais não houve movimento. • Formam famílias (superfícies, paralelas ou subparalelas) ou sistemas. – Família: conjunto de juntas paralelas com padrão regular. Quando ocorrem duas ou mais famílias de juntas estas compõem os chamados sistemas de juntas. – Sistemas: conjunto de famílias entrecruzadas. Fonte: http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/estrutural2006/aula2introgeoestru.pdf CARACTERIZAÇÃO DO MACIÇO QUANTO AO FRATURAMENTO • Para a caracterização do estado de fraturas do maciço as juntas devem ser observadas quanto aos seguintes aspectos: – qualidade da superfície de ruptura: lisa ou áspera – • geometriada superfície: planas ou curviplanares – • espaçamento: distância média entre as juntas – • abertura: distância de afastamento entre os blocos – • persistência: extensão tanto - na horizontal quanto na vertical – • alteraçãodas paredes – • preenchimento por elementos de naturezas diversas. Fonte: http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/estrutural2006/aula2introgeoestru.pdf Fonte: http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/estrutural2006/aula2introgeoestru.pdf Fonte: http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/estrutural2006/aula2introgeoestru.pdf Fonte: http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/estrutural2006/aula2introgeoestru.pdf Dobras • Uma dobra resulta da deformação de rochas e que resulta no arqueamento de camadas rochosas, inicialmente planas, com comportamento dúctil, pela acção de tensões compressivas. Elementos geométricos caracterizadores de uma dobra: Fonte: http://e-portofolio-cat-5.perfect-blog.net/Geologia-b1/Deformacao-das-rochas-parte-2-b1-p63.htm Fonte: http://margaridasousa19.blogspot.com/2008_1 0_12_archive.html Dobras Fonte: http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/estrutural2006/aula2introgeoestru.pdf Dobras Dobras em quartzitos do Ordovícico (Parque Natural do Douro Internacional) Foto: N. Ferreira Fonte: http://www.ineti.pt/viewDoc.aspx?src=72EB28810EBACC1D63603556 67AC3F59 • Links interessantes: • Glossário de geologia: http://vsites.unb.br/ig/glossario/index.html
Compartilhar