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reticulo endoplasmatico grosso e liso

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CITOPLASMA 
Frente: 01 Aula: 25 
Fale conosco www.portalimpacto.com.br
PROFº: RINALDO 
 
I - CITOSOL E CITOESQUELETO: 
 
 No citosol realizam-se diversas reações químicas do 
metabolismo, como a fase inicial da respiração celular e a 
síntese de várias substâncias. 
 Nas células eucariotas, essa região contém um 
emaranhado de tubos ocos, os microtúbulos – formados por 
proteínas esféricas, as tubulinas – e os microfilamentos – 
formados por uma proteína contrátil, a actina. Essas duas 
estruturas formam uma rede que se estende por todo o 
citoplasma, compondo o citoesqueleto, uma espécie de 
esqueleto celular, que ajuda a manter a forma da célula, serve 
de sustentação às estruturas celulares, como as 
microvilosidades, e participa de diversos movimentos celulares, 
como o amebóide e a ciclose. 
 Característico das amebas, o movimento amebóide 
depende de contrações da actina e de pseudópodes, que 
servem para locomoção e captura de alimentos (fagocitose). 
Esse movimento pode ocorrer em outras células, como os 
glóbulos brancos do sangue. 
 A ciclose é uma espécie de corrente citoplasmática, 
característica de células vegetais, também dependente das 
contrações da actina. Nesse movimento, o citoplasma circula ao 
redor da célula, entre a parede celular e os vacúolos, e ajuda a 
distribuir as substâncias. 
 
II - CENTRÍOLOS, CÍLIOS E FLAGELOS: 
 
 Os centríolos são pequenos cilindros presente em 
quase todas as células eucariotas, com exceção de alguns 
organismos unicelulares e das células das plantas com 
sementes. Estão localizados no centro celular ou 
centrossomo, região mais densa do citoplasma, próximo ao 
núcleo. 
 Cada centríolo é formado por microtúbulos dispostos de 
modo característico: nove grupos de três microtúbulos formando 
a parede do cilindro. 
 Eles participam da formação dos cílios e dos flagelos e 
da organização do fuso acromático (conjunto de fios) durante a 
divisão celular das células animais. No último processo, os 
cromossomos ficam presos ao fuso e sua movimentação é 
provocada por alongamentos e encurtamentos dos fios do fuso, 
que envolvem o acréscimo ou a remoção de novas unidades de 
proteínas formadoras dos . microtúbulos. Os centríolos podem 
se auto-duplicar, isto é, orientar a formação de novos centríolos 
a partir dos microtúbulos do citoplasma. 
 Nas células vegetais (nas quais não há centríolos), as 
fibras do fuso acromático partem de uma região onde há 
concentração maior de microtúbulos. Por isso talvez os 
centríolos não sejam essenciais para a formação do fuso. Mas 
supõe-se que, de alguma maneira, eles facilitam essa formação. 
 
(Detalhe do centríolo e esquema do deslocamento dos cromossomos presos 
ao fuso para os pólos da célula) 
 
 
 Algumas células apresentam cílios (curtos e 
numerosos) e flagelos (longos e em pequeno número), cujo 
movimento provoca correntes de água. Ambos são formados por 
microtúbulos envolvidos por uma projeção da membrana 
plasmática. A disposição é característica: nove pares de 
microtúbulos periféricos e um par central. Na base deles há o 
corpo basal (corpúsculo basal ou cinetossoma), estrutura 
muito semelhante ao centríolo, que orienta a arrumação dos 
microtúbulos de modo a originar o cílio ou o flagelo. 
 Os cílios e os flagelos servem para a locomoção ou 
para facilitar a captura de alimento, entre outras funções. O 
movimento dos cílios ocorre por deslizamento de um microtúbulo 
sobre o outro, realizado com gasto de energia pela proteína 
dineína, puxa os microtúbulos vizinhos. 
 O flagelo de uma célula procariota é diferente do de 
uma eucariota, uma vez que não possui centríolos nem é 
formado por microtúbulos, mas pela proteína flagelina. 
 
III - RIBOSSOMOS: 
 
 Presentes em todos os seres vivos, os ribossomos são 
grãos formados por ácido ribonucléico (RNA-ribossomial) e 
proteínas, visíveis apenas ao microscópio eletrônico. Cada 
ribossomo compõe-se de duas subunidades de tamanhos e 
densidades diferentes. 
 Nos ribossomos ocorre a síntese de proteínas por meio 
da união de aminoácidos. Apoiado em um grupo de ribossomos, 
chamados de polirribossomos ou polissoma, outro tipo de 
RNA, o RNA-mensageiro (produzido no núcleo da célula sob o 
comendo do DNA), orienta a seqüência de aminoácidos da 
proteína. Durante esse trabalho, os ribossomos vão “deslizando” 
pela molécula de RNA-mensageiro à medida que a proteína é 
fabricada. 
 
IV - RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO: 
 
 Trata-se de um conjunto de membranas que envolvem 
cavidades de várias formas a as separam do citosol. Nessas 
cavidades ocorrem a síntese e o transporte de várias 
substâncias. 
 Há dois tipos de retículo endoplasmático: o granuloso 
ou rugoso (RER) e o não-granuloso ou liso. 
 
RETICULO ENDOPLASMÁTICO GRANULOSO 
 
 Também é chamado de ergastoplasma (ergazomai = 
fabricar), o retículo granuloso é formado por canais e cavidades 
achatadas (cisternas), delimitados por membranas, com vários 
ribossomos na parte externa (na parte da membrana em contato 
com o citoplasma). São os ribossomos que dão o aspecto 
enrugado à membrana quando observada ao microscópio (daí o 
nome rugoso). 
 
 
 
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 Portanto, o retículo rugoso produz proteínas para 
exportação. Por isso, ele é bem desenvolvido em células 
granulares, que secretam hormônios e outros produtos cuja 
ação se dará fora dessas células. 
 Ela produz também proteínas que, depois de chegarem 
ao complexo golgiense, serão transferidas para a membrana 
plasmática ou para outra organela do sistema de 
endomembranas (conjunto de organelas com membranas 
semelhantes à plasmática: retículo endoplasmático, complexo 
golgiense, lisossomo e vacúolo). Ou seja, o retículo rugoso 
produz também as proteínas que fazem parte das membranas 
da célula. Algumas vezes, produz também glicídios que são 
acrescentados à proteínas sintetizadas pelos ribossomos. É o 
que ocorre nas células que revestem as cavidades do corpo. 
Essas células secretam uma substância pegajosa ou muco, 
formado por glicoproteínas. 
 Os ribossomos livres no citosol produzem proteínas que 
aí permanecem dissolvidas e exercem suas funções; é o caso 
de diversas enzimas (algumas dessas proteínas migram para o 
núcleo ou para a mitocôndria e outras organelas). As células 
embrionárias, por exemplo, são ricas em ribossomos livres e 
pobres em retículo rugoso. 
 
RETICULO ENDOPLASMÁTICO NÃO-GRANULOSO 
 
 Esse retículo é formado por cavidades em forma de 
tubo delimitadas por membranas sem ribossomos (daí o nome 
liso); portanto, atua na síntese de proteínas. Em suas cavidades 
há enzimas que sintetizam diversos tipos de lipídios, como os da 
membrana plasmática e os esteróides, e enzimas responsáveis 
por uma desintoxicação do organismo, pois transformam alguns 
medicamentos, álcool e outras substâncias tóxicas em produtos 
menos tóxicos e de excreção mais fácil (esse processo é 
realizado no fígado, na pele, nos rins e nos pulmões). 
 Nos músculos, o retículo não-granuloso (chamado de 
retículo sarcoplasmático) é muito desenvolvido e serve de 
reservatório de íons cálcio, necessário ao mecanismo da 
contração. 
 
V – COMPLEXO GOLGIENSE: 
 
 Essa organela é formada por uma pilha de sacos 
achatados e pequenas vesículas esféricas. Nos protistas 
(protozoários e alguns organismos unicelulares), fungos, 
vegetais e muitos invertebrados, há várias pilhas espalhadas 
pelo citoplasma e cada conjunto é chamado de dictiossomo ou 
golgiossomo. Nos vertebrados, as pilhas acumulam-se em uma 
única região da célula. 
 
Secretando proteínas: 
 
 O complexo golgiense recebe proteínas e lipídios do 
retículo endoplasmático e os concentra em pequenas vesículas 
que podem ser levadas por outras organelas, para a membrana 
plasmática ou para fora da célula, conforme o tipo de proteína 
ou de lipídio. A função de “empacotar” e secretar proteínas 
explica por que o complexo golgiense é bem desenvolvido em 
células glandulares. 
 O complexo golgiense recebe as vesículascheias de 
proteínas do retículo granuloso, e elas se fundem à sua parte 
interna, chamada de região cis. Depois, as proteínas são 
levadas para a parte externa da organela, chamada de região 
trans, onde são novamente “empacotadas” em vesículas que 
brotam nessa região. Denominadas grânulos de secreção, 
essas vesículas migram para a superfície da célula, fundem-se 
com a membrana plasmática e eliminam seu conteúdo no meio 
extracelular. 
 O complexo golgiense também é capaz de sintetizar 
alguns glicídios como o ácido hialurônico, que forma uma “cola” 
entre as células de alguns tecidos animais. Pode também 
acrescentar às proteínas ou retirar delas algumas moléculas de 
açúcar e outras substâncias. 
 Além de modificar, “empacotar”, encaminhar e secretar 
proteínas e lipídios, o complexo golgiense pode ter outras 
funções. Por exemplo, durante a divisão das células vegetais, 
eles produz vesículas que se fundem e formam uma nova 
membrana plasmática entre as duas células-filha. Produz 
também glicídios que formarão a lamela média (esta separará as 
duas células-filhas) e glicídios que farão arte da parede celular. 
 Outro exemplo: o complexo golgiense de espermátide, 
célula que origina os espermatozóides, forma o acrossoma, 
vesícula rica em enzimas que facilitam a penetração desse 
gameta no óvulo. 
 
VI – LISOSSOMOS: 
 
 Os organismos celulares, como os protozoários, e 
algumas células especializadas dos animais são capazes de 
capturar e digerir pequenos fragmentos de matéria orgânica. As 
organelas responsáveis por essa digestão intracelular são os 
lisossomos, pequenas bolsas com enzimas digestivas, que se 
originaram das vesículas do complexo golgiense. 
 Os fungos e as células vegetais quase sempre não 
possuem lisossomos, e, em geral, a digestão intracelular é feita 
por vacúolos com enzimas digestivas. 
 As enzimas são chamadas de hidrolases ácidas 
porque a digestão é uma quebra de molécula de alimento feita 
com molécula de água (hidro = água; lise = separação) e o 
interior do lisossomo é ácido (pH aproximadamente igual a 5). 
 Durante a fagocitose ou a pinocitose, forma-se uma 
cavidade chamada de fagossomo ou pinossomo, 
respectivamente. Um grupo de lisossomos unem-se a essa 
cavidade e forma o vacúolo digestivo. Após a digestão, as 
moléculas pequenas são absorvidas e resta um corpo residual, 
com material não digerido e que poderá permanecer na célula 
ou ser eliminado. 
 Os lisossomos podem também remover organelas ou 
partes desgastadas da célula ou que não são mais necessárias. 
Por esse processo, chamado de autofagia (autos = próprio; fago 
= comer), a célula mantém suas estruturas em permanente 
reconstrução e pode mesmo construir uma parte nova à custa 
da destruição de outra mais velha. Por exemplo, as células do 
fígado reciclam cerca de 50% de seu conteúdo a cada semana. 
 Ao longo do desenvolvimento de um organismo, há 
momentos em que grupos de células são destruídos, como na 
regressão da cauda do girino (larva do sapo) durante a 
metamorfose. Chamado de autólise ou citólise, esse processo 
foi atribuído ao rompimento dos lisossomos, mas hoje se sabe 
que é um processo diferente, mais complexo, chamado de 
apoptose. Ele envolve uma série de alterações que provocam a 
morte das células de outras maneiras; por exemplo, elas podem 
ser fagocitadas pelos macrófagos. 
 
VII – PEROXISSOMAS: 
 
 Os peroxissomas ou microcorpos são pequenas 
vesículas presentes em todas as células eucariotas. Elas 
contêm enzimas que promovem a reação do oxigênio com 
algumas moléculas orgânicas, com perda de hidrogênio por 
essas moléculas e formação de água oxigenada (ou peróxido de 
hidrogênio; daí o nome peroxissoma). Nessas estruturas existe 
também a catalase, enzima que decompõe a água oxigenada 
em água e oxigênio, que é usado para oxidar certas moléculas 
tóxicas, como o álcool. 
 Nos vegetais existe um tipo peroxissoma com enzimas 
que transformam os lipídios armazenados nas sementes em 
glicídios. Durante essa transformação, forma-se o ácido 
glioxílico; por isso esse peroxissoma é chamado de 
glioxissoma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA: 
Biologia série brasil - Conteúdo 
Fernando Gewandsznajder/ Sergio Linhares

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