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Tratamento da Informação e Indicadores Sociais

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Uniderp
EAD – Educação a Distância
Curso – Serviço Social
Disciplina: Tratamento da Informação e Indicadores Sociais.
Andréia Alves Cardoso – RA: 448175
e-mail: andreiaa_cardoso@hotmail.com
Érica Tavares de Oliveira – RA: 426336
e-mail: ericcatavares@ig.com.br
Glícia Cristina Streicher – RA: 427383
e-mail: glicia_streicheir@hotmail.com
Luciana Rosa de Lima – RA: 426341
e-mail: lucianarosa-lima@hotmail.com
Renata da Silva Leite Santos – RA: 412203
e-mail: renata-nikele@hotmail.com
Título da Atividade: Retratação da sociedade por meio de Indicadores Sociais e formulação de políticas públicas que mudem a realidade encontrada.
Tutora a distância: Maria Clotilde Bastos
PIACATU/SP
SETEMBRO/2015
Introdução
O mundo contemporâneo vem passando por muitas transformações e, nos dias atuais, é praticamente indispensável a referência a Indicadores de situação, desempenho e de resultados para possibilitar a divulgação de qualquer programa ou ação pública realizada. O público e os especialistas querem saber, continuamente, quais os efeitos da administração sob diversos enfoques e abordagens, muito além do simples confronto com o que foi executado anteriormente.
No presente momento, a taxa de mortalidade, a taxa de analfabetismo, a taxa de desemprego, o nível de indigência e miséria e o Índice de Desenvolvimento Humano são questões constantemente mencionadas na mídia, nos jornais e nas discussões políticas. Gradualmente, analisam-se os jornalistas, os líderes populares, os políticos e a população, fazendo uso de Indicadores Sociais para calcular os progressos ou retrocessos na qualidade de vida das pessoas, mostrando a serventia ou a insuficiência e talvez até a inutilidade das políticas públicas.
Os Indicadores Sociais não apenas figuram nos diagnósticos e nos relatórios, mas conquistaram uma função mais importante no debate político-social dos brasileiros.
Vários fatores colaboraram para a disseminação crescente da utilização de Indicadores Sociais na sociedade brasileira: de um lado, fatores de natureza político-institucional como o progresso da democratização, mais acessibilidade às informações, o aparecimento de organizações sociais mais comprometidas e a exigência da população por maior transparência e por mais eficácia na prestação de serviços às pessoas em geral.
Neste trabalho teremos uma ótima contribuição para aumentar o nosso conhecimento básico sobre as restrições e as potencialidades da utilização dos Indicadores Sociais na verificação das mudanças sociais e na elaboração de políticas públicas.
Quadro-Síntese com as definições de Política Pública.
	 Simon, (1957)
	Introduziram o conceito de racionalidade limitada dos decisores públicos sugerindo que tal limitação poderia ser reduzida pelo conhecimento racional. 
	Easton, (1965)
	Definiu a política pública como um sistema que envolve formulação, resultados e ambiente.
	Thomas Dye, (1976)
	Definiu, política pública como aquilo que o governo escolhe fazer ou não fazer, por que faz e que diferença tal ação traz.
	Willians Jenkins, (1978)
	Produziu em 1978 uma definição mais complexa e menos isolada à decisão governamental, mas ainda assim traduzindo-a como uma conjunção de decisões tomadas por atores políticos ou grupo de atores em relação a metas e recursos para se atingir uma determinada situação.
	James Anderson,(1984)
	Introduziu em 1984 novos problemas, ao dizer que a política pública é o curso de uma ação proposta por um ator ou grupo de atores para solução de um problema ou uma questão de interesse (dos atores), indicando que não somente problemas públicos ou sociais se tornam objeto de decisões governamentais.
	Lemieux, (1990)
	Refere-se às políticas públicas como tentativas de regular situações que se apresentam como problemas públicos, e que afloram no interior de uma coletividade ou entre coletividades.
As Políticas Públicas são a totalidade de ações, metas e planos que os governos (nacionais, estaduais ou municipais) traçam para alcançar o bem-estar da sociedade e o interesse público. 
A elaboração de políticas públicas constitui-se no estágio em que os governos democráticos traduzem seus propósitos e plataformas eleitorais em programas e ações que produzirão resultados ou mudanças no mundo real. 
As políticas públicas visam responder a demandas, principalmente dos setores marginalizados da sociedade, considerados como vulneráveis. 
Essas demandas são interpretadas por aqueles que ocupam o poder, mas influenciadas por uma agenda que se origina na sociedade civil através da pressão e mobilização social. Objetivam maximizar e efetivar direitos de cidadania, também gestados nas lutas sociais e que passam a ser reconhecidos institucionalmente. 
Dentro do seu contexto segue parâmetros de aplicabilidade que vai desde a formulação das políticas até a sua avaliação, tendo espaço aberto para a participação da população tanto para deliberar nas políticas já em vigor, visando atender aos interesses da maioria da população. 
 Trabalhar a questão relacionada a políticas públicas requer uma análise ampla dos conceitos a ela designado, uma vez que a mesma tem interpretação diferente não sendo fundamentado um conceito único para definir a sua termologia. 
Qualquer definição de política pública é arbitrária, pois não há consenso na literatura especializada sobre questionamentos básicos. A política pública é tudo o que um governo executa e deixa de fazer, com todos os impactos de suas ações e de suas omissões. 
As políticas públicas traduzem, no seu processo de elaboração e implantação e, sobretudo, em seus resultados, influenciando a distribuição e redistribuição de poder. 
 As características de políticas públicas almejam ampliar e efetivar direitos de cidadania, também gestados nas lutas sociais e que passam a ser reconhecidos institucionalmente; respondem a problemas concretos; devem atender a necessidades sociais; respondem as demandas; têm objetivos específicos; regulam os conflitos entre os diversos atores sociais; utiliza-se de instrumentos próprios da democracia participativa; visam a ampliar e efetivar direitos de cidadania; promovem o desenvolvimento; alteram a situação existente. 
Estudo de Caso
O estudo de caso escolhido foi: as políticas públicas na educação. Observa-se que na educação necessitamos de uma teoria que sirva de respaldo à discussão das novas regras de funcionamento da escola brasileira. 
A criação de leis que abrem espaço à autonomia e à gestão democrática, capacitação pedagógica e outras medidas de ordem técnica são importantes e necessárias, mas não dão conta da tarefa de reestruturação da escola pública. 
 É necessário que ocorra um amplo debate entre os órgãos responsáveis pela educação do país, os professores, pais, funcionários e dirigentes da escola para rediscutir tarefas e funções, redefinir espaços e tempos, dialogar sobre objetivos e metas. 
Sugerimos que, para transformar a escola atual em um ambiente de aprendizagem digno do nome, é preciso repensar, de forma drástica e radical, o que entendemos por educação e dar respostas verdadeiramente inovadoras a questões como “Por que educar?”, “Para que educar?”, “Como educar?”. 
Texto sobre a importância das Políticas Públicas.
As políticas públicas são um tema muito importante para complementar nossos conhecimentos, principalmente para o nosso curso, o qual é um assunto muito relevante para a formação de nossa cidadania. No entanto, devemos considerar que os desafios das políticas públicas são constantes e contínuos para a efetivação da garantia dos direitos. 
É uma articulação política, envolvendo desde os programas sociais até o financeiro e administrativo, de todos os níveis de governo, contando com o legislativo para garantir os direitos da sociedade. 
As reflexões aqui surgidas possuem o propósito de repensar o conceito de políticas públicas, e na formação de cidadãos críticos exigindo fazer valer seus direitos. As políticas públicas só existem com a intervenção do Estado,e as propostas são elaboradas de acordo com os interesses dos partidos. Sua origem está ligada ao capitalismo e a reprodução da força de trabalho. 
Observamos durante essa pesquisa que política pública é considerada todo tipo de ação que tem efeito social, desenvolvida pelo Estado direta ou indiretamente, com a participação de setores públicos ou privados, tentando assegurar determinado direito de cidadania, de forma difusa ou para determinado segmento social, auxilia no trabalho de planejamento, implementação, execução, avaliação dos programas, projetos, serviços sociais. 
 Hoje, os indicadores sociais são expressos usualmente, como taxa de desemprego, taxa de mortalidade infantil, taxa de analfabetismo, são termos comuns utilizados por políticos, jornalistas, estudantes, pela população para avaliar as políticas públicas, além de argumentar, a partir da utilização dos mesmos, as prioridades sociais defendidas por determinada classe social. 
QUADRO-SÍNTESE COM OS INDICADORES SOCIAIS.
	TIPO DE INDICADOR
	O QUE INDICA
	PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS
	DEFINIÇÃO
	IDH
	QUALIDADE DE VIDA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE UMA POPULAÇÃO
	SAÚDE, EDUCAÇÃO E RENDA
	É UM ÌNDICE SERVE DE COMPARAÇÃO
ENTRE OS PAÍSES COM O OBJETIVO DE MEDIR O GRAU DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E A QUALIDADE DE VIDA OFERECIDA À POPULAÇÃO
	ÍNDICE
DE GINI
	DESIGUALDADE SOCIAL ENTRE RICOS E POBRES
	APONTAR A DIFERENÇA DO RENDIMENTO ENTRE OS MAIS POBRES E OS MAIS RICOS
	O INSTRUMENTO USADO PARA MEDIR O GRAU DE CONCENTRAÇÃO DE RENDA DE UM DETERMINADO GRUPO
	INDICADOES ETHOS DE RESPONSABILIDADE
SOCIAL
	UM NEGÓCIO SUSTENTÁVEL E RESPONSAVEL
	TEM COMO FOCO AVALIARO QUANTOA SUSTENTSBILIDADE
EA RESPONSABILIDADE SOCIAL TÊM SIDO INCORPARADAS NOS NEGÓCIOS
	FERRAMENTA DE GESTÃO QUE VISA APOIAR AS EMPRESAS EM CORPORAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE E DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL
	ÍNDICADORES BÁSICO PARA A SAÚDE NO BRASIL
	A SITUAÇÃO SANITÁRIA DE UMA POPULAÇÃO E QUE SERVE PARA A VIGILÂNCIA DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE
	PROVER MATÉRIA PRIMA ESSENCIAL PARA ANÁLISE DE SAÚDE E FACILITAR O MONITORIAMENTO DE OBJETIVOS E METAS
	SÃO MEDIDAS-SÍNTESES QUE CONTÊM INFORMAÇÕES SOBRE DETERMINADOS ATRIBUTOS E DIMENSÕES DO ESTADO DE SAÚDE, BEM COMO O DESEMPENHO DO SISTEMA DE SAÚDE
	INDICADORES DE EDUCAÇÃO NO BRASIL
	A QUALIDADE EDUCATIVA
	 ACESSO À EDUCAÇÃO, A MELHORIA DO APRENDIZADO E A IGUALDADE
OPORTUNIDADES
	DISCUSÃODOS MODELOS IMPLANTADOS, QUE AVALIAM OS AVANÇOS EDUCACIONAIS
A relação entre os Indicadores Sociais e as Políticas Públicas.
O Indicador Social é utilizado para demonstrar quantitativamente um conceito social abstrato e informar algo sobre determinado aspecto da realidade social, para fins de pesquisa ou visando à formulação, monitoramento e avaliação de programas e políticas públicas. É um excelente recurso que notifica as alterações que estão ocorrendo.
Os Indicadores Sociais podem mencionar à totalidade da população ou a grupos sociodemográficos, variando a temática de interesse. Eles são expostos como taxas, proporções, médias, índices, distribuição por classes e por cifras.
	Em uma visão programática, o Indicador Social é uma ferramenta operacional para acompanhamento da realidade social, com a finalidade de formular e reformular as políticas públicas, que possam alterar as taxas de analfabetismo, o rendimento do trabalho, a taxa de mortalidade infantil, a taxa de desemprego, a quantidade de crianças e adolescentes matriculados na escola etc.
	Por meio dessas informações quesão auxiliadas as atividades de planejamento público e formulação de políticas sociais nas diferentes esferas do governo, visando à melhoria de serviços prestados à população.
	Os Indicadores Sociais permitem o monitoramento por parte do poder público e da sociedade civil, dando condições de vida e bem-estar à população. Por intermédio das medidas estatísticas do Indicador as Políticas Públicas estabelecem metas e encaminham soluções para resolver problemas sociais nas mais diversas áreas, como educação, saúde, assistência social, habitação lazer, transporte, segurança e meio ambiente. E também criam programas, propõe e analisa linhas de financiamento com recursos públicos e avaliam os resultados alcançados com as medidas adotadas. 
	O Indicador Social também possibilita uma definição mais adequada das prioridades sociais da locação de recursos do orçamento público e informação básica para a construção de diagnóstico sobre a realidade social, dirigindo o desenho das políticas e programas, como instrumentos de medidas de eficiência, eficácia e impacto das políticas e programas.
	Existem muitas maneiras de se classificar os indicadores sociais. E a mais comum é a divisão dos Indicadores Sociais segundo a área da temática da realidade social a que se referem. Há, portanto, indicadores de saúde, de mercado de trabalho, de infraestrutura, de renda e desigualdade, indicadores demográficos etc.
Indicador Social Estudado: Breve Apresentação.
Dentro dos questionamentos que os indicadores sociais despertam, no presente artigo busca-se avaliar, em primeiro lugar, o contexto socioeconômico que originou a sua construção e o debate sociológico que os envolve e, em segundo lugar, dar um breve histórico em níveis internacional e nacional desse processo. O texto tem um caráter informativo, e vale chamar atenção para o fato de que não pretende esgotar o assunto em questão.
No contexto social o modelo de acumulação capitalista que se formou nos centros hegemônicos (EUA, Canadá, Japão e Europa Ocidental) após a Segunda Guerra Mundial até meados da década de 60 tem características que o distingue das fases de evolução anteriores do sistema. Nesse período de expansão do capitalismo, constituiu-se um padrão de acumulação que conciliava muitos ganhos de produtividade com crescimento do salário real. Essa forma de estruturação do sistema pressupõe, de um lado, um regime de acumulação que se direciona pelo princípio da política econômica keynesianae, de outro, mecanismos institucionais de regulação socioeconômica que articulam classes e grupos sociais no interior do Estado de Bem-Estar Social. Durante a fase de expansão da economia, foi possível legitimar a acumulação capitalista sem deixar transparecer o conteúdo antagônico das classes sociais. Os trabalhadores tiveram conquistas concretas no campo social, as quais se refletiram na melhoria de seu padrão de vida, mormente nos países desenvolvidos. 
A equipe do IBGE, encarregada de elaborar os indicadores sociais. O suporte básico desses primeiros trabalhos acata o sistema de valores das chamadas teorias do Bem-Estar Social, onde a sociedade é o resultado do consenso entre os homens e se reconhece o Estado como o árbitro do Bem-Comum. 
Segundo a equipe do IBGE, deve-se estar atento à noção de Bem-Estar Social, que, muitas vezes, é associada à ideia de acréscimo do bem-estar dos diferentes indivíduos, descartando, dessa forma, o fato de que a sociedade é constituída por interesses antagônicos.
Os Indicadores sociais, como foram vistos, tiveram uma boa aceitação desde seu surgimento e estão inseridos no planejamento governamental da maioria dos países. No caso brasileiro, é relativamente recente o uso de Indicadores sociais como instrumento de planejamento, pois a intenção de criar um sistema de indicadores sociais só ocorreu em 1975. O aspecto social recebeu ênfase, a nível governamental, a partir de 1964, mas não encontrou correspondência nos atos efetivos da política social vigente. 
A partir da Constituição de 1988, foram criadas condições para a ampliação e a extensão dos direitos sociais, bem como a universalização do acesso.
No inicio dos anos 70, o crescimento econômico brasileiro foi bastante significativo; entretanto não acarretou uma melhoria da distribuição da renda e nem a diminuição da pobreza absoluta. 
A construção de um sistema de indicadores sociais e de produção periódica da informação necessária à sua alimentação, tentando consolidar e articulardiversas metodologias, entre as quais aquela recomendada pela ONU.
O objetivo dos indicadores sociais era o de conceder elementos para a elaboração e o acompanhamento do planejamento social, sendo que a prioridade seria dada aos indicadores destinados a medir às variações nos níveis doBem-Estar Material, em especial dos grupos que estavam em situação de pobreza absoluta. 
O IBGE ficou encarregado da organização e do funcionamento do Sistema de Indicadores Sociais. Em data anterior (1973), essa instituição já havia criado internarnente o Grupo Projeto de Indicadores Sociais.
Em novembro de 1973, apareceu de forma pioneira no Rio Grande do Sul a revista Indicadores Sociais — produzida, num primeiro momento, pela Superintendência de Planejamento Global (SUPLAG) e, posteriormente, pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), ambos os órgãos vinculados à Secretaria de Coordenação e Planejamento do Estado. A SUDENE, através da Divisão de Estudos e Diagnósticos de sua Coordenação de Planejamento Regional (CPR), estimulou a edificação de Indicadores Sociais para a Região Nordeste, sendo que os estudos tiveram início em 1974, com trabalhos sobre a qualidade de vida. A CPR preparou urna série de estudos para dar apoio à estrutura do Sistema Regional de Indicadores Sociais (SIRIS), sendo o primeiro deles Proposições Preliminares de Qualidade de Vida e Indicadores Sociais para o Nordeste.
O documento ÔIRIS, elaborado em 1980, apresentou o modelo analítico operacional do sistema do mesmo nome, e o seu anexo contém um painel de indicadores sociais com suas especificações metodológicas. Vários estados da Federação: Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe — ou já desenvolveram — trabalhos com fundamento na temática dos Indicadores Sociais, na maioria das vezes associados às suas respectivas secretarias de planejamento. 
As instituições a nível ministerial também publicam dados e estudos nessa mesma linha de interesse, tais como os Ministérios da Saúde, da Educação, do Trabalho, da Previdência Social, das Minas e Energia, da Economia, etc. Além do trabalho efetuado pelos órgãos de investigação governamental, pesquisadores independentes fizeram estudos e utilizam-se dos indicadores sociais em suas verificações.
O método utilizado pela autora foi o chamado Método Distanciai ou Genebrino, que possibilita a análise dos efeitos sociais em que se considera um conjunto de variáveis denominado medidores dos benefícios sociais.
Indicador Social Estudado: Informações.
Os Indicadores Sociais tiveram uma ótima aceitação desde o seu aparecimento e estão inseridos no planejamento governamental da maioria dos países. No caso brasileiro, é relativamente recente o uso de indicadores sociais como instrumento de planejamento.O aspecto social recebeu destaque, em nível governamental, a partir de 1964, mas sem encontrar correspondência nos atos efetivos da política social vigente. 	Existia, no período, uma identificação do controle social com o planejamento social e, para Altmann, o planejamento é utilizado ideologicamente em decorrência do desaparecimento da participação social de base. 
No início dos anos 1970, o crescimento econômico brasileiro foi muito significativo, principalmente entre 1967 e 1973, época do milagre econômico. 
As taxas de crescimento econômico variaram entre 6% e 11% ao ano. Entretanto, isto não resultou uma melhoria da distribuição da renda e nem a diminuição da pobreza absoluta. 
A partir da crise e da estagnação econômica da década de 1970, os efeitos sobre o empobrecimento de múltiplos segmentos sociais comparecem com grande frequência na literatura acadêmica e na agenda política.
 O governo brasileiro, no período entre 1975 e 1979, através do II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), reconheceu o agravamento da problemática social e propôs uma política de redução das desigualdades socioeconômicas.
 Em 1974, foi criado o Conselho de Desenvolvimento Social (CDS) para conduzir a política social e, em 19 de maio1975, em cumprimento às diretrizes do II PND, o CDS propôs a: elaboração de um sistema de Indicadores Sociais e de produção periódica da informação necessária à sua alimentação, tentando fortalecer e articular diversas metodologias, entre as quais aquela recomendada pela ONU.
 O objetivo dos Indicadores Sociais era o de fornecer elementos para a elaboração e o acompanhamento do planejamento social, sendo que a prioridade seria dada aos Indicadores destinados a medir as variações nos níveis de Bem-Estar Material, em especial dos grupos que estavam em situação de pobreza extrema.
Com a Constituição de 1988, foram criadas condições para a ampliação e a extensão dos direitos sociais, bem como a universalização do acesso e a expansão da cobertura.
O acompanhamento institucional das Políticas Públicas é realizado pelo Instituto de Planejamento Econômico e Social (IPEA). A Universidade de Campinas (UNICAMP), através do seu núcleo de Estudos de Políticas Públicas, publicou, em 1986, o primeiro volume de um trabalho anual sobre a situação social do país. 
A partir da divulgação do Índice de Desenvolvimento Humano pela ONU (desde 1990), pesquisadores brasileiros formularam estudos utilizando como referência a metodologia do IDH. O enfoque foi nos estados da Federação, as regiões brasileiras, as regiões metropolitanas e, recentemente, existe a preocupação de investigar os municípios. 
O primeiro índice segue o IDH com modificações, enquanto o segundo combina elementos metodológicos empregados na construção do IDH e na adotada por Drewnowski para o cálculo do seu Índice do Nível de Vida. 
Os índices foram os instrumentos para os especialistas realizarem o balanço da situação social brasileira no âmbito do país, das macrorregiões, dos estados e das regiões metropolitanas. 
Os indicadores componentes do IOSP são: alfabetização, oferta de serviços de saúde, saneamento (água, esgoto e lixo) e fornecimento de energia elétrica. 
As variáveis do IDH, como já foram comentadas, são: esperança de vida ao nascer, taxa de alfabetização dos adultos, taxa combinada de matrícula nos ensinos fundamental, médio e superior e a renda real per capita. 
O Rio Grande do Sul é o primeiro colocado em qualidade de vida, utilizando-se o IDH e o IDR por eles, construídos. 
Esses estudos evidenciaram uma boa performance dos estados do sul e do sudeste. Esta situação foi confirmada pelos três relatórios que além de analisar os estados, as regiões, ampliam sua análise com informações municipais para todos os municípios brasileiros. 
Pesquisadores brasileiros propuseram uma metodologia de elaboração de um Indicador Educacional Sintético para os municípios brasileiros, que também toma como referência metodológica o Índice de Desenvolvimento Humano. 
Política Pública Formulada
Para conquistar resultados em várias áreas e promover o Bem-Estar da sociedade, os governos se utilizam das Políticas Públicas que podem ser definidas como um conjunto de ações e decisões do governo, voltadas para a solução (ou não) de problemas da sociedade.
As Políticas Públicas são a totalidade de ações, metas e planos que os governos (nacionais, estaduais ou municipais) estabelecem para alcançar o bem-estar da sociedade e o interesse público. 
As sociedades contemporâneas se caracterizam por sua diversidade, tanto em termos de idade, religião, etnia, língua, renda, profissão, como de ideias, valores, interesses e aspirações. No entanto, os recursos para atender a todas as demandas da sociedade e seus diversos grupos são escassos. 
Durante a apresentação de suas reivindicações os grupos tentam obter apoio de outros grupos, mas também sofrem oposição daqueles que têm outras reivindicações.
E no que se refere à atuação do Assistente Social, as atribuições e competências dos são orientadas e conduzidas por direitos e deveres constantes no Código de Ética Profissional e na Lei de Regulamentação da Profissão, que devem ser observados e respeitados, tanto pelos(as) profissionais, quanto pelasinstituições empregadoras. 
A carreira em Serviço Social tem foco na coletividade e integração do indivíduo na sociedade. O profissional dessa área é chamado de Assistente Social e atua no combate às desigualdades da sociedade, analisando, acompanhando e propondo soluções para melhorar as condições de vida tanto de crianças e adolescentes quanto de adultos.
O Assistente Social age de forma direta em vários campos e instituições da sociedade, podendo desenvolver atividades nos domínios privados, governamentais e não governamentais.
O assistente social tem sido amplamente procurado para trabalhar em equipes multiprofissionais de diferentes setores. A grande maioria dos assistentes sociais brasileiros, segundo o Conselho Federal de Serviço Social, trabalha no setor público, em órgãos municipais, estaduais e federais.
Esse profissional pode ainda trabalhar como autônomo (prestando consultoria sobre políticas sociais, por exemplo), ou integrar equipes multidisciplinares em empresas privadas, ONGs, associações, movimentos sociais, universidades (como docente ou pesquisador), institutos técnicos, escolas, creches e hospitais, entre outros.
Devido à desigualdade de renda e ao crescimento de políticas de inclusão e de acesso da população aos serviços básicos para o cidadão, existe uma demanda crescente por assistentes sociais no Brasil.
Conclusão
Concluímos que os progressos adquiridos na produção das Estatísticas Públicas e dos Indicadores Sociais no país durante o século XX foram grandiosos.
Os Indicadores não são simplesmente dados, números, eles nos permitem conferir os dados de acordo com as questões postas na realidade social, ou seja, é uma atribuição de valor, números a situações sociais. Entretanto, é importante mencionar que existe uma diferença entre Indicador Social e Estatística Pública, embora estes sejam interpretados corriqueiramente com o mesmo conceito. Estatísticas Públicas correspondem ao dado em sua forma bruta - por meio de números - não se encontra contextualizado em um debate dialético, são representações advindas de um campo empírico ou de determinada realidade. Já os Indicadores Sociais apresentam um conteúdo informacional, um valor contextual baseado em uma Teoria Social, não se trata de uma singela junção de dados e sim da contextualização e interpretação dos conceitos operacionalizados. Porém, os dados estatísticos são úteis para a construção dos Indicadores, são matérias-primas para estruturar um Indicador.
	É evidente que após a conceituação dos Indicadores Sociais, torna-se fácil perceber a importância dos mesmos para o trabalho do Assistente Social. A dificuldade está em construí-los – ou ousando dizer – no compromisso dos profissionais com a superação de práticas espontâneas, assistemáticas ou reprodutivas.
	Os indicadores sociais, embora possam ser também um instrumento de controle, são um dos elementos que contribuem para uma gestão democrática, preocupada com a construção de respostas profissionais que atendam às demandas sociais e, aí está o desafio do Assistente Social, tomar posse desse instrumento na dimensão ético-político profissional.
 	O assistente social deve estar habilitado para a utilização dos Indicadores Sociais, o que contribui para a sua ação profissional e, consequentemente, para a sociedade civil. 
A capacitação e atualização são imprescindíveis para a atuação profissional que deve estar associada com o compromisso ético-político da profissão, pautados no desafio de superar as dificuldades apresentadas pela própria realidade social.
Bibliografia
RUA, Maria das Graças. Análise de Políticas Públicas: conceitos básicos. 2ª. ed. reimp. Florianópolis, 2012.
JANNUZZI, Paulo de Martinho.  Indicadores Sociais no Brasil: conceitos, fontes de dados e aplicações.  4ª ed. Campinas: Editora Alínea, 2012. PLT 577.
www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2012.
BACELAR, Tânia. As políticas públicas no Brasil: heranças, tendências e desafios. 2012.
SANTAGADA, Salvatore. Indicadores Sociais: contexto social e breve histórico. 2012.
UNICAMP (1986). Brasil 1985: relatório sobre a situação social do país. Campinas: NEPP. v.1. 
RODRIGUES, Marta M. Assumpção. Políticas Públicas. São Paulo: Publifolha, 2011. (Coleção Folha Explica).
SECCHI, Leonardo. Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análises, casos práticos. São Paulo: CENGAGE Learning, 2012.
SOUZA, Celine. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Sociologias, Porto Alegre, ano 8, n. 16, jul/dez 2006, p. 20-45.

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