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Universidade Federal de Pernambuco Centro de Ciências da Saúde Departamento de Nutrição Programa de Extensão Bioquímica Solidária VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS RECIFE 2013.2 VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS Definição: As vitaminas hidrossolúveis são substâncias orgânicas necessárias em pequenas quantidades no organismo na forma de co-fator e coenzima, esses micronutrientes são encontrados em baixos valores nos alimentos sua presença em quantidades idéias na dieta é fundamental para um crescimento e desenvolvimento corretos, pois a maioria dos organismos dos animais é incapaz de sintetizar anabolicamente, o grupo de vitaminas hidrossolúveis é composto pelas vitaminas do complexo B e a vitamina C (ácido ascórbico). Classificação: Como o nome já sugere as vitaminas hidrossolúveis são solúveis em água, e são transportadas via circulação sistêmica. Como não podem ser armazenadas por nosso organismo, elas são excretadas pela urina. As vitaminas que constituem o complexo B são a tiamina (B1), riboflavina (B2), niacina, B6, cobalamina (B12), ácido fólico, biotina e ácido pantotênico (B5). História: Nas grandes navegações, havia uma grande dificuldade no consumo de alimentos frescos pelos marinheiros, o que ocasionava muitas vezes o surgimento de doenças graves, como o escorbuto, que geralmente os levavam à morte. A dieta de basicamente carne, pão e rum, sem consumo algum de frutas ou verduras frescas, era o fator principal para o surgimento de tais patologias. Os médicos e pesquisadores da época das explorações transoceânicas começaram a observar a relação da doença com a alimentação, e assim passaram a introduzir alimentos como batata e limas na dieta dos navegantes, o que de fato gerou uma queda nos casos dessa enfermidade. O médico Takaki, da marinha japonesa, recomendava uma dieta à base de carnes, cevada, vegetal e leite durante viagens muito longas, com o intuito de também prevenir doenças graves como o beribéri. Um dos mais famosos estudos foi o aplicado por Eijkman, em Java, onde ele alimentava pombos com arroz sem casca e notava o desenvolvimento de uma grave polineurite, que melhorava com a administração do pó resultante do polimento do arroz. Daí, foi visto que aquele pó continha elementos fundamentais para a manutenção da saúde. Com o passar dos anos, vários estudos experimentais foram sendo feitos, e estes ajudaram na descoberta das vitaminas. Os cientistas se basearam nestes relatos e foram em busca do composto principal destes alimentos que ajudava a combater o escorbuto, o qual denominou vitamina C ou ácido ascórbico. O bioquímico Casimir Funk foi quem denominou a palavra vitamina, dizendo ser uma substância essencial à vida e que quimicamente continha um grupo amino. Atualmente, sabe-se que nem todas as vitaminas contêm o grupamento amino, mas ainda assim continuam com essa denominação devido a outras características. Ácido Ascórbico Estrutura química do ácido ascórbico: O isolamento da vitamina C no século XIX foi importante para descobrir sua fórmula C6H8O6 chamada de ácido hexaurônico. Pouco depois descobriu sua estrutura fisiologicamente ativa denominada oficialmente de ácido ascórbico a qual possui um anel pentagonal. O átomo de carbono inferior na esquerda do anel tem as quatro ligações diferentes, sendo uma substância quiral, conseguindo desviar o plano da luz polarizada. Sua forma mais comum é L-ácido ascórbico para identificação de suas moléculas levógeras ao invés de D-destrógeras. A vitamina C pode ser encontrada naturalmente em duas formas, na forma oxidada na qual retirasse um átomos de hidrogênio formando o acido desidroascórbico ou na forma reduzida quando ganha o átomo de hidrogênio assim designada como ácido ascórbico essas duas formas são fisiologicamente ativas. Possui solubilidade aquosa = 0,3g/ml e ponto de fusão = 190-192°C. É uma substância cristalina com sabor ácido e insolúvel em maior parte dos solventes orgânicos. Função do ácido ascórbico: Possui função protetora que vai muito além de pele e gengivas. Doenças cardiovasculares, cânceres, doenças das articulações e cataratas são todas associadas com a deficiência de vitamina C e podem ser parcialmente evitadas pela ingestão ideal dessa vitamina. Ela atinge grande parte do seu efeito protetor por funcionar como um antioxidante e prevenir danos à base de oxigênio das nossas células. Mesmo em pequenas quantidades, pode proteger as moléculas indispensáveis no corpo, como proteínas, lipídios (gorduras), carboidratos e ácidos nucléicos (DNA e RNA), dos danos causados pelos radicais livres e espécies reativas do oxigênio que podem ser geradas durante o metabolismo normal, bem como através de exposição a toxinas e poluentes. Também é capaz de regenerar outros antioxidantes como a vitamina E. A vitamina C participa da hidroxilação da prolina para formar hidroxiprolina na síntese de colágeno, que proporciona estrutura aos músculos, tecidos vasculares, ossos, tendões e ligamentos. Devido a estas funções, especialmente em combinação com o zinco, ela é importante para a cicatrização de feridas. Também melhora a absorção do ferro da dieta e é necessária para o metabolismo dos ácidos biliares, que podem ter implicações para os níveis sanguíneos de colesterol e cálculos biliares. Além disso, é fundamental na síntese de muitos hormônios peptídicos importantes, de neurotransmissores e carnitina. Recomendações diárias: Ingestão ideal é de 60mg e pode variar de acordo com a fase de vida. Por isso, no caso de: adolescentes - 75mg/dia; homens adultos - 90mg/dia; mulheres adultas - 75mg/dia; mulheres grávidas - 80mg/dia; lactantes - 120mg/dia. Fontes: As melhores fontes alimentares são os frutos (ex.: kiwi, citrinos, morango, papaia, manga, uva, melão) e produtos hortícolas (ex.: salsa, couve galega, tomate, pimentão verde). Existem também fontes artificiais de suplementação de vitamina C. Deficiência e toxicidade: A principal doença relacionada a carência de ácido ascórbico é o escorbuto, caracterizado por problemas nas articulações, dentes, gengivas e hemorragias. O escorbuto clássico era mais frequente nos tempos passados devido ao baixo consumo de frutas e verduras frescas. Atualmente, está mais presente em lactentes alimentados apenas com leite por um longo período de tempo e/ou indivíduos que não consomem frutas em quantidade suficiente. Dentre as principais manifestações da doença estão hiperqueratose folicular, petéquias, hemorragias gengivais, perda de dentes, anemias e degeneração muscular. A toxicidade da vitamina C é relativamente baixa pois ela não é significativamente armazenada no organismo, e grandes doses não são completamente absorvidas, sendo assim, excretadas na urina. O grande problema se dá quando há ingestão de altas doses por períodos prolongados, o que pode levar a absorção excessiva de ferro, náuseas, vômitos, diarréia, aumento na produção de ácido oxálico (metabólito da vitamina C) e formação de cálculos renais. Ingestão e absorção: As vitaminas hidrossolúveis, quando ingeridas, são diretamente absorvidas por mecanismos de difusão simples e por mecanismos específicos de transporte na borda em escova. Não há o processo de digestão, e sim, de absorção. Muitos animais são capazes de sintetizar a vitamina C, mas o homem e outros primatas, bem como as cobaias e alguns morcegos, são os únicos mamíferos conhecidos, incapazes de sintetizar o ácido ascórbico pois não possuem a enzima hepática L- gulonolactona-oxidase, que cataliza a conversão da L-gulonolactona em ácido ascórbico. Porisso precisam ingerir alimentos que forneçam essa vitamina. A absorção ocorre no jejuno e no íleo, que são porções distais do intestino delgado, através do mecanismo de transporte ativo secundária sendo para isto necessária a presença de sódio na luz intestinal. O uso crônico de aspirinas e barbitúricos afetam a absorção de vitamina C. Quando a ingestão da vitamina aumenta muito, a absorção diminui. No ser humano adulto sadio, a reserva é de aproximadamente 1500mg com uma ingestão média diária de 45 a 75mg. Ingestões maiores que 220mg/dia aumentam a reserva orgânica total para um nível compreendido entre 2300 e 2800mg. Quando não ocorre a ingestão da vitamina C, aproximadamente 3% das reservas são diminuídas diariamente e os sintomas clínicos do escorbuto aparecem por volta de 30 a 45 dias, quando a reserva orgânica cai abaixo de 300mg. Transporte e excreção: Os sistemas de transporte agregado à membrana plasmática celular determinam a distribuição entre os fluidos extra e intracelulares. A difusão simples, a difusão facilitada e os mecanismos de transporte ativo ajudam o transporte do ácido ascórbico ao nível da membrana celular. A difusão simples poderá ocorrer ao nível da boca e do estômago, mas, considera-se ser apenas uma pequena porção da captação. Isto ocorre porque é um composto polar e tem massa molecular relativamente grande o que lhe impossibilita atravessar rapidamente a membrana. Assim sendo, o fluxo para dentro e fora da célula é controlado por difusão facilitada e transporte ativo, os quais são mediados por proteínas membranares de classes diferentes, transportadores de glicose (GLUT – glucose transporters) e transportadores de vitamina C dependentes de sódio (SVCT – sodium vitamin C cotransporters). Após a absorção pelas células epiteliais do intestino delgado, a vitamina C vai para os capilares e depois para o sistema circulatório. No rim ocorre a filtração, mas especificamente na cápsula de Bowman e ao passar pelo túbulo contornado proximal é reabsorvido para os capilares através de células epiteliais renais por transportadores ativos específicos. À medida que há o aumento da concentração plasmática de vitamina C, a capacidade dos túbulos renais de reabsorver o ácido ascórbico alcança um valor máximo e ocorre a excreção renal da parte não metabolizada. Este ponto é o limiar renal. Ocorre em concentrações plasmáticas de vitamina C de, aproximadamente, 68mol/L (1,2mg/dL). Sendo assim, a regulação renal de ácido ascórbico conserva os estoques corporais durante períodos de baixa ingestão por meio da reabsorção tubular renal, enquanto concentrações plasmáticas muito elevadas promovem a excreção da quantidade que excede o limiar renal (NRC, 2000). Vitamina B1 (Tiamina) Estrutura química: A tiamina, também conhecida como vitamina B1, é composta por uma pirimidina substituída e um componente tiazol. A tiamina tem a fórmula química: C12H17N4OS. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Thiamin.svg Funções: A tiamina combina-se com o fósforo para formar a coenzima tiamina pirofosfato (TPP), necessária à descarboxilação oxidativa do piruvato para formar acetil-coenzima A (acetil-CoA), componente principal da via metabólica do Ciclo do Ácido tricarboxílico ou Ciclo de Krebs para gerar energia. Além disso, catalisa reações de descarboxilação oxidativa de alfa-cetoácidos, catalisa reações de transcetolização, reação da via das pentosesfosfato, e apresenta um papel central no metabolismo produtor de energia, principalmente de carboidratos. Fontes: As principais fontes de tiamina são cereais, grãos, carnes (especialmente de porco), vegetais e laticínios, o polimento do arroz integral para produzir arroz branco retira o farelo rico em tiamina. Digestão, absorção, transporte, excreção: Após uma refeição, predomina no lúmen intestinal a tiamina na forma livre, a qual resulta da hidrólise da tiamina pirofosfato (TPP) presente nos alimentos, e é na forma livre que a Vitamina B1 é absorvida no intestino delgado proximal na presença de meio ácido, pelo transporte ativo (em pequenas doses) e difusão passiva (em grandes doses), no interior das células da mucosa intestinal (enterócitos) onde volta a ser fosforilada em tiamina pirofosfato (TPP) por ação da difosfocínase da tiamina. A TPP ativada é levada para o fígado pela circulação portal, dessa forma parte da vitamina retorna ao lúmen intestinal com a bile, em um ponto bem distante do local de absorção máxima. Existem pequenas quantidades circulantes de tiamina livre e tiamina monofosfato (TMP) ligadas principalmente à albumina. A captação pelas células dos tecidos periféricos ocorre por difusão passiva e transporte ativo. Os tecidos retêm a tiamina como ésteres de fosfato, a maioria dos quais estão ligados a proteínas. Os níveis teciduais de tiamina variam, sem armazenamento apreciável da vitamina, exemplo, em um adulto que come uma dieta mista a quantidade total de tiamina armazenada é cerca de 30 mg, dos quais 50% são armazenados nos músculos isoladamente e em outros tecidos como coração e fígado. Se houver um excesso de tiamina, esta será excretada pelos rins através da urina, a administração oral de doses elevadas de tiamina pode ser secretada pela mucosa intestinal dentro do lúmen, aparecendo nas fezes sob forma de tiamina não absorvida. ALIMENTOS FONTE DE TIAMINA Lúmen Intestinal Duodeno Proximal pH ácido Tiamina forma livre Recomendações: Bebês Crianças Homens Mulheres Gravidez Lactação Idade (mg/d) Idade (mg/d) Idade (mg/d) Idade (mg/d) Idade (mg/d) Idade (mg/d) 0-6 meses 0,2 1-3 anos 0,5 9-13 anos 0,9 9-13 anos 0,9 <18 anos 1,4 <18 anos 1,5 7-12 meses 0,3 4-8 anos 0,6 14-70 anos 1,2 14-18 1,0 19-50 anos 1,4 19-50 anos 1,5 19-70 1,1 Fonte: De Institute of Medicine, Food and Nutrition Board. Toxicidade: Desconhecidas. Deficiência: Por ser de grande importância para o bom funcionamento cerebral, fortalecimento do músculo e do coração, a deficiência da Tiamina resultará no desenvolvimento da Neurite Crônica Periférica (Beribéri), do Beribéri Pernicioso Agudo (fulminante) e do Beribéri Shoshin, em que predominam alterações cerebrais, nervosas, fraqueza nos músculos, insuficiência cardíaca e anormalidades metabólicas. O consumo excessivo de álcool e drogas inibe o transporte ativo, interferindo no transporte da Tiamina, ocasionando a Encefalopatia de Wernicke com psicose de Korsakoff que está associada especialmente com abuso de álcool e drogas. A deficiência também ocorre em desnutridos (baixo consumo calórico), em gestantes com hiperêmese gravídica (vômitos frequentes) e após cirurgia bariátrica (gastroplastia redutora). Vitamina B7 (Biotina) Estrutura química: A molécula de biotina, também conhecida como vitamina B7, apresenta 3 carbonos assimétricos, um átomo de enxofre em seu anel (semelhante a tiamina) e uma ponte cruzada no anel. A biotina tem a fórmula química: C10H16O3N2S Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Biotin_structure_JA.png Funções: A biotina é o cofator da enzima piruvato carboxilase por ser uma molécula especializada no transporte de dióxido de carbono (CO2). Na reação catalisada pela piruvato carboxilase, a biotina capta uma molécula de CO2 e transfere-a para uma molécula de piruvato, formando oxaloacetato, no processo de gliconeogênese. Esta Absorção: Transporte ativo Difussão passiva Fosforilação intracelular VeiaPorta Fígado transferência é possível graçasà flexibilidade da porção linear da estrutura da biotina, que permite o movimento da parte da molécula envolvida no transporte do CO2. Fontes: Pode ser encontrada através de levedura, arroz integral, frutas, nozes, ovos, carnes, leite, gérmen de trigo, laranjas, alfalfa germinada, melão, iogurte e fígado. Também é produzida por bactérias do intestino. Digestão, absorção, transporte, excreção: A biotina nos alimentos está amplamente ligada a proteínas. Ela é liberada pela digestão proteoíltica para produzir a biotina livre, a biocitina ou o peptídeo biotina. A biotinidase intestinal libera a biotina livre dos últimos dois compostos. A biotina livre é absorvida na porção proximal do intestino delgado primariamente por difusão mediada por carreador. Quantidades menores de biotina também podem ser absorvidas do cólon, o que facilita a utilização da vitamina produzida pela microflora intestinal posterior. A biotina é transportada no plasma principalmente como biotina livre, mas aproximadamente 12% também estão ligados a proteína e biotidinase. A biotina é levada para as células por um processo mediado por um carreador específico. Quantidades apreciáveis da vitamina são armazenadas no fígado, entretanto, estas reservas não parecem ser bem mobilizadas durante períodos de privação da vitamina. Um pouco da vitamina é oxidada em sulfóxidos de biotina. A biotina é rapidamente excretada na urina (95% de uma dose oral é excretada dentro de 24h) metade como biotina livre e o restante como bisnorbiotina, sulfóxidos de biotina e vários metabólitos de cadeia laterais. Recomendações: Desde o nascimento até a idade de 6 meses, os bebês devem receber pelo menos 5 mcg/d.De 7 a 12 meses de idade, a recomendação é de 6 mg/d.A ingestão adequada para adultos é de 30mg/dia. Toxicidade: A biotina não possui efeito tóxico relatado, seria necessário doses de 500 a 1000mg para que seja tóxica. Deficiência: Como a Biotina pode ser obtida a partir de vários alimentos e pelo metabolismo microbiano, a deficiência é rara, mas sua carência pode causar Furunculose, Seborréia do couro cabeludo, Eczema (dermatite), já que ela age diretamente na formação da pele, no metabolismo de ácidos graxos e proteínas. Vitamina B2 (Riboflavina) Estrutura química: Quimicamente, a riboflavina é um composto de fórmula empírica C12H20N4O6, cuja estrutura compreende uma base nitrogenada composta por três anéis de 6 C e 2 N, ligadas à ribose: Funções: Tem a função de coenzima de sistemas que intervêm nas oxidações celulares; Exerce ação promotora do crescimento; Atua na regeneração sangüínea, no fígado, no trabalho cardíaco e no aparelho ocular; Conserva os tecidos; Proteção de corticosteróides, gliconeogênese e atividade reguladora das enzimas tiroídeas; Ajuda cicatrizar feridas na boca, lábios e língua; Metaboliza carboidratos, as gorduras e as proteínas; Ajuda o organismo a aproveitar oxigênio e é importante na formação de anticorpos. Fontes: Alimentos como leite, produtos lácteos. couves e vegetais folhosos verdes como brócolis,repolho e agrião, carne (especialmente vísceras),cereais em grão (arroz, lentilha, aveia, cevada, trigo, levedo de cerveja), em frutas como o jambo, ovos, semente de girassol e ervilhas, são fontes de riboflavina, embora esta seja destruída pela exposição à luz. Digestão e absorção: A maior parte da riboflavina ingerida encontra-se sob a forma de FMN e FAD ligada a proteínas, que libertam as flavinas por hidrólise ácida no estômago. O FAD e o FMN são então hidrolisados a riboflavina pela fosfatase alcalina e pirofosfatases FMN/FAD antes da sua absorção intestinal. A riboflavina é absorvida na forma livre por um processo mediado por carregador no intestino delgado proximal. Além disso, a riboflavina produzida pela flora do intestino grosso pode ser absorvida nesta zona do intestino, utilizando transportadores funcionalmente semelhantes aos presentes no intestino delgado. Após a entrada nas células do intestino, a riboflavina é fosforilada a FMN por uma flavocinase, utilizando ATP (energia). O mecanismo molecular de absorção ainda não é bem conhecido, mas aparenta depender diretamente do número de transportadores no epitélio intestinal ou da variação da atividade destes transportadores. A disponibilidade de riboflavina regula esta atividade: um aumento da concentração de riboflavina no lúmen intestinal diminui a atividade de absorção da vitamina, enquanto que uma deficiência leva a um aumento da atividade; por esta razão é sugerido que os transportadores reconhecem a quantidade de riboflavina disponível na sua superfície apical e se adaptam conforme o nível detectado. A absorção de riboflavina é um processo mediado por carregador que requer trifosfato de adenosina (ATP). Apesar de pequenas quantidades da vitamina serem encontradas no fígado na forma de FAD e no rim sob forma de riboflavina, ela não é armazenada em qualquer quantidade útil e deve ser fornecida regularmente na dieta. Transporte e excreção: A riboflavina é transportada no plasma como riboflavina livre e FMN, ambas sendo principalmente ligadas a proteínas plasmáticas, principalmente albumina. Uma proteína específica ligante de riboflavina (RfBP) também foi identificada e acredita-se que funcione no movimento transplacentário da vitamina. A riboflavina é transportada em sua forma livre para dentro das células por um processo mediado por carreador. E a partir daí, é então convertida em FMN ou FAD; como ambas estão primariamente ligadas a proteínas, isso impede sua difusão para fora da célula e as torna mais resistentes ao catabolismo. A maior parte do excesso da riboflavina é excretada na urina. Entretanto, a riboflavina livre pode ser glicolisada no fígado e o metabólito glicolisado excretado. Recomendações Nutricionais: A vitamina B-2 é indicada nos estados carências de riboflavina (profilaxia e tratamento), suplemento de riboflavina pode ser necessário nas seguintes condições: queimaduras, febre crônica, gastrectomia, distúrbios hepáto- biliares, hipertireoidismo, infecções prolongadas, distúrbios intestinais, câncer e estresse prolongado. Indicadas também para rachaduras no canto dos lábios, inflamação da língua, dermatite seborréica, anemia e neuropatias. Toxidade: Não se sabe se a riboflavina é tóxica; doses orais elevadas são consideradas essencialmente não tóxicas. Porém, doses elevadas não são recomendadas. Deficiência: Causa dermatite seborréica, perda de apetite, pelagra, queilose (fissuras nos cantos da boca), glossite (língua com aspecto liso e avermelhado), fotofobia, ardência nos olhos, diminuição da visão, retardo no crescimento, catarata, perturbações digestivas. Estomatite angular, lacrijamento, queimação e coceira nos olhos. Síndrome urogenital, distúrbios cutâneos e mucosos. Vitamina B3 (Niacina) Estrutura química: O termo Niacina se refere a dois compostos: a nicotinamida (piridina 3-carboxamida - C6H6ON2) e o e o ácido nicotínico (piridina 3-ácido carboxílico - C6H5O2N). A nicotinamida é constituída por uma piridina, um composto aromático formado por 5 C, por uma molécula de N, e por 5 H, ao qual se liga em seu carbono de número três, o ácido carboxamida (–CONH2 ) Já o ácido nicotínico, também é formado pela piridina (C5H5N), entretanto este possui ligado ao seu carbono de número três, um ácido carboxílico (–COOH). Funções: Forma parte das coenzimas NADH e NADPH, as quais atuam em processos metabólicos de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos. Em geral, NADH e NADPH facilitam o transporte de hidrogêniopela transferência de dois elétrons, que usam o íon hidrogênio (H+) como carreador, mas desempenham papeis muito diferentes no metabolismo. As reações dependentes de NADH estão envolvidas na respiração intracelular (por exemplo: β oxidação, função do ciclo de TCA e o sistema de transporte de elétrons). A NADPH, por outro lado é importante para as vias biossintéticas (por exemplo, ácido graxo, esterol). Ácido nicotínico Nicotinamida Fontes: É produzida por bactérias, leveduras e vegetais que contenham pigmentos amarelos. Pode ser encontrada em alimentos obtidos por fermentação com leveduras. Os animais podem sintetizá-la a partir do aminoácido L- triptofano (sendo necessário 60 mg deste aminoácido para a obtenção de 1 mg da vitamina) e por isso, boas fontes são alimentos de origem animal como carnes, fígado, leite, ovos e pescado. Boas fontes vegetais são amendoim e outras leguminosas. Digestão, absorção, transporte e excreção: A niacina em muitos alimentos, particularmente aqueles com fontes de origem animal, consiste na maior parte de formas de coenzimas, NADH e NADPH, cada qual deve ser digerida para liberar as formas absorvidas, nicotinamida (Nam) e ácido nicotínico (NA). Muitos alimentos derivados dos vegetais, particularmente grãos, contêm niacina em complexos covalentemente ligados com peptídeos pequenos e carboidratos que não são liberados durante a digestão. Estas formas, coletivamente chamadas de niacitina, não são biologicamente ativas, mas podem se tornar biodisponíveis por hidrólise alcalina. Finalmente, Nam e NA são absorvidas no estômago e intestino delgado por difusão facilitada mediada por carreador. Ambas são transportadas no plasma em solução livre e cada uma é captada pela maioria dos tecidos por meio de difusão passiva, embora alguns tecidos (por exemplo, eritrócitos, rim, cérebro) também contenham um sistema de transporte para NA. A niacina é excretada na urina na sua forma metilada. A distribuição dos catabólitos na urina é dependente da quantidade e do tipo de niacina que foi absorvida, bem como a estado metabólico de niacina no indivíduo. Recomendações nutricionais: As recomendações dietéticas (RDA) ou a ingestão adequada (AI) para a niacina são atualmente dadas em termos de niacina equivalente (NE) para incluir estimativas de fontes diretas e indiretas da vitamina. Um fator de conversão médio estimado de 60 mg de triptofano para produzir 1 mg de niacina é usado para calcular NE disponível deste aminoácido. O conteúdo do triptofano de proteínas varia em torno de 1%, sendo que uma dieta com excesso de proteínas pode prover 16 mg de NE e alcançar as recomendações dietéticas adequadas sem a inclusão de niacina. Toxidade: Em geral, a toxidade da niacina é baixa. Entretanto, doses altas de 1 a 2g de NA três vezes ao dia – dosagens que foram utilizadas na tentativa de diminuir as concentrações sanguíneas de colesterol – podem ter efeitos colaterais. O principal efeito colateral é a liberação de histamina que causa rubor e pode ser prejudicial a pessoas com asma ou doenças de úlcera péptica. As altas doses de niacina também podem ser tóxicas para o fígado e os riscos são maiores com o uso de formas de liberação gradual de vitamina. O uso de megavitaminas deve ser monitorado cuidadosamente porque as grandes doses atuam como fármacos e não como nutricionais. Deficiência: Os sintomas iniciais de deficiência de niacina são: fraqueza muscular, anorexia, indigestão e erupções cutâneas. Já a deficiência grave de niacina leva à pelagra, caracterizada por dermatite, demência e diarreia (“os 3 D”), tremores e língua sensível (ou “língua carnosa”). As alterações dermatológicas são usualmente mais proeminentes. A pele exposta ao sol desenvolve uma dermatite rachada, pigmentada, descamativa. Os sintomas envolvendo o sistema nervoso central incluem confusão, desorientação e neurite. Os pacientes com pelagra podem também exibir sinais clínicos de deficiência de riboflavina, evidenciando as inter-relações metabólicas dessas vitaminas. Assim, os indivíduos que desenvolvem essa doença, provavelmente tiveram dietas não apenas muito pobres em niacina, mas também baixas em niacina, triptofano, proteínas e outros nutrientes. Vitamina B5: Ácido Pantotênico Estrutura Química: Função: O ácido pantotênico atua no metabolismo da maioria das células, na produção de energia das células e na produção de hormônios, protegendo as células dos processos de oxidação devido ao aumento da concentração intracelular de glutationa. Está envolvida na síntese de colesterol, fosfolipídeos, hormônios esteróides e porfirina para hemoglobina. É bastante utilizada em produtos cosméticos por sua propriedade hidratante e de reparação tecidual. Pode ser aplicado de maneira tópica e auxilia na cicatrização de feridas, úlceras, inflamações e escaras. Fontes: Pode ser encontrada em abundancia nos alimentos de origem animal, cereais integrais, leguminosas, fígado, levedura, nozes, laranja, gema do ovo, feijão e repolho roxo. Vale ressaltar que as melhores fontes são os ovos e as leveduras. Digestão, absorção, transporte e excreção: O ácido pantotênico existe nos alimentos principalmente como CoA e ACP (proteína acil careador). O CoA e ACP presentes na alimentação é hidrolisada no lúmen intestinal até desfofo-CoA, panteteína e fosfopanteteína. A panteteína é hidrolisada até ácido pantotênico, que pode ser absorvido na borda em escova do intestino delgado por difusão passiva e também, absorvido na corrente sanguínea através de um mecanismo de transporte ativo dependente de sódio. Portanto, a absorção requer hidrólise em fosfopanteteina e, então, conversão em ácido pantotênico. Este, é absorvido por difusão passiva e transporte ativo no jejuno e quando administrado por via oral é completamente absorvido no intestino delgado, e em pequena extensão aparentemente também no estômago, sendo inicialmente convertido em forma livre por subdivisão enzimática. A flora intestinal pode sintetizar a vitamina, mas não se sabe se há absorção no cólon. Ácido pantotênico = ácido pantóico + β-alanina. Composto branco, cristalino, sabor amargo e facilmente decomposto por ácidos ou bases. É estável em pH neutro. O ácido pantotênico é transportado na forma de ácido livre em solução no plasma podendo ser captado por difusão pelos eritrócitos que carreiam a maior parte das vitaminas no sangue ou podendo ser capturado por transporte ativo dependente de sódio, mediada por proteína carreadora específica pelas células dos tecidos periféricos. Dentro da célula, a vitamina é convertida em CoA, que é a sua forma predominante na maioria dos tecidos, particularmente no fígado, suprarrenais, rim, cérebro, coração e testículos. Antes da excreção urinária, a CoA é hidrolisada até pantotenato. O ácido pantotênico é excretado intacto na urina. Quando os seres humanos receberam 100mg/dia de ácido pantotênico, a excreção urinária foi de 60mg/dia, sugerindo que esta vitamina pode ser armazenada quando os níveis de ingestão são elevados. Outra forma de excreção dessa vitamina, cerca de 15%, ocorre pelos pulmões na forma de dióxido de carbono. Recomendações: As recomendações do Comitê de Alimentação e Nutrição de 1989 do Conselho Nacional de Investigação Americano, sugerem uma ingestão dos 4 aos 7 mg diários, baseada na ingestão média estimada dos habitantes bem alimentados dos EUA e na correspondente excreção na urina. A dose temporária para crianças é de 2 – 3 mg diários, aumentando gradualmente para os níveis dos adultos até os 11 anos. Idades QuantidadeLactentes (0 a 6 meses) 1,7 mg/dia Lactentes (7 a 12 meses) 1,8 mg/dia Crianças (1 a 3 anos) 2 mg/dia Crianças (4 a 8 anos) 3 mg/dia Adultos (9 a 13 anos) 4 mg/dia Adultos (14 a 70 anos) 5 mg/ dia Adultos (+70 anos) 5 mg/ dia Toxidade: Não existe toxicidade relatada, porém quando pacientes foram tratados com até 15g/dia de ácido pantotênico, observaram sintomas de lupo eritematoso, náusea e desarranjo intestinal. Deficiências: Os casos de deficiência desta vitamina são raros, já que ela está presente em muitos alimentos. Entre os fatores de risco para a deficiência de vitamina B5, encontram-se as drogas antagônicas. Não ocorre isoladamente, mas em conjugação com deficiências de outras vitaminas do complexo B. O uso intenso de antibióticos também coopera para a deficiência de ácido pantotênico, pois lesam as bactérias intestinais que produzem esta vitamina. Dietas ricas em alimentos processados podem levar a carência desta vitamina, pois no processo de industrialização é eliminada sua atividade biológica. A deficiência pode trazer consigo sintomas como vômitos, desconfortos gastrointestinais, fadiga, câimbras e insônia. Vitamina B6: Piridoxina Estrutura Química: Há tradicionalmente três formas dessa vitamina e o que as diferencia é a natureza do grupo funcional ligado ao anel: Piridoxina: uma amina, radical CH2OH (ocorre primariamente em plantas); Piridoxal: um aldeído, radical COOH; Piridoxamina: um álcool, radical CH2NH2 (em alimentos de origem animal). As três formas podem servir como precursores do piridoxal-5-fosfato(PLP) que é a forma ativa da vitamina. Funções: Desempenha um papel vital para cerca de 100 enzimas que catalisam reações químicas essenciais no corpo humano. Dentre elas estão: Regulação do metabolismo de aminoácidos, Produção de energia, Produção de neurotransmissores/formação da bainha de mielina, Formação da hemoglobina, Função hormonal, Síntese de ácidos nucleicos, Metabolismo dos ácidos graxos poliinssaturados e Metabolismo da homocisteína. Fontes: A vitamina B6 é encontrada em maior proporção em alimentos de origem animal (carne de vaca, frango, porco, peixe), ovos e leite. Entre os vegetais destacam-se a batata inglesa, aveia, banana, gérmen de trigo, levedo de cerveja, nozes, sementes de girassol, abacate e grãos integrais. Absorção, Transporte e Excreção: As três formas da vit. B6 são desfosforiladas enzimáticamente na borda em escova da membrana por fosfatase alcalina só depois ela é absorvida por difusão passiva no jejuno e íleo. Depois de absorvidas são fosforiladas pela PL quinase para impedir sua saída da célula da mucosa intestinal. Tanto o piridoxal quanto o piridoxal-5-fosfato são transportados no plasma e nas células vermelhas e podem estar ligados a albumina no plasma e a hemoglobina nos eritrócitos. A forma predominante da vitamina no sangue é o piridoxal fosfato. O fígado é o principal local do metabolismo da vitamina B6. Uma vez metabolizada pode ser excretada na forma de ácido-4 piridóxido principalmente por via renal. Recomendações: Ingestão diária de piridoxina de acordo com a Recommended Dietary Allowances (RDA). RDA Dosagem diária Crianças 1-8 anos 0,5-0,6 mg Crianças 9-13 anos 1mg Adolescentes 14-18 anos 1,2-1,3mg Adultos > 18 anos 1,3-1,7 mg Gestantes 1,9mg Lactantes 2mg Toxicidade: Altas doses de piridoxina (0.5 a 6 g/dia) podem ser neurotóxicas e causar lesões dermatológicas com sinais e sintomas que incluem formigamento de mãos e pés, redução da coordenação muscular e dificuldade de caminhar. Eles desaparecem com a suspensão ou redução da dose elevada. A alta ingestão da vitamina B6 pode reduzir os níveis plasmáticos de folato e levar ao quadro de neuropatia periférica. Deficiências: Grave deficiência da vitamina B6 é incomum. Etilistas são mais propensos a essa deficiência devido à baixa ingesta na dieta e prejuízo no metabolismo dessa vitamina. Já que o acetaldeído proveniente do metabolismo do etanol diminui a conversão celular do PLP, além de competir com o mesmo pela ligação à proteína; essas interações fazem com que o PLP fique mais susceptível à hidrólise. Em função de sua importância para a síntese do GABA e outros neurotransmissores, a deficiência de piridoxina pode estar associada à ocorrência de convulsões. Os sintomas de deficiência de piridoxina se manifestam primeiramente em problemas dermatológicos, circulatórios e neurológicos. Pelo fato de agir em muitas vias metabólicas, possui uma variedade de sinais e sintomas: Comportamentais e neurológicos: mudança de personalidade, perda do senso de responsabilidade, aprendizado deficiente, esquecimento dos sonhos, depressão, ataxia , neurite periférica, movimentos anormais da cabeça, agilidade e mobilidade alterados, parestesias, Autismo, Alzheimer, capacidade mental reduzida do recém-nascido se deficiência grave de B6 na gestação; Ortopédicas: artrite, síndrome do túnel do carpo; Cardiovasculares: Infarto Agudo do miocárdio e AVC, tromboses; Hematológicas: anemia microcítica; Gastroenterológicas: náuseas/vômitos, glossite, hipertrofia de papilas gustativas; Urológicas: formação de cálculos renais, câncer de próstata; Imunológicas: redução da resposta secundaria especifica da imunidade humoral; Ginecológicas: Doença fibrocística de mamas, câncer de mama; Pneumológicas: Asma Dermatológicas: eczema, acne, dermatite seborréica, lesões nas membranas mucosas, estomatite angular; Outros: retenção de líquidos, fadiga. Vitamina B9 ou Ácido Fólico Estrutura química: Os folatos constituem um grupo de compostos heterocíclicos nos quais o ácido pteróico está conjugado com um ou diversos resíduos de ácido L- glutâmico. Em geral, os termos folatos e ácido fólico são considerados como sinônimos. Outros utilizam os folatos para designar os poliglutamatos que são as formas desta vitamina naturalmente presentes na alimentação e reservam o termo ácido fólico para o monoglutamato sintético, o ácido pteroilglutâmico. O tetra-hidrofolato (THF) é o composto presente em todas as formas biologicamente ativas dos folatos, com diferentes substituições nas posições 5 e 10 do núcleo pteridina (RAMOS, 2004). Função: O ácido fólico é uma vitamina hidrossolúvel sendo pouco armazenada no organismo. É essencial para as reações metabólicas específicas no meio celular e vital para o funcionamento e crescimento normal do organismo (PACHECO, 2004). O folato tem importante papel na formação do DNA e RNA, aspecto central do desenvolvimento fetal (FONSECA et al, 2003). Como um dos suplementos mais usados pelos médicos durante o período gestacional, o ácido fólico não só é importante durante a gravidez, mas nos períodos de lactação, pois ajuda na formação de anticorpos que serão transmitidos para o bebê durante a amamentação (BASSOUL, 1998). Segundo Uehara e Rosa, as coenzimas do folato também são necessárias para a transformação de unidades monocarbonadas e para a maturação das hemácias e dos leucócitos na medula óssea. Digestão: É encontrado nos alimentos na forma de poliglutamato e transformado em monoglutamato na mucosa intestinal pela folil conjugase do pâncreas, e nesta forma é absorvido no intestino delgado por transporte ativo e difusão (FAIRBANKS et al, 1998). Contudo, em meio alcalino, sua digestão diminui durante a passagem pelo trato gastrintestinal (MEZZOMO et al, 2007). Absorção: A absorção do folato alimentar em concentrações fisiológicas no homem é feita principalmente no primeiro terço do intestino delgado, por processo ativo saturável dependente de pH (no máximo6,3) e de sódio, apesar de ocorrer também em toda a extensão do mesmo. Nesta absorção interferem várias enzimas conjugases presentes na mucosa do intestino que desconjugam os poliglutamatos em monoglutamatos, através da redução ou da metilação dos diferentes compostos. Porém, em altas concentrações, atravessa diretamente a parede dos enterócitos sem tais modificações (RIBEIRO et al, 2002). Apenas os monoglutamatos são absorvidos no intestino delgado (MAHAN et al, 1995) O folato usualmente na forma de poliglutamato nos alimentos é quebrado para a forma de monoglutamato pela folil conjugase do pâncreas e conjugase mucosa da parede intestinal. A biodisponibilidade naturalmente presente nos alimentos varia de 40 a 70%. Durante ou após a absorção, o ácido monoglutâmico é transformado em ácido metiltetrahidrofólico e armazenado. Os folatos monoglutamatos são convertidos a poliglutamatos pela ação da enzima pteroilpoliglutamato sintase, que reconhece tetrahidrofolato (THF), porém parece não reconhecer 5-metil THF que, ou sofre demetilação ou é utilizado antes da poliglutamação. A poliglutamação intracelular é de grande importância na regulação da homeostase de folato, pois essencialmente todo folato celular se encontra na forma de poliglutamatos para suas diversas funções de coenzimas, bem como para ser retido na célula (BAILEY, 1990). Transporte: O folato é estocado principalmente no fígado e secretado na bile, onde a circulação êntero-hepática reabsorverá e reutilizará esses folatos, diminuindo as perdas orgânicas. O folato se torna essencial para a manutenção do nível sérico, pois se estiver reduzido, poderá interferir no fornecimento de folato para a medula óssea e outros tecidos. O folato circulante, principalmente como metil-THF, em sua maioria é transportado ligado a proteínas de baixa afinidade como albumina, globulina e hemoglobina e apenas uma pequena parte do folato plasmático está ligado à proteína ligante específica de alta afinidade (FUJIMORI et al, 1999; 2000). Excreção: O armazenamento do ácido fólico processa-se principalmente no fígado, num teor de cerca de 50%. A excreção é feita através da bile e da urina na forma de folato, em formas metabolicamente ativas e inativas. Parte do folato secretado na bile pode ser reabsorvido no intestino pela circulação êntero-hepática. Recomendações: A recomendação dietética diária de folato para homens adultos é de 200 µg, mulheres adultas de 180 µg, gestantes de 400 µg e nutrizes de 280 µg (FNB, 1989).Diferente da Vitamina B12 (cobalamina), a recomendação para folato é relativamente alta e muitas vezes difícil de alcançar apenas pela dieta, como nos períodos de gestação e lactação, somado com as perdas pelo processamento do alimento que chegam a ser substanciais (McNulty, 1995). Deficiência: A deficiência de folato resulta da biossíntese prejudicada de DNA e RNA, reduzindo a divisão celular e alterando a sua morfologia, sendo mais perceptível nas células de rápida taxa de multiplicação (hemácias,leucócitos,células epiteliais do estômago,intestino,etc.) podendo caracterizar uma anemia megaloblástica além de outros distúrbios sanguíneos,diminuição do crescimento, distúrbios no trato gastrointestinal, alteração na medula óssea e lesões nas mucosas. Além de estar relacionado ao aporte deficiente – dieta, alcoolismo e uso de fármacos; perdas – hemodiálise; requerimentos aumentados – gestação, lactação, crianças em crescimento e desarranjos metabólicos. Outros sintomas característicos da deficiência são: irritabilidade, anorexia, perda de peso, cefaleia, dor na língua, glossite, diarreia, má absorção, dispneia, palpitações, dermatite, acne, febre, neuropatia e problemas de memória. Toxidade: Administração de doses maiores de 15mg favorece a deposição de cristais de ácido fólico nos rins. Fontes: O Ácido Fólico é encontrado praticamente em todos os alimentos naturais na forma de derivados reduzidos. As principais fontes de folato alimentar são as vísceras, carnes, ovos, feijão e vegetais de folhas verdes como espinafre, repolho e brócolis. Vitamina B12 Estrutura química: Compostos de cobalamina que contêm um núcleo semelhante à porfirina, de cobalto centrado num núcleo de corrina. Compostos de cobalamina mais ativos que exibem atividade de vitamina B12: Cianocobalamina e Hidroxicobalamina. Funções: A cobalamina, funciona em duas formas de coenzima: a adenosilcobalamina e a metilcobalamina, é fundamental no metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas (participa da síntese de aminoácidos). Atua na formação dos ácidos nucléicos e, portanto é imprescindível para o funcionamento de todas as células, principalmente do trato gastrointestinal, tecido nervoso e medula óssea. No tecido nervoso seu papel específico é na formação da bainha de mielina dos neurônios. No sistema hematopoiético, é responsável pela maturação das hemácias. Está também relacionada ao metabolismo de folato em que a vitamina B12 é necessária para a transferência de um grupo metila do metilfolato e para a produção de tetraidrofolato necessário à síntese de DNA. Fontes: A vitamina B12 é sintetizada por bactérias, mas a vitamina produzida pela microflora do cólon intestinal não é absorvida. As fontes mais ricas da vitamina são fígado e rim, leite, ovos, peixe, queijo e carnes com músculo. Digestão: A vitamina B12 que está ligada às proteínas no alimento e é liberada para o ambiente ácido do estômago através da ação da pepsina no ácido clorídrico que vai quebrar as suas ligações peptídicas. A vitamina então se combina com as proteínas R (também chamadas de haptocorrina) no estômago e se move para o intestino delgado, onde as proteínas R são hidrolisadas pelas proteases pancreáticas e a vitamina é libera novamente liberada e é nesse momento que o fator intrínseco, uma proteína ligadora específica para B12, produzido no estômago, se liga à cobalamina (complexo B12-FI). Se não houvesse o fator intrínseco (FI) a cobalamina seria pouco absorvida. Absorção: Com a formação do complexo B12-FI, a absorção vai ocorrer nos receptores localizados na porção distal do íleo, na presença de cálcio. Estes receptores não reconhecem a vitamina separadamente, ela tem de estar associada ao FI. Após o reconhecimento pelos receptores no íleo, o complexo é internalizado no enterócito por endocitose. Aos endossomos formados com o complexo B12-FI fundem-se os lisossomos, e a vitamina B12 é liberada para o citosol do enterócito. A absorção pode ocorrer também por difusão simples, sendo responsável por somente 1 a 3% de absorção da vitamina. Se não houvesse o fator intrínseco a cobalamina seria pouco absorvida. Transporte e Armazenamento: Logo após o processo de absorção, a cobalamina se liga às proteínas plasmáticas conhecidas como transcobalamina,s e é transportada para a corrente sanguínea . A TCIII é a principal proteína de transporte das cobalaminas recém-absorvidas à medida que circulam para os tecidos periféricos. A apreensão pela célula de vitamina B12 parece ser mediada por um receptor específico de TC que internaliza o complexo TC-vitamina. Após a degradação lisossômica de TC a vitamina livre é liberada para ligação a enzimas dependentes de vitamina B12. Em pessoas com o seu estado nutricional normal, a vitamina B12 é armazenada em quantidades desejáveis (~ 2.000µg), principalmente no fígado (60%), que acumula um estoque substancial - por cerca de 5 a 7 anos – a maior parte dele na forma de adenosilcobalamina, no músculo (30%) e a forma metilcobalamina é a mais predominante no plasma (60 – 80%). Excreção: A excreção da vitamina B12 ocorre via apoptose no trato digestório, rins epele. A apoptose ocorre de forma lenta, isso é comprovado pelo fato de que indivíduos que sofreram gastrectomia total levam cerca de 4 a 7 anos para desenvolver a deficiência da cobalamina e juntamente com esse lenta apoptose, há a produção de mais de 1µg de vitamina B12 pelos receptores localizados no íleo, fatores que poderiam explicar a baixa ocorrência da deficiência dessa vitamina em indivíduos sadios. Recomendações: A RDA de vitamina B12 é de 2,4 µg para adultos; Ingerir doses de 1mg/dia (considerada uma dose alta); adultos com mais de 50 anos e idosos é recomendável consumir vitamina B12 em alimentos fortificados ou suplementos para atender a RDA; na ausência de FI, serão absorvidos 1-2% da carga ingerida. Toxicidade: A vitamina B12 é de baixa toxicidade e até mesmo doses altas parecem não ser prejudicial a indivíduos saudáveis. Porém, esse excesso pode interferir na ação farmacológica de anticonvulsivantes. Deficiência: Pode-se dizer que a causa mais comum da deficiência de vitamina B12 é a má absorção da vitamina decorrente de produção e secreção inadequada de FI. Doença conhecida como anemia perniciosa que pode ser resultado do envelhecimento e consequente atrofia das células parietais gástricas, tornando-se um distúrbio comum nos idosos. O indivíduo pode apresentar-se com pele e olhos amarelados, língua muito vermelha: lisa e carnuda, podendo em casos mais graves levar a transtornos hematológicos, neurológicos e cardiovasculares. A inadequada quantidade de B12 leva a uma deficiência de folato em função da captação de metilfolato. Em contrapartida, a suplementação de folato tem a capacidade de amenizar a anemia causada pela deficiência de B12. Grupo de risco: alcoólatras, medicamentos - colestiramina, colchicina, neomicina (absorção reduzida). Idosos e indivíduos com problemas de absorção gastrintestinal. Dieta exclusivamente vegetariana. (deficiência de B12 em bebês amamentados por mães vegetarianas). SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS Usualmente, as vitaminas estão classificadas em dois grandes grupos: hidrossolúveis e lipossolúveis. O fator solubilidade afeta suas forma e função dentro da célula, de modo que as vitaminas hidrossolúveis, que incluem o grupo do complexo B e ácido ascórbico (vitamina C), atuam como cofatores em reações metabólicas fundamentais, que regulam a energia, o metabolismo proteico e de aminoácidos assim como, a divisão celular. Também auxiliam o nosso sistema imune e na diminuição de espécies reativas de oxigênio. O armazenamento destes micronutrientes no corpo é relativamente pequeno, por isso é requerido a sua ingestão regular. Ao realizarem seus papeis, essas vitaminas são eliminadas naturalmente pela urina. Seus excessos normalmente não são prejudiciais. No entanto, deve-se ter cuidado em suas suplementações, pois esses excedentes podem sobrecarregar e comprometer os órgãos de excreção. Estes micronutrientes presentes em alimentos naturais não apresentam necessidade de ingestão extra-alimentar em indivíduos eutróficos, desde que a quantidade seja adequada para a idade do indivíduo. No entanto, quando um enfermo portador de alguma patologia não relacionada a falta e excesso de vitaminas ou quando este, pratica algum esporte que exija maior performance corporal que um exercício rotineiro, pode haver a necessidade da suplementação vitamínica. Numa realidade na qual o suplemento vitamínico é comercializado e ingerido livremente como fonte de saúde, é necessário esclarecer os prós e contras dessa prática e ainda, mesmo que necessário, é importante o acompanhamento de um nutricionista para a adoção deste. Neste resumo, relataremos os principais motivos de suplementação de vitaminas hidrossolúveis, destacando o exercício e algumas patologias relacionadas em grupos que são mais suscetíveis. PATOLOGIAS Inicialmente, é interessante pontuar uma questão bastante discutida hoje: o vegetarianismo e veganismo. Indivíduos que optam por tal tipo de dieta não consomem alimentos de origem animal e, portanto, não consomem nutrientes que compõem apenas esse tipo de produto. Tal é o caso da vitamina B12. Essas pessoas necessitam, portanto, de acompanhamento nutricional para que haja suplementação de tal vitamina. Indivíduos com problemas gastrointestinais, deficiência de fator intrínseco (responsável pela absorção da vitamina), idosos e, especialmente, pessoas que passaram pela cirurgia Bariátrica, também estão no grupo de risco de adquirir deficiência dessa substância e devem procurar orientações, principalmente se estiver começando a ter problemas relacionados à perda de memória. Doenças famosas, como o mal de Alzheimer e Parkinson, também podem ter relações com vitaminas hidrossolúveis. Tais doenças são derivadas de degenerações neurológicas e estão relacionadas ao estresse oxidativo (acúmulo de espécies reativas). Desse modo, o efeito de vitaminas antioxidantes pode ser benigno em portadores da doença, retardando (não bloqueando) o acúmulo de tais reativos, e entre as essas vitaminas está o ácido ascórbico (vit C). Pesquisas indicam que o efeito antioxidante da vitamina C protege os neurônios do estresse oxidativo, além de restaurar a forma reduzida da vitamina E, também antioxidante. Observou-se, por experimentos, que o suplemento dessa substância é efetiva em pacientes com tais doenças neurodegenerativas, mas não nos que possuíam tendências a adqui-las. Nestes, o suplemento não mostrou eficácia, sendo melhor adotar uma dieta com a recomendação adequada. A suplementação de vitamina C também tem sido relacionada com a redução de risco de alguns tipos de neoplasias, doenças cardiovasculares e até de catarata, além de prevenir gripes e resfriados, por exercer papel importante no nosso sistema imune. O mal de Parkinson também tem relações com a vitamina B2, que se mostrou com grande capacidade de reverter a doença quando aliadas à retirada das carnes vermelhas da dieta, uma vez que estas dificultam a absorção da vitamina, e, consequentemente, prejudicam o metabolismo do indivíduo. Dessa forma, a suplementação de riboflavina (vit B2) nessas pessoas é uma terapia que se mostra bastante eficaz. A B2 é indicada também para câimbras e fadigas musculares, alguns tipos de enxaqueca e até no combate a acnes rosáceas; sendo sempre necessário o acompanhamento médico-nutricional. O suplemento da vitamina B3 tem algumas ações semelhantes às das anteriores. São usadas contra problemas neurológicos, como a esquizofrenia, alucinações devido a drogas, doença de Alzheimer e a perda da capacidade de pensar relacionada com a síndrome cerebral crônica, depressão, tonturas, dependência de Álcool e edema. A niacina e niacinamida (formas de B3) são encontradas em muitos suplementos de vitaminas do complexo B para tratamento de níveis elevados de colesterol, e também se têm usado juntamente com outros tratamentos para problemas de circulação, enxaqueca e diminuição da diarreia associada com a cólera. A vitamina B3 pode estar associada a uma série de ações preventivas de doenças (prevenção de acne, hanseníase, perda de memória, cólicas menstruais, cataratas, problemas cardíacos, entre outros), mas tais ações não são comprovadas. Um exemplo disso é o fato de algumas pessoas consumirem mais B3 e terem menor risco para desenvolver a doença de Alzheimer em comparação aos que consomem menos, porém não há evidências que mostrem que tomando uma niacina suplementar haverá a prevenção de tal doença. A vitamina B1 está relacionada com algumas situações clínicas especiais, dentre as quais se destacam pacientes com cardiomiopatia em uso de diuréticos, com infecção pelo vírus HIV ecom anorexia nervosa. Nesses casos, a suplementação se mostra bastante eficaz, reduzindo ou controlando os problemas de tais pacientes. Outra situação em que os efeitos são controlados pela suplementação de tiamina (vit B1) é em indivíduos com alcoolismo crônico, que acabam desenvolvendo problemas cardíacos pela hipovitaminose; e também na doença de Wernicke-Korsakoff, caracterizada por problemas neurológicos, como perda de memória recente e confusão. Essa vitamina, além de tudo, ainda é eficaz no cobate às dores, como reumáticas, algias dos amputados, cancerosos e artríticos. Alguns estudos mostram que suplementos de vitamina B6 pode ser capaz de reduzir os sintomas pré-menstruais, incluindo alterações de humor, irritabilidade, falta de concentração, ansiedade e inchaço, além de náuseas e vômitos durante a gravidez. Pesquisas indicam também, que pessoas com níveis mais altos de vitamina B6 no sangue têm melhor memória. Por outro lado, mostram que as pessoas com baixos níveis dessa vitamina podem estar em risco aumentado para alguns tipos de cancro, como o cancro colorectal. É notável que a suplementação de piridoxina traga benefícios, no entanto, o consumo de altos níveis desta através de suplementos dietéticos por um ano ou mais pode causar sérios danos ao sistema nervoso, causando perda de controle dos movimentos do corpo. Em geral, esses sintomas tendem a desaparecerem quando para- se de tomar os suplementos. Outros sintomas de excesso de vitamina B6 incluem reações dolorosas da pele e aparência desagradável, sensibilidade à luz solar, náuseas e azia. O ácido pantotênico (vit B5) é bem utilizado em doentes sujeitos a intervenções cirúrgicas. No período pós-operatório a pessoa operada pode apresentar complicações quanto à absorção intestinal causando distensão, náuseas e vômitos. Com a aplicação de algumas doses da vitamina é possível obter uma redução do risco na operação e a diminuição das complicações durante o período pós-operatório. Outras aplicações da vitamina B5 é no caso de perturbações da nutrição das unhas, cãibras da gravidez, vermelhidão das nádegas em lactantes, seborreia, queda de cabelo e calvície. A biotina (vit B7) apresenta um papel fundamental na manutenção da integralidade da pele. Na medida em que se trata de formas localizadas ou generalizadas, como a síndrome de Leiner-Mossus, as dermatites seborreicas e, em especial, a dermatite seborreica do lactante, constituem a indicação habitual da biotina. A associação da vitamina B7 à B5 tem apresentado resultados particularmente interessantes no tratamento de acnes e de todas as alopecias em adultos. Já o ácido fólico (vit B9) é usado no tratamento do sprue tropical, em pacientes com esta doença, a droga parece exercer um efeito benéfico na mucosa anormal e corrigir a deficiência de folato. A associação da vitamina B9 com ferro pode estar indicada para prevenção ou tratamento de anemia megaloblástica da gravidez e da infância. Na maioria dos indivíduos a suplementação pode ser requerida para prevenir a deficiência da vitamina em pacientes com condições que aumentam as necessidades como gravidez, nutrição e anemia hemolítica crônica. A associação do ácido fólico com ferro é indicada para prevenção ou tratamento de anemia megaloblástica da gravidez e da infância. Evidências indicam também que o uso profilático de nutriente, iniciado antes da gravidez, pode reduzir risco de defeitos fetais to tubo neural, incluindo espinha bífida, anencefalia e encefalocele. SUPLEMENTAÇÃO NO EXERCÍCIO Como as vitaminas são nutrientes essenciais, é virtualmente certo que uma deficiência ou um estado subótimo de qualquer vitamina irá, em qualquer ponto, prejudicar o desempenho físico. Inversamente, muitos estudos revelam melhora na performance corporal com suplementação vitamínica. Isto seria esperado se a adição de vitaminas estivesse corrigindo um estado de deficiência do indivíduo. Diante vários estudos, pode ser demonstrada a eficácia, ineficiência ou a danificação do desempenho físico diante da suplementação de vitaminas. A tiamina (vit B1) melhora a circulação e ajuda a produção de ácido clorídrico, a formação de sangue e o metabolismo de carboidratos, além de demonstrar extrema importância para a tonicidade muscular normal dos intestinos, estômago e coração. Os atletas com aumento do gasto energético podem ter suas necessidades totais de tiamina aumentadas, uma vez que a deficiência desta pode causar aumento nos níveis de lactato do sangue mesmo com a ingestão adequada de carboidratos, comparando com indivíduos bem nutridos. A vitamina B1 atua na formação de energia, sendo a coenzima nas reações que implicam na remoção de dióxido de carbono. O gasto energético reparado pelo Ciclo de Krebs de um praticante de exercícios físicos revela o quão é necessária ingestão de tiamina para o êxito de suas atividades, porém, dados sobre tiamina são equivocados e necessitam de uma suplementação de estudos sobre o efeito da suplementação de tiamina perante a prática de exercícios físicos. A riboflavina (vit B2) é necessária para a formação de hemácias, produção de anticorpos, respiração celular e crescimento. Além disso, participa do metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas que, são de extrema necessidade para a desenvoltura da atividade física. Experimentos realizados com a suplementação de niacina (vit B3), que funciona como componente das coenzimas NAD e como NADP, revelam que esta prejudica a mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo, prejudicando o desempenho da resistência e ainda, expõem que a atividade física extenuante resulta num decréscimo na excreção do metabólito da niacina. O metabolismo da vitamina B6, necessária ao metabolismo dos aminoácidos, não é alterado pelo exercício físico no organismo humano. Existem relatos de alterações no nível plasmático e excreção de metabólitos com o exercício em vários estudos com o nível de glicogênio muscular e a quantidade de carboidratos da dieta afetando estas alterações. Os efeitos da suplementação de piridoxina (vit B6) sobre o desempenho físico têm produzido resultados equivocados, mas principalmente negativos. A função do ácido pantotênico (vit B5) nos tecidos é predominantemente como parte da estrutura da coenzima A, cofator envolvido com o metabolismo de carboidratos, lipídios e aminoácidos. Assim, sugerem-se efeitos positivos sobre o desempenho do atleta suplementado. Suplementares de cianocobalamina em atletas também demonstram aumento de energia. Estudos comprovam mesmo que a deficiência não seja comum em pessoas saudáveis normais, o corpo de um atleta tem necessidades extras devido aos exercícios intensos e mudanças de hábitos alimentares, assim não podendo ser comparado com a média das pessoas saudáveis. Normalmente atletas de competição suplementam com a vitamina B12 buscando, através de proteínas, carboidratos e gorduras; produção de energia, ajuda na formação das células vermelhas do sangue, e um bom funcionamento do sistema nervoso. O ácido fólico (vit B9), assim como a biotina (vit B7), funciona sob a forma de coenzimas. Estes atuam como um doador ou aceptor de unidades de carbono em várias reações envolvidas no metabolismo de nucleotídeos e aminoácidos. Paralelamente, a biotina possui função metabólica do metabolismo energético, de aminoácidos e na síntese de lipídios. Não existem estudos sobre o ácido fólico e exercício físico que possam obter uma conclusão de como ou se esta vitamina interage com a atividade física. Alguns estudos envolvem a biotina, porém os dados atuais são insuficientes para se chegar à conclusão sobre a relação entre a biotinae o desempenho físico. A vitamina C é considerado um dos reforçados antioxidantes, por sua capacidade em doar elétrons e inibir os radicais livres, diminuindo em até 30% o estresse oxidativo, e ainda potencializa a ação de outros antioxidantes, principalmente a vitamina E. Adicionalmente, a vitamina C possui papel essencial na manutenção no tecido conjuntivo, cartilagem e tecido ósseo, importantes componentes corporais que sempre devem ser preservados pelo o atleta. Alguns estudos demonstraram que a suplementação de ácido ascórbico por um tempo prolongado pode causar benefícios em relação à dor e à lesão muscular, e ainda melhora a condição física, pois, participa do retardo do inicio da fadiga. Alguns efeitos colaterais de sua alta ingestão estão relacionados à diarreia e a distúrbios gastrintestinais, excreção de oxalato e formação de cálculos renais, excreção de ácido úrico, aumento na absorção de ferro podendo levar a uma sobrecarga, diminuição nos níveis de vitamina B12 e cobre; aumento na demanda de oxigênio e até mesmo efeitos pró-oxidantes. A necessidade de suplementação para melhora da performance corporal em atletas e êxito no tratamento de enfermos revela o quanto estes micronutrientes são importantes para o desencadeamento da saúde do ser humano. A dosagem e o período de ingestão, com referência a cada patologia ou ao exercício praticado, a idade e o sexo do indivíduo, demonstram-se essenciais para uma otimização dos resultados requeridos por essa prática. O acompanhamento de um profissional é necessário para esta consumação devido aos estados oscilatórios da fisiologia do corpo humano, que, estando em homeostasia, requer um interrompimento da suplementação e adoção apenas de uma dieta equilibrada para obtenção destes componentes. Referências Bibliográficas ALVES, Lilian F.A. et al .Beribéri pós bypass gástrico: uma complicação não tão rara. Relato de dois casos e revisão da literatura, Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo, v.50, n.3, June 2006. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S000427302006000300021&l ng=en&nrm=iso>. access on 10 Nov. 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S0004- 27302006000300021. AIRES, M. M. et al. Fisiologia. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. ANGELIS, R. C.; TIRAPEGUI, J. Fisiologia da nutrição humana. Aspectos básicos, aplicados e funcionais. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2007. ARANHA, F.Q. et al. O papel da vitamina C sobre as alterações orgânicas no idoso. 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