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Coloração de Gram - Técnica e História A Coloração de Gram ou Técnica de Gram como também pode ser chamada, é muito utilizada em análises clínicas por ser facilmente realizada, barata e oferece ao clínico indícios do possível patógeno que poderá mais tarde ser devidamente identificado pelas culturas na microbiologia. Técnica 1- Confeccionar o esfregaço e fixá-lo com calor; 2- Cobrir com violeta de cristal por 60 segundos; 3- Lavar com água destilada; 4- Cobrir com Iodo de Gram ou Lugol por 60 segundos; 5- Lavar com água destilada; 6- Descorar com álcool-acetona, 10-20 segundos; 7- Lavar com esguicho de água destilada; 8- Corar com fucsina por 60 segundos 9- Lavar com água destilada, secar e observar ao microscópio. Obs. Vale ressaltar que todas as técnicas de coloração possuem modificações principalmente quanto ao tempo dos corantes. Cabe ao laboratorista testar qual se aplicar melhor a sua rotina. História Esta técnica foi inicialmente descoberta pelo médico dinamarquês Hans Chistian Joachim Gram (1853 - 1958) em 1884 buscando melhorias na visualização microscópica de amostras infectadas. Como muitos outros, Gram faleceu sem que recebesse os devidos créditos pelas suas descobertas. Coloração Toda a coloração é baseada na espessura da parede celular bacteriana. As bactérias denominadas "Gram +" possuem parede espessa e homogênea, geralmente não estratificada e constituída principalmente por peptideoglicano enquanto as "Gram -" também possuem peptideoglicano na constituição de sua camada porém, essa é mais fina em relação as Gram +. Espessura da camada de peptideoglicano das bactérias Gram + Espessura da camada de peptideoglicano das bactérias Gram - Após a fixação do esfregaço, o cristal violeta é adicionado corando todas as bactérias (Gram + ou -) sem diferencia-las. A adição do lugol permite a fixação do cristal violeta no citoplasma devido a formação de complexos insolúveis. Ao adicionar o solvente alcool-acetona a camada lipídica das bactérias Gram - é destruída permitindo que na lavagem o complexo cristal violeta-lugol seja retirado, perdendo a coloração primária. Por último temos a utilização de fucsina, responsável pela coloração avermelhada do citoplasma das Gram -. Resultado: Gram +: bactérias de cor violeta Staphylococcus aureus Streptococcus pyogenes Gram -: bactérias avermelhadas Pseudomonas aerugionosa Escherichia coli CUIDADO - se prolongar a exposição do solvente, o complexo formado pelo cristal violeta + lugol pode ser retirado de todas as bactérias e não somente das Gram -. - a não utilização do solvente fará com que todas permaneçam coradas de violeta levando a uma falsa interpretação.
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