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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL Adriano C. Silva, Ismael B. Berlanda e Regis Kerkhoff 2°fase – Licenciatura em Geografia Professor: Dr. Ederson Nascimento CARTOGRAFIA SISTEMÁTICA LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO COM GPS Chapecó – SC 2015 INTRODUÇÃO O presente trabalho é a elaboração do levantamento planialtimétrico com GPS no loteamento Di Fiori, aonde levantamos informações planimétricas e de localização, no qual conseguimos através disso desenvolver o croqui, curvas de níveis e o tamanho da área mapeada. Também destacamos a história do sistema geodésico, desde os primeiros passos para a comprovação da forma da Terra e qual o seu tamanho aproximado, além dos fundamentos do sistema GPS e como ele funciona. Assim apresentamos o trabalho elaborado a partir do levantamento de campo aonde foi representado a variação planialtimétrica da área mapeada, no qual podemos observar através das curvas de nível a variação do terreno. GPS Com o avanço das tecnologias foi possível desvendar muitos enigmas, principalmente durante a corrida espacial entre as duas superpotências no período da Guerra Fria, entre elas a forma do planeta, aonde com a ajuda das imagens de satélite ficou comprovado que a terra tem uma forma esférica. No entanto só foi possível calcular o tamanho aproximado do nosso planeta por volta de 200 a.C, na época o sábio Erastóstenes conseguiu a medida aproximada que é de 46 250 000 metros, numero muito próximo do que temos hoje segundo o Elipsoide de Referencia Internacional que é de 41 671 478, 94 metros. Mas somente no século XVII chegou-se a conclusão que a terra não era uma esfera perfeita, através de um experimento utilizando um relógio com um pendulo de um metro. O astrônomo francês Jean Richer na cidade de Caiena, no qual se baseou na lei gravitacional de Newton pode perceber a diferença da gravidade entre as duas cidades, aonde chegou à conclusão de que a distancia da superfície da terra na zona equatorial era maior que nos polos, podendo concluir que o planeta não seria uma esfera perfeita e sim achatada. Um dos termos mais usados para se referir à forma da Terra é o GEOIDE, pois é a figura que mais se aproxima da verdadeira forma terrestre. E o ELIPSOIDE DE REVOLUÇÃO é a figura matemática que mais se aproxima da forma do GEOIDE, sendo essa a superfície mais utilizada pela ciência geodésica para a realização de levantamentos. Para se conseguir uma relação entre um ponto de um terreno e um elipsoide de referencia, é preciso que se tenha um sistema especifico no qual os Sistemas Geodésicos de Referencia fazem essa função. O Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) é composto por três fatores, altimetria, gravimetria, e planimetria. A altimetria está associada ao Geoide, que coincide com o marco “zero” do Maréografo de Imbituba, município do estado catarinense, a gravimetria está ligada a milhares de estações distribuídas em todo o território nacional, que coletam informações referentes à aceleração da gravidade, e a planimetria que nos da à definição de superfície, a origem do sistema de coordenadas usada para mapeamento e georreferenciamento em nosso território. No Brasil o sistema geodésico utilizado é o mesmo Sistema Sul Americano, o SAD-69, que vem sendo utilizado desde 1969, e caracteriza-se principalmente por dois fatores, a figura geométrica representativa da terra (elipsoide de referencia) e sua orientação (localização no ponto de origem com base no sistema). Sendo estes com as seguintes características: Figura da Terra: *Elipsoide internacional de 1967, com: “a (semieixo maior) = 6378160,00 m; b (semieixo menor) = 6356773,72 m; (achatamento + (a-)/a) = 1/298,25. Orientação: *Geocêntrica: dada pelo eixo de rotação paralelo ao eixo de rotação da terra e com o plano meridiano de origem paralelo ao plano do meridiano de Greenwich, conforme Serviço Internacional da Hora (BIH). *Topocêntrica: No vértice de Chuá, junto da triangulação do paralelo 20°S, com as seguintes coordenadas: Latitude 19°45`41,6527”S, longitude 48°06`04,0639 WGr, altitude de 0,0 metros. E temos também o Sirgas, (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas) que está em implantação e vem sendo utilizado juntamente com o SAD-69. Este foi criado devido à necessidade de possuírmos um sistema compatível com as técnicas de posicionamento global, como o GPS. Vem sendo programado para substituir o SAD-69, e tem as seguintes referências: Sistema internacional de Referencia terrestre (ITRS); Elipsoide de referência de 1980 (GRS-80) com: raio equatorial da Terra de: a = 6378137 m, semi-eixo menor: b = 6356752,3141 m e o achatamento = 1/298,257222101. O sistema GPS (Global Positioning System) segundo livro Topografia Geral é composto por 24 satélites (mais os que mantidos de reserva), no qual são distribuídos por seis orbitas circulares com um raio aproximado de 26600 km, com um período orbital de aproximadamente 12 horas e uma inclinação de 55°, de modo que em qualquer parte da superfície terrestre pode se encontrar simultaneamente pelo menos quatro satélites acima no horizonte. O sistema de controle terrestre do GPS é composto por uma estação principal de controle, cinco estações de monitoramento e três antenas emissoras, no qual as estações de monitoramento rastreiam os satélites e acumulam informações que são enviadas a Master Control Station (MCS) onde é processada e transmitida via satélite. O Chamado segmento de usuário é composto por antenas, receptores e processadores, que são usados para calcular as posições aonde o usuário se encontra com o aparelho GPS, que estão hoje disponíveis em diversos modelos. Existe uma grande variedade de equipamentos para diversas aplicações, como Geodésica, Topográfia e de Navegação etc... PRATICA NO CAMPO No trabalho de campo realizado no município de Guatambu, na porção sul do loteamento Di Fiori, conseguimos constatar o que vimos dentro da sala de aula, como variação de altimetria do terreno devido sua irregularidade, que pode ser percebido visualmente e comprovado com o equipamento GPS, além da variação da posição dada pelo equipamento, conforme nos deslocávamos de um ponto para outro, aonde o GPS nos dava as coordenadas UTM, como posição da coordenada norte (mN) e leste (mE). (Sistema de coordenadas UTM se refere à adoção de projeção cartográficas, que trabalha com paralelos retos e meridianos retos e equidistantes). Com o levantamento planialtimétrico da área mapeada aonde coletamos 70 pontos de referência, tivemos um intervalo de aproximadamente 2 minutos entre a coleta de um ponto e outro, no qual conseguimos as informações mencionadas anteriormente para depois utilizar na elaboração do CROQUI, a planimetria nos permitirá visualizar as curvas de nível com uma equidistancia de cinco metros e o tamanho da área mapeada. Assim conseguiremos passar para o papel milímetrado as variações do terreno, no qual poderemos perceber as variações altimétricas do relevo conforme os pontos coletados. CONSIDERAÇÕES FINAIS Dado as limitações desde trabalho, já que o levantamento por GPS foi feito em pouco tempo, concluímos que atingimos o objetivo proposto que era principalmente fazer o levantamento planialtimétrico de um terreno, no caso o Di Fiori do município de Guatambu e assim conseguir associar a teoria que vimos em sala de aula com a pratica no trabalho de campo. Podendo considerar também que o conhecimentoadquirido e de extrema importância para o nosso aprendizado e formação acadêmica na licenciatura em geografia. REFERÊNCIAS: Flitz, Roberto Paulo: Cartografia Básica. Editora Oficina de Textos 143 p. Flitz, Roberto Paulo: Geoprocessamento sem complicação. Editora Oficina de Textos 158 p. Casaca, João; Mattos, João; Baio, Miguel: Topografia Geral. EditoraLTC 208 p.
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