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GESTÃO SUSTENTÁVEL PARA COLETA DE RESIDUOS SOLIDOS E INCLUSAO SOCIAL
O objetivo do presente estudo é de fornecer elementos que contribuam para uma análise do Programa Coleta Seletiva Solidária do município de São Paulo, estruturado a partir de cooperativas que operam as Centrais de triagem de materiais recicláveis.
Na perspectiva de apontar as principais dificuldades, desafios e conquistas dos catadores organizados em cooperativas, indicarem o potencial autogestionário e emancipa tório da rede de cooperativas que operam os equipamentos públicos; refletir sobre a sustentabilidade das mesmas enquanto parte de uma política pública.
 
O Programa Coleta Seletiva Solidária
Este Programa é fruto de um longo processo de discussões, construções e avaliações de políticas públicas para a gestão de resíduos sólidos na cidade e no estado de São Paulo e em âmbito nacional. Esse processo teve seu início a partir da ação conjunta de quatro fóruns: Fórum Lixo e Cidadania da Cidade de São Paulo, Fórum para o Desenvolvimento da Zona Leste, Fórum Recicla São Paulo e Comitê Metropolitano de Catadores de Materiais Recicláveis.
 O Fórum Lixo e Cidadania da Cidade de São Paulo é rede criada em 2000 por iniciativa do Instituto Pólis em parceria com UNICEF. É constituído por cerca de sessenta instituições plurais voltadas para a gestão sustentável de resíduos sólidos e em sua coordenação estão
Representados os três últimos fóruns acima citados que, por sua vez,
Articulam organizações mais diretamente ligadas à categoria dos catadores.
Os objetivos do Fórum Lixo e Cidadania são: erradicar o trabalho infanto-juvenil no lixo; impulsionar e implantar uma política pública voltada para o reaproveitamento dos resíduos sólidos urbanos com inclusão social e preservação ambiental; reduzir a geração dos resíduos sólidos urbanos; segregar os resíduos perigosos nas fontes geradoras.
Vale ressaltar a grande importância dos núcleos na composição do
Programa Coleta Seletiva Solidária como um todo. É no núcleo organizado que acontece a primeira formação do catador num coletivo. É nele também que ocorre a primeira acolhida da pessoa que trabalhava nas ruas individualmente. É, portanto, uma referência e um apoio fundamental para o catador.
 
Desta forma, a política do governo de fortalecimento das cooperativas que atuam nos equipamentos públicos tende a estabelecer a lógica do mercado, na qual os mais fracos, os núcleos, não conseguem acompanhar o ritmo e a dinâmica das Centrais, ficando isolados ou chegando a desaparecer. O desafio para o governo é o de potencializar o funcionamento dos núcleos, para que possam manter sua autonomia, mas ao mesmo tempo atuar de forma articulada às estruturas públicas, numa equação de mútuo benefício.
O cooperativismo é uma construção de longo prazo
Garantir uma atuação autônoma e sustentável desta categoria
É um desafio permanente para as cooperativas de catadores sem exceção. Para que a gestão de uma cooperativa ocorra de forma participativa e democrática, pressupõe-se que todos os cooperados tenham pleno entendimento de seus direitos e deveres no dimensionamento da cooperativa.
No entanto, isso requer um longo processo de aprendizagem, pois para a grande maioria, essa é a primeira experiência num projeto coletivo, que exige a participação e a responsabilidade de todos.
Verifica-se, nas organizações estudadas, que muitas pessoas já se adaptaram a essa nova realidade, mas em algumas Centrais de Triagem constata-se que os cooperados ainda não têm bagagem suficiente para entender os diferenciais que a cooperativa traz. Há aqueles que ainda entendem que a cooperativa lhe dará imediatamente a estabilidade de um emprego, com direitos trabalhistas e salários fixos, com a percepção que não é esta a realidade, muitos se afastam do sistema em pouco tempo, utilizam-se da posição de catador como trabalho paliativo até encontrarem algo melhor. Daí a dificuldade de aprimoramento e conscientização dos cooperados, as necessidades básicas do catador são imediatas, a ele é difícil escolher ou primar a para investimentos a longo ou médio prazo. Pelo seu baixo nível de conhecimento geral, escolaridade fica difícil incutir-lhe idéias e conceitos de sustentabilidade ambiental e que este conhecimento poderá mudar seu destino através do aprimoramento e acompanhamento que as cooperativas oferecem, mas isto só é possível em médio prazo, não há como mudar os conceitos ou gerá-los em uma comunidade da noite para o dia, O catador tem problemas básicos de sobrevivência, moradia, saneamento básico, educação escolar, saúde entre outros de maior gravidade.
"Sai muita gente porque eles (os colegas catadores) vêm com uma cabeça".
De empregados. Eles ainda acham que têm... uma retirada fixa, ...direitos
Trabalhistas... Então… quando eles chegam aqui (na Central de Triagem).
"Eles vêm que a realidade é outra…" (Depoimento de cooperado).
 
 
Foi passado para a gente que morreu um moço da Vila Mariana com
Leptospirose, porque comeu coisa da esteira. Tá sabendo e continua
Comendo. Passou um chocolate, o povo briga de unha para ver quem vai.Comer. '' (Depoimento de cooperada)
As principais conquistas
Percebe-se pelos depoimentos dos catadores e catadoras que uma de
Suas maiores conquistas refere-se à melhoria das condições de trabalho, proporcionada pela infra-estrutura fornecida pela Prefeitura e pela perspectiva de organização autônoma do trabalho.
 
''Trabalhar sozinho é bom, você ganha bem mais. O estresse é menos. não
Vai ter pessoas para ter que comandar ou gerenciar, enfim você não vai se.
Aborrecer. Só que tem aquela coisa: vai ficar trabalhando sozinha a vida
Toda, sem construir nada, deixando que alguém construa em cima de você?
Que nem os atravessadores, os grandes depósitos... que conseguiram fazer
Fortuna em cima dos catadores. Então, eu acredito que você trabalhando.
Em forma de cooperativismo, unindo com outras pessoas, além de você.
Poupar um pouco as suas energias, você está trabalhando a sua.
Empresa. ''(Depoimento de cooperado)
Outra conquista valorizada pelos catadores refere-se ao funcionamento das atividades nas Centrais sem praticamente custos para os cooperados, o que ao menos na fase inicial de implantação é determinante. Neste sentido, apesar das diversas críticas ao poder público, valorizam os investimentos 0públicos na infra-estrutura para o trabalho dos catadores.
 
''A relação com a Prefeitura é ótima, porque eles montaram uma estrutura.
Para a gente estar trabalhando... então podemos dizer que somos
Contemplados... deram condições para a gente trabalhar...'' (Depoimento de
(Cooperado)
 
Além disso, na visão dos cooperados um dos resultados mais.
Importantes dessa conquista é o menor desgaste físico das pessoas. Em apenas um dia um catador de rua pode puxar de 100 a 900 quilos de material em sua carroça, segundo estimativa da Coopamare.
Passar a trabalhar em local definido também ajuda a evitar os diversos problemas com os quais os catadores de rua que atuam individualmente ou em se deparar na rua. Brigas, agressões e desrespeito por partes dos motoristas são comuns. Em alguns depoimentos pudemos perceber que algumas pessoas permaneciam nas Centrais para ''não entrar em confusão''e evitar problemas com a polícia.
Mas, a conquista mais significativa mencionada em quase todas as.
Entrevista relaciona-se ao exercício da cidadania, mais especificamente à recuperação da dignidade, da auto-estima, do sentido de pertencimento social. Em primeiro lugar, os cooperados têm a possibilidade de serem vistos de forma diferente pela sociedade que não os confunde mais com a figura do indigente.
 O fato de utilizarem uniforme com o emblema da Prefeitura e
Caminhões para o transporte do material ajuda na conquista de respeito e reconhecimento. Ainda que sintam que há um longo caminho a percorrer para que a população possa dar o devido valor ao trabalho realizado por esta categoria.
 
''A gente se sentia como um ratoe a população era o gato, nos engolia.
Hoje é o contrário, a população não sabe como somos importantes para o.
"Centro de São Paulo." (Depoimento de cooperada).
Em segundo lugar, a entrada numa cooperativa de uma Central ou.
Num núcleo, muitas vezes, possibilita ao catador tomar consciência da importância do seu trabalho. Segundo os cooperados, quando ainda trabalhavam de forma individual na rua, a atividade de coletar era vista por eles apenas como um simples meio de sobrevivência. Nas Centrais, além da geração de renda, a atividade adquire um sentido maior – os cooperados têm plena consciência da importância do trabalho que realizam, pois possibilita a preservação do meio ambiente (redução de extração de matéria-s primas, energia e água) e a limpeza da cidade.
''(Com o trabalho do catador)... deixamos de cortar árvores...o nosso ar fica
Mais puro. (O meio ambiente)... é gratuito, mas não estamos sabendo zelar
Por ele. Devagarzinho a gente vai morrendo. Nem água vai ter mais. ''
(Depoimento de cooperado)
De fato, além de gerar trabalho e renda, as cooperativas de catadores trazem benefícios que, não costumam ser contabilizados pelos economistas mais ortodoxos. Por intermédio do seu trabalho, os catadores garantem o reaproveitamento de materiais pós-consumo e a economia de recursos (energia, matéria-prima e água), a redução do desmatamento, da poluição de rios e lençóis freáticos e o aumento da vida útil dos aterros (e diminuição dos gastos públicos, muito acima dos subsídios dados às centrais).
 
 
 
Estrutura e funcionamento das Centrais de Triagem
O espaço físico das Centrais de Triagem estudadas, disponibilizado pela Prefeitura e gerido por cooperativas de catadores é formado, em geral, por um galpão - que varia bastante de tamanho dependendo da unidade – no qual se realizam as atividades de separação, prensagem, enfardamento, pesagem e armazenagem do material reciclável e uma área externa que serve para a descarga dos caminhões e coleta do rejeito. Para as atividades administrativas reserva-se uma sala. Além disso, todas estas Centrais.
Possuem espaços para a cozinha, banheiros, vestuários e um local para depósito. Entretanto, apenas duas das sete visitadas possuem refeitórios. Em outras, como na central A e na Central F existem projetos de construção de locais para este fim. Salas de reuniões e de aula são outros espaços encontrados em apenas algumas das Centrais estudadas. 
Esteiras, prensas, tonéis/container e sacos para colocar os materiais recicláveis, empilhadeiras, balanças e caminhões tipo gaiola e compactador são os equipamentos básicos disponíveis. Cabe salientar que os equipamentos disponibilizados para as cooperativas que operam as Centrais são bens públicos e os caminhões que realizam a coleta seletiva, são contratados pela Prefeitura para levar os materiais às Centrais e eventualmente coletarem os recicláveis nos núcleos e os transportarem para as mesmas ou vice-versa.
Aspectos conceituais do cooperativismo
O cooperativismo é um sistema de produção que se baseia na solidariedade e na cooperação. As unidades de produção desses não apenas lhes dê certa estabilidade financeira, mas também a sua inclusão social, para que sintam motivados também aos conceitos de sistema são as cooperativas em que o trabalho e a posse dos meios de produção não são separados, como acontece na empresa capitalista. Isso significa que a cooperativa é propriedade dos sócio-cooperados que nela trabalham. Segundo Singer (2002:84), a cooperativa diferencia-se da empresa capitalista da seguinte maneira:
"A empresa solidária é basicamente de trabalhadores, que apenas".
Secundariamente são seus proprietários. Por isso sua finalidade básica não
É maximizar o lucro, mas a quantidade e a qualidade do trabalho. Na
Realidade, na empresa solidária não há lucro, porque nenhuma parte de sua.
Receita é distribuída em proporção às cotas de capital. Ela pode tomar
Empréstimos dos próprios sócios ou de terceiros e procura pagar os
"Menores juros do mercado aos credores (internos e externos)."
A primeira cooperativa moderna de consumo, os Pioneiros de Rochdale, fundada na Inglaterra em 1844, foi responsável pela concepção dos princípios norteadores do cooperativismo. Esses princípios, revistos em diversos congressos da Aliança Cooperativa Internacional9, fazem parte do estatuto de cada cooperativa. São os seguintes:
 
1. Adesão livre e voluntária (dos seus associados);
2. Gestão democrática (todos se encarregam da gestão e da produção e o resultado das atividades é distribuído proporcionalmente à participação de cada cooperado);
3. Educação, formação e informação (para os seus associados);
4. Participação econômica dos membros;
5. Autonomia e independência (com relação ao governo, empresas ou outras).
(Organizações);
6. Interesse pela comunidade;
7. Intercooperação (entre empreendimentos solidários, eliminando os grupos intermediários que fazem à distribuição dos produtos e ficam com grande parte dos rendimentos).
O cooperativismo, como motor central da economia solidária, é uma.
Forma de recuperar a autonomia do trabalhador perdida no modo de
Produção capitalista. A autogestão é a condição essencial para o
Funcionamento de empreendimentos solidários e pode ser entendida como a participação coletiva no planejamento, na produção, na execução e nas decisões estratégicas da organização. Assim, a cooperativa é entendida, por diversos autores, como o elemento-chave de uma nova economia solidária. Conceitualmente, podemos entender a economia solidária segundo a definição de Veiga e Fonseca (2001:18):
"A economia solidária utiliza o poder de articulação coletiva dos indivíduos à".
Partir de suas trajetórias mais ou menos compartilhadas; parte de um.
Referencial teórico e prático longamente acumulado na história das classes
Trabalhadoras; reconhece que sua força está na participação e na.
Comunicação; necessita estar integrada ao território e às redes de.
Informação; usa de pressão coletiva para organizar apoio político e para.
Barganhar no mercado; e necessita ter a capacidade de articular potenciais.
Humanos e sociais como uma componente estratégica de transformação e
"De realização de seus objetivos."
Desafios para o futuro
Outro desafio refere-se à capacitação em geral, tanto para.
Desempenhar funções de cunho técnico-administrativo, como contabilidade,
Sistematização de atas ou mesmo para as negociações com o mercado ou com o governo. E assim, também a democracia interna poderá avançar, porque estarão criadas as condições para que efetivar a rotatividade entre os cargos, especialmente os de direção.
Diante de todos os desafios postos por este processo de implantação
De um programa público de reaproveitamento de resíduos com integração de catadores, o movimento social organizado elaborou, entre maio e setembro de 2004, um documento denominado Carta Compromisso Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos, com vistas a comprometer os candidatos à Prefeitura de São Paulo com as propostas da categoria dos catadores entre outras. Esta foi uma iniciativa do Fórum Lixo e Cidadania da Cidade de São Paulo, Fórum para o Desenvolvimento da Zona Leste e Comitê Metropolitano.
De Catadores, redes que organizam instituições plurais e do segmento dos catadores. Neste documento procura-se garantir a continuidade e a ampliação do programa em um cenário de mudança política: as eleições municipais de 2004. Neste processo aprofundou-se a discussão sobre diversas questões que certamente servirão para o fortalecimento da categoria como um todo, bem como para a ampliação e fortalecimento do Programa Coleta Seletiva Solidária.
O processo de implantação do Programa de Coleta Seletiva Solidária ao se estruturar, no seu início, sob forma de gestão compartilhada, conforme já relatado, deu oportunidade de participação mais ampla das organizações de catadores. As reuniões do Grupo de Gestão Compartilhada do Programa (praticamente inexistentes em2003 e parcialmente retomadas em 2004) também criaram um ambiente de aprendizagem política coletiva que contribuiu na formação dos cooperados. Poder influenciar em questões políticas mais gerais, mas intimamente relacionadas com a dinâmica das cooperativas, por se tratar de um programa público, favorece a ampliação da visão dos catadores e aumenta sua capacidade de articulação e de organização autônoma. Porém, foram muitas as dificuldades para manter.
Este espaço de construção compartilhada de soluções e enfrentamento dos desafios cotidianos. O que levou à proposta de que se formalize a criação de uma Comissão de Gestão compartilhada do Programa Coleta Seletiva Solidária composta por representantes de todas as organizações de catadores, os Fóruns já mencionados e representantes de todas as secretarias de governos e coordenadorias das Subprefeituras, na referida Carta de Compromissos.
Um aspecto do Programa que merece ser revisitado relaciona-se à
Meta do governo de criar 31 Centrais de Triagem até dezembro de 2004, ou seja, um equipamento para triagem de recicláveis em cada Subprefeitura. 
Esta meta foi construída a partir da lógica de fortalecimento da nova
Estrutura administrativa descentralizada que foi implementada na cidade, por intermédio da criação das Subprefeituras pelo governo. Na avaliação dos coordenadores do Programa, cada Central de Triagem tem capacidade para integrar até 100 pessoas, portanto seriam cerca de 3.100 catadores incorporados ao final da implementação das 31 Centrais de Triagem. Já o modelo proposto pelos Fóruns desde o início desta gestão contrapõe-se a esta meta e defende a de criação de um sistema de coleta, triagem, comercialização de resíduos que integre toda a população de catadores que atua nas ruas, individualmente ou em grupos, associações, cooperativas. Portanto, coloca-se a questão de qual é o projeto do governo para integrar os milhares de catadores que atuam nas ruas da cidade. Estimativas feitas pelo Instituto Pólis apontam que o número de catadores nas ruas da cidade pode oscilar entre 13.000 e 19.500. Além disso, para manter ou mesmo aumentar a retirada das atuais cooperativas é preciso aumentar a quantidade de materiais coletados, o que implica em reestruturar o Programa como um todo.
O objetivo deste estudo é também destacar elementos que mostrem a potência da organização dos catadores enquanto parte de uma política pública. Para isso, num primeiro esforço buscou-se percorrer os principais problemas e desafios em algumas dimensões da atuação das cooperativas que operam as Centrais de Triagem do Programa Coleta Seletivas Solidária. 
Portanto, um aspecto chave que não foi devidamente desenvolvido nesta análise relaciona-se ao conhecimento aprofundado do funcionamento da cadeia produtiva dos resíduos e seus rebatimentos nas cooperativas de catadores, tanto naquelas vinculadas às Centrais de Triagem quanto nas demais. Este é um desafio para próximos estudos.
Assim, neste momento a intenção é de fazer uma análise abrangente.
Que mostre o quanto esse tipo de experiência pode contribuir para mudanças profundas na vida e organização dos catadores e catadoras e também na da cidade como um todo em diversas dimensões - social, ambiental, cultural, política e econômica.
Aspectos conceituais
"A economia solidária utiliza o poder de articulação coletiva dos indivíduos à".
Partir de suas trajetórias mais ou menos compartilhadas; parte de um.
Referencial teórico e prático longamente acumulado na história das classes
Trabalhadoras; reconhece que sua força está na participação e na.
Comunicação; necessita estar integrada ao território e às redes de.
Informação; usa de pressão coletiva para organizar apoio político e para.
Barganhar no mercado; e necessita ter a capacidade de articular potenciais.
Humanos e sociais como uma componente estratégica de transformação e
"De realização de seus objetivos."
Considerações finais
Cabe perguntar se as dificuldades e as conquistas das cooperativas que operam as Centrais de Triagem têm potencial para ir além de uma alternativa de emprego e renda. Para responder a esta questão, é necessário criar estratégias políticos sociais para que os catadores tenham sem distinção acesso aos serviços públicos de maneira que sustentabilidade ambiental e aprimoramento próprio.
Itens básicos para o sucesso  de  um sistema cooperativo de catadores.
(1) definir brevemente o que vem a ser o cooperativismo,
 (2) apontar a importância das dinâmicas não-econômicas                              relacionadas ao cooperativismo, 
(3) explicitar elementos de um novo padrão de gestão de resíduos e (4) identificar estratégias para emancipação social dos catadores.
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Site da Secretaria de Serviços e Obras,
http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/servicoseobras/projetos/saopaulorecicla/0001, consultado em setembro.
De 2004.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO
 
Trata-se de um resumo sobre a gestão  de coleta dos resíduos sólidos da cidade  São  Paulo  através de sistema  cooperativo de coleta e separação de materiais recicláveis. O sistema  cooperativo é incentivado pelo poder publico com vista  de promover a inclusão social e o resgate da dignidade dos cidadãos  que vivem à custa  da coleta destes materiais para a sua sobrevivência através  de programas de informações sobre os materiais  recicláveis, educação fundamental, alimentação e cidadania.
O tema aborda os problemas enfrentados para a implementação do sistema cooperativo e suas principais conquistas, Aspectos conceituais do cooperativismo, estruturas das centrais  de triagem, e desafios para o futuro.
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 "A economia solidária utiliza o poder de articulação coletiva dos indivíduos à".
Partir de suas trajetórias mais ou menos compartilhadas; parte de um.
Referencial teórico e prático longamente acumulado na história das classes
Trabalhadoras; reconhece que sua força está na participação e na.
Comunicação; necessita estar integrada ao território e às redes de.
Informação; usa de pressão coletiva para organizar apoio político e para.
Barganhar no mercado; e necessita ter a capacidade de articular potenciais.
Humanos e sociais como uma componente estratégica de transformação e
"De realização de seus objetivos."
QUESTIONARIO:
 
1º )- A implementação  de cooperativas de coleta e seleção de materiais  recicláveis   podem e deve gerar inclusão social aos cooperados(catadores)? Justifique. 
R. Sim, as cooperativas  podem ser gestoras da inclusão social dos cooperados,incutindo através da interdependência  entre as centrais de triagem, núcleos e catadores, vocabulários  que remetem os envolvidos ao censo de sustentabilidade ambiental e seus benefícios posteriores.
 
2º)- O Sistema de cooperativa consegue gerar consciência de que o material coletado  não serve para ingestão direta?
 
R. Foi passado para a gente que morreu um moço da Vila Mariana com
Leptospirose, porque comeu coisa da esteira. Tá sabendo e continua
Comendo. Passou um chocolate, o povo briga de unha para ver quem vai.
 
 
3º- O sistema cooperativo em si, consegue ser auto-suficiente no tocante a inclusão social dos catadores?
R. Não.Os  catadores de  resíduos sólidos de da cidade São Paulo giram em torno de 19.000 em confronto a 12.000.000 de habitantes, significam o percentual de l.5% da população; se, os outros 98,5%  não  estarem de acordo, ou pelo menos terem consciência de que eles existem e devem ser observados, fatalmente a cooperativa vai tender ao fracasso.
 4. Quais são os principais problemas das cooperativas em relação aos trabalhadores:
R. Eles (os trabalhadores) já se ingressam no trabalho pensando que vai, imediatamente, conseguir direitos como carteira assinada, salário regular, etc.
Faculdade União das Américas
Engenharia Ambiental
7º Período
Gestão Ambiental UrbanaGestão Renovável de Resíduos Sólidos e Inclusão Social
Discentes: Marcelo Nery dos Santos
 Amauri Edmundo Rauber
Docente: Ruisdael de Freitas Lima Neto
Foz do Iguaçu, 02 de Abril de 2008.

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