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NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 1 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Aula 3 – “Liderança e desempenho” Preparatório para DPF – AGENTE ADMINISTRATIVO Professor Flávio Sposto Pompêo Aula 3 – “Liderança e desempenho” ...................................................... 1 1. Liderança. Natureza da liderança. ..................................................... 2 1.1. Teoria dos traços ......................................................................... 2 1.2. Estilos de liderança e situações de trabalho. .................................... 4 1.3. Teoria dos enfoques situacionais ou contingencial ............................ 5 1.4. Liderança carismática, transformacional e transacional .................... 11 2. Desempenho ................................................................................. 13 2.1 O processo de gestão do desempenho. ........................................... 13 2.1.1. Planejamento de resultados e contratação de metas. .................... 14 2.1.2. Execução do trabalho e acompanhamento do desempenho ............ 16 2.1.3 Avaliação de desempenho .......................................................... 17 2.1.4 Retroalimentação (feedback) ...................................................... 19 2.2. Métodos de avaliação de desempenho. .......................................... 21 2.3 Erros de avaliação ........................................................................ 29 3. Lista de exercícios .......................................................................... 33 4. Itens comentados .......................................................................... 43 Olá, pessoal! Continuamos com o curso de “Noções de Gestão de Pessoas nas organizações”, preparatório para o cargo de Agente do concurso do Departamento de Polícia Federal 2013. Chegamos à aula 3, e hoje estudaremos os seguintes tópicos: Aula 3 (13/12/2013): Liderança, desempenho. Já passamos da metade de nosso curso, e hoje estudaremos dois temas importantes: liderança e desempenho. Também resolveremos hoje uma grande quantidade de itens do Cespe. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Não podemos perder tempo, vamos estudar? 1. Liderança. Natureza da liderança. Liderança é um fenômeno de natureza social, existente nas mais diferentes situações sociais. Seja em um grupo de crianças na escola, seja em uma equipe esportiva, seja em uma equipe formalmente constituída na organização, sempre há pessoas que assumem a liderança e que são reconhecidas como líderes pelas outras pessoas. No estudo de organizações, que é o que nos interessa, a liderança também se manifesta, seja institucionalmente, por pessoas colocadas formalmente em cargos de chefia e liderança, seja de forma espontânea, por pessoas que, por diferentes razões e em diferentes contextos, assumem o papel de líder. O conceito de liderança guarda grande semelhança com o conceito de poder. A liderança pode ser entendida como o exercício, a utilização, do poder. Lembram que, quando estudamos a motivação, vimos que existem diferentes maneiras de compreendê-la? O mesmo vale para a liderança. Existem diferentes teorias da liderança, e vamos, agora, ver quais são as principais, as que podem ser objeto de questionamento no nosso concurso. 1.1. Teoria dos traços Trata-se de teoria mais antiga, segundo a qual a liderança é dada por características inatas do indivíduo. Bryman, citado por Ana Limogi- França e Eliete Arellano 1, cita três grandes tipos de traços que influenciam a liderança: 1 As pessoas na organização, p 263 NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Fatores físicos. Tem a ver com características físicas dos indivíduos, tais como peso, altura, formato dos olhos, formato do queixo, tipo de voz; Habilidades: “inteligência, fluência verbal, escolaridade e conhecimento são tidos como características facilitadoras da liderança. Em princípio, quando alguém tem habilidade de se comunicar ou informar, há maior possibilidade de que atraia a atenção”; Aspectos da personalidade: “moderação, introversão, extroversão, dominância, ajustamento pessoal, autoconfiança, sensibilidade interpessoal e controle emocional são as características mais atuantes na aceitação ou não de um líder”. É inegável que estes fatores exercem, de fato, influência na liderança. Possivelmente um indivíduo extrovertido terá uma probabilidade maior de assumir um papel de liderança do que um indivíduo excessivamente tímido. Talvez um indivíduo alto e com voz grossa chame mais atenção do que um indivíduo baixo e com voz fina. Esta teoria tem, porém, inúmeras limitações. Mahatma Gandhi, o grande líder pacifista da Índia, é citado como contra-exemplo da teoria dos traços. O que se sabe hoje é que a liderança é influenciada por diferentes variáveis, inclusive contexto em que ocorre, objetivo do líder, características do grupo liderado etc. Sabe-se que os fatores físicos não são irrelevantes, mas não são determinantes. Sabe-se, também, que as habilidades podem ser treinadas e diversos aspectos da personalidade e traços comportamentais podem ser ajustados e praticados. Item 1. (Cespe / INSS 2008) A liderança exercida em decorrência de qualidades natas do líder é denominada liderança liberal. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Item errado. A teoria que diz que a liderança é exercida em razão de qualidades natas do líder é denominada teoria dos traços. 1.2. Estilos de liderança e situações de trabalho. As teorias mais utilizadas de liderança são aquelas que relacionam os estilos de liderança com determinadas situações de trabalho. Provavelmente a teoria mais famosa dos estilos de liderança é aquela que fala da liderança autocrática, liderança liberal e liderança democrática. Liderança autocrática é aquela em que as decisões são tomadas unicamente pelo líder, sem a participação da equipe. O líder autocrático decide sozinho quais são as metas e objetivos e quais as maneiras de alcançá-los. A liderança liberal, ou liderança laissez-faire, é aquela que praticamente não conta com a participação do líder. Neste estilo de liderança, a equipe tem total autonomia para decidir quais são os objetivos e as metas e como eles serão alcançados. Na liderança democrática, o líder estimula na equipe os comportamentos desejados. Apesar de a equipe gozar de relativa autonomia e de decidir coletivamente, o líder encoraja e estimula a tomada de decisão, e orienta os membros da equipe. Como a equipe participa da tomada de decisão, ela se reconhece nas metas e objetivos, e possivelmente irá se sentir mais motivada para alcançá- los. Alguns itens de prova que cobram este conteúdo: Item 2 (Cespe / DFTRANS 2008) A liderança autocrática tem como foco a automatização dos processos de trabalho e o compartilhamento das decisões com os membros da equipe. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.brItem errado. Liderança autocrática é aquela em que as decisões são tomadas unicamente pelo chefe, ou seja, não são compartilhadas. Além disso, não tem nenhuma relação com automatização de processos de trabalho. Item 3 (Cespe / INSS 2008) Na liderança democrática, a equipe tem total liberdade para tomar decisões e a intervenção do líder é mínima. Item errado. O estilo de liderança em que a equipe tem total liberdade é a liderança liberal, ou laissez-faire. Alguém poderia se perguntar: qual o melhor estilo de liderança? A verdade é que não existe melhor estilo. Para decidir que estilo usar, temos que avaliar o contexto, o objetivo, o tipo de equipe. Certamente, em uma situação de guerra, um batalhão do exército tem que funcionar com uma liderança autocrática. Se houvesse liderança liberal, provavelmente ele seria esmagado pelo inimigo. Em certos contextos, como em organizações públicas em que a equipe é suficiente madura, é melhor implementar a liderança democrática ou mesmo a liberal. 1.3. Teoria dos enfoques situacionais ou contingencial A liderança deve ser compreendida de acordo com a situação de trabalho, ou contexto em que ocorre, ou seja, deve-se considerar características do líder, dos seguidores e da situação. Portanto, as teorias atuais de liderança não se focam apenas no líder. Não existe, assim, um estilo de liderança dado previamente e que seja superior aos demais, o que vai determinar o melhor estilo a ser adotado pelo líder é a situação. Em relação a este aspecto, temos as teorias situacionais de liderança. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Item 4 (Cespe / PGE-PA 2006) Liderança não pode ser imposta pela organização, pois se trata de um atributo que depende apenas das características do líder. Hoje em dia, sabemos que a liderança não depende apenas das características dos líderes. Ela depende, também, do contexto, das características dos liderados e do objetivo a ser alcançado. Além disso, ela pode sim ser imposta, já que as chefias são institucionalmente determinadas pela organização, mesmo que as pessoas não concordem. Item, portanto, errado. Existem diferentes teorias situacionais. Uma delas é a teoria de Fiedler, “que propõe que o desempenho do grupo depende da combinação entre o estilo do líder de interagir com seus seguidores e o grau em que a situação dá controle e influência ao líder”2. Assim, a eficácia do líder seria determinada pela interação da orientação do empregado com três variáveis situacionais básicas que influenciam a favorabilidade de uma situação para um líder: • Relações entre líder e membros do grupo: relacionamento pessoal que o líder tem com os membros do grupo, em termos de confiança e respeito; • Estrutura da tarefa: definição das metas das tarefas, procedimentos e orientações no grupo; e • Posição de poder do líder: grau de poder e influência que um líder tem sobre seus subordinados. Com base em estudos empíricos, Fiedler constatou que, quando a situação geral era muito favorável (boas relações líder-membros, tarefa estruturada, forte influência do líder) ou muito desfavorável (relações líder-membros ruins, tarefa não estruturada, posição pouco influente), o estilo de liderança mais eficaz era o autoritário. No 2 As pessoas na organização, p. 265. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br entanto, quando a situação se caracterizava por favorabilidade mediana (por exemplo: boas relações entre líder e membros, mas tarefa pouco estruturada e pouca influência do líder), o estilo mais eficaz era o democrático”3. Questão de prova: Item 5 (Cespe / TRE-RS 2003) De acordo com o modelo contingencial desenvolvido por Fiedler, o líder eficaz é aquele que possui características especiais que o distinguem dos seus liderados, o que se denomina teoria dos traços. Item errado. Com base no que acabamos de estudar, este item era fácil, né? O modelo contingencial desenvolvido por Fiedler é centrado na situação. O item descreve a teoria dos traços, segundo a qual o melhor líder tem traços inatos que o fazem ser um bom líder. Vamos ver, agora a teoria situacional mais famosa. É a teoria de Hersey e Blanchard. Esta teoria é melhor compreendida com base na figura abaixo4: 3 Gil, p. 225-226. 4 Figura extraída de www.scielo.br/img/revistas/rlae/v6n1/13924f1.gif. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br A teoria é construída com base em quatro estágios da maturidade do liderado. Percebam que, na parte de baixo do gráfico, vemos o M1, M2, M3 e M4, que são os quatro estágios de maturidade por que passa um indivíduo na organização. Dependendo do estágio de maturidade dos liderados, o líder deve adotar um estilo de relacionamento diferente. Na parte de cima da figura, temos um gráfico com dois eixos. O eixo horizontal é a orientação à tarefa, ou comportamento de tarefa. O eixo vertical é o comportamento de relacionamento. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br O primeiro estágio é o determinar (E1). Nele, o chefe/líder deve se concentrar no trabalho, na tarefa. Trata-se de equipe que não possui maturidade (M1) suficiente para tomar decisões sozinha, ou seja, é o próprio líder que distribui as tarefas e determina como elas serão feitas. Entenda que, no gráfico, este estágio tem orientação baixa ao relacionamento e alta à tarefa. No segundo estágio, o líder deve persuadir (E2). Neste estágio, o líder deve ter ênfase tanto na tarefa como nas pessoas, no relacionamento. As pessoas já conhecem os trabalhos, mas ainda não tem maturidade suficiente para assumi-los sozinhas. O terceiro estágio é denominado compartilhar (E3). As pessoas já conhecem bastante do trabalho e já tem vontade de tomar decisões sozinhas. Nesta fase, o líder e a equipe tomam as decisões juntos. O quarto e último estágio é o delegar (E4). Nele, o liderado já tem maturidade suficiente para tomar as decisões sozinho (M4), ou seja, o líder delega ao liderado as decisões a respeito de como, onde e quando os trabalhos serão realizados. Neste quadrante, a orientação é baixa tanto para a tarefa quanto para os relacionamentos. Conseguiram entender os quatro quadrantes (“quadrados”) do gráfico (E1, E2, E3 e E4)? Este conteúdo não é fácil, mas costuma ser muito cobrado em provas de Gestão de Pessoas. Item 6 (Cespe / Terracap 2004) Com relação a liderança situacional, de Hersey e Blanchard, é correto afirmar que são enfatizados especialmente os seguidores. Item certo. Segundo a teoria da liderança situacional de Hersey e Blanchard, a liderança deve ser escolhida com base na maturidade dos seguidores. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Outra teoria de liderança parecida com a de Hersey e Blanchard, mas menos cobrada, é o Grid Gerencial de Blake e Mouton. Esta teoria tambémpode ser objeto de nossa prova. Basicamente o grid gerencial possui dois eixos: na vertical, a preocupação com as pessoas, enquanto na horizontal temos a preocupação com a produção. A figura abaixo ilustra essa teoria: Esta teoria não é situacional, pois Blake e Mouton diziam que a opção 9.9 (Gerência da equipe) seria a forma mais efetiva de liderança em todas as situações. No ponto 1.1, temos a gerência empobrecida, em que há um mínimo de esforço para manter resultados. No ponto 9.1, o foco é a obediência à autoridade, de forma que os elementos humanos interfiram o mínimo possível na eficiência operacional. Já no ponto 1.9, temos a gerência do clube de campo, em que há grande foco da NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br liderança no atendimento da necessidade das pessoas, levando a um bom clima organizacional, conforto, qualidade de vida. Já no centro do gráfico, há a gerência do homem organizacional, em que há um equilíbrio entre o foco na produção e a preocupação com as pessoas. Deve-se buscar o ponto 9.9, em que as pessoas estão comprometidas com a organização e com o trabalho, uma relação de respeito e confiança em que a liderança se preocupa tanto com o bem estar e satisfação das pessoas como com a produção no máximo nível possível. 1.4. Liderança carismática, transformacional e transacional Os assuntos deste tópico são mais recentes, e têm sido menos cobrados em provas de concursos, mas já foram cobrados algumas vezes pelo Cespe, então trago aqui tal tópico para evitar surpresas. “A liderança carismática está associada ao carisma [...]. Entre as características do líder carismático, House aponta confiança nos seguidores e a similaridade de crenças. Os liderados apresentam aceitação incondicional dos líderes, obediência espontânea, envolvimento emocional com a missão, alto nível de desempenho e crença na capacidade de contribuição. Na liderança transformacional, de acordo com Burns (1978), líderes e seguidores elevam um ao outro a níveis mais altos de moralidade e motivação. Esse tipo de influência aumenta o grau de conscientização e envolvimento e ativa a busca da auto-realização. “Na liderança transacional, o processo é compreendido como a ocorrência de transações mutuamente gratificantes entre líderes e seguidores em determinado contexto situacional. O líder transacional NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br guia seus seguidores na direção das metas e esclarece as exigências de papel e da tarefa”5. Vamos nos aprofundar nesse ponto sobre a liderança transacional e a liderança transformacional a partir dos ensinamentos de Vasconcelos6: "A liderança transacional caracteriza-se pela troca não duradoura entre o líder e o liderado. Essa liderança é marcada pelo comportamento condicionado, no qual um indivíduo aceita seguir um líder porque este tem os meios para viabilizar essa troca, seja ela por meio de remuneração, da influência política etc. No processo de liderança transacional, o seguidor aceita as ordens do líder por uma questão de poder formal. O líder geralmente consegue a submissão das pessoas às suas idéias devido a esse poder formal e à prerrogativa da recompensa ou da punição. A relação de troca entre o líder e o seguidor desaparece no momento em que aquele não pode mais recompensar ou punir os liderados." "A liderança transformacional é o processo segundo o qual o líder influencia na definição da realidade dos liderados e caracteriza-se pela articulação da experiência e dos significados compartilhados pelo grupo social de modo a viabilizar determinados modos de ação. O líder transformacional assume a complexidade de motivações e de interesses que caracteriza os indivíduos e procura motivos potenciais entre seus seguidores. Em um processo de liderança transformacional o líder não necessita de sua autoridade formal para conseguir a adesão de seus liderados. Os vínculos entre os dois tornam-se mais próximos daqueles tipicamente afetivos, o que faz com que o liderado siga o líder voluntariamente." 5 As pessoas, p 266-267 6 Vasconcelos, Isabela F Gouveia de Mascarenhas, André Ofenhejm Organizações em aprendizagem São Paulo: Thomson Learning, 2007 NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 2. Desempenho 2.1 O processo de gestão do desempenho. Pessoal, todos vocês já devem ter participado ou ouvido falar de um processo de avaliação de desempenho, certo? Afinal, as organizações precisam avaliar a atuação de seus funcionários. Entretanto, nas empresas que têm adotado modelos mais arrojados de gestão de pessoas, a tendência atual é a substituição de um processo simplesmente de avaliação de desempenho por um processo de gestão de desempenho (ou administração do desempenho). Trata-se de uma abordagem mais ampla, de responsabilidade compartilhada entre os gerentes e os membros das equipes. Em um processo de gestão do desempenho, é percorrido um ciclo7 que vai desde a pactuação de objetivos consensuais até o feedback (retorno) individual sobre o desempenho de cada colaborador. O foco não é na punição, e sim no desenvolvimento organizacional e individual contínuos. Nesse modelo, “o sistema de avaliação serve como importante ferramenta gerencial para melhorar o desempenho das pessoas, alavancar a sua satisfação, melhorar o contexto do trabalho e a qualidade de vida das pessoas e proporcionar melhores resultados em termos de eficiência e eficácia”8. Dessa forma, a responsabilidade na gestão do desempenho é “constante, contínua e abrangente e deve acompanhar todos os passos da equipe e de cada pessoa que a integra”9. Martins10 explica que, para ser bem sucedido, o processo de gestão do desempenho deve ser: 7 Esse ciclo pode ser quadrimestral, semestral ou anual, de acordo com o modelo de cada organização. 8 Chiavenato, Idalberto. Administração Geral e Pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006, p.179 9 Chiavenato, Idalberto. Administração Geral e Pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006, p.175 10 Boog, Madalena (coord.) Manual de Gestão de Pessoas e equipes, volume 2. São Paulo: Editora NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Alinhado com a estratégia organizacional; Patrocinado pela alta administração; Integrado aos demais processos de RH; Aderente à cultura da organização; Compatível com a realidade da empresa; Voltado para a continuidade das ações. Para compreendermos melhor o ciclo da gestão do desempenho vamos ver agora cada uma de suas fases. 2.1.1. Planejamento de resultados e contratação de metas. O primeiro momento na gestão do desempenho consiste no planejamento dos resultados que se pretende obter no período. Isso é feito a partir do estabelecimento de objetivos consensuais entre gerente e equipe e pactuação de metas individuais. Essa é uma característica de um modelo participativo, pois, ao longo do tempo, percebeu-se que simplesmente impor metas a serem cumpridas, alijando o funcionário doprocesso de planejamento, não era uma maneira muito efetiva de se alcançar resultados. É claro que as metas individuais devem estar alinhadas às necessidades organizacionais, aos planos e objetivos mais amplos da organização. Um grande desafio nessa fase é estabelecer os indicadores que serão utilizados ao final do processo para medir se as metas foram cumpridas ou não. Indicador é uma relação matemática que mede, numericamente, atributos de um processo ou de seus resultados, com o objetivo de comparar essa medida com metas numéricas preestabelecidas. Gente, 2002, p.60 NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Essa fase é de extrema importância para que o funcionário entenda bem o que é esperado dele. Há, assim, um nivelamento de expectativas e todos sabem quais são os resultados esperados de cada um e da equipe no período em questão. Para que os funcionários possam buscar efetivamente os objetivos estabelecidos, os meios e recursos necessários devem ser identificados e estar disponíveis para utilização. Por outro lado, é necessário também que as pessoas estejam motivadas e dispostas a buscar o desempenho esperado. “Esse esforço pessoal é eficaz na medida em que a pessoa possua as habilidades adequadas para a execução da tarefa e as condições ambientais não lhe provoquem restrições ou limitações”11. Vejam que o desempenho é um fator complexo, que depende de diversas variáveis, como a estrutura de gestão, a motivação, as competências pessoais, as condições ambientais e o suporte gerencial. Vamos ver uma questão que ilustra um ponto importante dessa primeira fase da gestão do desempenho: Item 7. (Cespe – TJDFT 2007) O processo de gestão do desempenho deve permitir ao funcionário conhecer os aspectos de comportamento e desempenho valorizados pela organização, bem como quais são as expectativas e a opinião dos avaliadores a respeito de seus pontos fortes e fracos. Item certo. O item trata da necessidade do estabelecimento de expectativas comuns entre o funcionário e a organização em relação ao seu desempenho e comportamento. Como vimos, isso é realizado no momento em que se planejam os resultados a serem alcançados e quando objetivos consensuais são estabelecidos. Assim, o funcionário 11 Chiavenato, Idalberto. Administração Geral e Pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006, p.176. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br sabe o que se espera dele e pode se preparar melhor para alcançar esse desempenho. Passemos agora à segunda etapa do ciclo da gestão do desempenho. 2.1.2. Execução do trabalho e acompanhamento do desempenho Após o planejamento de resultados, estabelecimento de objetivos e pactuação de metas, passamos para a fase de execução dos trabalhos que devem ser realizados para que tais objetivos sejam atingidos. Nesse momento, é indispensável que haja um acompanhamento sistemático do gerente em relação ao desempenho de toda equipe. O acompanhamento periódico deve ser realizado de forma que seja possível identificar dificuldades e corrigi-las a tempo. Assim, pode-se evitar que um pequeno problema comprometa significativamente o desempenho do funcionário e prejudique a sua avaliação ao final do processo. Dessa forma, é importante que ocorram avaliações parciais do trabalho que está sendo desenvolvido, assim como feedbacks intermediários, para que o funcionário perceba onde está se saindo bem e em que pontos precisa estar mais atento para uma melhoria da performance. Atenção para um exemplo de item que ilustra esse assunto: Item 8. (Cespe – MDS 2006 - adaptada) O acompanhamento da gestão do desempenho deve ser sistematicamente realizado no seu primeiro ciclo de implementação; após esse período a manutenção e o controle da gestão do desempenho podem ser dispensados, pois a prática já estará internalizada pelos avaliadores e avaliados. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Item errado, pessoal! Em um processo de gestão do desempenho nunca podemos abrir mão do acompanhamento! Por mais que as práticas de gestão do desempenho já estejam internalizadas, sempre será necessário o monitoramento e controle do processo pelo gestor responsável. Caso contrário, corre-se o risco de os desvios em relação ao planejado serem percebidos somente no final do processo, no momento da avaliação. 2.1.3 Avaliação de desempenho Ao final do período para o qual foram desenhadas as metas de desempenho, chegamos ao momento formal de avaliação, em que o funcionário receberá uma nota ou um conceito que classificará seu desempenho naquele período. Ocorre a comparação entre os resultados alcançados e os esperados e identificam-se as causas para eventuais dissonâncias. Dizemos momento formal porque, como vimos no tópico anterior, a avaliação já vem sendo feita durante todo o processo, por meio do acompanhamento dos trabalhos. A avaliação de desempenho deve ser vista sob um ângulo estratégico, pois “é um dos mais importantes instrumentos gerenciais de que a administração dispõe para analisar os resultados, à luz da atuação dos funcionários, e para prever posicionamentos futuros, a partir da avaliação dos potenciais de seus talentos”12 É importante notar que essa avaliação deve ser realizada com objetivos específicos e construtivos, voltados para o desenvolvimento da organização, das equipes e dos indivíduos. Unindo as idéias de Rocha-Pinto13 e Gil, podemos dizer que a avaliação de desempenho deve ter como objetivos: 12 Rocha Pinto, Sandra Regina da. Dimensões funcionais da gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003, p.80 13 Idem. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br • Definir o grau de contribuição de cada funcionário para a organização; • Identificar funcionários que possuem qualificação superior à requerida pelo cargo; • Identificar funcionários que necessitam de treinamento; • Dar suporte para a tomada de decisão sobre promoção, remuneração, remanejamento, atribuição de novas responsabilidades, dispensa e identificação de talentos; • Identificar em que medida os programas de treinamento e desenvolvimento têm contribuído para a melhoria do desempenho dos funcionários; • Promover o autoconhecimento e o autodesenvolvimento dos empregados; • Identificar o incentivo mais adequado aos funcionários; • Estimular a produtividade; • Divulgar os padrões de desempenho da organização; • Oferecer feedback para o avaliado; • Obter subsídios para a elaboração de planos de ação para desempenhos insatisfatórios. Vejamos um item do Cespe que trata da avaliação de desempenho no setor público: Item 9. (Cespe – Inmetro 2007) No setor público, a avaliação do desempenho tem por objetivo precípuo a identificação de servidores com rendimento abaixo do esperado, casoem que deverá ser instaurado processo de demissão. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Item errado. Assim como em grande parte do setor privado, o objetivo precípuo da avaliação de desempenho no setor público é promover a melhoria do desempenho organizacional e individual. Vimos que na atual concepção de gestão do desempenho, o foco não é a punição, e sim o desenvolvimento. A avaliação de desempenho pode ser aplicada por meio de várias técnicas, que estudaremos um pouco à frente. Vamos estudar agora a última etapa do ciclo de gestão do desempenho. 2.1.4 Retroalimentação (feedback) O ciclo da gestão do desempenho se completa com a retroalimentação do processo, a partir do feedback da avaliação de desempenho aos funcionários e equipe. Essa fase é extremamente importante, pois é somente com o feedback que o objetivo de desenvolvimento contínuo pode ser alcançado. O objetivo do feedback é “esclarecer o empregado acerca de seu desempenho, salientando seus pontos fortes e fracos e comparando-os com os padrões esperados. Isso é importante porque muitas vezes o empregado acredita estar indo bem em seu serviço e não sente, consequentemente, necessidade de melhorá-lo, quando na realidade seu desempenho é deficiente”14 Este é um momento muito propício para o diálogo e a troca de informações. Além de ouvir o seu gestor, o funcionário pode também explicitar sua opinião sobre o processo e falar sobre suas boas práticas e dificuldades. Assim, essa etapa irá retroalimentar o processo e o próximo planejamento será feito de maneira aperfeiçoada, tanto por parte da organização como do funcionário. 14 Gil, Antônio Carlos. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo. Atlas, 2001, p.163. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Podemos concluir que “a avaliação de desempenho é um importante meio de retroação para cada pessoa – retroação do seu desempenho, da sua competência técnica, das suas habilidades, da importância do seu trabalho para a organização. E obter essa retroação constitui uma importante aquisição pessoal: saber o que os outros sabem a seu respeito. Isso também é motivação e participação”15. Vamos dar aquela “descansada” fazendo alguns exercícios sobre a gestão de desempenho? Item 10. (Cespe – HFA 2004) Um método moderno de avaliação de desempenho deve considerar o estabelecimento consensual de objetivos entre gerentes e subordinados, o compromisso dos empregados para o alcance dos objetivos, a alocação adequada de recursos e meios necessários para a realização das tarefas e a monitoração constante dos resultados alcançados em comparação com os resultados esperados. Item correto. Chamamos atenção para o fato de, nesse item, o examinador ter utilizado a expressão “avaliação de desempenho”, ao invés de “gestão de desempenho”. Isso ainda ocorre em muitos livros e muitas provas, pessoal, pois a expressão avaliação de desempenho ainda está muito arraigada nos estudos de gestão de pessoas. Portanto, nesse caso, temos que ser um pouco flexíveis com os conceitos, ok? Vejam que as etapas do processo estão perfeitamente descritas e a avaliação de desempenho foi utilizada em um sentido mais amplo, correspondendo ao que chamamos na aula de gestão do desempenho. Item 11. (Cespe – Inmetro 2007) Um processo adequado de gestão do desempenho permite à organização identificar os servidores que necessitam de treinamento em determinadas áreas, bem como 15 Chiavenato, Idalberto. Administração Geral e Pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006, p.180 NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br selecionar aqueles em condições de receber promoções ou novas responsabilidades. Item certo. A afirmativa está em plena concordância com os objetivos de uma avaliação de desempenho estudados há pouco. Vejam que o examinador destacou a utilização da gestão do desempenho para o desenvolvimento dos funcionários. Item 12. (Cespe – TCU 2007) Deve-se utilizar indicadores de desempenho na busca de maior objetividade do processo de gestão de desempenho. Indicador é uma relação matemática que mede, numericamente, atributos de um processo ou de seus resultados, com o objetivo de comparar essa medida com metas numéricas preestabelecidas. Item correto. Realmente a utilização de indicadores numéricos visa à diminuição da subjetividade em processos de avaliação de desempenho. A definição de indicador corresponde à que vimos em aula. 2.2. Métodos de avaliação de desempenho. Vamos ver agora um resumo das principais técnicas de avaliação de desempenho tradicionais, de acordo com a classificação de Gil16: Relatórios: Constituem os procedimento mais simples de avaliação de desempenho. Têm lugar quando os chefes são solicitados a dar seu parecer sobre a eficiência de cada empregado sob sua responsabilidade. Vantagens: rapidez, favorecem a livre expressão e deixam documentada a opinião emitida. 16 Gil, Antônio Carlos. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo. Atlas, 2001, p. 153-161 NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Desvantagens: são incompletos, favorecem o subjetivismo, podem deixar dúvida quanto ao significado dos termos empregados e dificultam a tabulação dos dados obtidos. Escalas gráficas: É um formulário de dupla entrada, no qual as linhas representam os fatores que estão sendo avaliados e as colunas o grau de avaliação. Os fatores correspondem às características que se deseja avaliar em cada funcionário e devem ser definidos de maneira clara, sintética e objetiva. Os graus de variação indicam quão satisfatório é o desempenho do empregado em relação a cada um dos fatores. Vantagens: método simples, não exige treinamento intenso dos avaliadores, fácil tabulação, apresenta mais objetividade que os relatórios. Desvantagens: Apenas classifica os funcionários em bons, médios ou fracos, sem oferecer maiores esclarecimentos acerca das necessidades de treinamento e potencial de desenvolvimento. Quando se deseja uma maior profundidade na avaliação, este método precisa ser complementado por outros procedimentos. Vejam um exemplo simplificado de um formulário baseado no método das escalas gráficas: Avaliação de desempenho Nome: cargo: data: Fatores Categorias de avaliação Ótimo Bom Regular Ruim Quantidade de trabalho NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Qualidade do trabalho Assiduidade Cooperação Iniciativa Escolha forçada: Consiste em avaliar o desempenho dos indivíduos mediante a escolha de frases que descrevem seu desempenho individual. O avaliador recebe formulários organizadosem blocos de duas ou quatro frases. Em cada bloco ele deverá forçosamente escolher uma ou duas que melhor se aplicam ao desempenho do funcionário. Vantagens: é reconhecida como um método que proporciona resultados bastante confiáveis, pois minimiza a influência da subjetividade do avaliador. Desvantagens: sua elaboração é muito complexa e não proporciona maiores informações sobre os pontos fortes do avaliado. Distribuição forçada: consiste em colocar os funcionários em determinada categoria e avaliá-los segundo determinado padrão. Este padrão poderá ser, por exemplo: 10% inferior 20% médio-inferior 40% médio 20% médio-superior 10% superior NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Se o grupo a ser avaliado tiver 10 elementos, por exemplo, um será avaliado como inferior, dois como médio-inferiores, quatro como médios, dois como médio-superiores e um como superior. Esse método é muito limitado, pois é baseado na comparação e tem como premissa que em um grupo sempre haverá funcionários bons, ruins e médios. Como aplicar um método desse tipo em uma ótima equipe sem cometer injustiças? Pesquisa de campo: é desenvolvida com base em entrevistas feitas por especialistas em gestão de pessoas aos supervisores. A partir delas avalia-se o desempenho dos subordinados e procura-se identificar as causas do desempenho deficiente, bem como propor ações corretivas. Vantagens: é um método bastante abrangente, pois conduz a avaliação a um entrosamento com treinamento, planos de carreira e outros processos de gestão de pessoas. Desvantagem: custo elevado para manutenção dos especialistas que realizam as entrevistas e lentidão do procedimento. Comparação binária: método em que cada indivíduo do grupo é comparado com cada um dos outros elementos do grupo em relação a diversos fatores de desempenho. Vantagem: aplicação simples. Desvantagens: muito baseado em comparação, esclarece pouco a respeito dos comportamentos que caracterizam as diferenças individuais no trabalho. Frases descritivas: apresenta semelhança com o método da escolha forçada. Nele, o avaliador, de posse de um formulário NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br contendo certo número de frases, indica as que não correspondem ao desempenho de seus subordinados. É tido como um método pouco preciso. Auto-avaliação: é o método pelo qual o empregado avalia seu próprio desempenho. Pode assumir a forma de relatórios, escalas gráficas e até frases descritivas. Só apresenta validade quando aplicado a grupos com notório grau de maturidade profissional. Incidentes críticos: consiste no destaque de características ou comportamentos extremos (incidentes críticos), que são desempenhos altamente positivos ou negativos. O método não leva em conta o desempenho normal, preocupa-se apenas com os excepcionais, sejam eles bons ou ruins. Assim, os pontos fortes e fracos de cada funcionários são levantados a partir de seus incidentes críticos. Avaliação 360º A avaliação 360 graus é uma técnica muito moderna e tem sido bastante cobrada em provas de concursos, razão pela qual daremos uma atenção maior a ela. Nos métodos de avaliação tradicionais o funcionário é avaliado apenas pelo seu chefe imediato. Quando muito, ocorre também uma auto-avaliação. Já a avaliação 360 graus inclui, além da auto- avaliação, a avaliação dos pares, subordinados e superiores. O funcionário costuma ser avaliado também por pessoas externas à organização, como os clientes, fornecedores e parceiros. Souza17 nos apresenta um conceito bastante completo. “A avaliação 360 graus é um dos mais relevantes avanços no campo da gestão de 17 Souza, Vera Lúcia de. Gestão de desempenho: julgamento ou diálogo? Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003, p.50. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br resultados humanos, caracterizada por ser uma abordagem que privilegia o diálogo entre todas as pessoas afetadas pelos resultados – pares, clientes, usuários, lideranças e a própria pessoa (...) é um modo de gerenciamento centrado em feedbacks, razão pela qual acarreta intensa resistência, por substituir a exclusiva análise quantitativa tradicionalmente empregada por dados qualitativos”. Devemos perceber que a implantação de um processo de avaliação 360 graus não é algo simples. É um processo de mudança que tende a gerar fortes resistências, devido ao medo das pessoas de terem seus pontos fracos expostos, assim como pelo medo de avaliar outras pessoas. Além disso, é um método caro e demorado. Para dar certo precisa haver um forte patrocínio da alta administração e envolvimento pleno da equipe de gestão de pessoas. Para estudarmos um pouco mais as dificuldades no uso desse tipo de avaliação, vamos ver uma questão cobrada pelo Cespe: Item 13. (Cespe – TCU 2007) Entre as dificuldades no uso da avaliação 360o, encontram-se aspectos culturais, aspectos relativos a poder, a recursos, a pesquisas e à tecnologia. Questão correta. Vejamos um exemplo de limitação relativo a cada um dos aspectos citados na questão: Aspectos culturais – em muitas organizações não há uma cultura democrática suficientemente desenvolvida para sustentar um processo tão participativo. Aspectos relativos a poder – A força da hierarquia e da autoridade é muito forte em algumas organizações. Isso dificulta intensamente o processo, pois nesse tipo de organização aqueles que possuem uma posição de chefia considerariam perda de poder serem avaliados formalmente pelos seus subordinados. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Aspectos relativos a recursos – como citamos anteriormente, a avaliação 360 graus é um processo caro, pois abrange horas de trabalho de todos os funcionários. Além disso, em geral é necessário a contratação de uma consultoria ou equipe de apoio, pois, raramente, o setor de gestão de pessoas terá recursos humanos suficientes para tocar um processo de tamanha amplitude. Aspectos relativos à pesquisa: imaginem a amplitude de uma pesquisa para avaliação de desempenho 360 graus em uma empresa média ou grande. Devemos ressaltar a necessidade de ser uma pesquisa extremamente criteriosa e com bases científicas. Temos ainda a tabulação de um número grandioso de dados como exemplo de limitação nesse aspecto. Aspectos relativos à tecnologia: Em empresas de médio e grande porte é indispensável a sustentação tecnológica para um processo tão abrangente. Afinal de contas, é difícil conceber a idéia de tabular manualmente 5000 avaliações, por exemplo. Entretanto, o desenvolvimento de um sistema para avaliação de desempenho 360 graus pode ser demorado e requerer grandes investimentos financeiros. Para fixar, vejamos um resumo das principais vantagens e desvantagens da avaliação de desempenho 360 graus18: Avaliação de desempenho 360 graus Vantagens Desvantagens Sistema mais democrático, dá voz a quem normalmente não tem. Não é para qualquer empresa. Se não houver uma cultura de portas abertas, uma comunicaçãoeficiente e um forte 18 Revista Você SA. Nº16, dez 1999 in Gil, 2001. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br senso de equipe, poderá gerar intrigas. Em vez de uma única opinião, há muitos pontos de vista sobre o desempenho. Essa diversidade geralmente resulta em julgamentos mais equilibrados. Muita gente acaba não falando a verdade, com medo de sofrer retaliações. Possibilita uma visão abrangente dos pontos fortes e fracos do indivíduo, ajudando no planejamento da carreira. Corre-se o risco de haver avaliações subjetivas e pessoais. Para finalizarmos esse tópico, vejamos mais alguns itens: Item 14. (Cespe – TJDFT 2007) A avaliação de desempenho em 360º é aquela realizada de modo circular pelos colegas do mesmo nível hierárquico do avaliado. Item errado. A avaliação de desempenho é realizada por colegas do mesmo nível hierárquico, mas também por aqueles de níveis hierárquicos diferentes, sejam eles subordinados ou superiores. Item 15. (Cespe – Inmetro 2007) A avaliação de desempenho 360º é uma forma de mensuração circular, que deve incluir o maior número possível de pessoas que interagem de alguma forma com o avaliado. Item certo. Quanto maior for o número de pessoas capazes de avaliar o desempenho do funcionário, maior é a chance de que a avaliação corresponda fielmente à realidade de seu desempenho. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 2.3 Erros de avaliação Ocorrem erros em avaliações de desempenho quando o avaliador se deixa influenciar por seus valores pessoais, preconceitos e estereótipos ou faz julgamentos e observações equivocados. As chefias devem ser treinadas para avaliar, o que reduz a chance de ocorrência dos erros. Os erros mais comuns em avaliação de desempenho são os seguintes: Efeito halo: consiste em deixar que uma característica da pessoa encubra todas as demais, influenciando na sua avaliação – é o chamado “julgamento à primeira vista”. Assim, por exemplo, uma impressão geral favorável, em relação ao desempenho em um determinado fator, pode resultar em pontuações positivas em todos os subfatores e uma impressão desfavorável, em avaliações negativas. Predisposição pessoal: ocorre quando existe um preconceito contra certos grupos específicos em relação à raça, religião, política ou preferência por certos tipos humanos. Complacência (“Ser bonzinho”): O erro de complacência decorre da pouca habilidade do avaliador em observar e identificar as diferenças existentes entre os avaliados no que se refere aos padrões de desempenho estabelecidos, fazendo-o atribuir muitas notas máximas indiscriminadamente. Rigor (“Ser malvado”): O erro de rigor caracteriza-se pelo uso indiscriminado do extremo negativo da escala de avaliação e resulta, mais uma vez, da pouca habilidade do avaliador em observar e identificar as diferenças sutis de desempenho expressas nos diferentes pontos da escala de avaliação. Também é chamado de severidade. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Tendência Central: É o famoso “Ficar em cima do muro”. O erro de tendência central é comum quando o avaliador não quer avaliar os comportamentos como ótimos ou péssimos, e, assim, avalia sempre nos pontos médios da escala. Para minimizar esta situação, as escalas podem conter um número par de indicadores; mesmo assim, é adequado identificar as diferenças entre os pontos médios da escala. Efeito Recenticidade (“Ter memória curta”): Quando não é feito um registro sistematizado do acompanhamento do desempenho do servidor, as ações mais recentes são as mais lembradas. Dessa forma, se as ações mais recentes forem ótimas ou péssimas, as avaliações tenderão a ser, respectivamente, ótimas ou péssimas, porque são esquecidos os comportamentos ao longo de todo o período avaliativo. Visão parcial: avaliar as características do indivíduo de modo isolado e não no conjunto. Erro constante ou defeito de caráter: situar as pessoas em valores altos ou baixos de desempenho, de acordo com a maneira de ser do avaliador. Erro de função: avaliar a pessoa levando em conta a função exercida por essa pessoa e não o seu desempenho em tal função. Avaliação congelada: perpetuar um conceito sobre uma pessoa. Considera que, se um colaborador teve um mau desempenho no passado, ele continuará tendo este mesmo desempenho. Erro de proximidade aos centros de decisão: situar nos valores altos de avaliação os colaboradores "mais poderosos", em detrimento dos que não estão próximos aos centros de decisão. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Erro de definição: ocorrem quando as definições sobre o processo de avaliação não estão suficientemente claras e suscitam dúvidas nas interpretações. É necessário que todos saibam o que, como e por que estão naquele processo. “O erro de leniência decorre da inabilidade do chefe em observar e identificar as diferenças no desempenho dos servidores, nivelando desempenho desiguais e caracterizando-os sempre de forma positiva. Exemplo: Um chefe dirige uma equipe de sete servidores. Ao geri-los, ignora as características, habilidades e dificuldades individuais, creditando-lhes somente aspectos positivos dos seus desempenhos indiscriminadamente”19. Subjetivismo: atribuir ao avaliado qualidades e defeitos que são próprios do avaliador ou que não são comprovados objetivamente, mas apenas inferências de desempenho. Unilateralidade: valorizar aspectos que apenas o avaliador julga importantes em termos de desempenho. Supervalorização da avaliação: acreditar que um processo de avaliação das diferenças individuais possa corrigir os "defeitos" das pessoas. Vamos fixar os métodos e erros mais comuns da avaliação de desempenho por meio de exercícios? Item 16. (Cespe – MDS 2006) Quando os avaliadores classificam os avaliados fornecendo especial consideração às qualidades que eles, avaliadores, percebem em si mesmos, estão cometendo o erro de efeito de halo. 19 http://www.sinasempu.org.br/Institucional/legisla/avalia.htm NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Item errado. Vimos que o efeito de halo ocorre quando o avaliador se deixa levar por uma primeira impressão do avaliado, não estando relacionado às qualidades que os avaliadores percebem em si mesmos (subjetivismo). Item 17. (Cespe – TCU 2007) O avaliador que, ao julgar o trabalho do seu subordinado, considera que seu desempenho é mediano em vários comportamentos, mesmo que este demonstre bons resultados em vários trabalhos realizados, comete o erro de avaliação denominado avaliação congelada. Item errado. Vimos que quando o avaliador tende a classificar o avaliado sempre na média o que ocorre é um erro de tendência central. Item 18. (Cespe – PRPREVI 2002) O método de escolha forçadaconsiste em avaliar o desempenho dos indivíduos por meio de frases descritivas de tipos de desempenho individual. Suas principais vantagens incluem o fato de sua elaboração ser simples e de apresentar resultados específicos, enriquecendo a avaliação. Entre as principais desvantagens, está o fato de ser pouco isenta de influências subjetivas e de ter uma aplicação bastante complexa. Item errado. Vimos que a elaboração do método da escolha forçada é complexa e não simples. Além disso uma de suas vantagens é ser um método que proporciona resultados bastante confiáveis, pois minimiza a influência da subjetividade do avaliador. Item 19. (Cespe – Banese 2002) O método do incidente crítico avalia o comportamento dos empregados em situações extraordinárias, não se aplicando a situações rotineiras. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Item certo. Vimos que no método dos incidentes críticos destacam-se desempenhos excepcionais, sejam eles positivos ou negativos. O desempenho normal e rotineiro não é considerado nesse método. Item 20. (Cespe – Banese 2002) O uso de instrumentos matemáticos permite evitar os erros no processo de avaliação de desempenho tais como a excessiva benevolência ou severidade. Item errado. O uso de instrumentos matemáticos não consegue extinguir os erros de avaliação, já que esta é feita por uma pessoa, que pode ser influenciada pelos seus valores pessoais e por julgamentos equivocados, mesmo que o sistema de avaliação seja baseado em métodos quantitativos. 3. Lista de exercícios Item 1. (Cespe / Detran 2009) Segundo a teoria da contingência de Fiedler, a liderança está atrelada à pessoa do líder e à situação. Item 2. (Cespe / Banco da Amazônia 2010) Na atualidade, inexiste situação que comporte a aplicação da liderança autocrática no âmbito de uma organização, pois essa é uma teoria sem aplicabilidade prática. Item 3. (Cespe / Banco da Amazônia 2010) Segundo o modelo contingencial de liderança de Fiedler, a relação entre líder e liderados diz respeito à camaradagem e à preocupação pessoal do líder com seus liderados. (Cespe / FUB 2009) Acerca da motivação e da liderança nas organizações, julgue os itens seguintes. Item 4. Liderança é o processo de influenciar e apoiar outras pessoas para que elas trabalhem entusiasticamente para a obtenção de determinados objetivos. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Item 5. Uma liderança bem sucedida depende mais dos traços pessoais do que de comportamentos, habilidades e ações apropriados. Item 6. Os líderes participativos abordam alguns empregados e pedem suas contribuições antes de tomarem as decisões, sem, no entanto, descentralizarem a autoridade. Item 7. (Cespe / FUB 2009) Liderança não tem influência nas relações interpessoais exercidas em determinada situação, mas é dirigida por meio do processo da comunicação humana à consecução de um ou de diversos objetivos específicos. Item 8. (Cespe / FUB 2009) Estilos de liderança referem-se aos estilos de comportamento do líder em relação aos seus subordinados, isto é, maneiras pelas quais o líder orienta sua conduta. Há três estilos de liderança: autoritária, liberal e democrática. Item 9. (Cespe / MPS 2010) O estilo de liderança adotado por uma organização influi direta e indiretamente em seus resultados. No caso da liderança orientada para tarefas, a autocracia e o autoritarismo são características marcantes. Já no estilo de liderança voltado para as pessoas, as características são democracia e participação dos funcionários. (Cespe / Embasa 2010) Liderança é a influência interpessoal exercida em determinada situação e dirigida, por meio do processo da comunicação humana, à consecução de um ou de diversos objetivos específicos. Com relação às teorias de liderança, julgue os próximos itens. Item 10. A teoria dos traços de personalidade baseia-se no pressuposto de que certos indivíduos possuem uma combinação de diversos traços de personalidade, que, ao serem analisados, permitem que sejam identificados líderes potenciais. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Item 11. Segundo essas teorias, os estilos de liderança podem ser classificados em autoritário, liberal e democrático. Item 12. (Cespe / MS 2009) O modelo de liderança situacional proposto por Hersey e Blanchard, integrante da abordagem comportamental, vincula a competência e a motivação como elementos importantes do processo de liderança, além de reconhecer que a maturidade dos subordinados define o comportamento do líder mais orientado para a tarefa ou para o relacionamento. Item 13. (Cespe / ANS 2013) A liderança democrática é direcionada para equipes maduras e autônomas, que não necessitam de supervisão constante, possibilitando, assim, maior liberdade aos funcionários para a execução de projetos. No que diz se refere à gestão do desempenho, julgue os próximos itens. Item 14. (Cespe / CPRM 2013) A utilização de procedimentos estatísticos e a identificação de tendências são exemplos de salvaguardas para que qualidade, aceitação e efetividade da avaliação 360 graus sejam asseguradas nas organizações. Item 15. (Cespe / CPRM 2013) Uma das desvantagens dos vários tipos de avaliações de desempenho nas organizações é a complexa combinação de todas as respostas emitidas por avaliadores e por avaliados em relação aos fatores de desempenho, o que torna o processo moroso e dispendioso. Item 16. (Cespe / CPRM 2013) O treinamento constante de avaliadores de desempenho permite que planos de avaliação sejam elaborados para guiar os processos avaliativos e mitigar possíveis erros presentes nas emissões dos juízos de valores por parte de avaliadores. Com relação aos processos de gestão de pessoas nas organizações, julgue o item seguinte. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Item 17. (Cespe / Ibama 2013) O atrelamento das metas de desempenho individual aos desempenhos nos demais níveis organizacionais é uma característica da avaliação de desempenho no âmbito da administração pública. Em seu trabalho, cada administrador — seja ele um diretor, gerente, chefe ou supervisor — desempenha as funções que constituem o processo administrativo. A gestão de pessoas procura auxiliar o administrador a desempenhar tais funções, porque ele não realiza seu trabalho sozinho, mas por meio das pessoas que formam sua equipe. Idalberto Chiavenato. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3.ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008, p. 14. Tendo como referência inicial o fragmento de texto acima, julgue o item seguinte, acerca da gestão de pessoas. Item 18. (Cespe / MC 2013) Os modelos de liderança que possibilitam a análise do estilo motivacional do líder incluem o modelo transformador e o modelo transacional, aos quais podem ser associados o carisma e o poder manipulativo, respectivamente. Item 19. (Cespe / Unipampa 2013) Os estudos de liderança têm maior validade científica quando correlacionam características de personalidade com comportamentos exemplaresexibidos por líderes empresariais. A gestão de pessoas envolve vários processos de gestão estratégica, liderança, negociação e gerenciamento das diversidades. Em relação à avaliação de desempenho, julgue os itens que se seguem. Item 20 (CESPE/UnB – TJ/AC 2012) Diferentemente do que se observa no setor privado, no serviço público, a adoção da avaliação de desempenho tem prejudicado a gestão dos serviços públicos e das políticas públicas. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Item 21 (CESPE/UnB – TJ/AC 2012) A avaliação de desempenho, embora contribua para o alcance dos resultados organizacionais, dificulta o desenvolvimento das pessoas na organização. Item 22 (CESPE/UnB – TJ/AC 2012) A avaliação de desempenho consiste em importante instrumento para a gestão estratégica de recursos humanos, embora sua adoção gere diversas críticas referentes à subjetividade dos critérios de avaliação adotados e à tendência à complacência dos avaliadores. Item 23 (CESPE/UnB – TJ/AC 2012) A avaliação de desempenho preocupa-se essencialmente com o cumprimento das tarefas pelos colaboradores, não estando voltada para a busca de resultados organizacionais. Item 24 (CESPE/UnB – TJ/AC 2012) Uma das principais características da avaliação de desempenho é o envolvimento da alta administração da empresa na avaliação do funcionário. No que concerne a avaliação e gestão de desempenho, julgue os próximos itens. Item 25 (CESPE/UnB – CNJ 2013) As escalas de avaliação ancoradas em comportamentos seguem os pressupostos da abordagem relativa do desempenho, visto que elas procuram enfatizar comportamentos e atributos individuais como evidências de desempenho no trabalho. Item 26 (CESPE/UnB – CNJ 2013) Qualidade do trabalho, aptidão para coordenar, comprometimento, melhoria do tempo de resposta ao pedido do cliente e diminuição de atividades pendentes são exemplos de medidas subjetivas de desempenho. Item 27 (CESPE/UnB – CNJ 2013) Tema central da gestão de pessoas, a gestão do desempenho é definida como um processo contínuo de identificação, medição e desenvolvimento dos indivíduos e equipes e de alinhamento do respectivo desempenho com os objetivos estratégicos da organização. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Item 28 (CESPE/UnB – CNJ 2013) Uma das desvantagens da denominada avaliação 360 graus é o retorno, ou feedback, em diferentes momentos do processo, de avaliadores que já participaram dessa avaliação, o que torna as medidas obtidas mais discrepantes e também conflitantes entre si. Diversas teorias organizacionais foram incorporadas às fundamentações da área de gestão de pessoas de forma que, atualmente, muito se discute sobre os conceitos e a relevância da função para a sobrevivência e a competitividade organizacional. Com relação a esse assunto, julgue o item que se segue. Item 29 (CESPE / UnB – INPI 2013) O domínio de determinadas características pessoais, como motivação ao êxito, autoconfiança e flexibilidade, tornam qualquer indivíduo um líder. A respeito de gestão de pessoas, julgue o item abaixo. Item 30 (CESPE/UnB – MCT 2012) O modelo de liderança proposto por Blake e Mouton, também conhecido como grade gerencial, apresenta dois comportamentos — autocracia e democracia — como pontos opostos de uma escala. A essência desse modelo é a combinação do nível de maturidade dos subordinados. Apesar de alguns novos modelos de gestão de pessoas supervalorizarem o indivíduo como fonte geradora de desempenho, a literatura especializada considera que tal desempenho esteja relacionado também a questões de outra ordem que não as características humanas adquiridas. Com relação a essa temática da área de comportamento organizacional, julgue os itens a seguir. Item 31 (CESPE/UnB – AL/CE 2011) É objetivo da gestão do desempenho estabelecer padrões de resultados e comportamentos individuais ou grupais que traduzam as metas e os objetivos organizacionais. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Item 32 (CESPE/UnB – AL/CE 2011) Entendendo-se liderança como a capacidade de alguém exercer influência sobre outras pessoas, é correto afirmar que a motivação é extrínseca ao indivíduo. Item 33 (CESPE / UnB – ANP 2012) A organização que pretenda adotar uma técnica de avaliação de desempenho que proporcione facilidade de planejamento e construção do instrumento avaliativo, com simplicidade e facilidade de compreensão e utilização, deverá utilizar o método denominado escolha forçada. Acerca de objetivos, desafios e características da gestão de pessoas e de comportamento organizacional, julgue o próximo item. Item 34 (CESPE/UnB – MPE/PI 2011) A liderança contemporânea é caracterizada pela capacidade de o líder conduzir a equipe na direção de objetivos sob a autoridade do cargo. Item 35 (CESPE/UnB – ANCINE 2011) As lideranças transformacional e transacional assemelham-se quanto ao estilo comportamental do líder, sendo elemento comum dessas abordagens a capacidade de adequação do comportamento de liderança ao contexto. Considerando que a gestão de pessoas é a função gerencial responsável por promover a cooperação das pessoas que atuam nas organizações objetivando o alcance dos objetivos tanto organizacionais quanto individuais, julgue o item seguinte. Item 36 (CESPE/UnB – SESA/ES 2011) O gerente que, para avaliar o desempenho de seus subordinados, utiliza um formulário de dupla entrada cujas linhas representam os fatores que estão sendo avaliados, e as colunas, os graus de avaliação, faz uso de escalas de observação dirigida. Item 37 (CESPE/UnB – CAPES 2012) No método de avaliação de desempenho denominado escolha forçada, a elaboração do NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br instrumento de avaliação é complexa, e os resultados apresentados aparecem sem muitas informações específicas. No que diz respeito à gestão de pessoas, julgue os itens a seguir. Item 38 (CESPE/UnB – EBC-1 2011) O processo de avaliação constitui ferramenta que auxilia o trabalhador a identificar, para si e para a organização, as competências que ele possui e as que terá de buscar desenvolver ou incrementar, devendo as competências individuais estar alinhadas às competências essenciais da própria organização. (Cespe / Inmetro 2009) Com relação à movimentação e captação de pessoal, julgue os itens que se seguem. Item 39. A utilização de escalas gráficas é indicada para o órgão público que pretenda evitar a ocorrência do efeito halo durante o processo de avaliação. Item 40. A técnica de avaliação de desempenho por escolha forçada tem como vantagem não requerer treinamento dos avaliadores para sua aplicação. Item 41. A avaliação de desempenho por pesquisa de campo possui custo operacional elevado e tem processo lento com pouca participação do avaliado. Item 42. O método de avaliação de desempenho de uma carreira que obriga o avaliador a só conceder avaliação máxima a um percentual limitado de servidores é denominado método de distribuição forçada. Item 43. Além daavaliação de desempenho, a gestão de desempenho compreende o planejamento dos objetivos a serem perseguidos pelo grupo de servidores, e, posteriormente, a entrevista de avaliação em que se dá o feedback de todo o processo. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Item 44. (Cespe / Antaq 2009) A avaliação de desempenho é vista com reservas por vários teóricos e profissionais em recursos humanos, haja vista o baixo envolvimento das chefias na conclusão do processo. (Cespe / Inca 2010) A avaliação de desempenho é importante ferramenta do subsistema e aplicação de pessoas, no âmbito da administração de recursos humanos. Acerca desse tema, julgue os itens seguintes. Item 45. O baixo comprometimento da liderança e a participação sistemática dos avaliados são fatores que contribuem para o fracasso da implementação de métodos de avaliação de desempenho nas empresas. Item 46. A avaliação 360 graus é caracterizada pelo compartilhamento de feedback das pessoas diretamente afetadas pelos resultados com quem executou o trabalho. Item 47. O método que se utiliza de análises comparativas entre um e outro empregado ou entre um empregado e o grupo em que ele atua é o método da comparação forçada. (Cespe / TRE-BA 2010) Com relação à avaliação de desempenho, julgue os itens subsequentes. Item 48. Para ser considerada ferramenta de gestão, a avaliação de desempenho deve restringir-se às dimensões intrínsecas do trabalho e às condições em que ele é executado. Item 49. A avaliação 360 graus é um método de avaliação de desempenho que utiliza a estratégia de múltiplos avaliadores, como superiores, subordinados, pares, fornecedores e clientes, sem, contudo, considerar as autoavaliações, por constituírem fatores críticos de favorecimento pessoal. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Item 50. Avaliação de desempenho baseada em competências busca identificar as lacunas apresentadas pelo empregado em determinado período, a partir da comparação entre as competências previstas para a função e aquelas demonstradas no exercício das atividades. Item 51. Na fase de acompanhamento da avaliação de desempenho, pode ser utilizada a entrevista de aconselhamento para apontar potencialidades e indicar ações de capacitação. (Cespe / SEBRAE 2º/2008) No que se refere à atuação da organização em gerenciar o desempenho de seus colaboradores, julgue os itens que seguem. Item 52. Com o desenvolvimento da teoria administrativa, a avaliação de desempenho evoluiu das metodologias de controle para processos que consideram o empregado e o seu trabalho como parte de um contexto organizacional e social mais amplo. Item 53. O modelo de avaliação de desempenho evoluiu do foco unilateral, em que o chefe diagnostica os pontos fortes e fracos do subordinado, para outros modelos, em que chefe e subordinado discutem em conjunto o desempenho deste último. Item 54. A avaliação 360º propõe a utilização de múltiplas fontes; nela, o empregado é avaliado por diversos atores envolvidos no trabalho, como clientes, pares, chefe e subordinados. Item 55. O gerenciamento eficaz do desempenho envolve o acompanhamento do alcance dos resultados, em detrimento dos recursos necessários a sua realização. Item 56. Um papel da área de gestão de pessoas é atuar como um facilitador de cada etapa envolvida nesse processo. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Item 57. Os resultados da etapa de avaliação do desempenho devem ser utilizados pelas diversos subsistemas de gestão de pessoas da organização, para preservar o sentido de gestão. (Cespe / Sebrae-BA) A avaliação de desempenho, importante etapa do processo de gestão de pessoas, apresenta-se como um desafio permanente. A respeito desse tema, julgue os itens a seguir. Item 58. Nas organizações, um processo de gestão de desempenho deve envolver, além da avaliação, o planejamento e o acompanhamento do desempenho. Item 59. Cabe, primordialmente, às chefias imediatas a responsabilidade pelo sucesso da avaliação de desempenho dos empregados/funcionários de uma grande organização. Item 60. O feedback que o indivíduo recebe sobre seu desempenho representa um diferencial no alcance dos resultados do trabalho desenvolvido nas organizações. Item 61. O desempenho a ser negociado entre chefe e subordinado deve ser baseado nas metas que a organização precisa alcançar. 4. Itens comentados Item 1. (Cespe / Detran 2009) Segundo a teoria da contingência de Fiedler, a liderança está atrelada à pessoa do líder e à situação. 1. Item certo. A teoria de Fiedler é uma das abordagens contingenciais ou situacionais da liderança. Item 2. (Cespe / Banco da Amazônia 2010) Na atualidade, inexiste situação que comporte a aplicação da liderança autocrática no âmbito de uma organização, pois essa é uma teoria sem aplicabilidade prática. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 2. Item errado. Hoje em dia, sabemos que a aplicação do estilo de liderança depende da situação. A liderança autocrática, aquela centralizada no líder e em que não há participação dos liderados nas decisões, ainda está presente em importantes processos, por exemplo nas decisões militares. Item 3. (Cespe / Banco da Amazônia 2010) Segundo o modelo contingencial de liderança de Fiedler, a relação entre líder e liderados diz respeito à camaradagem e à preocupação pessoal do líder com seus liderados. 3. Item errado. Este modelo diz que o desempenho resulta da relação entre a situação, o controle que o líder tem sobre ela e o estilo de liderança adotado. (Cespe / FUB 2009) Acerca da motivação e da liderança nas organizações, julgue os itens seguintes. Item 4. Liderança é o processo de influenciar e apoiar outras pessoas para que elas trabalhem entusiasticamente para a obtenção de determinados objetivos. 4. Item certo. Liderança é o exercício da influência sobre outras pessoas. Na organização, queremos estruturar um sistema de liderança que favoreça comportamentos desejados para o alcance de objetivos e metas. Item 5. Uma liderança bem sucedida depende mais dos traços pessoais do que de comportamentos, habilidades e ações apropriados. 5. Item errado. A concepção de que a liderança depende de traços pessoais é denominada teoria dos traços. Hoje em dia sabe-se que tal teoria está errada e a liderança depende de inúmeros fatores do líder e dos liderados, bem como de cada situação. NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES – CURSO PREPARATÓRIO PARA A POLÍCIA FEDERAL 2013 Prof. Flávio Sposto Pompêo www.pontodosconcursos.com.br Item 6. Os líderes participativos abordam alguns empregados e pedem suas contribuições antes de tomarem as decisões, sem, no entanto, descentralizarem a autoridade. 6. Item errado. O líder, quando busca ser participativo, deve descentralizar a autoridade, dar autonomia e capacidade de decisão às pessoas. Item 7. (Cespe / FUB 2009) Liderança não tem influência nas relações interpessoais exercidas em determinada situação, mas é dirigida
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