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18 Farmacia do Haras e Valores normais Fisiol6gicos e de Patologia Clinica 18.1. Farmacia do haras. tos de emergencia, manuten- c;:aoterapeutica e produtos uti- lizados para 0 manejo sanita- rio do rebanho. A falta de um medicamento, muitas vezes de prec;:oirrisorio, poden§.custar a vida do animal. Mantenha na farmacia do haras, de preferencia em um ar- mario abrigado da luz direta, do calor e da poeira, para utilizar em emergencias, acidentes, ou tra- tamentos de rotina, os seguin- tes produtos: Toda fazenda ou haras or- ganizado nao deve prescindir de uma farmacia que conte- nha, pelo menos, medicamen- H 1. Uquido de Dakin, 1 litro - para anti-sepsia de feridas com necrose. H 2. Agua oxigenada a 10 volumes, 1 litro - para curativos em gera!. H-V 4. Alcool iodado, pode ser feito no pr6prio haras, acrescentando-se tintura de iodo a 2% ao alcool, ate que este fique de cor cereja-c1ara, 1 litro - para inje<;:6ese anti-sepsia em gera!. H 5. Tintura de iodo a 2% e a 10%, 1 litro de cada para caustica<;:ao qUlmica e aplica<;:a.o,principal- mente em problemas de casco. H 6. Glicerina iodada a 10%, 1 litro - para curativos de feridas em gera!. Pode ser preparada no haras misturando-se uma parte de tintura de iodo a 2% em nove partes de glicerina Ilquida neutra. V 11. Penicilina benzatina, 1 caixa com 25 frascos - para inje<;:6escontra infec<;:6es por germes senslveis a penicilina. V 12. Ampicilina 2g, 6 frascos-ampola, para inje<;:6escontra infec<;:6es por germes senslveis a ampicilina. V 18. Fenilbutazona, 10 ampolas, para tratamentos de process os inflamat6rios osteomusculares e dolorosos. H 19. Antiespasmodico, 10 ampolas, para tratamento de processos espasticos, principal mente do trato gastrenterico, vesical e uteri no. . V 20. Flunixin meglumine, 1 frasco, para 0 tratamento de processos inflamatorios e nas colicas inespecfficas. H 21. Vermifugos de amplo espectro, em po, pasta ou injetaveis, de acordo com a indicac;ao e 0 manejo de vermifugac;ao do rebanho. H 26. Glicerina liquida neutra 1 litro, para ser utilizada em enemas ou na produc;ao de glicerina iodada. H 27. Formol a 10%, 1 litro, para auxiliar no tratamento de afecc;6es do casco e como liquido conservador para 0 envio de fragmentos ou biopsias de orgaos para exame histologico. V 28. Vacinas contra as principais doenc;as dos eqLiinos, conforme indicaC;ao e manejo do rebanho. Sempre se deve tomar as devidas precauc;6es para conserva-Ias conforme a recomendaC;ao do laboratorio. H 29. Esparadrapo e fita adesiva de 10 cm de largura, 2 rolos, para pensos em casco e curativos em gera!. H 32. Ligas de algodao ou outro material, para ligar membros dos eqLiinos de esporte, em descanso ou trabalho. As faixas abdominais infantis, ataduras de crepe ou ataduras elasticas prestam-se bem para esta finalidade. H 36. Soluc;ao fisiotogica, ringer simples e com lactato, e soluc;ao de glicose a 5%; mantenha constantemente pelo menos 10 litros de cada, para fluidoterapia. V 37. Soluc;ao hipert6nica a 7,5%, manter 1,5 litros para 0 atendimento emergencial em casos de hipovolemia grave (> 10%). 18.2. Instrumental. 18.3. Alguns parametros suas caracterfsticas ffsicas, 0 fisiol6gicos e protocolo de enfermaria se Alem dos medicamentos laboratoriais constitui em complemento do necessarios para 0 atendimen- importantes. prontuario de exame c1fnico do to medico, um haras deve man- animal (Fig. 18,1), ter no seu setor de enfermaria Os parametros fisiol6gicos PULSO: 0 exame do pulso os seguintes equipamentos e do animal constituem a revela- arterial fornece elementos fisio- instrumentos: <;ao do estado de higidez do 16gicos e patol6gicos do esta- a. Estufa de porte medio, para a organismo e servem para 0 do circulat6rio do animal, coin- esteriliza<;aode instrumentos acompanhamento e avalia<;ao cidindo as ondas pulsateis com em gera!. da evolu<;ao da enfermidade. a frequencia do batimento car- b, Seringas descartaveis de 10, Neste sentido, e de fundamen- dfaco, 0 pulso deve ser tomado 20, 50 e 100 cm3, para inje- tal importancia a manuten<;ao para a contagem da frequencia <;6esintramusculares, intrave- de um protocolo de enfermaria e avaliac;ao de sua qualidade, nosas e subcutaneas, para 0 controle, 0 acompanha- Pode ser tom ado na arteria ma- c. Agulhas hipodermicas nas mento e 0 registro documental, xilar externa, pr6ximo ao ponto medidas de 30x 12, 30x 15, com precisao, das alterac;6es em que 0 vasa emerge na su- lU 40x12 e 40x15, 10 de cada que acometem 0 organismo dos perffcie da face lateral do ramo ,~ para inje<;6esem gera!. animais que adoecem ou en- horizontal da mandfbula, na re- .S0 d, Uma tesoura cirurgica de contra-se em tratamento ou em giao ventral do musculo mas- lU'a'pontas fina e outra de ponta p6s-operat6rio, seter. Coloque 0 polegar por 0 romba, reta, de 15 cm para o trabalho de enfermaria, fora e 0 dedo indicador e 0 me- "0.•..lU curativos, bem como 0 registro dos pro- dio sobre 0 vaso. Conte por 1/ a. (1) e, Uma pin<;adente de rato, reta, cedimentos em fichas adequa- 2 a 1 minuto, A frequencia do "0 (1) de 15 cm para curativos e lim- das para as varias finalidades de pulso do cavalo oscila entre 28 (/l 0 peza de feridas em gera!. manejo, acompanhamento c1fni- e 40, sendo que a grande maio- .~ Clf. Uma pin<;a hemostatica tipo co, administra<;6es e aplica<;6es ria apresenta 34 a 40; potros '0"0 Kelly, reta de 15 cm para he- de medicamentos, e realizac;6es de 1 a 2 dias 100 a 120; para 'Iii mostasia superficial e curativo, de curativos, entre outros, deve potros de 14 dias, 80 a 90; po- i.i: .!!! g. Bandeja de alumfnio, medin- seguir rigorosamente as indica- tros de 3 a 6 meses 64 a 76; de lUE do aproximadamente 50x25 c;6esdo medico veterinario, Apli- 6 a 12 meses, 48 a 72, de 1 a 2 •..0 centfmetros para auxiliar 0 cac;6es de drogas ou procedi- anos, 40 a 56. As variac;6es fi- c:(/l trans porte de seringas e me- mentos de curativos devem ser siol6gicas podem acontecer em ~0 dicamentos ate 0 local onde realizados, preferencialmente, razao do tamanho do animal, ~ se encontra 0 animal enfermo, nos mesmos horarios todos os idade, sexo, trabalho e repouso, (!) h. Equfpos plasticos esterilizados dias, preferencia das 6 as 9 ho- posi<;ao do corpo (quadrupedal (/l ~ <is para coletar sangue, fazer hi- ras, 13 as 14 horas e entre 16 ou decubito), alimenta<;ao, hora I drata<;6es e transfus6es de e 18 horas, continuando-se as do dia, excitac;ao e estresse, Em 0"0 sangue, Algumas soluc;6es tomadas mesmo ap6s a institui- situac;6es de pododermatite <is'(3 para hidratac;ao saGacompa- c;ao do tratamento, E de funda- asseptica difusa, 0 pulso pode '<isE nhadas dos respectivos equi- mental importancia que sejam ser tomado e avaliado nas arte- •... <isL.L pos, que em hip6tese alguma registrados todos os valores e rias metacarpicas e metatar- IIdevem ser reaproveitados pa- observa<;6es parametricas, as- sicas, lateral e medial, junto ara outras inje<;6es. sim como a ingestao de alimen- articula<;ao metacarpofalangicaTerm6metro c1fnico. tos, a defecac;ao a mic<;ao e ou metatarsofalangica. 485 FR TPC T C Conjuntivas mucosas Figura 18.1 Protocolo de acompanhamento de enfermaria. RESPIRAC;Ao: A determina- <;ao da frequencia respirat6ria ocasionalmente pode ser diffcil em animais excitados e inquie- tos, ou nos que apresentam quadros dolorosos de origem abdominal. A frequencia respi- rat6ria e contada e avaliada ob- servando-se os movimentos de inspira<;ao e expira<;ao, sendo em animais adultos, tranquilos e em repouso, em torno de 10 a 14 movimentos por minuto, podendo variar entre 8 a 16. A frequencia respirat6ria pode os- cilar fisiologicamente em razao da idade, tal he, gesta<;ao, posi- <;ao (decubito), exercfcio, tem- peratura ambiente elevada. A frequencia respirat6ria tambem pode ser mensurada ausculta- do-se atraqueia do animal, ou sentindo-se com 0 dorso da mao, junto a narina, 0 fluxo res- pirat6rio. E importante que se observe 0 ritmo respirat6rio, e 0 tipo de respira<;ao (toracica, ab- dominal, t6raco-abdominal). TEMPERATURA: A tempe- ratura do organismo dos ani- mais domesticos e controlada por um aparelho termorregu- lador constante (homeotermos). Nos cavalos acima de 5 anos situa-se entre 37,5°C a 38,O°C; ate 5 anos entre 37,5°C a 38,5°C; nos primeiros dias de vida ate 39,3°C. A temperatura deve ser tomada com termome- tro c1inico. Inicialmente abaixe a coluna de mercurio agitando fortemente 0 termometro, a se- guir introduza-o cuidadosa e lentamente no anus, devagar e girando entre os dedos. Retire- o ap6s 2 minutos e veja em que ponto da escala 0 mercurio pa- rou. A temperatura superficial do corpo do animal pode ser aferida utilizando-se termome- tro digital a raio laser. Hemacias (x 106/fJl) 6,8 12,9 Volume globular medio (VG M) 37,0 58,5 Hemoglobina globular media (HG M) 12,3 19,7 Glob uIina gOlo , ,..,., , ,.., , , , , 3,2 ., , 5,3 Nitrogenio ureico (BUN) mgOlo 10 20 Acido urico mgOlo , , , , 0,9 1,0 AST (TG0) U/ L , , , , " ,.., , , 226 ± 366 ALT (TGP) U/L 3 ± 23 Fosfatase alcalina U I , ,.,.., , , , , , , ,., , , 143 ,325 (244 ± 101,0) Creatinina mgOlo , ,., , , , , , , , 1,2 1,9 fndice icteri co 7,5 20,0 GGT U/L 4,3 13,0 CK (CPK) U/L , , , , 2 23 VARIA90ES E VALORES REFERENCIAIS DOS ELETROLITOS NO SANGUE NORMAL Mg++ mg/1 00 ml 2,00 3,20 CI- plasmatico mEq/L 98 106 HCOg mEq/L 28,6 HEMOGASOMETRJA PC°2 _ _ ......................................•..........._" 36 46 HCOg mEq/L 22 29 B E 1,7 + 3,9 3. Bioqufmica: a. Protefna total: 32 a 48 mg/dl a. Proteina total: 0,6 a 2 g/dl b. Acido hialur6nico: 0,3 a 0,4 g/dl Gravidade especifica unids , , , , ,., , , 1.020-1.050 Ac id0 Urico mg/kg/ d , :: , ,.., , ".., , , ,., , , ,.., ,.., , ,.., , , , , ,.., , ,.,.."..,..,.,..,. 1-2 Volume urinario ml/kg/ d , 3- 18
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