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Como funcionam as construções sustentáveis
Introdução
Construções bioclimáticas, arquitetura sustentável, ecovilas, green buildings, bioconstrução, permacultura, construção ecológica, empreendimentos verdes são temas bastante discutidos hoje, com a preocupação cada vez maior com as questões ambientais. Parecem ter sido inventados há pouco tempo, porém, muito do que permeia tais conceitos vem sendo utilizado pelo ser humano desde os primórdios.
Das primeiras cabanas aos grandes arranha céus, o homem sempre aproveitou o meio a favor de seus ambientes construídos. Hoje, o apelo ecológico é tão forte que, de tanto o homem extorquir a mãe natureza, às vezes nos perguntamos se mesmo trancados em casa, estamos contribuindo para alguma degradação ambiental.
Na verdade, não estamos contribuindo somente em nossas casas, mas em nossos escritórios, hospitais, escolas, cidades, ou seja, em todos os espaços construídos por nós. Mesmo trancado no quarto, o ambiente, a soma de equipamentos, a quantidade de esforço e energia empregados na construção deste, geram ou geraram algum tipo de decréscimo na natureza.
De todas as atividades praticadas pelo ser humano, a construção civil é uma das que mais tem impacto no meio ambiente. No Brasil aproximadamente 40% da extração de recursos naturais têm como destino a indústria da construção. Fora isso, 50% da energia gerada são para abastecer o funcionamento das edificações e 50% dos resíduos sólidos urbanos vêm das construções e de demolições.
Quase toda água que entra em nossas casas, sai sem ser reaproveitada e ainda, levando consigo algum tipo de poluente. Essa água segue o caminho e geralmente acaba indo para os córregos ou rios, isto porque, somente 75% da população brasileira têm coleta de esgoto em casa, e desse número apenas 32% do esgoto recebe tratamento.
	
Felizmente muitas pessoas, entidades, empresas e governos estão se
organizando para evitar que as construções sejam o pilar de um caos ambiental. Seja divulgando pesquisas e informações, promovendo padrões consistentes e educando, seja desenvolvendo produtos, certificando as construções sustentáveis ou agregando valor econômico ao espaço construído, estas organizações têm dado passos importantes.
Algumas das entidades que contribuem para uma melhora na qualidade de vida das pessoas, promovendo a defesa e preservação do meio ambiente, partindo de um princípio da consciência ecológica e responsabilidade social, são:
IDHEA (Instituto para Desenvolvimento da Habitação Ecológica)
Fupam (Fundação para a Pesquisa Ambiental)
Ipema (Instituto de Permacultura e Eco vilas da Mata Atlântica)
Ipec (Instituto de Permacultura do Cerrado)
Green Institute
ATA (Alternative Technology Association)
Em muitos países é possível encontrar conselhos para o desenvolvimento dos conceitos da construção sustentável, que orientam e discutem os padrões a serem seguido em cada lugar. No caso do Brasil, foi criado recentemente, o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, formado por acadêmicos, pessoas ligadas as áreas social e financeira, construtores e representantes de organizações não-governamentais.
CBCS (Conselho Brasileiro da Construção Sustentável)
USGBC (United States Green Building Council)
CaGBC (Canadá Green Building Council)
GBCA (Green Building Council Australia)
Japan Sustainable Building Consortium
A certificação para as construções sustentáveis pode ser obtida por meio de algumas entidades que criaram métodos e sistemas de base que estudam e avaliam o impacto de projeto, construção e operação dos edifícios. As mais comuns são:
BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method)
LEED (Leadership in Energy and Environmental Design)
Ambas possuem métodos simplificados, facilmente formatados para serem utilizados pelo mercado e projetistas e vinculam o desempenho em formas de checklists, na qual a somatória de itens cumpridos elevam a categoria na qual o projeto se encontra. A primeira, britânica, é pioneira e serviu de base para as outras certificadoras. A segunda, de origem norte americana, foi desenvolvida pela ONG United States Green Building Council e é a mais popular, já utilizada em alguns projetos brasileiros.
Muito mais que levar em conta a preservação ambiental, as construções sustentáveis prezam pela salubridade dos ambientes, sendo assim o que é sustentável é saudável, protegendo os seus habitantes das enfermidades que o contexto externo pode trazer para dentro das edificações.
É muito comum nos dias de hoje, principalmente nas grandes cidades, encontrar edifícios mal projetados, subutilizados, com uma série de precariedades, abandonadas e ou mal geridas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu e catalogou como Síndrome do Edifício Enfermo (SEE) aquelas construções que se encontram com baixa e ineficiente dispersão de poluentes, alta umidade, má ventilação, descompensação de temperatura, uma péssima ergonomia e ou algum tipo de contaminação biológica ou química.
A SEE é uma das causas para que 20% da população mundial possuem algum tipo de problemas respiratórios, mal-estar, irritações alérgicas nasais e ou oculares.
Construções sustentáveis: Conceitos
“Utilizar os recursos disponíveis no presente sem esgotá-los e comprometer o meio ambiente das gerações futuras”
(Relatório Bruntland – 1987)
Em 1987, com o relatório Brundtland (O Nosso futuro comum) foi concebido o conceito dedesenvolvimento sustentável, abrindo assim espaço para uma nova ramificação na arquitetura, que prega uma interação do homem com o meio, utilizando os elementos e recursos naturais disponíveis, preservando o planeta para as gerações futuras, baseado nas soluções socialmente justas, economicamente viáveis e ecologicamente corretas.
Algumas diretrizes a considerar para uma construção sustentável.
Pensar em longo prazo o planejamento da obra
Eficiência energética
Uso adequado da água e reaproveitamento
Uso de técnicas passivas das condições e dos recursos naturais
Uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas
Gestão dos resíduos sólidos. Reciclar, reutilizar e reduzir
Conforto e qualidade interna dos ambientes
Permeabilidade do solo
Integrar transporte de massa e ou alternativos ao contexto do projeto.
	Existe muita discussão acerca dos conceitos da construção sustentável. Primeiro que não é certo afirmar simplesmente que uma obra é ou não sustentável. A caracterização da sustentabilidade de uma construção vem do processo na qual esta foi projetada, executada e na somatória das técnicas usadas em relação ao entorno e lugar. Assim, é possível afirmar comparando com outro projeto que uma construção é mais sustentável que a outra.
Pensar em um edifício isolado não faz sentido quando tratamos de questões ambientais como a sustentabilidade dos espaços construídos pelo homem. Por ser sistêmica, a construção para ser sustentável deve ser elaborada em um contexto, o externo é tão importante quanto o que ocorre nas dependências internas. Por isso, a comparação é a melhor forma de avaliar uma construção sustentável, a obra nunca está sozinha.
Se um edifício cumprir todos os pré-requisitos técnicos, respeitar todas as normas éticas ambientais, apenas usar materiais adequados e mesmo assim se fechar para dentro, não condizendo com as necessidades do entorno, não se relacionando com o lugar na qual está inserida, abstrair as outras construções e pessoas que convivem próximo, não estará sendo sustentável.
Pode parecer complicado, mas, não existe nenhuma obrigatoriedade de se cumprir todos os requisitos técnicos para uma construção ser sustentável. Caso contrário, as casas seriam todas iguais. Na verdade, as diretrizes são uma forma de orientar aqueles que pretendem construir de uma forma ambientalmente mais responsável.
Uma obra sustentável leva em conta o processo na qual o projeto é concebido, quem vai usar os ambientes, quanto tempo terá sua vida útil e se, depois desse tempo todo, ela poderá servir para outros propósitos ou não.Tudo o que diz respeito aos materiais empregados nela devem levar em conta a necessidade, o desperdício, a energia gasta no processo até ser implantado na construção e, depois, se esses materiais podem ser reaproveitados.
A autossuficiência da edificação deve ser levada em consideração. Muitas vezes, alguma parcela da energia pode ser gerada no próprio lugar e a água pode ser reaproveitada, fazendo com que no longo prazo se obtenha uma economia considerável nas contas de luz e água. Geralmente a energia externa produz gases de efeito estufa em algum momento de sua produção. Em um contexto mais amplo, proporcionar a sua própria energia faz com que o edifício colabore com a redução destes gases.
Uma arquitetura sustentável deve, fundamentalmente, levar em conta o espaço na qual será implantada. Os aspectos naturais são de extrema importância para se projetar com estes fins. Se respeitadas, as condições geográficas, meteorológicas, topográficas, aliadas às questões sociais, econômicas e culturais do lugar é que definirão o quão sustentável a construção será.
Assim, algumas soluções aplicadas a uma construção no campo podem não ser sustentáveis em outra na cidade e vice-versa. Por exemplo, na primeira hipótese pode se pensar em utilizar materiais do lugar (madeira, pedra, terra etc…), pois pode ficar muito caro optar por peças industrializadas, além dos impactos ambientais diretos e indiretos.
O Brasil com o tamanho continental engloba uma série de panoramas climáticos diferentes. Uma construção sustentável deve respeitar e aproveitar o clima na qual está inserida.
Abaixo algumas características que uma residência pode aproveitar de acordo com clima correspondente.
	
	
	
	
	Obviamente como foi dito antes, os esquemas apresentados são somente algumas das inúmeras possibilidades de como uma casa pode ser. A forma, as técnicas e materiais podem e devem ser combinados da melhor maneira que convier; mais uma vez, uma construção sustentável não tem receita pronta, apenas diretrizes a serem levadas em consideração na hora de projetar.
A permeabilidade do solo deve ser um aspecto significante em um projeto sustentável. Proporcionar espaços livres, vegetados e permeáveis faz com que os ambientes que circundam o edifício sejam mais frescos, criando microclimas que aproximam a vida natural do edifício e dão vazão à água que se acumula no chão deixando os espaços mais salubres.
O modelo de transporte na maioria das cidades está se tornando insustentável. Privilegiar o automóvel como forma prioritária desse sistema pode ter sido uma solução no passado, porém hoje, esta alternativa deve ser revista. As construções sustentáveis devem proporcionar uma integração com o sistema viário que auxilie cada vez, novas formas de chegar e sair dos edifícios. As construções sustentáveis devem ter em seu projeto uma integração que influencie cada vez mais as cidades, tomar como prioridade o uso adequado de transportes de massa e ou alternativos.
A história das construções sustentáveis
Quando o ser humano ainda era nômade e caçava e coletava apenas aquilo que era necessário para sobreviver e reproduzir, os espaços naturais serviram de refúgio servindo de sustento e proteção.
Um rio podia representar desafios, às vezes, uma ameaça para aqueles que decidiam atravessá-lo, mas também eram lugares mais férteis, onde o alimento abundava. Uma caverna poderia esconder animais perigosos aos seres humanos, mas eram excelentes abrigos contra temporais e nevascas.
Quando começou a se fixar no território e cultivar, o ser humano sentiu a necessidade de criar o teto que lhe protegesse das intempéries. Com o desenvolvimento das técnicas, os elementos e recursos naturais de cada lugar foram absorvidos na medida mais eficaz para o abrigo.
Sempre aproveitamos o que o meio nos proporcionou. Desde os primórdios, o homem reconhece a força da natureza como sua maior ameaça, mas também sua maior aliada.
As antigas civilizações não tinham a noção real do tamanho da Terra, mas sabiam e respeitavam este princípio.
Na Babilônia foi desenvolvido o mais antigo conjunto de leis que se tem notícia. Os códigos de Hamurabi, como são conhecidos, permitem reconstituirmos como eram os costumes na época e algumas dessas leis descrevem severas punições aqueles que prejudicassem o sistema de captação e distribuição de água.
No antigo Egito, as construções mantinham a distância necessária do rio Nilo, sabendo que seu regime possuía períodos de cheia e vazão bem definidas, aproveitavam o fundo das construções para o plantio, pois o rio quando enchia trazia nutrientes e quando vazava servia para fertilizar o solo para a agricultura.
Aproveitar a natureza do lugar e respeitar seus limites é uma das características principais para uma construção sustentável que trazemos desde os antepassados.
Muitos exemplos podem ser citados ao longo da história como cada povo construiu usando os elementos que dispunham ao redor de suas ocupações.
Os Iglus são uma forma bem interessante de demonstrar o aproveitamento do meio a favor do abrigo. Mesmo com as condições extremas de baixa temperatura, este abrigo de gelo se mostra extremamente eficaz.
	
Os moinhos também são ótimos exemplos de como as construções podem usufruir da natureza sustentavelmente. Tanto os de vento quanto os de água têm a função de utilizar uma força natural para moerem cereais e grãos. Na Holanda, por sua vez, os moinhos de vento foram utilizados para bombear a água da chuva para o mar, evitando que as terras alagassem.
Nossa época
Em 1973, os países exportadores de petróleo elevaram consideravelmente os preços do produto, pondo assim em xeque os padrões de consumo da maioria dos costumes ocidentais. Surgem debates sobre novas opções a serem alcançadas devido à enorme preocupação sobre a dependência desta commodity.
O mundo observava e preparava-se para repensar os modelos econômicos, padrões de consumo, estilo e modo de vida levados até então. Percebeu-se que a grande maioria da energia gerada era consumida nas cidades, que abasteciam suas edificações de uma forma voraz.
O relatório Brundtland em 1987, berço do conceito de desenvolvimento sustentável, lançou as bases de novos paradigmas para a humanidade. Para as construções, as discussões sobre eficiência energética abriram novos horizontes para uma arquitetura mais ponderável e ambientalmente mais correta.
Seguiu-se, nos anos e décadas que se passaram, a necessidade de se repensar não somente questões energéticas de um edifício, mas padrões adequados de consumo de água, resíduos e, hoje, a bola da vez são as emissões de carbono.
Projetado pela Bill Dunster Architects, o BedZed é um condomínio habitacional e de escritórios com uma concepção de baixo consumo de energia e auto-sustentabilidade. Localizado em Londres, o projeto é um verdadeiro conceito de sustentabilidade construído.
Tudo pensado no BedZed tem a intenção de minimizar o consumo e, por vezes, renovar aquilo que é usado. Desde o transporte até os materiais, tudo foi pensado para integrar o conjunto a cidade e ao meio ambiente.
	
Características do BedZed:
Uso de placas fotovoltáicas para geração de energia
Miniestação geradora de energia a base de lascas de madeira.
50% da água são tratadas, purificadas e reutilizadas.
Coberturas verdes.
Postos de abastecimento para carros elétricos.
Localização do projeto próxima a boa infra-estrutura de transportes.
Iluminação bem aproveitada.
Ventilação bem elaborada, evitando o uso de ar-condicionado.
Uso de materiais reciclados, reaproveitados e de fontes próximas ao local.
Equipamentos sanitários com baixo consumo de água.
Eletrodomésticos ecológicos.
Coleta de lixo reciclável
Materiais usados
Toda construção necessita de materiais, todo edifício tem sua utilidade por isso demanda por produtos. Aliado a uma boa combinação de técnicas e uso responsável do meio, obtemos uma arquitetura mais sustentável.
Ás vezes, aquela madeira bonita que vem de um lugar distante, demandandouma enorme carga de trabalho humano e energia, com um delicioso aroma, coloração agradável e ótima para se fazer um bom deck pode ter cheiro de aquecimento global.
Ou aquele necessário ar condicionado (cuja arquitetura se esqueceu do conforto ambiental lá do escritório), comprado para nos sentirmos todos os dias úteis, podem não ser saudáveis, dispersando insalubres gases nocivos ao ser humano e ao meio ambiente.
Brincadeiras à parte, uma construção sustentável prevê que os materiais usados:
Dêem preferência para os que venham de locais próximos.
Sejam sintéticos, naturais e ou transformados, devem ser produzidos para ser usados até o fim da vida útil. Adequados para a reciclagem, reuso e reutilização.
Prima por aquele material composto de substâncias não tóxicas, não nocivas e benéficas na decomposição.
Tenham sido feitos sem agredir o meio e ou deturpar as ordens sócias e culturais. Economicamente vantajoso ao lugar e região na qual é produzido.
Sejam materiais de ordem naturais, porém renováveis. Utilizados e mantidos para o uso das sociedades que ainda estão por vir.
Criem condições para novos padrões sustentáveis de consumo e sejam eficientes.
Não sejam transgênicos.
Não poluam o meio na qual é utilizado.
Se bem usados, colaborem para o fim das devastações ambientais.
Os produtos e equipamentos utilizados nesses tipos de edificação devem conter os mesmos conceitos dos materiais acima, sejam eles industrializados, artesanais ou manufaturados. Ou seja, devem:
Propiciar o reuso de suas partes.
Gerar sua própria energia sem produzir resíduos ou funcionar, através de alguma fonte de energia sustentável.
Aliar suas funções eficientemente com as condições naturais do lugar na qual é usado.
	Importante lembrar que tanto materiais ou produtos utilizados nestas construções não só devam ser fabricados com responsabilidade, mas, quem os usa têm uma parcela fundamental para estes continuarem sendo sustentáveis.
Muitos equipamentos possuem necessidades específicas de manutenção. Alguns eletrodomésticos, por exemplo, funcionam com gases que durante e depois da vida útil, necessitam de alguns cuidados para não prejudicarem a saúde e o meio.
Fundamental lembrar também que materiais e produtos que se auto-intitulam verdes, ecológicos, ambientalmente responsáveis e assim por diante devem ser questionados. A melhor maneira de checar se ele realmente é verde é através da certificação de algum órgão, entidade responsável por análises de padrões confiáveis e ou certificadoras específicas.
Abaixo alguns materiais e produtos que podem ser empregados nas construções sustentáveis:
Fibras vegetais
São excelentes materiais que substituem as fibras de vidro e sintéticas. Possuem características físicas e mecânicas, em alguns casos muito melhores do que as não naturais, principalmente quando incorporadas com compostos plásticos.
Feitas a base de uma série de plantas e vegetais como a juta, o sisal, o coco, a cana-de-açúcar, algodão, rami entre outras, é utilizada para confecção de uma ampla gama de produtos. Pode ser misturada ao concreto para agregar maior resistência, serem usadas para fazer telhas, tapumes, revestimentos acústicos e térmicos, painéis, tecidos, tapetes e carpetes.
Óleos vegetais
Bastante usados em produtos alimentícios, farmacêuticos e atualmente vinculados ao setor energético na produção de biocombustíveis, os óleos vegetais também são utilizados em vários produtos aplicados na construção civil. Hoje existem tintas, vernizes, impermeabilizantes e solventes à base desses óleos, que descartam o uso de produtos químicos prejudiciais à saúde. São derivadas de inúmeros tipos de vegetais e sementes como girassol, mamona, soja, dendê, cânhamo, milho, palma, amendoim entre muitas outras.
Solo Cimento
Muito útil em meios rurais pela disponibilidade da matéria-prima, já que a maior parte da mistura vem do chão. É um tipo de cimento para argamassa ou estrutura, adequado para uso em revestimentos de pisos e paredes devido à elasticidade, usado para pavimentação, em muros de arrimo, confecção de tijolos e telhas sem que haja uma queima prévia. O solo cimento é um material homogêneo resultante da mistura de solo, cimento e água, ideal para construções de pequeno porte. O solo usado é composto por uma parte maior de areia e outra menor de argila. A proporção de cimento e solo fica entorno de 1 para 12, ou seja, uma parte de cimento e outras doze partes de solo. É importante lembrar que o solo cimento mais adequado não pode conter materiais orgânicos (galhos, folhas e nenhum tipo de adubo) e devem ser bem peneirados na fabricação.
Concreto reciclado
Concreto é um material composto por cimento, areia, água, compostos britados (brita, cascalho e ou pedregulho) que eventualmente contém materiais ligantes como colas, fibras e outros aditivos. O concreto reciclável possui inúmeras fórmulas e combinações possíveis. Alguns encontrados no mercado são feitos com escória de alto forno, material originalmente refugado, resultante na fabricação de cimento e em usinas metalúrgicas, outros utilizam sobras de minérios e asfalto, recolhidos em demolições e entulhos. O uso do concreto reciclado tem despertado cada vez mais uma consciência de reaproveitamento dos materiais que antigamente eram descartados, como restos de tijolos e telhas, abrindo espaço para empresas que separam e comercializam materiais que sobram nos canteiros de obras e nas demolições.
Madeiras alternativas
A madeira é um excelente material, utilizada desde sempre pelo ser humano, encontrada em inúmeras cores, cheiros e durabilidades, muito utilizada na construção civil, porém, todos sabem dos riscos da extração em larga escala sem as devidas preocupações ambientais. Muitas espécies de árvores e suas florestas foram dizimadas para abastecer o consumo humano em toda a história. Por isso, a preocupação de se utilizar madeiras alternativas (de reflorestamento e certificadas) é de extrema importância quando aplicadas em uma construção sustentável São aquelas madeiras que na hora da compra podem comprovar a origem de onde foram retiradas como:
Reflorestamento - A madeira de reflorestamento advém de lugares que mantém uma área de floresta original ou replantada, através de manejos sustentáveis de produção. A atividade prevê a preservação dessas matas ao mesmo tempo em que sustenta o ritmo da extração.
Certificadas - As madeiras certificadas são aquelas que conseguem comprovar a origem de onde foram retiradas, através de selos concedidos por órgãos competentes e avaliadores. Um dos mais conhecidos é o selo verde do Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal) presente em mais de 50 países.
Outras certificadoras de madeira consideradas confiáveis são:
IDHEA – Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica
Instituto Falcão Bauer
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
Fundação Vanzolini
BVQI – Bureau Veritas Quality International
Adobe
É um material ainda muito utilizado em várias regiões do mundo, inclusive no Brasil, excepcionalmente próprio para regiões que tenham solos argilosos e clima seco.
Usado para se fazer tijolos, são muito eficazes na construção de alvenarias estruturais externas, pois depois de secos adquirem uma alta resistência e ótimas propriedades acústicas.
O tijolo de adobe é feito de uma mistura com argila, areia, água e algumas vezes podem ser adicionadas palha ou outras fibras.
Tintas naturais
O uso de tintas convencionais muitas vezes pode ser danoso à saúde e ao meio ambiente por conterem substâncias orgânicas tóxicas (COVs), substâncias derivadas do petróleo e compostos voláteis altamente poluidores ao contato com córregos e lençóis freáticos. Hoje no mercado existem algumas tintas a base de água, ceras e óleos vegetais, resinas naturais, com pigmentações minerais, muito mais recomendáveis para um equilíbrio sustentável nos ambientes, pois não têm odor e não utilizam metais pesados.
Telhas “ecológicas”
Cada vez mais utilizadasessas telhas podem ser feitas de placas prensadas de fibras naturais ou de matérias reciclados. As telhas “ecológicas”, como são conhecidas, possuem características mecânicas melhores do que as das telhas de fibra de vidro e amianto, são mais leves e ainda não prejudicam a saúde e o meio ambiente. Uma particularidade interessante das telhas recicladas com embalagens tetrapak é que por conterem uma porcentagem de alumínio, refletem a luz solar garantindo uma excelente condição térmica nos ambientes usados.
Piso intertravado
O piso intertravado é composto por peças de concreto modulares, com diversas formas e cores, que são assentadas como um quebra cabeça, por isso o nome. Muito resistentes são usados em calçadas, parques e grandes extensões de pisos externos. A vantagem para o meio ambiente é que ao contrário do que vemos por ai, os pisos intertravados possibilitam que a água da chuva permeie entre as juntas e encontre o solo, facilitando a drenagem.
Equipamentos sanitários de baixo consumo e automáticos
Os vasos sanitários e pias são campeões no quesito desperdício de água. Muitas vezes esquecemos uma torneira pingando ou a descarga desregulada, o que acaba lançando enormes quantidades de água sem necessidade.
Por isso, a tendência é que cada vez mais os sanitários tenham equipamentos reguladores de consumo. Alguns fabricantes de equipamentos sanitários já disponibilizam no mercado torneiras com sensor de presença e vasos sanitários com duplo acionamento. O vaso funciona com meia descarga no caso dos líquidos e vazão completa para sólidos. Alguns modelos mais simples limitam a vazão de seis litros mesmo com o botão sendo apertado insistentemente.
Lâmpadas de alta eficiência energética
Existem muitos tipos de lâmpadas eficientes no mercado e algumas que ainda estão por vir, pouco difundidas, prometem uma revolução na iluminação dos edifícios. A mais comum são as lâmpadas fluorescentes compactas, apesar de mais caras, representam um consumo de energia 80% menor e duram 10 vezes mais que lâmpadas convencionais, fora isso aquecem menos o ambiente. A maior promessa no setor de iluminação são os LEDs, que em inglês significam Diodo Emissor de Luz. São diodos semicondutores que ao receberem energia iluminam. Muito comum em televisores e computadores são aquelas luzes que ficam acessas indicando que o aparelho está ligado ou em stand by. Possuem inúmeras vantagens. São luzes que desperdiçam pouquíssima energia, não esquentam, extremamente compactas, mas ainda são caras e pouco difundidas.
Técnicas utilizadas
As construções sustentáveis não devem ser pensadas como modelos prontos, mas como um novo sistema para se repensar as construções em um contexto mais amplo, interdisciplinar, sistêmico, que protejam o meio ambiente, intervindo de forma sustentável, deixando às futuras gerações os mesmos recursos que dispomos hoje e, por vezes, recuperando o que já foi perdido.
Já presenciamos racionamentos de água e luz, sabemos que são fatos isolados a determinadas épocas do ano, mas tendem a serem mais comuns se continuarmos consumindo ferozmente e sem necessidades alguns dos recursos naturais do planeta.
Como dito anteriormente, uma construção sustentável prevê algumas diretrizes para o edifício se tornar auto-suficiente. Quanto mais um edifício puder prover sua própria energia, água e tratar seus resíduos estará contribuindo para um contexto de menos desperdício e racionalidade.
Assim algumas técnicas aliadas a novas tecnologias podem ajudar a preencher alguns requisitos de uma arquitetura mais sustentável.
Sensores de presença ou de movimento
Automação predial e residencial costuma conferir reduções no consumo de energia se bem usados. Um dos aspectos mais viáveis dessa tecnologia são os sensores de presença, geralmente usados em áreas externas, ligam e desligam luzes quando a alguém no local. Evita que lâmpadas fiquem ligadas horas ou noites inteiras sem necessidade. Muito usadas em frente de portões e guaritas, áreas de lazer, halls de entrada e garagens, os sensores de presença já são utilizados em ambientes internos conectados também aos aparelhos eletrônicos, evitando que estes fiquem ligados por muito tempo sem o real uso de alguém.
Energia solar
A energia vinda do sol pode ser aproveitada de várias maneiras em uma construção. É uma fonte inesgotável, porém não constante. Devido alguns fatores climáticos que encobrem o céu, não há como aproveitar integralmente a captação da luz e, nos períodos noturnos, apenas não funciona. Por incrível que pareça a maior produção de energia está instalada nos países de maior latitude. Devido ao alto preço (que começa a ficar mais acessível) e a poucos incentivos, a tecnologia é pouco explorada nos trópicos ou mesmo em localidades próximas ao equador. O Brasil apresenta excelentes condições em quase todo seu território e pouco aproveita deste recurso. Uma maneira de se aproveitar a energia solar em um edifício é fazer com que o sol seja uma fonte para alimentar sistemas de automação, eletro-eletrônicos ou equipamentos de médio uso. Apesar da absorção irregular, estes sistemas de captação contam com baterias e armazenam a energia. Funcionam através de placas fotovoltaicas, localizadas em algum lugar do edifício onde haja maior incidência da luz solar, geralmente nas partes mais altas (telhados e coberturas).
Como o sistema acima, a energia solar pode ser usada também com grande eficácia no aquecimento da água de um edifício. Estes sistemas são parecidos, têm os mesmos princípios de colocação e absorção, mas neste caso as placas coletoras recebem um fluxo de água, ligadas ao sistema de abastecimento da construção.
Esta tecnologia pode ser usada para compor o sistema de aquecimento de água de condomínios, residências, escolas e clubes, contam com a vantagem de reduzirem o consumo de energia externa e com a desvantagem de necessitarem de grandes áreas livres para serem instaladas. Porém cada vez mais avanços tecnológicos vêm criando placas solares cada vez mais potentes.
	
Energia eólica
Assim como a solar, a energia eólica é uma fonte renovável de energia, intermitente, porém irregular. Usada pelo ser humano, desde as primeiras civilizações, a força do vento é usada nas construções de várias maneiras.
Seja para bombeamento de água, acionamento de máquinas e rotores, moinhos e para transformação em energia elétrica, estes sistemas são pouco conhecidos da população em geral.
Em algumas localidades onde há muito vento, algumas empresas já instalam pequenos geradores eólicos em residências e escritórios.
Como a energia solar, a eólica necessita de baterias que armazenem (para dias sem vento) e depois distribuam essa energia para o edifício. Não é suficiente para fornecer toda força que uma casa necessita, mas colabora com redução de gastos na conta da luz.
Reuso da água
Hoje a demanda crescente por água, seja nas construções ou para irrigação na agricultura, faz crescer a necessidade por alternativas que poupem mananciais e mantenham os recursos hídricos através de um planejamento do uso racional e eficiente da água.
O reuso da água, ou a chamada nos Estados Unidos: água cinzenta, compreende uma atividade que abrange a minimização da produção de efluentes, perdas, desperdícios e consumo de água nos edifícios. Utilizando uma água de qualidade inferior como a da chuva faz com que grandes quantidades de água sejam poupadas.
Tratar o esgoto produzido é outra forma consciente de devolver para o meio ambiente uma água mais limpa ou, até mesmo, para reutilizar em usos menos nobres.
Captação e armazenamento de água da chuva: Aproveitar a água da chuva pode representar uma economia considerável em edifícios residenciais ou comerciais. Por contar com sistemas simples de funcionamento, apenas exigem espaço para armazenar a água. Geralmente as cisternas, (onde é armazenada a água) são instaladas próximas ao sistema de abastecimento do edifício; mas é importante lembrar que a função de reusar a água da chuva não seja orientadaao consumo humano. Esta água é utilizada para irrigar jardins, lavar calçadas e limpar áreas comuns. Eventualmente, pode ser utilizada para descarga em vasos sanitários.
Mini estação de tratamento da água: Tratar a água usada em sanitários, cozinhas e áreas molhadas em geral pode representar uma grande colaboração ao meio ambiente, pois elimina patógenos que transmitem doenças e impurezas que ao contato com mananciais prejudicam a qualidade destes. Além disto, é perfeitamente possível que uma água tratada em mini-estações sirva para o reuso. Alguns tipos mais elaborados fazem um tratamento mais completo e são capazes de proporcionar uma água potável ao consumo humano.
Existem vários modelos de tratamento de água. Todos exigem certa área para implantação e quando planejadas junto à construção do edifício podem representar uma economia, segundo dados daATA (Alternative Technology Association) de até 40% na conta de água.
As mini-estações normalmente tratam a água usando sistemas biológicos, através de reações aeróbicas e anaeróbicas, utilizando microrganismos, minhocas e plantas aquáticas. São usados em alguns casos produtos químicos para o tratamento, mas numa construção sustentável, a utilização destes produtos deve ser evitada com a intenção de não contar com alguns agentes altamente poluidores.
Permeabilização do solo
Um enorme problema das grandes cidades é a aridez que encontramos em muitas ruas, calçadas, calçadões, estacionamentos, praças e parques, causada pelo uso excessivo do asfalto e do concreto para cobrir o chão. Tais revestimentos muitas vezes utilizados sem critério impermeabilizam o solo, fazendo, por vezes, que a água demore muito tempo pra infiltrar.
Em uma grande chuva, por exemplo, devido à grande quantidade de água que vem, somado ao enorme acúmulo de lixo encontrado nas ruas, faz com que as bocas de lobos e sumidouros entupam, aliado a isso, um solo impermeável não consegue ter uma boa absorção, o solo não consegue drenar o excedente e no final das contas temos mais uma enchente. Lógico que para uma enchente ocorrer são necessários outros fatores, mas a má impermeabilização contribui muito.
Outro aspecto interessante é que, com menos áreas verdes permeáveis, a temperatura dos grandes centros urbanos tende a ser maior. Árvores, jardins e gramados, além de serem ótimos visualmente, são barreiras naturais para as intempéries, filtram o ar e retêm a poeira.
	
	
Ar condicionado “ecológico”
Grande campeão de enfermidades, imbatível consumidor de energia e mestre no quesito lançador de gases de efeito estufa, o ar condicionado convencional é muito utilizado nos grandes centros urbanos.
A nova geração de ar condicionados vêem para resolver a maioria desses problemas. Usam sistemas evaporativos de funcionamento, deixam os gases estufa de lado para trabalhar com água, fazendo com que os ambientes sejam menos secos, e assim evitando a maioria dos problemas respiratórios. São mais econômicos e podem representar um ganho de até 80% na conta de energia.
Coberturas verdes
As coberturas verdes, ou telhados ecológicos, e jardins suspensos existem há muito tempo na história da humanidade. No século 6 A.C. na Babilônia, o uso dessa técnica já era conhecida. No século 19 em Berlim, as casas rurais eram cobertas por uma camada de terra, a fim de evitar incêndios, nessa camada de húmus, a vegetação acabava crescendo e cobrindo os tetos.
Como dito anteriormente, as áreas vegetadas são muito benéficas para as construções e para as pessoas que convivem nelas. Um teto verde é uma excelente forma de se proteger acústica e termicamente uma cobertura. Além disso, esta técnica faz com que a poeira em aspersão no ar seja retida e acabam filtrando a mesma.
As coberturas ainda ajudam a filtrar a água que vem da chuva, auxiliando no reuso desta.
Importante ressaltar que como todas as áreas verdes, uma cobertura desse tipo demanda manutenção adequada, pois, por se tratar de um organismo vivo, esta vegetação cresce e produz um excesso de folhas mortas que por vezes entopem ralos, podem subir nas paredes ou entrar em frestas de janelas e portas.
	
	
Reduzir, reutilizar e reciclar
Como já dito, a construção civil é uma das atividades que mais impacta no meio ambiente. Seja pela produção, extração e ou transporte das matérias-primas, a energia gasta e os resíduos que se perdem pelo meio do processo são altamente desproporcionais com o consumo real do material.
O desperdício na construção civil colabora com o aumento dos entulhos e lixões, muitas vezes localizados em espaços onde os ecossistemas são mais frágeis.
Uma construção sustentável deve atender a um planejamento rigoroso sobre o manejo do que entra e sai em sua obra e, principalmente, do que entra e sai no cotidiano de seu funcionamento.
Além disso, os materiais que entram e os resíduos que saem devem ser acompanhados desde o fornecedor até a entrega das sobras ao receptor.
Em primeiro lugar, certificar de onde vem o material é estar ciente de não colaborar com fornecedores irresponsáveis ambientalmente. Em segundo lugar ao destinar os resíduos é necessário estar ciente que aquilo que sobra não será despejado em alguma beira de córrego.
Hoje, empresas de demolição já recebem incentivos do governo federal para atenderem e comercializar entulhos de demolições.
A maioria dos materiais de uma obra em demolição pode e deve ser reaproveitada. Felizmente, vários setores da construção civil já se organizam e sentem no bolso o valor da reciclagem. Produzir, através de materiais que podem ser reciclados, às vezes sai mais barato do que comprar matéria prima, pois o preço da fabricação já está embutido no material de segunda mão.
Também é bom negócio para quem vai consumir este material reciclado, pois o preço é mais razoável. Assim todo mundo sai ganhando, principalmente a sociedade e o meio ambiente em geral.
Uma forma racional e coerente de se construir é ter certeza da quantidade necessária de material. Se for muito, reduza. Se for pouco, reutilize. Se sobrar, recicle.
Exemplos
Veja alguns exemplos de construções sustentáveis ou ecologicamente corretas.
	
	
Obviamente como foi dito antes, os esquemas apresentados são somente algumas das inúmeras possibilidades de como uma casa pode ser. A forma, as técnicas e materiais podem e devem ser combinados da melhor maneira que convier. Mais uma vez, uma construção sustentável não tem receita pronta, apenas diretrizes a serem levadas em consideração na hora de projetar.

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