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1. INTRODUÇÃO As colocações abordadas neste trabalho trazem a importância das políticas públicas na efetivação dos Direitos das Pessoas com Deficiência, como o acesso à escola regular e permanência nela assim como o ingresso no mercado de trabalho e na vida política do país visando garantir direitos de cidadania. Neste sentido, o mesmo se propôs fazer um breve histórico das leis e Políticas específicas que amparam pessoas com Deficiência e seus familiares bem como instigar o leitor à reflexão sob o funcionamento das referidas leis no cotidiano das Pessoas com Deficiência. A exclusão que provem por um lado dos mecanismos próprios da constituição de uma sociedade capitalista e, do outro, de uma “diferença restritiva” pelo fato dessas pessoas estarem em uma condição de diferença “física, sensorial ou cognitiva ou ainda comportamental, [...] em desacordo com os padrões estabelecidos como produtivos, eficientes, funcionais ou mesmo de beleza” (PINHEIRO, 2003), necessita ser banida de nosso meio através de uma cultura de aceitação das diferenças baseadas na prática das Políticas criadas para inclusão social. O estudo apresentado trata-se de uma pesquisa de tipo exploratório uma vez que este tipo de estudo possibilita: [...] a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com o ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar conceitos. (MARCONI e LAKATOS, 1990, p.77). Para sua realização foram adotados procedimentos: como levantamento bibliográfico no aprofundamento de elementos teóricos e clarificar situações identificadas; consulta ao Banco de Dados Estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e enquete realizada em rede social (Facebook) com profissionais que atuam junto a Pessoas com Deficiência e seus familiares; em seguida foram tabulados e analisados os dados coletados através da supracitada enquete. Constituíram-se em sujeitos deste estudo as Políticas Sociais vigentes voltadas para pessoas com Deficiência no Brasil. Este trabalho de cunho metodológico qualitativo e Bibliográfico está estruturado em mais dois conjuntos de informações sendo eles, primeiro a Contextualização Teórica que serviu de embasamento para estudo, a qual se subdivide da seguinte forma: A Definição e tipos de deficiências mais estudados por profissionais e pesquisadores, dando ênfase à Deficiência Intelectual ou Mental, escolhida como linha de estudo; com sua tipologia expositiva e argumentativa vem relacionar o Processo Histórico dos Direitos e Políticas de Proteção da Pessoa com Deficiência. Em segundo, são apresentados Dados Estatísticos com quantitativos recentes publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre pessoas com Deficiência no Brasil; a Enquete que traz a opinião dos profissionais e familiares atuantes com tais Políticas, por fim as Considerações Finais as quais se referem a uma síntese dos resultados obtidos, as inferências, propostas e sugestões. Espera-se com esse Trabalho trazer contribuições para os profissionais e Instituições atuantes com pessoas que possuem deficiência física, intelectual e/ou múltipla, possibilitando encontrar respostas através dos questionamentos e entender a importância de divulgar as Políticas sociais vigentes, cobrar dos Poderes Públicos sua efetivação e junto com a sociedade Civil criar novos caminhos bem como uma cultura de igualdade e convívio com a diferença. 2. DEFINIÇÃO E TIPOS DE DEFICIÊNCIA O conceito de deficiência vai muito além do limite nas condições de uma coisa ou ser humano; quando se trata da condição de pessoas reuni um conjunto de disfunções físicas, mentais e orgânicas, que podem interferir na quantidade, qualidade e valor de determinadas ações. De acordo com SASSAKI “Ela denota uma condição da pessoa resultante de um impedimento”. (SASSAKI, 2005, p. 9). Podemos encontrar a definição sucinta no Decreto nº 3.298 de 20 de dezembro de 1999 que regulamenta a Lei no 7.853/1989 e dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. O mesmo define deficiência a partir de três classificações: I - deficiência - toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano; II - deficiência permanente - aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos; III - incapacidade - uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social, com necessidade de equipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa portadora de deficiência possa receber ou transmitir informações necessárias ao seu bem-estar pessoal e ao desempenho de função ou atividade a ser exercida. (BRASIL: 1999, Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto/d3298.htm.> Acesso em: 04 de Junho de 2012). A deficiência é todo comprometimento que afeta a integridade da pessoa humana, causando dificuldades em sua locomoção, coordenação motora, fala, compreensão de informações, orientação espacial e percepções que geram a impossibilidade de realizar atividades comuns e a manutenção de suas ações. “Todavia o que na realidade coloca uma pessoa na condição de deficiente é a dificuldade que ela encontra de relacionamento e integração na sociedade”. (RODRIGUES, 2010, p.13). Segundo o mesmo decreto 3.298 de Dezembro 1999, existem quatro tipos de deficiências sendo elas: Deficiência Física – Altera completa ou parcialmente um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento de suas funções, sendo classificadas como paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência do membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida. Deficiência auditiva – Consiste na perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais comprometendo assim as funções auditivas do indivíduo que a possui. Deficiência Visual – tal cegueira é igual ou menos que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão (acuidade visual entre 0,03 a 0,05 no melhor olho), os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60º; ou ocorrência simultânea das condições já mencionadas. Deficiência Mental – Trata de um estado definido pelo desenvolvimento incompleto da mente que inibi o funcionamento intelectual limitado, com manifestações anteriores aos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas como: Comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização dos recursos da comunidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho. Os tipos de deficiências mentais estudados que têm sido objeto de atenção de organizações, públicas, privadas ou de organizações da sociedade civil, são definidos como: - Microcefalia o cérebro da criança permanece em tamanho anormalmente pequeno. É facilmente reconhecido quando se observa uma desproporção entre a face e a caixa craniana. Na criança ela pode decorrer de anomalias evolutivas e de processos destrutivos acontecidos durante a gestação. -Hidrocefalia é também conhecida como “água na cabeça” devido ao aumento da quantidade de líquido céfalo-raqueano – LCR na cavidade craniana, podendo ocorrer em qualquer idade e ter origem congênita ou adquirida. -Retardo mental é definido na Enciclopédia Ilustrada de Saúde como “função intelectual geral abaixo da média, com déficit no comportamento adaptativo, que ocorre antes dos 18 anos de idade” <http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/index.htm> Acesso em: 04. jun.2012. Caracterizada por uma capacidade intelectual inferior à normal, com dificuldadede aprendizado e de adaptação social. Está presente desde o nascimento ou aparece nos primeiros anos de vida. Há casos que só são reconhecidos quando a criança inicia atividade escolar. -Síndrome de Down (SD) é deficiência mental congênita na qual há um material cromossômico excedente ligado ao par 21. Em geral pode ser diagnosticada logo que a criança nasce devido a algumas características físicas específicas possíveis de serem observadas por diagnóstico clinico. -Autismo é um termo que tem origem em “autos” palavra grega cujo significado é “próprio” ou de “si mesmo”. É um distúrbio do desenvolvimento. De acordo com Souza & Santos (2010), citando Kuperstein & Missalglia (2005). [...] o Transtorno Autista consiste na presença de um desenvolvimento comprometido ou acentuadamente anormal da interação e da comunicação e um repertório muito restrito de atividades e interesses. As manifestações do transtorno variam imensamente, dependendo do nível de desenvolvimento e da idade cronológica do individuo. (SOUZA e SANTOS. Disponível em: <http/www.psicologia.com.pt>. Acesso em: 04. jun. 2012). COMPORTAMENTOS DO INDIVÍDUO COM AUTISMO (Segundo a ASA - Autism Society of American) Usa as pessoas como ferramentas Resiste à mudança de rotina Não se mistura com outras crianças Apego não apropriado a objetos Não mantém contato visual Age como se fosse surdo Resiste ao aprendizado Não demonstra medo de perigo Risos e movimentos não apropriados Resiste ao contato físico Acentuada hiperatividade física Gira objetos de maneira bizarra e peculiar Ás vezes é agressivo e destrutivo Modo e comportamento indiferente e arredio O autismo trata-se de uma alteração cerebral, que compromete o desenvolvimento psiconeurológico afetando a capacidade da pessoa se comunicar, compreender, falar e conviver com a sociedade que a cerca. O autismo infantil manifesta-se antes dos três anos de idade e sua causa ainda é fonte de estudos para a medicina. 3. POLÍTICAS DE PROTEÇÃO A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 3.1. Processo Histórico dos Direitos da Pessoa com Deficiência A história dos Direitos da Pessoa com Deficiência tem início junto com a Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, onde nasce uma luta pela igualdade e a sociedade coloca-se atenta a toda e qualquer violação de Direitos inclusive contra pessoas com deficiência. Em 1975 a Organização das Nações Unidas em Assembleia aprovam a Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes, termo esse utilizado como denominação na época; essa declaração reconhece a pessoa com Deficiência um sujeito de direitos como todos sem distinção e vem “reafirmar a fé nos direitos humanos, nas liberdades fundamentais e nos princípios de paz, de dignidade e valor da pessoa humana e de justiça social proclamada na carta” (ONU. 1975). A ONU lançou em 1982 o Programa de Ação Mundial para pessoas Deficientes, com o objetivo de: (...) promover medidas eficazes para a prevenção da deficiência e para a reabilitação e a realização dos objetivos de "igualdade" e "participação plena" das pessoas deficientes na vida social e no desenvolvimento. Isto significa oportunidades iguais às de toda a população e uma participação equitativa na melhoria das condições de vida resultante do desenvolvimento social e econômico. Estes princípios devem ser aplicados com o mesmo alcance e a mesma urgência em todos os países, independentemente do seu nível de desenvolvimento. (ONU. 1982) O grande divisor de águas que veio revolucionar a história do Direito e legalizar os deveres e obrigações da pessoa humana é a Constituição Federal, promulgada em 1988, traz artigos específicos para garantia de Direitos da Pessoa com Deficiência, são eles: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: (...) II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: (...) XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: (...) IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: (...) III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (...) II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação. Art. 244. A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivo atualmente existente a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência, conforme o disposto no art. 227, § 2º. A Lei 7.853 de 1989 dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – CORDE institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências. Ainda em 1989 foi criada a Lei 7.752/89 que dispõe sobre benefícios fiscais na área do imposto sobre a renda e outros tributos, concedidos ao desporto amador conforme artigo 2º que prevê tais benefícios em caso de desenvolvimento de programas desportivos para o deficiente físico. A década de 90 foi um marco histórico em termos de Legislação no Brasil, em 16 de Julho de 1990 é comemorada a vitória de uma grande conquista, a aprovação da Lei 8069 que Institui o Estatuto da Criança e do Adolescente, nele fica previsto a elaboração de Políticas Públicas para a faixa etária de 0 aos 18 anos salvo alguns casos de 18 aos 21 anos de idade, em todos os seguimentos garantindo que: Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condiçõesde liberdade e de dignidade. (ECA. Lei 8.069, jul.1990) Em 11 de Dezembro de 1990 foi sancionada a Lei 8.112 que prevê no Artigo 5º: § 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. No mês seguinte, dia 08 de Janeiro de 1991, foi decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República a Lei 8.160 que dispõe sobre a caracterização de símbolo que permita a identificação de pessoas portadoras de deficiência auditiva, onde passou a ser obrigatória a colocação, de forma visível, do “Símbolo Internacional de Surdez" em todos os locais que possibilitem acesso, circulação e utilização por pessoas portadoras de deficiência auditiva, e em todos os serviços que forem postos à sua disposição ou que possibilitem o seu uso. A Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993, Lei Orgânica de Assistência Social - LOAS, nos seus Artigos 2º, inciso V, 20 e 21, regulamenta o BPC - Benefício de Prestação Continuada, pago pelo Governo Federal, com o reconhecimento de direito pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS; esse benefício assistencial garante conforme previsto na Constituição Federal (88) Art. 203, 1 (um) salário mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com mais de 65 anos com renda mensal per capta inferior a ¼ do salário mínimo vigente e que não receba nenhum outro benefício previdenciário. Um ano depois chega a lei do passe livre Interestadual, Lei 8.899 de 29 de Junho de 1994, que concede passe livre às pessoas portadoras de deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual. Em 20 de Dezembro de 1999, a Presidência da República aprova o Decreto 3.298 que Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, e dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa com Deficiência, consolidando as normas de proteção e assegurando o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas com deficiência, define ainda a educação especial como uma modalidade transversal a todos os níveis de ensino, destacando a importância da atual complementar da educação especial ao ensino regular. A Lei 10.048 de 08 de Novembro de 2000 dá prioridade as pessoas portadoras de deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo, da mesma forma regulamenta o assento prioritário nos transportes coletivos bem como obrigatoriedade de facilitar o acesso às pessoas com Deficiência nestes veículos de transporte. Em seguida foi sancionada a Lei 10.098 de 19 de Dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. No mesmo dia o Decreto 3.691 Regulamenta a Lei no 8.899, de 29 de junho de 1994, que dispõe sobre o transporte de pessoas portadoras de deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual. Quatro anos depois o Presidente Luiz Inácio regulamenta as Leis 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, com o Decreto 5.296 de 02 de Dezembro de 2004, onde estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Em 05 de Março de 2004 a Lei 10.845 vem instituir o Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência, com o objetivo de garantir progressivamente, a inserção dos educandos com deficiência nas classes comuns de ensino regular. A Lei 11.126 de 27 de Junho de 2005 foi sancionada para dispor sobre o direito do portador de deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhado de cão-guia. O Ministério da Educação em 05 de Julho de 2007 elaborou um documento denominado Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, onde tem início um ciclo de transformação no sistema educacional brasileiro, na tentativa de superar a lógica da exclusão e construir sistemas educacionais inclusivos, com mudanças estruturais e culturais. No dia 09 de julho de 2008, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi aprovada por 3/5 do Congresso Nacional, tornando-se o primeiro tratado internacional com status emenda constitucional da história do Brasil o Decreto Legislativo 186/08; a partir desta data a convenção passa ser um manual de orientação dos direitos da pessoa com deficiência. O Decreto 6.949 de 25 de Agosto de 2009 vem promulgar a Convenção Internacional sobre Pessoas com Deficiência e seu protocolo facultativo assinados em Nova York, em 30 de Março de 2007 os quais entraram em vigor no Brasil somente em 31 de Agosto de 2008. Recentemente, em 17 de Novembro de 2011 o Decreto 7.612 Institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, denominado Plano Viver sem Limite com a finalidade de: Promover, por meio da integração e articulação de políticas, programas e ações, o exercício pleno e equitativo dos direitos das pessoas com deficiência, nos termos da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, aprovados por meio do Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008, com status de emenda constitucional, e promulgados pelo Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. (Decreto 7.612, NOV.2011) O Plano Viver Sem Limites traz como diretrizes a garantia de um sistema educacional inclusivo com equipamentos públicos de educação acessíveis para pessoas com deficiência, a capacitação e qualificação profissional para maior inclusão no mercado de trabalho, ampliação do acesso às políticas de assistência sociais, de saúde e acessibilidade. 3.2. Linha do Tempo na evolução dos Direitos da Pessoa com Deficiência Conforme histórico legislativo descrito acima, as leis de amparo às pessoas com deficiência foram gradativamente elaboradas de acordo com o contexto sócio político e as necessidades apresentadas em cada período. Foi traçado assim uma linha do tempo que vem nos situar na evolução destes direitos. Declarção Universal dos Direitos Humanos Programa de Ação Mundial para as Pessoas Deficientes 1994 Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8.899 Passe Livre Interestadual 1948 1988 1989 1990 1991 Lei 8.160 Lei 8.112 Art. 5º Constituição Federal 1982 Declarção dos Direitos da Pessoa com Deficiência Lei 7.853 1989 1990 1975 Lei 7.752 Lei 8.742 Art. 2º LOAS/BPC 1993 2004 2011 Plano Nacional Dos Direitos da Pessoa com Deficiência Lei 10.845 Complementação Pedagógica Decreto 3.298 1999 2000 2004 2005 2008 Política Nacional de Educação Especial Lei 11.126 Deficiente Visual com Cão Guia Decreto 3.691 2000 Lei 10.048 Prioridade aos idosos, gestantes e deficientes. Decreto 5.296 2007 2000 2009 Lei 10.098 Acessibilidade . Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência Decreto 6.949 4. DADOS ESTATÍSTICOS Graças à promulgação da Lei n.º 7.853, de outubro de 1989, que garantiu a obrigatoriedade de se contemplar o tema nos censos nacionais, são realizadas pesquisas sobre o número de portadores de deficiência existentes no Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por sua vez, pesquisa sobre tal número desde o Censo Demográfico de 1991. Como marco importante para a Inclusão Social tornou-se possível comparar o número de pessoas que se declaram portadores de algum tipo de deficiência assim como as políticas implantadas em nosso país e nos demais países. Os dados a seguir foram coletados no site do IBGE e anexados em forma de Tabela para nossa melhor compreensão quanto à realidade da pessoa portadora de deficiência no Brasil conforme estatísticas: Censo Demográfico 2010 - Características Gerais da População - Resultados da AmostraTabela 1- População residente, por tipo de deficiência, segundo a situação do domicílio e os grupos de idade - Brasil - 2010 Situação do domicílio e grupos de idade População residente Total (1) (2) Tipo de deficiência Pelo menos uma das deficiências investigadas (1) Visual Auditiva Motora Mental / intelectual Não consegue de modo algum Não consegue de modo algum Não consegue de modo algum Total 190 755 799 45 606 048 506 377 344 206 734 421 2 611 536 0 a 4 anos 13 806 733 385 303 20 935 13 593 57 388 64 977 5 a 9 anos 14 967 767 1 147 368 21 407 16 494 30 152 137 140 10 a 14 anos 17 167 135 1 926 730 24 058 22 379 30 396 189 149 15 a 19 anos 16 986 788 2 017 529 24 457 24 836 28 334 186 291 15 a 17 anos 10 353 865 1 218 607 14 475 14 373 16 974 113 474 18 e 19 anos 6 632 922 798 921 9 981 10 463 11 360 72 817 20 a 24 anos 17 240 864 2 215 799 29 808 30 591 29 728 188 606 25 a 29 anos 17 102 917 2 376 938 35 860 31 146 30 111 191 943 30 a 34 anos 15 744 616 2 447 685 34 986 30 538 30 249 194 724 35 a 39 anos 13 888 191 2 590 841 32 346 26 753 27 383 185 380 40 a 44 anos 13 008 496 3 797 150 31 166 23 843 28 102 199 102 45 a 49 anos 11 834 647 4 763 491 31 233 18 724 27 529 195 654 50 a 54 anos 10 134 322 4 705 129 28 184 17 408 29 657 183 474 55 a 59 anos 8 284 433 4 170 185 28 068 15 520 32 728 157 493 60 a 64 anos 6 503 287 3 524 275 25 855 13 267 34 945 125 996 65 a 69 anos 4 852 789 2 894 694 24 058 11 925 40 186 96 769 70 a 74 anos 3 744 738 2 451 628 23 652 10 571 49 565 88 423 75 a 79 anos 2 570 686 1 839 631 24 466 10 000 58 577 81 905 80 anos ou mais 2 917 391 2 351 671 65 840 26 618 169 392 144 510 Urbana 160 934 649 38 473 702 438 481 289 561 637 456 2 165 748 0 a 4 anos 11 311 974 311 301 17 566 11 081 45 728 52 511 5 a 9 anos 12 136 881 954 356 18 216 13 449 24 823 110 447 10 a 14 anos 13 959 711 1 607 756 21 004 18 017 25 448 152 042 15 a 19 anos 14 035 653 1 713 004 20 956 20 582 24 036 149 661 15 a 17 anos 8 486 650 1 027 375 12 369 11 823 14 445 90 988 18 e 19 anos 5 549 002 685 628 8 587 8 759 9 590 58 673 20 a 24 anos 14 714 074 1 927 620 26 160 25 758 25 508 151 488 25 a 29 anos 14 773 215 2 073 755 31 696 26 569 26 069 156 382 30 a 34 anos 13 613 351 2 117 620 31 193 26 239 26 510 160 302 35 a 39 anos 11 970 596 2 215 056 28 566 22 190 24 019 152 615 40 a 44 anos 11 180 729 3 208 708 27 263 20 367 24 919 165 847 45 a 49 anos 10 183 338 4 021 739 27 884 16 257 24 471 164 086 50 a 54 anos 8 702 799 3 954 061 24 870 14 952 26 622 154 731 55 a 59 anos 7 029 864 3 470 947 24 736 13 083 29 315 133 706 60 a 64 anos 5 470 630 2 921 140 22 698 11 174 31 076 106 093 65 a 69 anos 4 051 068 2 390 407 20 713 9 903 35 476 80 654 70 a 74 anos 3 143 844 2 044 104 20 247 9 032 44 014 75 500 75 a 79 anos 2 180 488 1 551 147 20 547 8 450 51 734 71 198 80 anos ou mais 2 476 433 1 990 981 54 165 22 458 147 686 128 484 Rural 29 821 150 7 132 347 67 896 54 645 96 965 445 788 0 a 4 anos 2 494 759 74 002 3 368 2 512 11 660 12 466 5 a 9 anos 2 830 886 193 012 3 192 3 045 5 329 26 693 10 a 14 anos 3 207 424 318 974 3 054 4 362 4 947 37 107 15 a 19 anos 2 951 135 304 525 3 500 4 253 4 298 36 630 15 a 17 anos 1 867 215 191 232 2 106 2 550 2 528 22 486 18 e 19 anos 1 083 920 113 293 1 394 1 704 1 769 14 144 20 a 24 anos 2 526 790 288 179 3 647 4 833 4 219 37 119 25 a 29 anos 2 329 702 303 183 4 164 4 577 4 041 35 562 30 a 34 anos 2 131 265 330 066 3 792 4 299 3 740 34 422 35 a 39 anos 1 917 595 375 786 3 780 4 563 3 364 32 765 40 a 44 anos 1 827 767 588 442 3 903 3 476 3 183 33 255 45 a 49 anos 1 651 309 741 753 3 348 2 467 3 057 31 568 50 a 54 anos 1 431 523 751 068 3 314 2 456 3 035 28 742 55 a 59 anos 1 254 569 699 239 3 332 2 437 3 413 23 787 60 a 64 anos 1 032 657 603 135 3 157 2 094 3 869 19 903 65 a 69 anos 801 720 504 287 3 345 2 022 4 710 16 115 70 a 74 anos 600 893 407 525 3 405 1 539 5 552 12 923 75 a 79 anos 390 198 288 483 3 919 1 550 6 843 10 706 80 anos ou mais 440 958 360 689 11 676 4 160 21 705 16 026 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. (1) As pessoas incluídas em mais de um tipo de deficiência foram contadas apenas uma vez. (2) Inclusive as pessoas sem declaração destas deficiências. (3) Inclusive a população sem qualquer tipo de deficiência. (4) especialmente para esse trabalho foram exibidos somente os dados que indicam o quantitativo de pessoas que não conseguem de modo algum ver, ouvir ou se locomover. Na tabela apresentada entre 190.755.799 pessoas entrevistadas em todo país, 24% dessas pessoas declaram ter pelo menos um tipo das deficiências investigadas, entre elas 1% são pessoas que possuem perda total da visão, 0,75% declaram não ouvir de modo algum, 2% possuem deficiência motora não conseguindo se locomover sem ajuda e 6% são portadores de deficiência Mental/Intelectual, dado este que vem chamar atenção pelo maior percentual em todo país ser de pessoas portadoras de deficiência Mental. Nesta mesma tabela está relacionado o montante de pessoas com deficiência por situação de domicílio no Brasil, sendo um total de 84% na área Urbana e 16% na área Rural. No que se refere a idade, a maioria das pessoas tem mais de quatro anos; o maior número de pessoas portadoras de pelo menos um tipo de deficiência está entre pessoas com mais de 40 anos e na área Rural este índice se equilibra entre pessoas de 15 a 44 anos. Censo Demográfico 2010 - Características Gerais da População - Resultados da Amostra Tabela 2 - População residente, por tipo de deficiência, segundo o sexo e os grupos de idade - Brasil - 2010 Sexo e grupos de idade População residente Total (1) (2) Tipo de deficiência Pelo menos uma das deficiências investigadas (1) Visual Auditiva Motora Mental / intelectual Não consegue de modo algum Não consegue de modo algum Não consegue de modo algum Total 190 755 799 45 606 048 506 377 344 206 734 421 2 611 536 Homens 93 406 990 19 805 367 237 538 172 405 342 527 1 409 597 0 a 4 anos 7 025 701 204 414 10 966 7 149 30 202 37 159 5 a 9 anos 7 623 609 585 371 11 203 8 932 16 278 85 602 10 a 14 anos 8 727 095 905 501 11 861 11 905 16 770 116 301 15 a 19 anos 8 557 608 883 678 12 316 13 095 16 023 114 085 15 a 17 anos 5 224 763 534 488 7 232 7 693 9 528 69 481 18 e 19 anos 3 332 845 349 189 5 084 5 402 6 495 44 604 20 a 24 anos 8 627 665 977 292 14 572 15 845 16 582 114 635 25 a 29 anos 8 458 790 1 049 229 17 355 15 403 16 924 115 235 30 a 34 anos 7 718 081 1 076 432 17 186 15 430 16 901 113 833 35 a 39 anos 6 767 177 1 101 613 15 469 13 435 14 909 103 810 40 a 44 anos 6 319 971 1 560 642 15 088 12 139 14 978 106 138 45 a 49 anos 5 692 722 2 051 993 14 360 9 122 14 858 100 700 50 a 54 anos 4 825 839 2 074 495 13 424 8 953 15 530 91 686 55 a 59 anos 3 912 544 1 843 384 13 217 7 795 17 047 79 150 60 a 64 anos 3 033 130 1 541 658 12 159 6 224 17 795 61 513 65 a 69 anos 2 224 862 1 255 930 10 942 6 135 19 511 46 830 70 a 74 anos 1 675 553 1 046 548 11 127 5 239 22 952 40 601 75 a 79 anos 1 089 024 755 860 11 069 4 826 23 440 34 392 80anos ou mais 1 127 619 891 330 25 222 10 777 51 830 47 927 Mulheres 97 348 809 25 800 681 268 839 171 801 391 894 1 201 938 0 a 4 anos 6 781 032 180 889 9 968 6 445 27 186 27 818 5 a 9 anos 7 344 159 561 998 10 204 7 561 13 874 51 537 10 a 14 anos 8 440 040 1 021 229 12 197 10 473 13 626 72 847 15 a 19 anos 8 429 180 1 133 851 12 141 11 741 12 311 72 206 15 a 17 anos 5 129 102 684 119 7 244 6 680 7 446 43 993 18 e 19 anos 3 300 078 449 732 4 897 5 061 4 865 28 213 20 a 24 anos 8 613 199 1 238 507 15 235 14 746 13 145 73 971 25 a 29 anos 8 644 127 1 327 710 18 504 15 742 13 187 76 708 30 a 34 anos 8 026 535 1 371 254 17 800 15 108 13 349 80 891 35 a 39 anos 7 121 014 1 489 229 16 877 13 318 12 474 81 570 40 a 44 anos 6 688 525 2 236 509 16 078 11 704 13 124 92 964 45 a 49 anos 6 141 925 2 711 498 16 872 9 601 12 671 94 954 50 a 54 anos 5 308 482 2 630 634 14 760 8 455 14 127 91 788 55 a 59 anos 4 371 889 2 326 801 14 851 7 726 15 681 78 343 60 a 64 anos 3 470 156 1 982 617 13 696 7 043 17 151 64 482 65 a 69 anos 2 627 927 1 638 764 13 116 5 790 20 676 49 939 70 a 74 anos 2 069 185 1 405 080 12 524 5 332 26 614 47 822 75 a 79 anos 1 481 662 1 083 770 13 397 5 174 35 137 47 512 80 anos ou mais 1 789 772 1 460 341 40 618 15 842 117 562 96 584 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. (1) As pessoas incluídas em mais de um tipo de deficiência foram contadas apenas uma vez. (2) Inclusive as pessoas sem declaração destas deficiências. (3) Inclusive a população sem qualquer tipo de deficiência. (4) especialmente para esse trabalho foram exibidos somente os dados que indicam o quantitativo de pessoas que não conseguem de modo algum ver, ouvir ou se locomover. Com relação a gênero, das 45.606.048 pessoas que possuem ao menos um tipo das deficiências pesquisadas, 43% segundo a pesquisa são homens e 57% destas são mulheres. O quantitativo por tipo de deficiência se equilibram entre os gêneros. Censo Demográfico 2010 - Características Gerais da População - Resultados da Amostra Tabela 3 - População residente, por tipo de deficiência, segundo o sexo e a cor ou raça - Brasil - 2010 Sexo e cor ou raça População residente Total (1) (2) Tipo de deficiência Pelo menos uma das deficiências investigadas (1) Visual Auditiva Motora Mental / intelectual Não consegue de modo algum Não consegue de modo algum Não consegue de modo algum Total 190 755 799 45 606 048 506 377 344 206 734 421 2 611 536 Branca 90 621 281 21 252 847 266 814 177 461 403 424 1 197 835 Preta 14 351 162 3 884 965 42 883 24 383 53 647 220 809 Amarela 2 105 353 569 838 5 863 3 627 7 144 28 362 Parda 82 820 452 19 733 079 189 175 137 483 268 205 1 153 879 Indígena 821 501 165 148 1 642 1 252 2 001 10 651 Sem declaração 36 051 171 - - - - Homens 93 406 990 19 805 367 237 538 172 405 342 527 1 409 597 Branca 43 426 847 9 104 302 122 620 86 560 178 388 615 653 Preta 7 440 244 1 750 896 21 590 12 476 27 272 124 615 Amarela 959 547 233 021 2 961 1 984 3 461 14 283 Parda 41 148 439 8 641 292 89 572 70 748 132 470 649 675 Indígena 410 917 75 717 794 638 937 5 372 Sem declaração 20 996 140 - - - - Mulheres 97 348 809 25 800 681 268 839 171 801 391 894 1 201 938 Branca 47 194 434 12 148 546 144 194 90 901 225 036 582 181 Preta 6 910 918 2 134 069 21 292 11 907 26 376 96 194 Amarela 1 145 806 336 818 2 902 1 644 3 683 14 079 Parda 41 672 013 11 091 787 99 603 66 735 135 735 504 205 Indígena 410 584 89 431 848 615 1 064 5 279 Sem declaração 15 055 31 - - - - Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. (1) As pessoas incluídas em mais de um tipo de deficiência foram contadas apenas uma vez. (2) Inclusive as pessoas sem declaração destas deficiências. (3) Inclusive a população sem qualquer tipo de deficiência. (4) especialmente para esse trabalho foram exibidos somente os dados que indicam o quantitativo de pessoas que não conseguem de modo algum ver, ouvir ou se locomover. Segundo a tabela 3, no quesito Raça entre as deficiências investigadas das 506.377 pessoas com deficiência visual 52% se declaram brancas, 8% pretas, 1% amarelas, 37% pardas e 0,32% indígenas as demais estão sem declaração de raça/cor. Das 344.206 pessoas com deficiência auditiva, 51% declaram serem brancas, 7% pretas, 1% amarelas, 40% pardas e 0,36% Indígenas. Entre as 734.421 pessoas com deficiência motora, 55% se declaram brancas, 7% pretas, 1% amarelas, 36% pardas e 0,2% indígenas. Quanto as pessoas com Deficiência mental, entre 2.611.536 um total de 46% consideram serem brancas, 8% pretas, 1% amarelas, 44% pardas e 0,4% indígenas. O diferencial entre gêneros é relevante e a quantidade de pessoas entre homens e mulheres portadores de pelo menos um tipo das deficiências pesquisadas que declaram sua cor é equilibrada entre si. Censo Demográfico 2010 - Características Gerais da População - Resultados da Amostra Tabela 4 - População residente, por tipo de deficiência e frequência à escola ou creche, segundo o sexo e os grupos de idade - Brasil - 2010 (continua) Sexo e grupos de idade População residente Total (1) (2) Tipo de deficiência e frequência à escola ou creche Pelo menos uma das deficiências investigadas Visual Auditiva Total Frequentavam escola ou creche Total Frequentavam escola ou creche Total Frequentavam escola ou creche Total 190 755 799 45 606 048 7 333 130 35 774 392 5 821 266 9 717 318 1 191 682 0 a 4 anos 13 806 733 385 303 145 740 168 223 78 630 79 042 35 570 5 a 9 anos 14 967 767 1 147 368 1 080 258 789 926 763 239 233 395 218 942 5 e 6 anos 5 825 378 322 047 288 168 195 214 181 375 76 349 68 558 7 a 9 anos 9 142 390 825 322 792 090 594 713 581 863 157 047 150 384 10 a 14 anos 17 167 135 1 926 730 1 828 482 1 486 205 1 437 361 303 763 286 007 15 a 19 anos 16 986 788 2 017 529 1 395 804 1 577 245 1 129 911 289 223 188 429 15 a 17 anos 10 353 865 1 218 607 1 009 711 953 588 817 793 175 199 138 371 18 e 19 anos 6 632 922 798 921 386 093 623 657 312 118 114 024 50 058 20 a 24 anos 17 240 864 2 215 799 615 178 1 713 449 508 016 334 495 74 837 25 a 29 anos 17 102 917 2 376 938 387 461 1 808 755 315 274 373 604 50 532 30 a 39 anos 29 632 807 5 038 527 531 754 3 689 034 421 398 880 127 80 394 40 a 49 anos 24 843 143 8 560 642 551 577 7 240 829 485 003 1 200 137 73 638 50 anos ou mais 39 007 645 21 937 212 796 876 17 300 726 682 435 6 023 529 183 334 Homens 93 406 990 19 805 367 3 178 671 14 919 686 2 375 995 4 908 611 592 463 0 a 4 anos 7 025 701 204 414 77 306 86 588 40 067 43 663 19 487 5 a 9 anos 7 623 609 585 371 546 817 380 274 365 605 128 916120 449 5 e 6 anos 2 967 240 170 261 150 990 97 518 89 824 43 354 38 869 7 a 9 anos 4 656 369 415 109 395 827 282 756 275 780 85 561 81 580 10 a 14 anos 8 727 095 905 501 850 632 655 727 630 796 161 554 151 084 15 a 19 anos 8 557 608 883 678 602 016 642 802 459 865 145 578 94 309 15 a 17 anos 5 224 763 534 488 436 147 389 521 333 607 88 489 69 525 18 e 19 anos 3 332 845 349 189 165 869 253 280 126 257 57 088 24 784 20 a 24 anos 8 627 665 977 292 255 573 699 267 199 495 169 696 34 897 25 a 29 anos 8 458 790 1 049 229 153 392 733 922 117 251 196 116 22 909 30 a 39 anos 14 485 258 2 178 044 196 060 1 452 214 143 653 463 985 36 903 40 a 49 anos 12 012 693 3 612 635 196 212 2 915 991 164 828 618 390 31 680 50 anos ou mais 17 888 572 9 409 205 300 664 7 352 901 254 437 2 980 715 80 746 Mulheres 97 348 809 25 800 681 4 154 459 20 854 706 3 445 270 4 808 707 599 219 0 a 4 anos 6 781 032 180 889 68 434 81 635 38 563 35 380 16 082 5 a 9 anos 7 344 159 561 998 533 441 409 653 397 634 104 479 98 493 5 e 6 anos 2 858 138 151 785 137 178 97 696 91 551 32 994 29 689 7 a 9 anos 4 486 021 410 212 396 263 311 957 306 083 71 485 68 804 10 a 14 anos 8 440 040 1 021 229 977 850 830 479 806 564 142 209 134 923 15 a 19 anos 8 429 180 1 133 851 793 788 934 443 670 046 143 646 94 120 15 a 17 anos 5 129 102 684 119 573 564 564 067 484 186 86 710 68 846 18 e 19 anos 3 300 078 449 732 220 224 370 376 185 860 56 936 25 274 20 a 24 anos 8 613 199 1 238 507 359 605 1 014 182 308 522 164 800 39 940 25 a 29 anos 8 644 127 1 327 710 234 069 1 074 832 198 023 177 488 27 623 30 a 39 anos 15 147 549 2 860 483 335 695 2 236 820 277 745 416 143 43 491 40 a 49 anos 12 830 450 4 948 007 355 365 4 324 838 320 176 581 747 41 958 50 anos ou mais 21 119 072 12 528 008 496 212 9 947 824 427 998 3 042 815 102 588 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. (1) As pessoas incluídas em mais de um tipo de deficiência foram contadas apenas uma vez. (2) Inclusive as pessoas sem declaração destas (3) Inclusive a população sem qualquer tipo de deficiência. A tabela 1.3.12 mostra o quantitativo de pessoas com pelo menos uma das deficiências investigadas em todo país que frequentam creche ou escolas e nos leva uma avaliação sobre a inclusão escolar. Entre as 35.774.392 pessoas com deficiência visual somente 16% frequentam as aulas, destas a maioria tem entre 10 a 19 anos e a menor faixa etária com deficiência visual a frequentar no caso, creches são entre 0 a 4 anos. Das 9.717.318 pessoas com deficiência auditiva, 12% frequentam escolas ou creches, sendo a maior parte entre 10 a 19 anos e a minoria entre 0 a 4 anos. Censo Demográfico 2010 - Características Gerais da População - Resultados da Amostra Tabela 4 - População residente, por tipo de deficiência e frequência à escola ou creche, segundo o sexo e os idade - Brasil - 2010 (conclusão) Sexo e grupos de idade População residente Tipo de deficiência e frequência à escola ou creche Motora Mental / intelectual Nenhuma destas deficiências (3) Total Frequentavam escola ou creche Total Frequentavam escola ou creche Total Frequentavam escola ou creche Total 13 265 599 932 383 2 611 536 516 169 145 084 976 52 229 324 0 a 4 anos 141 072 31 418 64 977 20 875 13 419 477 4 515 366 5 a 9 anos 139 646 112 861 137 140 103 828 13 818 227 13 154 147 5 e 6 anos 51 678 38 830 45 608 31 436 5 502 555 5 019 971 7 a 9 anos 87 968 74 031 91 531 72 392 8 315 671 8 134 176 10 a 14 anos 172 695 143 931 189 149 144 193 15 237 845 14 733 389 15 a 19 anos 191 690 110 547 186 291 96 569 14 966 031 10 214 170 15 a 17 anos 113 068 79 085 113 474 67 404 9 133 549 7 616 426 18 e 19 anos 78 621 31 462 72 817 29 164 5 832 482 2 597 744 20 a 24 anos 239 606 48 963 188 606 43 651 15 016 938 3 716 162 25 a 29 anos 304 557 38 178 191 943 26 963 14 715 518 2 059 027 30 a 39 anos 924 925 77 064 380 104 31 757 24 578 326 2 262 145 40 a 49 anos 1 717 828 92 334 394 756 20 810 16 272 203 978 307 50 anos ou mais 9 433 579 277 087 878 570 27 524 17 060 412 596 611 Homens 4 979 618 379 261 1 409 597 304 181 73 558 248 26 151 944 0 a 4 anos 74 527 16 938 37 159 12 304 6 820 525 2 298 423 5 a 9 anos 74 845 60 172 85 602 65 643 7 037 101 6 689 790 5 e 6 anos 27 397 20 612 27 955 19 541 2 796 477 2 544 863 7 a 9 anos 47 448 39 561 57 648 46 102 4 240 624 4 144 927 10 a 14 anos 87 981 71 812 116 301 88 932 7 820 326 7 544 718 15 a 19 anos 89 407 49 905 114 085 57 363 7 672 216 5 231 747 15 a 17 anos 52 358 35 636 69 481 39 917 4 689 526 3 912 022 18 e 19 anos 37 049 14 269 44 604 17 446 2 982 690 1 319 725 20 a 24 anos 116 157 22 104 114 635 25 158 7 644 341 1 770 011 25 a 29 anos 143 919 16 200 115 235 15 316 7 401 409 934 885 30 a 39 anos 397 981 28 015 217 643 17 363 12 295 723 973 682 40 a 49 anos 654 915 29 720 206 838 10 064 8 392 951 440 736 50 anos ou mais 3 339 885 84 394 402 099 12 037 8 473 655 267 951 Mulheres 8 285 981 553 122 1 201 938 211 989 71 526 728 26 077 380 0 a 4 anos 66 546 14 480 27 818 8 572 6 598 952 2 216 943 5 a 9 anos 64 801 52 689 51 537 38 185 6 781 125 6 464 357 5 e 6 anos 24 281 18 219 17 654 11 895 2 706 078 2 475 108 7 a 9 anos 40 520 34 470 33 884 26 290 4 075 047 3 989 249 10 a 14 anos 84 714 72 119 72 847 55 261 7 417 519 7 188 671 15 a 19 anos 102 282 60 642 72 206 39 206 7 293 814 4 982 423 15 a 17 anos 60 710 43 450 43 993 27 487 4 444 023 3 704 404 18 e 19 anos 41 572 17 192 28 213 11 719 2 849 792 1 278 018 20 a 24 anos 123 449 26 859 73 971 18 493 7 372 596 1 946 152 25 a 29 anos 160 638 21 978 76 708 11 647 7 314 108 1 124 142 30 a 39 anos 526 944 49 049 162 461 14 394 12 282 603 1 288 463 40 a 49 anos 1 062 913 62 613 187 918 10 745 7 879 252 537 571 50 anos ou mais 6 093 695 192 693 476 471 15 487 8 586 758 328 660 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. (1) As pessoas incluídas em mais de um tipo de deficiência foram contadas apenas uma vez. (2) Inclusive as pessoas sem declaração destas deficiências. (3) Inclusive a população sem qualquer tipo de deficiência. No caso das pessoas com deficiência motora, de 13.265.599 pessoas o percentual é ainda menor com 7% de frequência sendo a maior parte dos alunos com 50 anos ou mais e a menor entre 40 e 49 anos seguidos pela faixa etária de 0 a 4 nos. Enfim as pessoas com deficiênciamental, no total de 2.611.536 pesquisadas 20% estão matriculadas em escolas ou creches segundo a pesquisa do IBGE; destas a maior parte tem entre 10 e 14 anos e a menor de 0 a 4 anos. Os dados que se referem as pessoas que menos frequentam escolas/creches e que estão entre todos os tipos de deficiência é a faixa etária de 0 a 4 anos, o que significa que na primeira fase de vida essas pessoas estão fora do sistema educacional. 5. ENQUETE: QUAL A SUA AVALIAÇÃO SOB O FUNCIONAMENTO DAS POLÍTICAS DE PROTEÇÃO A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA? Durante os meses Junho, Julho e Agosto de 2012, foi realizada uma Enquete na rede social (Facebook) direcionados a profissionais que atuam junto a Pessoas com Deficiência e seus familiares; entre esses sujeitos estão: Psicólogos, Assistentes Sociais, Coordenadora de APAE, professores e familiares de Pessoas com Deficiência. Na supracitada enquete onde a questão era: “Na sua opinião como está o funcionamento das Políticas Publicas para Pessoas com Deficiência?” com as opções de respostas: ()ruim, ()ótimo, ()bom e ()regular; unanimemente todos responderem “ruim” alegando falta de atenção e comprometimento por parte das autoridades. Na mesma linha de pensamento foi elaborada outra questão relacionada à inclusão da Pessoa com Deficiência conforme segue: “Quando o assunto é Inclusão... o que acredita ser necessário para a efetivação deste Direito?” com as opções de resposta: () Todas as respostas anteriores, () Qualificação profissional, () Estudar, () Mudança Cultural na aceitação das diferenças e () Acessibilidade, onde entre os que participaram 60% responderam () Todas as respostas anteriores, 20% que é preciso qualificação profissional para a efetivação da Inclusão, 10% disse ser fundamental estudar para ter conhecimento sobre seus direitos e exercer sua cidadania, da mesma forma 10% responderam que é necessária Mudança Cultural na Aceitação das Diferenças; interessante que estes 10% são familiares e demonstram não ter boa aceitação da sociedade nos espaços públicos para seus filhos/parentes. Conforme pesquisa realizada na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais APAE – Cariacica, a inclusão no sistema educacional caminha a passos lentos e as pessoas com deficiência mental (usuários da APAE) não se sentem bem acolhidos pelos demais alunos e profissionais de forma que entre aqueles que estão matriculados poucos frequentam: De acordo com informações obtidas, não há regularidade na frequência de todos os alunos às suas respectivas escolas. Entre eles somente 04 vão todos os dias. São os que estão na idade convencional ao ensino fundamental, matriculados também nas séries iniciais; aqueles de idade mais avançada estão matriculados, mas, não frequentam, e uma minoria desses comparecem às vezes. O quadro 09 da uma dimensão desta realidade, na avaliação destas famílias quanto à recepção de seus filhos/parentes na escola regular. (RODRIGUES, 2010, p.50) Quadro 1 – Avaliação da escola regular Recepção de pessoas com deficiência mental na escola regular Avaliação Justificativa Ótimo 2 Tratam seu filho muito bem 1 Bom 4 Preocupam-se muito com o aluno 1 Regular 4 Má vontade 1 Ruim 1 Professor sem capacitação 7 Péssimo 0 Preconceito dos alunos e familiares 1 Não responderam 2 Não dão atividades apropriadas 2 Total.................................. 13 13 Pesquisa realizada pesquisa realizada na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais APAE – Cariacica/2010. Disponível em: http://cariacica.apaebrasil.org.br/artigo.phtml/20969. Os dados dessa pesquisa, da Enquete e do IBGE expostos neste trabalho nos fazem pensar sobre o atual contexto das Políticas Públicas em nosso país, e da urgência em realizar novas pesquisas que sirvam de ferramentas na elaboração de Políticas efetivas no Direito das Pessoas com Deficiência. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Milhões de brasileiros convivem com suas “deficiências” e lutam para serem reconhecidos como sujeitos de Direitos perante a sociedade. Pensando nos moldes sociais, este trabalho foi elaborado a fim de chamar atenção para aqueles que não são efetivamente cidadãos de direitos vivendo com dificuldade junto aos seus familiares em busca de dignidade. A deficiência nada mais é que uma limitação de maior ou menor gravidade a qual nos impedem de realizar determinadas atividades, mas abre caminhos para o lúdico, o desconhecido testando nossa força e coragem para vencer tais dificuldades. Existem pessoas que pintam com os pés, nadam sem as mãos, ganham nas Paraolimpíadas sem ao menos ter suas pernas para correr, prova de que não precisamos ter os mesmos “moldes” físicos e mentais para sermos iguais em Direitos. Os Dados Publicados pelo Instituto Brasileiro de Estatística IBGE das pesquisas realizadas em 2010 mostra milhares de pessoas que não conseguem de forma alguma ver, ouvir, se locomover ou que possuem Deficiência Mental/Intelectual, entre elas homens e mulheres, adultos e crianças com características diversificadas, mas todas com as mesmas dificuldades: Baixa escolaridade, desqualificação profissional e pouca aceitação no mercado de trabalho o que as colocam cada vez, mais longe de participar do desenvolvimento econômico de nosso país conforme prevê as legislações vigentes. No item 3 deste trabalho foi relacionado o histórico das leis sancionadas em prol da população com deficiência residente em nosso país, essa relação é um instrumento importante na efetivação de direitos pois orienta profissionais, familiares e pessoas com Deficiência para que juntos possamos promover a cidadania destes sujeitos. Percebemos que existe uma série de leis as quais nem sempre são respeitadas, o maior desafio então é propagar o conhecimento destas leis para quem dela necessite e tornar válida essa legislação. A Pessoa com Deficiência assim como todos requer participação social, inclusão escolar, profissional e nos diversos espaços religiosos, políticos, de esporte e Lazer; desta forma o ciclo da visibilidade destes sujeitos caminham rumo à emancipação os tornando capazes de viver com dignidade. Caso contrário a não efetivação desses direitos podem tornar esse “ciclo” excludente conforme figura abaixo: Um dos papéis propostos por este trabalho é instigar o leitor à reflexão sob o funcionamento das referidas leis no cotidiano das Pessoas com Deficiência; durante pesquisa realizada em rede social é notório a insatisfação das pessoas quanto ao funcionamento destas leis, desta forma é necessário repensar nosso papel na garantia de Direitos. A Família tem papel fundamental na vida de todos, pois é nela que aprendemos nossos valores e somos orientados quanto ao funcionamento de nossas vidas, para a Pessoa com Deficiência a família quase sempre é quem cuida, quem acompanha e encaminha aos órgãos e instituições. Diante de tantos recursos essas famílias devem ser orientadas quanto as legislações de amparo à Pessoa com Deficiência, pois delas muitas vezes dependerão a busca pela garantia destes direitos. A participação nos espaços políticos, conferências, conselhos e demais instituições é muito importante neste processo. Os profissionais delegados de políticas que trabalham com esses sujeitos devem sempre reciclar seus conhecimentos; as leis mudam constantemente assim como os seres humanos, desta forma precisamos nos capacitar com cursos específicos ao atendimento e orientação destes, seja na área da educação, saúde ou Assistência Social os Direitos Humanos são um conjunto que trabalham em rede para a harmonia de todos e a emancipação das Pessoas com Deficiência dependem da luta de todos nós pelo funcionamento destes direitos. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL, Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC-LOAS ao idoso e à pessoa com deficiência. Presidência da República, Ministério da Previdência Social. Disponível em: < <http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=23>. Acesso em: 23 ago. 2012. BRASIL. Constituiçãoda República Federativa do Brasil: 1988. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1988. BRASIL. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. 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Regulamenta a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida normas de proteção, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto/d3298.htm > Acesso em: 23 ago. 2012. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente: disposições constitucionais pertinentes: lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. 6ª ed. - Brasília: Senado Federal Subsecretaria de Edições Técnicas, 2006. BRASIL. Lei 7.853, de 24 de Outubro de 1989: Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – CORDE, Brasília, 1989. BRASIL. Lei 7.752, de 14 de Abril de 1989: Dispõe sobre benefícios fiscais na área do imposto sobre a renda e outros tributos, concedidos ao desporto amador. Presidência da República, Subchefia para assuntos Jurídicos.Brasília, 1989. BRASIL. 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Jun. 2012. 8- ANEXOS - Declaração dos Direitos das Pessoas com Deficiência. - Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência / Plano Viver sem Limite.
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